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Isaquias Queiroz conquistou nesta segunda-feira o bicampeonato da prova do C1 1.000 metros nos Jogos Pan-Americanos de Lima. Medalhista de ouro desse evento há quatro ano, em Toronto, o brasileiro confirmou o seu favoritismo ao completar a prova da em 3min47s631.

Após concluir os primeiros 500m da prova na liderança, Isaquias ampliou a sua vantagem na parte final para o cubano Fernando Jorge, que foi o segundo colocado, a 0s943 do campeão. E o canadense Drew Hodges ficou na terceira posição, a distantes 10s23 do brasileiro.

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Três vezes medalhista na Olimpíada do Rio, Isaquias passa a somar quatro medalhas na história do Pan. Em 2015, além do ouro no C1 1.000m, também venceu a prova do C1 200m e foi prata no C2 1.000m.

Com o triunfo desta segunda, Isaquias deixa para trás o susto e a decepção do ultimo sábado, quando a expectativa era grande para uma medalha de ouro dele com Erlon de Souza no C2 1.000m, mas, pouco antes da metade da prova, o seu companheiro teve um mal súbito e o barco parou.

BRONZE - Também nesta segunda-feira, Vagner Souta faturou a medalha de bronze na disputa do K1 1.000m no Pan. O brasileiro completou a prova em 3min35s960. Ficou atrás, assim, do argentino Agustin Vernice, que liderou disputa desde o começo e cravou 3min31s95, e do canadense Marshal Hughes, que havia terminado os primeiros 500 metros na sexta posição, mas garantiu o segundo lugar com 3min35s907.

Em 2015, Vagner Souta, de 28 anos, conquistou duas medalhas no Pan de Toronto, levando a prata no K4 1.000m e o bronze no K2 1.000m, resultado agora repetido em Lima.

Com três medalhas conquistadas nos Jogos Olímpicos do Rio, Isaquias Queiroz foi escolhido pelo Comitê Olímpico do Brasil para ser o porta-bandeira da delegação do País na cerimônia de encerramento da competição, neste domingo, no Maracanã. "Minha medalha de ouro é o carinho do público. A torcida veio todos os dias, cantou o hino, estou muito feliz por isso e queria agradecer a todo mundo", disse o atleta.

Ele também entrou na brincadeira dos torcedores sobre a mudança de nome da Lagoa Rodrigo de Freitas, que depois da façanha dele deveria ser rebatizada de Isaquias Queiroz. "Fiquei muito surpreso com essa brincadeira. Para um atleta que nunca tinha ganhado uma medalha numa Olimpíada, chegar aqui e contar com esse carinho dos fãs, é muito legal. Antigamente aqui era a lagoa do remo, agora temos de mudar o nome. No mínimo incluir a canoagem junto."

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Um dos motivos para a canoagem brasileira ter chegado ao pódio no Rio não é apenas o talento de Isaquias. Um dos trunfos foi o trabalho do técnico espanhol Jesus Morlán, que havia levado David Cal a cinco medalhas olímpicas. Ele chegou em abril de 2013 para trabalhar no País e disse que o foco era uma medalha. Conseguiu logo três.

Avesso a entrevistas, Morlán ainda não anunciou seu futuro. Apenas pediu férias e quer descansar. Já Isaquias espera que o técnico continue e já projeta os Jogos de 2020, em Tóquio. Mas também quer descansar. "Combinei com ele que teria férias até janeiro. Aí ele falou que seria até novembro porque eu só tinha conseguido duas medalhas. Eu falei que ganharia mais uma e seria até janeiro, e foi isso que aconteceu", brincou.

Depois da boa campanha no Rio, Isaquias e Erlon vão voltar às cidades natais, Ubaitaba e Ubatã, respectivamente, na Bahia. Um baile de arrocha, com a banda Binho Alves, os aguarda para uma grande festa de comemoração para os brasileiros ilustres.

Isaquias Queiroz conquistou nesta quinta-feira (18) a medalha de bronze na canoagem velocidade, percurso de 200 metros nos Jogos Olímpicos. Na prova do C1 200m, disputada na Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul do Rio, o brasileiro ficou atrás do ucraniano Iurii Cheban, que levou o ouro, e de Valentin Demyanenko, do Azerbaijão, que faturou a prata.

Principal nome da canoagem de velocidade brasileira, o baiano de Ubaiatuba fechou a prova em 39s638. Na semifinal, na última quarta-feira, ele tinha cravado 39a659, a melhor marca entre todos os concorrentes. Cheban foi campeão olímpico com 39s279. Já Demyanenko fechou a prova do C1 200m em 39s493.

