Tópicos | Jogos Pan-Americanos

Entidade responsável por organizar os Jogos Pan-Americanos, a Panam Sports anunciou nesta quarta-feira que a edição de 2027 do grande evento não será mais realizada em Barranquilla, na Colômbia. A Panam não divulgou qual cidade vai herdar o Pan marcado para daqui a três anos, mas São Paulo poderá virar uma opção.

"A Panam Sports informa a todos que seu Comitê Executivo decidiu, de forma unânime, retirar a sede dos XX Jogos Pan-Americanos da cidade de Barranquilla, na Colômbia. A resolução foi tomada após inúmeras quebras de contratos", anunciou a entidade, sem entrar em detalhes sobre os contratos.

##RECOMENDA##

O anúncio acontece pouco mais de dois meses após a própria Panam Sports confirmar a realização da próxima edição do Pan na cidade colombiana. "Estamos muito felizes que a Colômbia tenha se comprometido com os requisitos do contrato", disse o presidente da entidade, Neven Ilic, no fim de outubro.

A cidade colombiana, contudo, não cumpriu os prazos estabelecidos junto à Panam, de acordo com a entidade. "Cabe destacar que, no dia 19 de outubro, numa reunião em Santiago, e após receber uma carta oficial das autoridades colombianas datada de 25 de outubro, Barranquilla solicitou uma prorrogação dos prazos para poder cumprir o contrato. A proposta foi aceita pela Panam Sports, com nova data de 30 de dezembro de 2023 e 30 de janeiro de 2024", explicou a entidade.

"No entanto, dada a falta de resposta após o término do novo prazo, o Comitê Executivo do Panam Sports, em 3 de janeiro de 2024, tomou a firme determinação de retirar o direito de ser a cidade-sede do evento continental em 2027. A Panam Sports lamenta profundamente esta situação, mas a decisão foi tomada pensando no futuro do maior evento multiesportivo das Américas e nos atletas do continente", completou a Panam.

A decisão deixa em aberto a sede da futura edição dos Jogos Pan-Americanos, disputados pela última vez entre outubro e novembro do ano passado, em Santiago, no Chile. Inicialmente, Barranquilla havia sido escolhida numa disputa que entrou como candidata única.

As cidades de Cochabamba e Santa Cruz de la Sierra, ambas na Bolívia, chegaram a demonstrar interesse em sediar o evento, mas logo desistiram. As capitais Buenos Aires, na Argentina, e Bogotá, na Colômbia, também levantaram tal possibilidade, mas também não avançaram em suas candidaturas.

Uma possibilidade seria o evento ser realizado em São Paulo. A Prefeitura de São Paulo e o Comitê Olímpico do Brasil (COB) lançaram ainda em outubro a candidatura brasileira para receber o evento na edição de 2031, que será a seguinte a de 2027. As chances da cidade paulista eram consideradas grandes na época.

A Prefeitura de São Paulo ainda não se manifestou sobre a possibilidade de antecipar a candidatura, já para 2027, em substituição a Barranquilla.

Nesta terça-feira (7), a Federação Internacional de Esportes Eletrônicos (IESF) anunciou que o Rio de Janeiro (RJ) sediará os Jogos Pan-Americanos de E-sports, entre os dias 1° e 9 de junho de 2024. O torneio inclui os seguintes títulos: Counter-Strike, Dota 2, Rocket League e Mobile Legends. 

Além do Brasil, os países participantes serão: Argentina, Colômbia, Estados Unidos, Chile, Venezuela, Bahamas, Canadá, Costa Rica, República Dominicana, Equador, Guadalupe, Guatemala, Haiti, Honduras, Jamaica, México, Panamá, Peru, Suriname, Trinidad e Tobago e Uruguai.

##RECOMENDA##

A influencer brasileira de games Nyvi Estephan será a embaixadora e também apresentará a competição. Nas redes sociais, ela comentou que é uma honra fazer parte do projeto e é um marco histórico na área gamer para o país. 

O local do campeonato na capital carioca ainda não foi definido. Os vencedores serão automaticamente classificados para o mundial em Riade, na Arábia Saudita.

A seleção brasileira masculina de vôlei garantiu vaga nas semifinais dos Jogos Pan-Americanos de Santiago, nesta quarta-feira, ao vencer Cuba, na Arena Parque O’Higgins, em partida da última rodada da fase de grupos. Um jogo que parecia tranquilo, após o Brasil vencer os dois primeiros sets, complicou-se mais do que o esperado e terminou com um triunfo dramático por 3 sets a 2, com parciais de 25/23, 25/16, 18/25, 25/27 e 18/16.

Em caso de derrota, os brasileiros teriam de disputar as quartas de final para chegar à semifinal. Como venceram, ficaram em primeiro lugar no Grupo A e avançaram direto à briga por uma vaga na final. O grande nome da vitória foi Darlan Souza, autor de 29 pontos. Jogadores como Honorato (13), Adriano (12) e Judson (12) também se destacaram.

##RECOMENDA##

Mesmo sem alguns de seus principais jogadores, pois disputa o Pan com um grupo alternativo, já que clubes não são obrigados a liberar atletas para o campeonato, o Brasil tem feito uma campanha muito segura até aqui. Tal consistência foi vista no primeiro set, que teve Darlan e Adriano empatados como os maiores pontuadores brasileiros, cada um com cinco pontos, decisivos para a vitória por 25 a 23 na parcial.

No set seguinte, a seleção comandada por Giuliano Ribas teve uma atuação ainda mais segura e dominou os cubanos. Darlan cresceu ainda mais na partida e encaixou um dos seus poderosos aces. Enquanto isso, Maique e Honorato trabalhavam com maestria no fundo da quadra defendendo os ataques cubanos. Ao fim, o placar marcava uma boa vantagem de 25 a 16 para o lado brasileiro.

Fechar a vitória não foi fácil, pois Cuba voltou mais competitiva para o terceiro set e chegou à parte final da disputa com sete pontos de vantagem. O Brasil conseguiu diminuir para cinco, mas permitiu que a diferença maior fosse recuperada e ampliada pelos adversários, que fecharam a parcial em 18/25. A partir daí, o jogo que parecia completamente controlado mudou de rumo.

Comandados por seis pontos de Alejandro González, os cubanos venceram também o quarto set, por 27 a 25, e forçaram o tie-break. O sofrimento continuou até o final. O Brasil permitiu o empate por 16 a 16, após ter a grande chance de fechar a vitória, mas conseguiu abrir 18 a 16 em seguida para avançar à semifinal.

A seleção brasileira de vôlei feminino ficou com a prata dos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile, onde Paulo Coco, auxiliar do técnico José Roberto Guimarães, comandou um grupo alternativo, formado por muitas atletas jovens e sem as principais estrelas do País. O vice-campeonato foi decidido nesta quinta-feira (26), com uma derrota por 3 sets a 0 para a República Dominicana, que jogou com seu time A, inclusive com atletas emblemáticas, como Bethania de la Cruz e Brenda Castillo. Foi o segundo título de Pan seguido das dominicanas.

As parciais foram de 24/26, 16/25 e 19/25. Em um jogo muito duro, no qual as brasileiras deram bons sinais no início, antes de serem dominadas, a maior pontuadora do Brasil foi Sabrina, com 14 pontos, seguida por Lorena, que fez oito. Do outro lado, Yonkaira Peña, com 13, foi quem mais pontuou.

##RECOMENDA##

Apesar de alguns erros, o Brasil teve um bom início de primeiro set e manteve a regularidade durante a maior parte da parcial. Após reverter uma desvantagem de 10 a 9, melhorou e administrou uma diferença positiva de três pontos por algum tempo. Quando vencia por 17 a 14, contudo, começou a abrir o caminho para permitir a virada dominicana. Erros no levantamento e no saque custaram caro e as adversárias foram ganhando confiança, até buscarem a virada para fechar o set em 26/24

No segundo set, as brasileiras foram menos competitivas, não à toa demoraram para sair da casa de um ponto, o que só aconteceu quando transformaram uma desvantagem de 9/1 para 9/2. Mesmo depois que o Brasil começou a pontuar mais, a República Dominicana continuou superior, chegou a ficar nove pontos à frente e não enfrentou maiores dramas para fechar em 16/25.

A equipe comandada por Paulo Coco não conseguiu mais se reencontrar na partida. Embora tenha tido alguns lampejos ao longo do terceiro set, não teve sucesso em tirar a diferença nos momentos em que a oportunidade surgiu. Assim, a parcial final foi fechada em 26/24 e deu o ouro às dominicanas.

VÔLEI DE PRAIA

O Brasil também vai brigar pela medalha de ouro no vôlei de praia, tanto entre os homens quanto entre as mulheres. Duda e Ana Patrícia venceram as americanas Quiggle e Murphy por 2 sets a 0 (21/11 e 21/18) e vão disputar a final nesta sexta-feira, contra a dupla canadense formada por Melissa e Brandie, a partir das 18 horas. Já André e George venceram os irmãos Grimalt, do Chile, por 2 a 0 (13/21 e 17/21) e enfrentarão os cubanos Diáz e Alayo, também nesta sexta, às 19h.

FUTEBOL

No futebol, o Brasil está garantido na semifinal. Com gols de Gabriel Pirani, meia do Santos que está emprestado ao DC United (EUA), e de Guilherme Biro, promessa do Corinthians, a seleção sub-23 comandada por Ramon Menezes venceu a Colômbia por 2 a 0 e garantiu a classificação com uma rodada de antecedência. No momento, lidera o Grupo B, com seis pontos, mas, para confirmar a liderança ao fim da fase de grupos, ainda enfrenta Honduras, às 18 horas de domingo.

TÊNIS

O dia também foi bom para os atletas brasileiros nas disputas do tênis, pois todos os tenistas do País que foram para a quadra avançaram de fase. Luisa Stefani avançou à semifinais das duplas femininas, ao lado de Laura Pigossi, com quem foi medalhista na Olimpíada de Tóquio, e das duplas mistas, com Marcelo Demoliner. Pigossi e Carolina Meligeni foram às quartas em simples, assim como Gustavo Heide e Thiago Monteiro no masculino, que terá Demoliner e Heidi na semi de duplas.

Após ser campeã do salto e encerrar um jejum de 16 anos sem medalha de ouro para a ginástica feminina do Brasil em Jogos Pan-Americanos, Rebeca Andrade conquistou mais um primeiro lugar em sua última participação no Pan de Santiago, no Chile. A guarulhense de 24 anos conseguiu, nesta quarta-feira, a medalha de ouro na trave e ainda foi acompanhada no pódio por Flávia Saraiva, a Flavinha, dona da medalha de prata. O bronze ficou com a canadense Ava Stewart.

A disputa foi aberta com uma belíssima apresentação de Flavinha, que arrancou uma nota 14,033 dos jurados e se manteve na liderança até Rebeca Andrade subir na trave para se apresentar. Com uma apresentação ainda melhor que a da compatriota, a guarulhense assumiu a ponta ao anotar 14,166. Stewart, por sua vez, somou 13,900.

##RECOMENDA##

[@#podcast#@]

Rebeca competiu em seu primeiro Pan, três semanas depois de subir em todos pódios possíveis do Mundial de Ginástica da Antuérpia. Devido ao desgaste, foi poupada do solo e, por isso, não esteve na final do individual geral. Participou, contudo, da conquista da prata por equipes e subiu ao primeiro lugar do pódio do salto após um "cheng" impressionante.

"Eu estou muito feliz e orgulhosa, Depois de um mundial tão longo, conseguir fazer boas séries e apresentações, confiante e preparada. Foi um ótimo primeiro Pan, não tenho o que reclamar, não tenho o que fala. Me senti bem, me diverti. Desde o Mundial até aqui, eu estava feliz competindo, me sentindo bem. É isso que eu quero tirar das competições", afirmou.

Já Flávia Saraiva, que já havia disputado o Pan de Lima, em 2019, no qual conquistou três bronzes, vem acumulando medalhas em Santiago. Além da prata por equipes, foi prata também no individual geral e bronze nas barras assimétricas.

[@#video#@]

NORY É PRATA

A disputa da ginástica nesta quarta-feira começou com a final do salto masculino, aparelho em que o Brasil quase colocou dois nomes no pódio. No fim das contas, apenas Arthur Nory conseguiu medalha, ao terminar em segundo lugar, com 14,466, mesma pontuação do dominicano Audrys Nin Reys, que ficou com o ouro porque o critério de desempate do aparelho é a maior nota obtida nos dois saltos que formaram a média. O terceiro colocado foi Felix Dolci, do Canadá, com 14,383, e o brasileiro Yuri Guimarães ficou em quarto, ao anotar 14,133.

Responsável por encerrar um tabu de 16 anos sem medalha de ouro para a ginástica brasileira feminina em Jogos Pan-Americanos, ao ser a campeã do salto nesta terça-feira, em Santiago, Rebeca Andrade impressionou pela precisão de sua apresentação, mas acredita que pode fazer ainda melhor. Na avaliação dela, alguns detalhes separaram o salto da perfeição, o que não chega a ser um problema, até porque o objetivo é executá-lo de forma ainda mais precisa daqui a menos de um ano, nos Jogos Olímpicos de Paris-2024.

"Foi um salto muito bom. Eu vi no vídeo, mas quero ver de outros ângulos também para entender. Eu não sei se foi o melhor salto que eu fiz, é que eu cravei, né, gente, quase perdi meu pé ali, mas deu tudo certo... eu cravei. Eu senti que eu dei uma 'carpadinha'. Se eu fizer esse mesmo salto, sem 'carpar' e cravar, aí sim vai ser o meu melhor salto da vida e espero que ele aconteça no momento que eu mais precisar, que é Paris", disse a ginasta.

##RECOMENDA##

A conquista veio pouco menos de três semanas depois do Mundial de Ginástica da Antuérpia, no qual Rebeca subiu nos cinco pódios possíveis. Até por isso, foi poupada do solo no Pan e não participou da disputa do individual geral na segunda-feira, quando Flávia Saraiva foi prata. "Eu estou muito feliz e honrada por ter conseguido fazer um salto muito bom, depois de uma competição tão longa que foi o mundial. Conseguir chegar aqui e fazer boas apresentações acho que era o nosso objetivo principal. O resultado é consequência".

Nesta terça, Rebeca também subiu ao pódio das barras assimétricas, na segunda colocação, com a medalha de prata no pescoço, e teve a campanha de Flávia Saraiva, dona do bronze. Após receber a medalha, Flavinha estava êxtase, pois vinha trabalhando há muito tempo para melhorar seu desempenho no aparelho.

"Medalha é medalha, é importante, mas na paralela para mim tem um gostinho diferente, porque não era o meu melhor aparelho e eu vim melhorando nesses últimos anos. Vem sendo importante não só ara mim na paralelas, mas no individual geral e para poder ajudar na equipe. São as coisas que eu mais almejo, ajudar a equipe, na Olimpíada e evoluir no individual geral. Não tem alegria maior que subir no pódio com a Rebeca e estar representando meu país. Nunca imaginei que eu fosse subir em um pódio Pan-americano de paralelas. Estou muito feliz", disse a ginasta carioca.

Com oito medalhas conquistadas até agora, a ginástica brasileira pode acumular mais pódios ao longo desta quarta-feira, a partir das 17 horas. Rebeca compete na final trave, assim como Flávia, que também participará do solo, ao lado de Júlia Soares.

Veja a programação da ginástica do Pan nesta quarta-feira:

17h00 - Final Salto masculino (Arthur Nory e Yuri Guimarães)

17h30 - Final Trave (Flávia Saraiva e Rebeca Andrade)

18h00 - Final Barras paralelas (Bernardo Miranda e Diogo Soares)

19h20 - Final Solo feminino (Flávia Saraiva e Júlia Soares)

19h50 - Final Barra fixa (Arthur Nory e Bernardo Miranda)

O Brasil somou mais uma vaga para os Jogos Olímpicos de Paris ano que vem. Nesta segunda-feira, Isabela Abreu terminou em nono lugar na prova feminina do pentatlo moderno nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile, mas foi classificada por ser a melhor sul-americana, ficando com uma das duas vagas do continente.

A medalha de ouro e de prata ficaram para as irmãs mexicanas Mayan e Catherine Mayran. O bronze foi conquistado por Sophia Hernandez, da Equipe de Atletas Independentes (EAI).

##RECOMENDA##

No boxe, Keno Marley garantiu presença na semifinal na categoria até 92 quilos, ao vencer o equatoriano Marlon Hurtado, por pontos, após três assaltos, em decisão unânime dos cinco jurados.

Keno vai disputar uma vaga na final com a medalha de bronze garantida porque no boxe não há disputa de terceiro lugar e os perdedores na semifinal já garantem a premiação.

BRONZE NO ESQUI SLALOM

A primeira medalha do dia veio com Felipe Simioni Neves no esqui aquático. O brasileiro levou o bronze na categoria slalom, garantindo o País no pódio da modalidade pela primeira vez. Nathan Smith, dos Estados Unidos, levou o ouro.

REMO SEM MEDALHA

O primeiro dia de finais do remo foi de lamentação para o Brasil, que bateu na trave do pódio duas vezes. Na categoria Skiff Quádruplo feminino, o País terminou no quarto lugar, com 6min41s18 de prova. O ouro foi para os Estados Unidos, com 6min26s04, seguido por Chile (6min26s81) e Canadá (6min35s62).

Milena Matias e Marcia Clara Lewenkopf também não se deram bem na decisão do Dois Sem, com o Brasil somando novo quarto lugar, com 7min22s63, desta vez atrás de Estados Unidos, Canadá e Paraguai, que liderou boa parte da final e acabou perdendo o fôlego no fim. Já entre os homens, no M2, Alef Fontoura e Bernardo Boggian Timm terminaram na sexta colocação, com 6min46s17. Estados Unidos, Uruguai e México formaram o pódio.

Esperança de muitas medalhas ao Brasil neste Pan de Santiago, a natação não decepcionou no primeiro dia de provas, disputando 7 finais com 11 representantes (dois atletas nos 400m livre masculino e feminino, além de mais dois nos 100m peito masculino e nos 200m borboleta masculino), com seis subidas ao pódio. Foram dois ouros, duas pratas e outros dois bronzes. Guilherme Costa, que prometeu buscar quatro ouros no Chile, ganhou o primeiro com direito a recorde pan-americano nos 400m livre. O revezamento 4x100 masculino também fez bonito, deixando os Estados Unidos para trás.

Com direito a recorde da prova, Guilherme Costa, o Cachorrão, conquistou o ouro nos 400m livre com o tempo de 3min46s79, superando o peruano Alfonso Mestre, prata com 3min47s62 e o americano James Piage, bronze com 3min50s74. O também brasileiro Alex Steverink completou a prova em quinto (3min53s77).

##RECOMENDA##

Cachorrão, como é carinhosamente chamado na natação - apelido de infância -, ainda buscará mais duas medalhas no individual, nos 800m e 1500m, além do revezamento. Sua promessa é de conquistar quatro ouros em Santiago.

O País ainda teve dobradinha no pódio na versão feminina dos 400m, com Maria Fernanda Costa, a Mafê, com a prata (4min06s68) e Gabriele Roncatto com o bronze (4min06s88). O ouro foi para a americana Paige Madden, com 4min06s45, apenas 0s23 de vantagem. O resultado das brasileiras foi suficiente para elas se garantirem em Paris-2024, já que o tempo para o índice era de 4min07s90.

"Oi gente, eu e a Gabi acabamos de nadar os 400m livre, ganhamos prata e bronze e estamos muito felizes em levar duas medalhas para o Brasil no primeiro dia de competição. Muito obrigado pela torcida", comemorou Mafê. "Acompanhe a gente que tem mais quatro dias", pediu Roncatto.

Na final dos 100m peito, Jhennifer Conceição, que é muito forte nos 50m livre, ficou somente na sétima colocação, com 1min10s10. Ela tinha feito 1min09s75 na classificatória. O Canadá fez dobradinha, com Macarena Ceballos, da Argentina, com o bronze. Já João Gomes (1min01s17) e Raphael Rached (1min01s62) também não conseguiram um lugar no pódio ao terminarem em quinto e sétimo, respectivamente. Jacob Foster e Noah Niochols garantiram a dobradinha americana, com o mexicano Miguel de Lara levando o bronze.

Já Leonardo de Deus subiu no pódio dos 200m borboleta pelo quarto Pan seguido. Depois de três ouros consecutivos, em Santiago ele garantiu a prata com somente 0s81 do americano Mason Laur, que levou o ouro. O brasileiro nadou a final em 1min57s25.

Com mais uma medalha, Leonardo de Deus se iguala aos compatriotas Gustavo Borges e Thiago Pereira, que também subiram no pódio quatro vezes em Jogos Pan-Americanos em uma mesma prova. Na final deste sábado, o bronze ficou com o também americano Jack Dahlgren (1min57s53). Luiz Altamir ficou em oitavo, com 2min01s27.

Depois das finais individuais, foi a vez do Brasil cair na água nos revezamentos 4x100m livre. Depois de avançar à final em primeiro, a equipe feminina formada por Ana Carolina Vieira, Stephanie Balduccini, Giovanna Tomarik e Celine Bispo garantiu o bronze, com 3min39s94, atrás somente das canadenses e das americanas.

Já o masculino, com Victor Alcará, Guilherme Caribé, Felipe Ribeiro e Breno Correia fez ainda mais bonito, terminando no topo do pódio com grande apresentação na final, desbancando o forte time dos Estados Unidos. A equipe nacional completou a prova em 3min13s51, diante de 3min14s22 dos americanos e de 3min15s83 dos canadenses.

PAÍS DO SKATE

Logo após a dobradinha entre Rayssa Leal e Pâmela Rosa, foi a vez de Lucas Rabelo mostrar que o Brasil se tornou o País do skate, ao também subir no topo mais alto do pódio. O skatista fez 264.65 pontos da final do street masculino, superando o peruano Angelo Caro (256,80) e o colombiano Jhancarlos González (247,82).

É o segundo grande título do skatista brasileira, que já havia levado o ouro no Pan Júnior de Cali. Outro brasileiro na decisão, Ghabryel Aguilar terminou em oitavo, com 135,91 pontos.

NÃO DEU

No levantamento de peso, Thiago Félix terminou somente na sétima colocação na prova para até 61kg. O atleta levantou 115kg no arranco e 147kg no arremesso, somando um total de 262kg. O ouro ficou com o cubano Arley Licourt (279kg no total), seguido pelo mexicano Victor Guemez, prata com 276kg, e o bronze foi do peruano Luis Tuisima (275kg).

A Prefeitura de São Paulo e o Comitê Olímpico do Brasil (COB) vão apresentar nesta quinta-feira, em Santiago, no Chile, a candidatura da capital paulista para sediar os Jogos Pan-Americanos de 2031. O secretário de Esportes e Lazer, Cacá Viannna, e o presidente do COB, Paulo Wanderley Teixeira, estão na capital chilena, sede da atual edição do Jogos, para entregar uma carta de intenção à Pan Am, entidade responsável pela organização do evento continental.

Acompanhado de uma comitiva da Prefeitura, Vianna participará da cerimônia de abertura do Pan, sexta-feira, e se reunirá com Neven Ilic, presidente da Pan Am Sports, para colher detalhes sobre a infraestrutura necessária para sediar os Jogos em 2031. Também será realizada a inauguração da "Casa São Paulo", um espaço de relacionamento destinado a apresentar a cidade aos outros países, assim como haverá a "Casa Brasil", com o mesmo intuito.

##RECOMENDA##

Em nota oficial, a Secretaria de Esportes e Lazer defende que a experiência "como uma das sedes da Copa do Mundo (de futebol) de 2014" credencia a cidade para sediar uma edição do Pan. "São Paulo já possui toda uma estrutura em termos de estádios, hotéis e transportes para sediar um evento como os Jogos Pan-Americanos. O potencial econômico da capital irá facilitar as melhorias necessárias do demais equipamentos esportivos", diz o texto.

Caso alcance o objetivo, a capital paulista sediará os Jogos Pan-Americanos pela segunda vez na história. A primeira e única, até o momento, foi em 1963, quando delegações de 22 países desembarcaram em solo paulistano para as disputas esportivas. Na ocasião, a abertura foi realizada no Pacaembu, e o Brasil foi o segundo colocado, com 52 medalhas. Foram 14 ouros, 20 pratas e 18 bronzes. O primeiro lugar ficou com os Estados Unidos.

Daqui a quatro anos, o já tradicional canto "chi-chi-chi-le-le-le" será ainda mais ecoado pelos eufóricos torcedores nas ruas, em ginásios, campos e nos mais diversos locais de provas. Pela primeira vez na história, o Chile receberá uma edição dos Jogos Pan-Americanos e o país já começou a contar os dias para a competição, que acontecerá em Santiago entre outubro e novembro de 2023.

Os preparativos já tiveram início. Além do logo do Pan, lançado no mês passado, o presidente da República, Sebastián Piñera, apresentou no final de 2018 a Corporación Santiago 2023, que será responsável pela organização do evento. O grupo é formado nove membros e conta com ex-atletas, como Fernando González, medalha de ouro no tênis na Olimpíada de Atenas (2004), além de representantes dos Comitês Olímpico e Paralímpico do Chile, e profissionais do ramo da administração de projetos esportivos.

##RECOMENDA##

"Até dezembro, vamos avaliar os locais que possivelmente receberão as competições e também criaremos um calendário de provas. Com isso feito, 2020 será de implementação, de início das obras", afirma Karl Samsing, presidente da Corporación Santiago 2023.

A maioria das competições ocorrerá em Santiago, mas algumas delas vão acontecer em cidades que estão a até 90 km de distância da capital chilena. É o caso das litorâneas Valparaíso e Viña del Mar, que deverão receber provas de vela e triatlo, e de Los Andes, sede da canoagem.

Santiago receberá mais de 70% das disputas. O Parque Estádio Nacional será a casa da natação, do tênis e do atletismo. O local, que já foi palco da Copa do Mundo de 1962 e da Copa América 2015, entre outras, também contará com as finais do futebol e as cerimônias de abertura e encerramento.

De acordo com a ministra do Esporte, Paulina Kantor, como muitas instalações esportivas já existem, elas passarão apenas por reformas e adequações. Um exemplo é a Arena Movistar, situada no Parque O’higgins. Ela abrigará as partidas de basquete. "Sobre as novas construções, já anunciamos o campo de hóquei, que será muito importante, pois não temos campos públicos no Chile", diz Paulina.

O Pan também é visto como oportunidade para o Chile atacar problemas que assolam a população. O país sofre com sérios problemas de obesidade entre os seus habitantes. Um informe da ONU, de julho, mostra que quase 4 milhões de adultos chilenos são obesos. É a segunda maior taxa da América Latina.

"Os Jogos Pan-Americanos podem ir além do evento. Queremos que eles ajudem a criar no país uma consciência da importância de se fazer atividade física, praticar um esporte, e que isso seja incorporado como um valor no cotidiano de cada um em prol da melhor qualidade de vida. Esse é o legado que queremos deixar", afirma a ministra.

ECONOMIA - Sede do próximo Pan, o Chile pretende ser econômico em suas obras de infraestrutura. O orçamento previsto é de US$ 400 milhões (cerca de R$ 1,5 bilhão). "Alguns podem dizer que é pouco, mas nós, do governo, avaliamos que é o necessário, pois já contamos com algumas instalações esportivas e elas necessitam apenas de reformas", afirma a ministra do Esporte.

A Vila Pan-Americana de Santiago será fruto de uma parceria público privada e o seu custo, de US$ 200 milhões (R$ 788 milhões), não está incluído no orçamento do governo. Com um total de 2.028 apartamentos divididos em 24 torres, será construída no Parque Bicentenário de Cerrillos.

Após a competição, os apartamentos da Vila deverão ser destinados a atletas chilenos, se for aprovado projeto de lei da ex-corredora Érika Oliveira, que esteve em cinco Pans e hoje é deputada. "No Chile, os esportistas não são considerados trabalhadores. Portanto, não são permitidos a eles os subsídios habitacionais, como o crédito hipotecário, porque não têm como justificar a renda. Por isso propus esse PL", explica a ex-maratonista, ouro no Pan de Winnipeg (1999) e bronze em Santo Domingo (2003).

Na edição 2019 dos Jogos Pan-Americanos, realizados de Lima, no Peru, a equipe brasileira confirmou a melhor atuação do país em Jogos Pan-Americanos. O Time Brasil conquistou 171 medalhas e garantiu o país no 2º lugar do quadro geral de medalhas, com 55 de ouro, 45 de prata e 71 de bronze.

A medalha de ouro de Guilherme Costa nos 1.500m da natação, foi a marca para o país chegar a 53 ouros em Lima e superar sua melhor campanha em Jogos Pan-Americanos na história, ocorrida no Rio 2007, com 52 ouros.

##RECOMENDA##

Foram 19 dias de jogos Pan-Americanos. Nesse tempo, o Brasil mostrou dominância em algumas modalidades, surpreendeu em outras e também viu medalhas que pareciam quase certas escaparem. Superação e aprendizado caminham juntos em qualquer competição esportiva. Da frustração do ginasta Arthur Zanetti, prata nas argolas, a ouros inéditos no badminton, boxe feminino e taekwondo feminino, o Brasil escreveu sua história em Lima.

Confira alguns destaques do Brasil nesta edição dos jogos:

Favoritismo confirmado

Um desempenho histórico não seria possível sem que os favoritos fizessem o que se esperava deles. E muitos nomes considerados hegemônicos confirmaram as previsões e fizeram o hino nacional brasileiro tocar várias vezes em Lima.

Um deles foi Fernando Reis. Ele conquistou o tri pan-americano no levantamento de peso com uma performance impecável. Ele somou 420 quilos levantados, somando o arranco e o arremesso, e garantiu com folga a medalha de ouro. Muito superior aos seus adversários, ele levantou 21 quilos a mais que o segundo colocado, o cubano Luis Manuel Lauret, com 399 quilos.

O time de handebol feminino também manteve seu posto de imbatível nas Américas. A vitória na final sobre a Argentina não veio fácil. As adversárias foram mais eficientes e concentradas no primeiro tempo, mas viram a seleção brasileira corrigir os erros na segunda metade da partida e vencer por 30 a 21. Além de faturar o ouro e o hexacampeonato no handebol, as brasileiras asseguraram presença nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020.

Um dos principais nomes do Time Brasil na atualidade, o baiano Isaquias Queiroz venceu na prova de C1 10000. Essa foi a quarta medalha de Isaquias em jogos Pan-Americanos. Ele também participou da final da prova de duplas C2, mas seu parceiro, Erlon Souza, passou mal e eles não completaram o percurso.

Um dos carros-chefe de medalhas, tanto em jogos Olímpicos como em jogos Pan-Americanos, o judô brasileiro brilhou mais uma vez. Mayra Aguiar e Rafaela Silva, medalhistas no Rio, em 2016, não tiveram grandes dificuldades para botar mais dois ouros na conta do Brasil.

Natação

Uma das modalidades mais generosas para o Brasil nos jogos Pan-Americanos, a natação voltou a brilhar. Foram 30 medalhas, sendo dez ouros, nove pratas e 11 bronzes. Dentre os triunfos, estão os ouros de Guilherme Costa nos 1.500 metros, Etiene Medeiros nos 50 metros livre, Bruno Fratus também nos 50 metros livre e do revezamento masculino 4x200 livre, com Luiz Altamir, Fernando Scheffer, João de Lucca e Breno Correia.

A natação brasileira também conquistou prata nos 4x100 medley masculino, com João Gomes Jr., Guilherme Guido, Vinícius Lanza e Marcelo Chierighini. “A gente conseguiu ajudar muito o Brasil no quadro geral de medalhas. A gente vem cansado do mundial, em que foi bem forte e cansativo para todo o grupo. Chegamos aqui de coração aberto para lutar por um resultado expressivo”, disse João ao site Rede do Esporte, do governo federal.

O quarteto feminino dos 4x100 medley também subiu ao pódio, com Etiene Medeiros, Jhennifer Conceição, Giovanna Diamante e Larissa Oliveira. Elas conquistaram o bronze. “Nadar o revezamento é importante para a natação feminina. São as melhores de cada estilo, uma prova rápida, onde as americanas sempre ganham destaque e as canadenses também”, disse Etiene.

Francisco Barretto e a ginástica artística

Grande destaque da ginástica artística brasileira nesse Pan, Francisco Barretto conquistou três medalhas de ouro nesta edição do Pan: Na barra fixa, no cavalo com alças e na equipe masculina. O triunfo de Barretto foi de grande ajuda para a ginástica brasileira. Foi a melhor campanha na modalidade na história do Pan, chegando a um total de 11 medalhas – quatro de ouro, quatro de prata e três de bronze nesta edição do evento.

Basquete feminino

Foi um desempenho histórico. A seleção feminina de basquete resgatou uma performance digna dos anos dourados da modalidade no país, quando Magic Paula e Hortência comandavam as vitórias, e voltou a ganhar um Pan-Americano. Desde 1991, nos jogos de Havana, que isso não acontecia. As brasileiras derrotaram os Estados Unidos por 79 a 73. Para chegar à final, a seleção passou por Canadá, Paraguai, Porto Rico e Colômbia. Uma conquista incontestável e merecida.

Patinação artística

Pela primeira vez, a patinação artística feminina brasileira ganhou uma medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru. A autora da façanha foi a patinadora Bruna Wurts. Com apenas 18 anos, ela subiu no degrau mais alto do pódio ao somar 103,17 pontos na apresentação.

Vela

Martine Grael e Kahena Kunze ainda surfam na boa fase iniciada com o ouro olímpico, nos jogos do Rio de Janeiro, em 2016. Em Lima, a dupla brasileira faturou o primeiro ouro em jogos Pan-Americanos na modalidade. As duas haviam conseguido a terceira colocação da regata da prova (Medal Race) e precisavam apenas terminar essa etapa para conseguir o ouro.

Boxe feminino

Beatriz Ferreira conquistou a medalha de ouro ao vencer a argentina Dayana Sanchez na categoria leve (57 kg-60 kg). Foi o primeiro ouro do Brasil no boxe feminino em jogos Pan-Americanos. O ouro veio após uma luta na qual Beatriz foi superior nos três rounds, com todos os cinco juízes dando a vitória incontestável para a brasileira.

Ouro inédito no Badminton

O melhor atleta brasileiro de badminton colocou de vez seu nome na história do esporte no Brasil. Ygor Coelho conquistou o primeiro ouro do país na modalidade ao vencer o canadense Brian Yang por 2 sets a 0.

A medalha de Ygor, no entanto, não foi a única do Brasil na modalidade. A equipe brasileira chegou ao total de cinco medalhas nesta edição do Pan: o ouro do carioca e quatro bronzes nas duplas.

Ygor tem uma origem curiosa e bonita no badminton. Ele começou no esporte ainda criança. Seu principal incentivador foi seu pai, Sebastião de Oliveira, que criou um projeto na comunidade da Chacrinha, no Rio de Janeiro, para educar e socializar crianças por meio do esporte.

No início da tarde deste sábado (10), penúltimo dia dos Jogos Pan-Americanos, o Brasil garantiu mais uma medalha de bronze, mantendo-se em segundo lugar no quadro geral da competição. A vitória foi no polo aquático feminino, em que a equipe derrotou Cuba por 8 a 7. A expectativa é que o país consiga, amanhã, bater o recorde histórico de medalhas em disputa e superar o Pan de 2007, quando foram conquistados 52 ouros e 157 medalhas no geral. 

Uma das maiores chances de ouro é com a equipe feminina de tênis de mesa, representada por Bruna Takahashi, Caroline Kumahara e Jéssica Yamaha. No começo da tarde deste sábado, o trio ganhou de virada da equipe norte-americana por 3 a 2 e corre atrás da medalha de ouro hoje à noite, às 19h. A equipe masculina de tênis de mesa também tenta uma vaga na final e, neste momento, joga contra os Estados Unidos. 

##RECOMENDA##

A natação brasileira também termina hoje sua participação no Pan, com chances de ganhar medalha de ouro. Nas eliminatórias do início da tarde, o Brasil conseguiu vaga nas finais de todas as categorias -- seis, ao todo. A equipe brasileira é a favorita no revezamento 4x100m medley masculino. As finais são hoje à noite.

Karatê

As disputas na fase de grupos seguem durante a tarde na modalidade kumitê tanto feminina quanto masculina. Na categoria até 50kg, a brasileira Jéssica Linhares perdeu por 1 a 0 para a norte-americana Shannon Nishi. Ainda assim, ela vai para a semifinal, contra a mexicana Alicia Hernandez. Na categoria até 55kg, a brasileira Valéria Kumizake venceu por 1 a 0 a panamenha Yaremi Borzelli.

Patinação de velocidade

Gabriel Félix foi eliminado esta manhã na etapa classificatória dos 500m da patinação de velocidade. Ele ficou em terceiro lugar na segunda bateria, perdendo vaga para semifinal. Mas o patinador ainda pode conseguir medalha de ouro hoje, na final dos 10.000m masculino.

Corrida pelo bronze

A equipe brasileira feminina de Espada, composta por Nathalie Moellhausen, Victória Vizeu e Amanda Simeão, venceu hoje o México nas quartas de final e vai enfrentar Cuba na disputa pelo bronze. Já a equipe masculina de Sabre perdeu para a Colômbia, ficando de fora das semifinais. 

Nas quartas de final da luta olímpica, o brasileiro Antoine Braga ganhou do equatoriano Victor Mancheno. No entanto, perdeu para o cubano Oscar Pino na semifinal e vai lutar pela medalha de bronze às 18h30. 

Outra chance de bronze para hoje é no tiro com arco, com a equipe mista do arco composto. Depois de perder para a Guatemala na semifinal hoje de manhã, a busca pelo terceiro lugar será às 16h, contra a Colômbia. 

Mais expectativas

A vela é a modalidade que pode trazer mais pódios para o Brasil hoje. São cinco competições durante a tarde. Na classe 49erFX, Martine Grael e Kahena Kunze precisam apenas largar e terminar a Medal Race -- corrida da medalha -- para garantirem o ouro, independentemente da posição em qual chegarem.

O país busca o pódio ainda hoje na final masculina de ciclismo de estrada, final feminina de basquete e nas finais de atletismo, judô e fisiculturismo. Ainda há as semifinais do vôlei feminino. No polo aquático, ainda há mais uma chance de medalha de bronze para o Brasil. Às 20h, a equipe masculina enfrenta a Argentina na busca pelo terceiro lugar. 

Quadro de medalhas

Os Estados Unidos continuam liderando com folga o quadro de medalhas, com 93 de ouro, 77 de prata e 73 de bronze. O Brasil está em segundo lugar, com 46 medalhas de ouro, 37 de prata e 60 de bronze. Em terceiro lugar está o México, que conquistou 33 ouros, 28 pratas e 54 bronzes. 

Em uma noite na qual a natação do Brasil garantiu um total de sete medalhas, o brasileiro Marcelo Chierighini brilhou como principal destaque ao faturar a medalha de ouro da prova dos 100 metros livre dos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019, nesta quinta-feira, ao triunfar com o tempo de 48s09 na final desta tradicional prova na capital peruana. Ele superou por pouco o norte-americano Nathan Adrian, que ficou com a prata com 48s17, enquanto o bronze foi obtido por Michael Chadwick, também dos Estados Unidos, com 48s88.

Campeão olímpico desta prova nos Jogos de Londres-2012 e dono de outras quatro medalhas douradas olímpicas, Adrian defendia favoritismo na luta pelo ouro, sendo que ele é o principal nadador do seu país nesta edição do Pan. E compete na capital peruana depois de ter se recuperado de um câncer nos testículos.

##RECOMENDA##

"Estou muito feliz não só pela medalha, mas por estar há anos brigando por uma medalha numa competição internacional, fico mais feliz. Nesse ano, foi uma prova muito forte. O Adrian Nathan era um cara em quem eu me espelhava quando era criança, campeão olímpico. Muito legal vencer. É a prova que eu mais treino, a que eu mais gosto. Eu estou muito feliz", afirmou Chierighini, em entrevista ao SporTV, pouco depois de conquistar o ouro.

E o brasileiro fez questão de exaltar Adrian, a quem qualificou também como uma grande pessoa. "O Nathan é exemplar dentro e fora da água. Não tem do que se queixar do cara. Ele é gente boa e educado. A gente sempre bate papo antes de prova, é uma rivalidade boa, sadia", completou.

Outro brasileiro presente nesta final dos 100m, Breno Martins Correia terminou em quinto lugar, com o tempo de 49s14. Ele também ficou atrás do venezuelano Cristian Daniel Valero, quarto colocado, com 48s94.

GUIDO, VALENTE E REVEZAMENTO GANHAM PRATAS - Guilherme Guido também foi outro nadador do Brasil que subiu ao pódio na noite desta quinta-feira. Ele conquistou a medalha de prata na prova dos 100 metros costas, com a marca de 53s54, e só foi superado pelo norte-americano Daniel Carr, com 53s50. O bronze ficou com Dylan Carter, com 54s52. No fim, Guido acabou repetindo a prata que conquistou nesta mesma prova no Pan de Toronto-2015, no qual chegou a estabelecer o recorde da competição, com 53s12.

E outro brasileiro que fechou a noite de quinta-feira com uma medalha de prata no peito foi Miguel Leite Valente, que terminou em segundo lugar a final dos 800 metros livre. Ele cravou o tempo de 7min56s37 e superou por pouco o mexicano Ricardo Vargas, bronze ao marcar 7min56s78. Já o ouro foi obtido pelo norte-americano Andrew Abruzzo, que exibiu uma incrível arrancada no fim para triunfar com 7min54s70. O brasileiro Diogo Andrade, também presente nesta final, ficou em sexto lugar com o tempo de 8min03s17.

A outra medalha de prata do Brasil na noite desta quinta-feira veio com o revezamento 4x100m misto. O quarteto formado por Guilherme Guido, João Gomes Júnior, Larissa de Oliveira e Joana Diamante completou esta prova em 3min48s61 para terminar em segundo lugar. A equipe brasileira só ficou atrás da norte-americana, que garantiu o ouro com o tempo de 3min42s96, enquanto o time do Canadá levou o bronze com 3min49s97.

BRASILEIRAS LEVAM 3 BRONZES - Na versão feminina da prova dos 100 metros livre do Pan, o Brasil também garantiu um lugar no pódio com Larissa de Oliveira, que conquistou o bronze com a marca de 55s25. Ela só foi superada pela norte-americana Margo Usageer, ouro com 54s17, e a canadense Alexia Zvenik, prata com 55s04.

Após o seu feito, Larissa disse que poderia ter exibido um rendimento ainda melhor, mas exaltou o fato de que conseguiu se tornar a segunda brasileira a conquistar uma medalha nesta prova na história do Pan - Flávia Delaroli faturou a prata nos Jogos do Rio-2007.

"Nos tempos, acho que fiquei um pouco a desejar em relação ao que treinei. Mas a medalha tem que ser comemorada, encerramos um jejum de 12 anos. Então estou muito feliz", comemorou a brasileira. E a outra representante do País nesta disputa por medalhas, Daynara Ferreira, terminou na sétima e penúltima posição, com o tempo de 56s88.

Etiene Medeiros, por sua vez, também faturou um bronze para a natação do Brasil em uma final na noite desta quinta-feira. Ela terminou em terceiro lugar nos 100m costas, com 1min00s67, enquanto o ouro foi obtido pela norte-americana Phoebe Bacon (59s47) e a prata assegurada pela canadense Danielle Hanus (1min00s34). A brasileira Fernanda de Goeij, também presente nesta final, fechou a prova em quinto, com 1min01s59.

E a outra nadadora do Brasil que conquistou um bronze em uma final individual na noite desta quinta-feira foi Viviane Jungblut. Ela ficou em terceiro lugar nos 800 metros livre. E a medalha acabou sendo histórica, pois o País nunca havia faturado um pódio nesta prova entre as mulheres em uma edição do Pan.

Viviane garantiu o bronze com o tempo de 8min36s04. Ela só ficou atrás da argentina Delfina Pignatiello, ouro de forma dominante, com 8min29s42, e da norte-americana Mariah Denigan, prata ao fechar a disputa em 8min34s18. Outra brasileira que participou desta final, Ana Marcela Cunha ficou em sétimo e penúltimo lugar, com o tempo de 8min48s33.

Com o desempenho desta quinta, são 19 medalhas do Brasil na natação deste Pan. E no quadro geral de medalhas em Lima-1019, o País se firmou ainda mais na segunda posição na classificação geral, com 35 ouros, 29 pratas e 51 bronzes, totalizando 115 pódios. Os Estados Unidos, com 84 ouros, 68 pratas e 55 bronzes, são os líderes disparados, com 207 ao total. O México (27-24-46) e um total de 97 ocupa o terceiro lugar.

Com direito a cravar a melhor marca de sua carreira, o brasileiro Alison dos Santos faturou nesta quinta-feira a medalha de ouro da prova dos 400 metros com barreiras dos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019. Com o tempo de 48s45, ele garantiu o único pódio do País no atletismo neste dia de disputas na capital peruana.

Com apenas 19 anos, Alison terminou a final desta quinta com mais de meio segundo de vantagem para o norte-americano Amere Lattin, que ficou com a prata com 48s98, enquanto o bronze foi obtido pelo jamaicano Kemar Mowatt (49s09).

##RECOMENDA##

"Estava nos planos vim e fazer a melhor marca. Sempre quero fazer o melhor resultado", afirmou o brasileiro, em entrevista ainda na pista ao SporTV, ao comemorar o seu grande desempenho. Em seguida, a promessa do atletismo nacional admitiu surpresa com as performances expressivas que vem tendo nesta temporada, na qual também levou uma medalha de ouro na Universíade de Nápoles, na Itália, em julho passado. "É um ano surpreendente. Não esperava conseguir esses resultados com 19 anos", reconheceu.

Com índice para a Olimpíada de Tóquio-2020 nos 400m com barreiras garantido antes mesmo deste Pan, Alison é o atual recordista sul-americano sub-20 desta prova, com o tempo de 48s49, e dedicou o ouro conquistado em Lima à mãe, Sueli.

Na final desta quinta-feira, o brasileiro arrancou nos metros finais para ultrapassar o dominicano Juander Aquino, que acabou sofrendo uma queda na última barreira e ficou até fora do pódio - terminou em oitavo e último lugar. "Meu estilo de corrida é assim: no começo não passo tão forte, mas minha segunda metade é muito forte. Consigo evoluir a cada barreira", disse Alison ao analisar a sua performance vitoriosa.

OUTROS BRASILEIROS - Em outra disputa do dia envolvendo um representante do Brasil em Lima, Vitória Rosa avançou à luta por medalhas na prova dos 200 metros com o melhor tempo das semifinais, que foi de 22s72. Medalhista de bronze nos 100m na quarta-feira, a velocista de 23 anos cravou o tempo mais rápido de sua carreira nos 200m, mas ainda não conseguiu o índice para os Jogos de Tóquio nesta prova. A final será às 18h15 (de Brasília) desta sexta-feira em Lima.

Também presente nas semifinais dos 200m, Lorraine Barbosa Martins acabou sendo eliminada ao terminar o qualificatório com a 11ª posição, com a marca de 23s74.

Já na prova do lançamento do martelo, Allan Wolski encerrou na sexta posição, com a marca de 73,25m, e ficou longe do pódio, que teve como medalhista de ouro o chileno Gabriel Henrique Sabra, com 74,98m. Humberto Fernan Arzola, também do Chile, faturou a prata, com 74,38m, enquanto o bronze foi obtido pelo norte-americano Sean Donnelly (74,23m).

No salto em altura feminino, a brasileira Valdileia Martins terminou em quinto lugar, com 1,84m em sua melhor tentativa de ultrapassar o sarrafo. A mesma marca foi alcançada pela jamaicana Kimberly Asheki Williamson, que ficou com o bronze por ter atingido esta altura com um menor número de saltos. Jeanelle Anna Scheper, de Santa Lúcia, também com 1,84m, fechou a final na quarta posição.

A brasileira Juliana Campos, por sua vez, foi apenas a oitava colocada na final do salto com vara, com 4,10m em sua melhor tentativa. A cubana Yarisley Rodríguez, recordista pan-americana, com os 4,85m alcançados em Toronto-2015, confirmou o favoritismo e voltou a faturar o ouro, agora com a marca de 4,75m.

Na prova masculina dos 1.500 metros, o brasileiro Carlos de Oliveira Santos terminou em sexto lugar, com 3min44s47. O fundista ficou muito distante do mexicano José Carlos Peinado, ouro com o tempo de 3min39s93. Completando a participação brasileira no dia de disputas do atletismo, Vanessa Chequer fechou a luta por medalhas no heptatlo em quinto lugar e foi outro nome do País a não conseguir subir ao pódio nesta quinta.

Os judocas brasileiros conquistaram dois pódios no primeiro dia de disputa da modalidade nos Jogos Pan-Americanos de Lima. O destaque ficou por conta de Renan Torres, jovem de 20 anos que teve um desempenho excelente e ganhou a medalha de ouro na categoria até 60 kg. A outra medalha, de ouro também, foi de Larissa Pimenta.

"Eu acordei tranquilo e bastante confiante. Sou um dos mais novos da equipe e essa medalha dá força para meus companheiros nos próximos dias. Eu vinha treinando bastante e acho que fiz uma competição boa", disse o atleta, que ganhou na final de Lenin Preciado, do Equador, que foi campeão em Toronto-2015.

##RECOMENDA##

A trajetória de Renan foi tão boa que ele venceu todos seus rivais e eles, de tão fortes, chegaram ao pódio. A primeira luta foi contra Adonis Diaz, dos Estados Unidos, que depois foi bronze. O brasileiro também superou Roberto Almenares, de Cuba, outro que foi bronze. E na decisão bateu Preciado.

A japonesa Yuko Fujii, técnica da seleção masculina, elogiou o garoto. "Ele fez três lutas perfeitas. É novo, mas mostrou muita calma. Fiquei impressionada com o desempenho dele. Já estava muito confiante, mas lutou no primeiro dia, o que sempre é mais difícil, e chegou à medalha de ouro. Isso prova para os mais novos que eles também podem vencer e dá uma motivação a mais", comentou.

Já Larissa Pimenta confirmou o favoritismo na categoria até 52kg e ganhou da mexicana Luz Olvera. A luta foi bastante dura e parelha, e terminou empatada no tempo normal. O duelo seguiu para o golden score e, após quase seis minutos, a atleta do México recebeu seu terceiro shido e com isso a brasileira ganhou o ouro.

A única brasileira que não conseguiu a medalha foi Larissa Farias, da categoria até 48kg. Ela foi derrotada para a chilena Mary Dee Vargas no golden score após 17 minutos de luta na disputa do terceiro lugar. Ela havia herdado a vaga de Nathália Brígida, que se machucou, mas não conseguiu chegar ao pódio em Lima e ficou na quinta posição.

Em um dia de muitas medalhas para o Brasil nos Jogos Pan-Americanos, os maiores destaques foram os ouros de Darlan Romani, no lançamento de peso, de Hugo Calderano, no tênis de mesa e da equipe de saltos no hipismo. Além do lugar mais alto do pódio, os cavaleiros brasileiros Rodrigo Lambre, Pedro Veniss, Eduardo Menezes e Marlon Zanotelli garantiram vaga para os Jogos Olímpicos de 2020, que ocorre no Japão. Calderano também conquistou vaga para Tóquio 2020.

A equipe mexicana ficou com a medalha de prata, enquanto os norte-americanos ficaram com o bronze. Com a atuação desta quarta Rodrigo Lambre, Pedro Veniss e Marlon Zanotelli conseguiram garantir a participação na final individual de saltos.

##RECOMENDA##

Recorde pan-americano

Outra medalha de ouro do dia veio com Darlan Romani na prova de lançamento de peso. O brasileiro foi muito superior a seus adversários e alcançou a marca de 22,07 metros, que lhe garantiu também o recorde pan-americano.

Conquistas no tênis de mesa

No individual masculino do tênis de mesa, Hugo Calderano conquistou a medalha de ouro ao vencer por 4 sets a 3 Jiaji Wu, da República Dominicana. Com o ouro, Calderano se tornou bicampeão pan-americano e conquistou a vaga para os Jogos Olímpicos de 2020.

Na semifinal do individual feminino do tênis de mesa Bruna Takahashi perdeu para Adriana Díaz, de Porto Rico, por 4 sets a 0. Com isso a brasileira ficou com a medalha de bronze. Esta é a terceira medalha de Bruna, que já tinha uma prata e um bronze.

Prata no ciclismo

Na prova contrarrelógio do ciclismo, o brasileiro Magno Nazaret alcançou a marca de 46min17s44 e conquistou a medalha de prata. O campeão foi o colombiano Daniel Poveda, que cumpriu os 37km do percurso em 44min22s71. O outro brasileiro na prova, Rodrigo do Nascimento, terminou na 13º posição.

Medalhas no atletismo

O atletismo rendeu para a delegação brasileira mais duas importantes medalhas. Nos 100 metros rasos, a prova mais nobre da modalidade, Paulo André fez uma ótima corrida e alcançou o tempo de 10s16 para ficar com a medalha de prata. O ouro ficou com o norte-americano Michael Rodgers, com o tempo de 10s09, e o bronze foi para Cejhae Greene, de Antígua e Barbuda.

Também nos 100 metros, mas no feminino, Vitória Cristina Rosa conquistou mais um bronze para o Brasil. Ela completou o percurso em 11s30. Elaine Thompson, dos EUA, garantiu o ouro com o tempo de 11s18, e a tobaguiana Michelle-Lee Ahye ficou com a prata com 11s27.

Bronze na esgrima

Uma das grandes esperanças de medalha do Brasil no dia estava depositada em Nathalie Moellhausen, atual campeã mundial da prova de espada. Porém, a italiana naturalizada brasileira foi derrotada pela norte-americana Katharine Holmes por 15 a 9 na semifinal e acabou a competição com a medalha de bronze.

Vôlei feminino

Outra esperança de medalha do Brasil é o vôlei feminino. Hoje a seleção estreou com uma vitória segura sobre Porto Rico por 3 sets a 0, parciais de 25/16, 25/16 e 25/15.

Nas provas mais nobres da velocidade do atletismo, Paulo André conquistou a medalha de prata nos 100m rasos, atrás apenas do norte-americano Michael Rodgers. Já Vitória Rosa foi bronze na disputa feminina, atrás da jamaicana Elaine Thompson (ouro) e de Michelle-Lee Ahye, de Trinidad e Tobago (prata).

Paulo André marcou 10s16 na prova, não conseguindo superar a barreira histórica dos 10 segundos para um brasileiro. O recorde de Robson Caetano já tem mais de 30 anos e o velocista tem se aproximado, mas não conseguiu ainda superar. O clima nos Jogos Pan-Americanos de Lima, frio e úmido, não ajuda nas provas rápidas.

##RECOMENDA##

"Derrubar a barreira dos 10 segundos é um dos objetivos que tenho. Toda prova que entro é para fazer essa marca. Querendo ou não, deixou de ser um sonho e é uma realidade hoje. Não deu desta vez, mas vou continuar treinando para batê-la", disse o atleta, que espera ajudar sua equipe a bater o recorde sul-americano no revezamento 4 x 100m rasos.

A prova teve uma queimada de largada e o primeiro tiro não valeu. O brasileiro Rodrigo Nascimento tinha largado bem, mas não valeu. Na segunda largada, ele foi pior. "Tentei me recuperar, mas foi difícil", comentou o atleta, que acabou na quarta posição. Já Paulo André explicou que a segunda largada não o atrapalhou e ele fez seu melhor.

"Infelizmente não deu. Vim para ouro e fiquei insatisfeito com o resultado, mas saio feliz com a prata. A gente tem tudo para aprender e ir para a próxima. Acho que fiz uma boa prova, dei meu máximo, mas ele foi melhor que eu e tenho de respeitá-lo, pois é um grande velocista", disse.

Já na prova feminina, a brasileira Vitória Rosa acabou na terceira posição com o tempo de 11s30. A campeão foi a experiente Elaine Thompson, que marcou 11s18 no cronômetro. "Estou feliz pelo resultado, mas sei que posso chegar ainda mais longe", avisou a atleta brasileira festejando seu bronze.

A equipe brasileira de salto do hipismo brilhou nesta quarta-feira nos Jogos Pan-Americanos de Lima. Nesta quarta-feira, o quarteto composto por Marlon Modolo Zanotelli, Eduardo Menezes, Rodrigo Lambre e Pedro Veniss faturou a medalha de ouro, o que também garantiu ao País a classificação à Olimpíada de Tóquio, em 2020.

O título pan-americano foi assegurado na segunda e decisiva rodada de disputas, quando o Brasil perdeu apenas 12,39 pontos. Assim, assegurou a conquista com boa vantagem para os Estados Unidos, com 23,09 pontos perdidos. E o México, com 23,87, completou o pódio.

##RECOMENDA##

O Pan distribuía vagas olímpicas para os três primeiros colocados da disputa por equipes do salto nos Jogos de Tóquio, em 2020. Mas como Estados Unidos já estavam assegurados por causa do título mundial, o quarto colocado Canadá também se classificou.

A disputa que garantiu a conquista ao Brasil também foi classificatória para a final individual do salto, marcada para esta sexta-feira. Nesse caso, Veniss avançou na primeira posição, Lambre passou em terceiro e Zanotelli se classificou em quinto.

Este foi o sexto título do Brasil no evento por equipes na história dos Jogos Pan-Americanos e a 14ª vez que o País subiu ao pódio nessa competição.

Além disso, o hipismo brasileiro já havia faturado outras três medalhas no evento em Lima. A equipe do adestramento foi bronze, enquanto o time do CCE levou a prata, com ambos obtendo vagas olímpicas. E Carlos Parro ficou na segunda posição no evento individual do CCE.

No 14º dia de disputas dos Jogos Pan-Americanos, os melhores resultados da delegação brasileira vieram do atletismo, com as pratas de Altobeli Santos da Silva, na prova de 5.000 metros, e de Andressa de Morais, no lançamento de disco.

Na prova de 5.000 metros, Altobeli da Silva fez uma corrida muito boa para ficar com a segunda colocação. Após passar a maior parte da prova no pelotão intermediário, o brasileiro deu um sprint nos metros finais e completou com o tempo de 13min54s42, apenas um décimo mais rápido do terceiro colocado, o chileno Carlos Martin. O vencedor foi o mexicano Daniel Fernando Martinez.

##RECOMENDA##

Já Andressa de Morais viu a conquista do ouro muito de perto ao conseguir lançar o disco a 65m98 de distância, batendo o recorde sul-americano da prova. Mas na última rodada de lançamentos a cubana Yaimé Pérez Téllez alcançou 66m58 e ficou com o ouro, além de bater o recorde pan-americano. Andressa teve uma última chance de ultrapassar a marca da cubana, mas queimou o lançamento.

A outra brasileira na prova, Fernanda Borges, terminou em terceiro ao lançar o disco a 62m23.

Finais no atletismo

No decorrer da tarde desta terça (6), os brasileiros foram muito bem em provas de velocidade do atletismo, alcançando diversas finais marcadas para amanhã.

Na prova masculina dos 100 metros rasos, dois brasileiros fizeram os melhores tempos das classificatórias. Rodrigo Pereira do Nascimento foi o melhor no geral com o tempo de 10s27, e Paulo André ficou em primeiro em sua bateria após largar muito bem para ficar com o tempo de 10s29.

Nos 100 metros, mas no feminino, Vitória Cristina Silva Rosa correu em 11s40, conseguindo o terceiro melhor tempo das classificatórias.

Outra prova com brasileiro brilhando para alcançar a final foi a dos 400 metros com barreira. Alison Brendom Alves do Santos fez 49s74 para avançar para a decisão.

Tênis de mesa

Hoje dois atletas de tênis de mesa alcançaram a classificação para a semifinal de simples e garantiram ao menos o bronze para o Brasil.

No feminino, Bruna Takahashi derrotou a norte-americana Lily Zhang por 4 sets a 3 e enfrenta, na final, Adriana Diaz, de Porto Rico. Com esta classificação a brasileira garantiu sua terceira medalha nesta edição do Pan. Ela já havia garantido um bronze nas duplas femininas e outra nas mistas, esta no final da noite de ontem ao lado de Gustavo Tsuboi.

Já no masculino, Hugo Calderano venceu o mexicano Marcos Madrid por 4 sets a 0 para alcançar as semifinais, que serão disputadas amanhã. O adversário do brasileiro será o canadense Eugene Wang.

Decisão no remo

Outra modalidade na qual o Brasil garantiu vaga na final foi no remo. Na prova da categoria M2x, Lucas Vertheine e Uncas Tales se classificaram na repescagem. A final será na próxima quinta(8).

Estreia do basquete

Hoje também foi dia de estreia do Brasil no basquete feminino. Nossa seleção derrotou o Canadá por 79 a 71. Com este resultado, a equipe brasileira precisa de apenas mais um triunfo para se classificar para a fase semifinal.

Na quinta-feira, Jacqueline Castro ficou brava com o filho. "Você não me dá notícia. Está tão ocupado assim que não pode nem dar 'oi' para mim? O que está acontecendo?", reclamou a auxiliar administrativa no celular. A resposta do filho veio em seguida. "Mãe, estou treinando muito. Até apareci na tevê", respondeu Rayan Victor. O diálogo corriqueiro retrata parte da vida dos atletas adolescentes do Pan. Jovens de 15 a 17 anos misturam os desafios do esporte de alto rendimento e os "dramas" da adolescência, como a mãe querendo saber onde é que está o celular.

O Brasil tem sete atletas menores. Eles moram com os pais e estão no Ensino Médio. Pelo jeito de falar e pela trajetória esportiva, todos parecem mais velhos. Marco La Porta, vice-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e chefe de missão em Lima, afirma que o COB e a delegação brasileira seguem vários procedimentos de segurança para os jovens. "Os chefes das equipes devem acompanhar sempre o menor, para a competição, treino, policlínica ou atividade de lazer", explica.

##RECOMENDA##

Rayan Victor Dutra tem 17 anos e está no 3º ano do Ensino Médio no colégio Isabela Hendrix, em Belo Horizonte. Ele estuda de manhã e treina ginástica de trampolim no Minas Tênis Clube. Para ir ao Pan, Rayan precisou da autorização da mãe para viajar, o que acontece com todos eles.

Para a arqueira Ana Luiza Caetano, ser um atleta precoce tem dois lados. "A gente chega sem uma pressão muito grande. Por outro lado, temos de mostrar evolução", diz a menina de 16 anos de Maricá (RJ).

Afirmar que Ana Luiza é arqueira é apenas meia verdade. Velejadora desde criança, ela teve de abrir mão de muita festinha e passeio no shopping com os amigos - quase todos os atletas adolescentes lamentam isso. Para compensar, Ana criou um diário de bordo. Os editores amigos do seu avô gostaram e publicaram o título "Bons Ventos: Diário de Aventuras Iradas". Logo veio "Eureka", volume paradidático que aborda os valores olímpicos, folclore brasileiro e a conscientização ambiental.

Marcelo Roriz, chefe da delegação do Tiro com Arco, que integra Ana Luiza, valoriza a presença dos jovens. "É preciso entender que os jovens têm ansiedade e vontade grandes. Isso não pode extrapolar para não prejudicar o desempenho. Fazemos uma mescla com os mais experientes e transmitimos calma e tranquilidade, sem que eles percam essa vontade, que é muito boa", avalia.

Ana Beatriz Mantellato leva adiante a paixão familiar pelo polo aquático. Os pais, Nilson e Ana Cristina, jogaram na seleção; a irmã, Gabriela, disputou os Jogos no Rio-216. A adolescente de 16 anos não leva uma vida de adolescente de 16 anos. Ela estuda em um colégio bilíngue em período integral e treina no Clube Paineiras do Morumby. "Ela não tem tempo de ser adolescente. Isso preocupa um pouco a gente. Mas a vida do atleta de ponta é assim", diz a mãe.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando