Tópicos | Cape

Em uma coletiva realizada durante a manhã desta quarta (26) no auditório do CAPE - Centro do Artesanato de Pernambuco, foi anunciada a realização da décima quarta edição da Feira Nacional de Negócios do Artesanato Fenearte. O evento, organizado pelo Governo do Estado, acontece entre os dias 4 e 14 de julho. Foram investidos cerca de R$ 4,8 milhões e a expectativa é que a Fenearte arrecade R$ 40 milhões. Esta edição presta homenagem às mulheres rendeiras, iniciativa que, segundo a coordenadora da feira, Patricia Lessa, visa "Resgatar essa arte e mantê-la presente em nossa cultura".

Patrícia Lessa é a coordenadora da XIV FenearteAinda de acordo com Lessa, a Fenearte tem o papel de "Abrir espaço para que nossos artistas possam divulgar a nossa cultura para todos". Para Marco Stefani - secretário de desenvolvimento de Pernambuco - a feira é "O ápice da política do artesanato estadual". "Com a seca, o artesanato foi quem supriu a renda da queda da safra", explica. Stefani conta que o mercado das peças artesanais movimentam não só a cadeia do comércio, mas também atinge diversos setores da economia estadual.

##RECOMENDA##

Consolidada como a maior feira de artesanatos da América Latina, a Fenearte traz como novidades, além de um dia a mais de evento, uma nova organização - mas ainda mantém a disposição de labirinto. Na cenografia, reproduções de diversos tipos de rendas e a separação dos pavilhões em cores e mandalas. Logo na entrada, o visitante pode encontrar 50 mestres artesãos de todas as regiões do estado.

O primeiro pavilhão fica reservado para as prefeituras de Pernambuco, o segundo é dedicado a representações indígenas de diversas etnias, e no terceiro se encontra a maior parte dos estandes, com 270 espaços.  Por fim, quem for até a Fenearte pode conferir artesanatos de 48 países, incluindo o Azerbaijão, Colômbia e Suriname - que expõem pela primeira vez.

Além dos artesanatos, os visitantes podem conferir dezesseis desfiles de moda, apresentações culturais e seis oficinas diferentes, sendo duas dedicadas à técnicas de renda. Para os conectados, fica uma ação em que fotos feitas em um espaço exclusivo podem ser compartilhadas com fundos criados pela organização. Os valores dos ingressos variam entre R$ 4 e R$ 10 e poderão ser adquiridos na bilheteria ou em um quiosque no Shopping Tacaruna.

[@#galeria#@]

Terça-feira, 25 de setembro de 2012. Nesse dia era inaugurado o Centro do Artesanato de Pernambuco (CAPE). Com um investimento de R$ 6,5 milhões, o espaço dedicado à difusão da produção artesanal pernambucana conta com um auditório, área de exposições, Centro de Atendimento ao Turista e um restaurante com capacidade para 400 pessoas. 

##RECOMENDA##

Ligado a Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, o equipamento foi o primeiro a ficar pronto do projeto de reforma do Porto do Recife. Hoje são 660 artesãos inscritos, que enviam suas peças para que sejam vendidas no local. Eles não precisam pagar nenhuma taxa por isso, mas para poder ter seu trabalho exposto é preciso passar por uma curadoria que avalia três peças diferentes.

Peças em cerâmica são os produtos com maior saídaA assessora do espaço Taís Machado explica as condições necessárias para que o artesão possa participar do CAPE. "Ele precisa tirar a Carteira do Artesão, aqui no Centro do PAB (Programa do Artesanato Brasileiro) e submeter as três peças para avaliação da curadoria. Quando aprovado suas peças são postas à venda sem nenhum custo ao artesão, então se ele disser que ela custa R$ 10, ele vai receber R$ 10 por ela quando vendida. O que acontece é que estabelecemos uma taxa de 25% a mais do valor para que possamos arcar com os custos de pessoal e de manutenção".

O ambiente climatizado, localizado ao lado do Marco Zero do Recife é ponto de encontro de turistas e moradores da capital e de outras cidades do Estado. Conhecidamente um dos principais produtores de artesanatos do Brasil - vide as diversas feiras especializadas no ramo que ocorrem  durante todo o ano - o CAPE foi criado para tentar aproximar quem compra de quem faz o artesanato.

"Você pode reparar que em cada peça tem uma tag, uma etiqueta. Nela consta não só o valor do produto, mas também o nome de quem fez e o contato, assim quem deseja, por exemplo, encomendar para uma entrega pode falar direto com o artesão, já que a gente não realiza esse tipo de serviço", diz Taís Machado.

Hoje são mais de 20 mil peças no estoque, que está sempre em constante movimento. "Recebemos material constantemente, especialmente de cerâmicas, que são mais baratas e possuem grande rotatividade. São cerca de 5 mil pessoas comprando semanalmente no espaço, número que aumenta quando tem a ciclofaixa e outros atrativos nas imediações", comenta a assessora.