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Favorito ao ouro, Isaquias não conseguiu repetir o desempenho que teve no Mundial de Canoagem de Milão do ano passado, por exemplo, quando concluiu os 200 metros em 38s915 e também levou o bronze - caso tivesse o mesmo desempenho, teria faturado a medalha de ouro no Rio-2016.

Após fazer um início de prova ruim, figurando nas últimas posições, Isaquias conseguiu se recuperar, mas só garantiu o seu lugar no pódio na parte final, em uma disputa muito acirrada com o espanhol Alfonso Benavidez Lopez de Ayala, que foi apenas 0s021 mais lento do que o brasileiro.

Esta foi a segunda medalha conquistada por Isaquias nos Jogos do Rio. Na última terça-feira, ele ficou com a prata na C1 1.000 metros. Com isso, Isaquias se igualou agora aos nadadores Gustavo Borges (1996) e César Cielo (2008) e aos atiradores Afrânio da Costa (1920) e Guilherme Paraense (1920), brasileiros que foram duas vezes ao pódio de uma mesma edição dos Jogos Olímpicos.

O baiano, porém, tem como meta subir três vezes ao pódio no Rio. Ele ainda vai disputar a C2 1.000m em dupla com Erlon de Souza. Os dois foram campeões mundiais no ano passado e são favoritos ao ouro olímpico. As semifinais serão nesta sexta-feira, com a final sendo disputada no dia seguinte.

O dia foi bom para o Brasil na canoagem velocidade. Depois de ganhar a medalha de prata no K4 1.000 metros, o País participou das eliminatórias de três provas e avançou à final de todas elas, com direito ao melhor tempo do dia no Isaquias Queiroz, no C1 200m. Assim, vai disputar todas as finais da modalidade.

Medalhista de bronze no Mundial, Isaquias completou a eliminatória do C1 200m em 40s189, colocando quase um segundo de vantagem sobre o mais rápido da outra bateria, o canadense Jason McCoombs, seu adversário na briga pelo título pan-americano. A final será nesta terça-feira, às 10h35 (horário de Brasília).

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No K1 200m, Edson Isaias foi o terceiro melhor de uma forte bateria que teve a presença de Argentina, Cuba e Estados Unidos. Na canoagem velocidade, o "C" indica que a embarcação é uma canoa. O "K", que é um caiaque.

A única que não avançou diretamente à final foi Edileia Matos, no K1 200m. Ela terminou em quarto a sua bateria eliminatória e precisou participar da semifinal, na qual foi a terceira colocada. Das 11 atletas inscritas, só duas foram eliminadas. Nove vão disputar a final nesta terça.

Na segunda-feira, a canoagem velocidade terá apenas finais. São cinco, sendo quatro de provas de 1.000 metros (K1, C1, K2 e C2 masculino) e uma de 500 metros (K1 feminino). O Brasil será representado em todas as provas, sendo candidato a conquistar pelo menos mais duas medalhas. No C1, Isaquias Queiroz quase ganhou o título mundial em 2014 - a sua canoa virou a poucos metros da linha de chegada.

Seguindo a tendência de contratação de consagrados técnicos estrangeiros para as modalidades em que o Brasil não tem resultados internacionais expressivos, agora foi a vez de a canoagem velocidade ganhar um novo treinador. Trata-se do espanhol Jesús Morlán, que tem cinco medalhas olímpicas e 10 mundiais no currículo.

Morlán foi contratado para treinar especificamente a equipe de canoa, que concentra as chances de o Brasil faturar uma medalha inédita nos Jogos do Rio. Ele trabalhará diretamente com Isaquias Queiroz, atual campeão mundial júnior no C1 (canoa de uma pessoa) 200m, e a dupla Ronilson Silva e Erlon de Souza, de 22 e 21 anos, respectivamente, que foram os primeiros brasileiros a competir no C2 (canoa de duas pessoas) numa Olimpíada, em Londres.

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Jesús Morlán chega ao Brasil na próxima segunda-feira e vai trabalhar diretamente com Isaquias, Ronilson, Erlon e mais dois jovens atletas no Yacht Club Paulista, na represa de Guarapiranga (SP), patrocinado pelo BNDES por meio da Lei de Incentivo ao Esporte no ministério do Esporte.

"Esta é uma experiência nova em minha carreira e estou muito motivado de trabalhar com os atletas do Brasil. Quero prepará-los para chegarem em agosto de 2016 tendo conquistado medalhas nos Jogos Olímpicos Rio/2016. Estes serão os Jogos da vida deles e é um objetivo que eu me imponho. Tenho total convicção que os canoístas brasileiros têm muito talento", comentou o novo treinador.

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