Dalva Dias elogia o conforto e a facilidade de acesso ao localMachado ressalta que mais de 50% do público comprador é formado por pernambucanos, como a relações públicas Chussely Souza Lima. Ela que vem ao espaço pela terceira vez conta que sempre volta com as mãos cheias de sacolas. "Em outras cidades a gente encontrava espaços assim, é muito importante ter um centro como esse aqui no Recife". Ela destaca o conforto e a acessibilidade do CAPE.

"Aqui tem um bom acesso, é bem mais confortável. Temos uma bela vista também, é muito mais atrativo vir para cá". E continua: "A variedade de peças de qualidade aqui também é bem maior, a gente pode escolher qualquer coisa aqui para presentear sem medo de errar. Eu organizo eventos e trouxe os visitantes para cá das outras vezes", conta. Dalva Dias de Souza concorda com Chussely. Ela, que é cadeirante, chegava ao lugar pela primeira vez e afirma que o Centro "É muito agradável,  uma das coisas boas é que aqui eu posso me movimentar. Os espaços, o ambiente é muito bonito. Eu voltarei aqui com certeza".

 

Célia Novaes: a coordenadora do PAB em Pernambuco

Célia Novaes conta que é chamada de mãe por alguns artesãos

Ainda durante o governo Arraes, a cientista social Célia Novaes começou o seu trabalho para cadastrar os artesãos pernambucanos. Hoje ela continua este trabalho, em uma sala reservada ao PAB - Programa do Artesanato Brasileiro - logo na entrada do Centro do Artesanato de Pernambuco. Aos setenta anos, ela mostra por que é chamada de mãe por alguns artesãos e fala com orgulho e segurança sobre o programa governamental de cadastro e fomento do artesanato.

"O PAB é um programa a nível nacional, antigamente se chamava PNDA, que ficava no Ministério do Trabalho até o governo Fernando Henrique, quando migrou para o Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior. Essa mudança se deu por que o artesanato é ponto de desenvolvimento de municípios e estados do país e é um dos principais produtos de exportação de algumas regiões", explica.

A cientista, que coordena o projeto pela segunda vez, conta que um dia pegou um carro, uma máquina de escrever, mandou fazer diversas carteirinhas em uma gráfica e foi junto a um motorista percorrer todo o estado de Pernambuco para cadastrar os artesãos de todos os municípios. "Quando o combustível acabou, tive que falar com meu marido para ele pagar e a gente poder voltar para casa. A sorte é que acabou bem na cidade em que ele era juiz, aí eu enchi o tanque e deixei para ele pagar depois".

Para a coordenadora, é bastante importante. "Ele mostra o artesão e o seu significado para o estado e para uma nação cultural", justifica. "Cada estado tem sua coordenação, eu coordenei no governo Arraes e voltei por que acredito no programa. Ele tem não só o desenvolvimento, mas também a capacitação dos artesãos", completa.

O cadastro no programa é completamente sistematizado hoje em dia. "Nós temos mais de cem municípios cadastrados que foram levantados por uma empresa licitada que percorreu as regiões do estado. Mas eu acredito que ainda tem uma grande quantidade de artesãos para serem cadastrados. E também acredito que o desejo de se cadastrar aumentou", afirma Novaes.

Tanto o Centro do Artesanato, quanto a Casa da Cultura possuem como grande chamariz a produção artesanal que ali é vendida, mas possuem uma grande diferença segundo a cientista social. "A Casa da Cultura é composta por uma grande maioria de comerciantes de artesanatos e aqui (Centro do Artesanato) nós vendemos diretamente do artesão. Mas os dois são orgãos que realmente dão certa força ao consumo do artesanato e do artesão".

[@#galeria#@]

Nesta terça-feira (25), o Centro de Artesanato de Pernambuco (CAPE) abriu suas portas no Recife. O espaço traz 16 mil peças de 500 artesãos de todo o Estado e, com 2.511m², já é considerado o maior do segmento no Brasil. Além da área destinada ao comércio das obras, o CAPE conta ainda com um auditório, uma galeria de arte e um bar/restaurante com dois ambientes, o Bistrô & Boteco.

##RECOMENDA##

J. Borges, Lula Vassoureiro, Manoel Eudócio, Ana das Carrancas e Mestre Nado são alguns dos nomes de destaques das obras, que usam madeira, couro, argila, palha e sucata para se expressar. Aos 67 anos, Mestre Nado trabalha com o barro desde que era criança e acredita que o CAPE representa um avanço para os artesãos. “Nem sempre tivemos espaço para nosso trabalho. Eu, por exemplo, criei um novo tipo de artesanato, transformando barro em instrumentos musicais”, contou, e complementa, “há muito tempo que o artesão merecia um espaço que reconhecesse seu trabalho”. Nado ainda destaca a importante visibilidade que o centro representa para os turistas. “O turista vem aqui e encontra o melhor do artesanato de Pernambuco, foi bom para todo mundo”, conclui.

Para o prefeito do Recife, João da Costa, o espaço representa também a mudança na forma de enxergar os artesãos e o seu trabalho. “É importante trazer o artesanato para o centro da cidade, principalmente por que durante muito tempo ele nem foi reconhecido como arte”, explica o prefeito, dizendo que o espaço ajuda na valorização destes artistas. Uma das arquitetas à frente da obra de revitalização do Armazém, Ana Maria Pedrosa, destaca ainda o lado inovador do CAPE. “É importante mostrar o artesanato enquanto objeto de uso e não apenas como algo que fica ali, exposto e pronto. Além disso, aqui é o principal ponto turístico do Recife, trazer este tipo de arte para cá e valorizá-lo era fundamental”, disse, referindo-se ao bairro do Recife.

O público que esteve presente mostrou-se encantado com o novo espaço que a cidade ganhou. Para a aposentada Dayse Cavalcante, o CAPE chegou em boa hora. “Estava faltando um espaço assim no Recife”. Já o alemão Herbert Zeidler se disse "surpreendido" com o que encontrou. “Vim com um certo preconceito, achei que essa seria uma segunda 'Casa da Cultura', mas o que tem aqui é arte de alto nível, muito bom”, confessa. Cativada pelas opções do espaço, a designer de joias alemã Berttina espera que ela cresça ainda mais. “Não tenho nenhuma crítica, espero que abra espaço para outras manifestações de arte no futuro”.

Tradição/Tradução - A primeira exposição recebida pela galeria do CAPE, Tradição/Tradução, reúne obras de quatro artistas do Estado. Os trabalhos de Marcelo Silveira, Derlon, Cristina Machado e Joelson foram produzidos a partir dos mesmos materiais usados pelos artesãos: madeira, couro e argila foram explorados nas confecções. A mostra fica em cartaz até 25 de novembro.

Serviço
Centro de Artesanato de Pernambuco
Marco Zero (Avenida Alfredo Lisboa, Bairro do Recife)
Segunda a Domingo, 10h às 20h

Os artesãos do Estado de Pernambuco contarão com um novo local expor suas peças no Centro de Artesanato de Pernambuco – Cape, que será inaugurado nesta terça, às 16h. O Centro fica instalado no Armazém 11, ao lado do Marco Zero, no bairro do Recife, e funcionará como vitrine para mais de 16 mil peças de 500 artesãos de todo o Estado. 

Com investimento de R$ 6,5 milhões e uma área construída de 2.511 m², o espaço, considerado o maior do segmento no Brasil, permitirá que os artesãos pernambucanos comercializem suas peças, além de possuir um auditório climatizado, área de exposições e Centro de Atendimento ao Turista – CAT com mostra permanente de obras premiadas na tradicional Feira Nacional de Negócios do Artesanato – Fenearte.

##RECOMENDA##

Além da comercialização, o espaço tem como objetivo estimular a economia pernambucana e valorizar o trabalho dos artesãos e artistas populares locais. “O Centro de Artesanato vai proporcionar um contato direto entre artesãos e público, criando ocupação e renda para nossos artistas. Além de preservar a cultura da tradição artesanal, o Cape será um importante equipamento de turismo para o Recife e o Estado”, disse o diretor de promoção da economia criativa da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), Roberto Lessa.

A área da loja ocupa 1.000 m² e é divida em sete setores: mestres, souvenires, artesanato contemporâneo, cestaria, têxtil, trabalhos manuais e brinquedos populares. Na entrada, o destaque fica para as peças de importantes mestres pernambucanos como Manoel Eudócio, Nuca, Ana das Carrancas, Lula Vassoureiro, Marliete, Roberto Vital, Fida, Thiago Amorim, Nado, Miro, José Veríssimo, Luiz Benício, J. Borges, Nicola, entre outros.

Na abertura, o espaço da galeria recebe a exposição Tradição/tradução, com obras de quatro grandes artistas contemporâneos: Cristina Machado, Derlon, Marcelo Silveira e Joelson. Em cartaz até o dia 25 de novembro, a mostra traz trabalhos elaborados com materiais comuns na confecção de artesanato como couro, madeira e argila. "A ideia é propor um diálogo entre o artesanato e a arte contemporânea e quebrar barreiras entre os dois universos", explica Márcio Almeida, coordenador da exposição.

O Cape é o segundo Centro de Artesanato de Pernambuco. Há nove anos, Bezerros conserva um museu e uma loja com acervo de sete mil peças de diversos municípios. Localizado às margens da BR-232, trata-se de um dos mais importantes pontos culturais e turísticos da região Agreste.

Confira mais detalhes na matéria abaixo:

[@#video#@]

Serviço

Inauguração Centro de Artesanato de Pernambuco – Unidade Recife

Terça-feira (25/9), às 16h

Av. Alfredo Lisboa, s/nº, Bairro do Recife

Horário de funcionamento: de segunda a domingo, das 10h às 20h

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando