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O mercado de veículos seminovos e usados mostrou sua força com as vendas do mês de março superando em 32,2%, o resultado de fevereiro. A comparação com o mês de março de 2022 também ficou positiva, em 20,5%. Os números fazem parte do relatório emitido pela Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (FENAUTO). 

Os números mostram o bom desempenho do segmento que, neste ano, já acumula 3.362.324 de unidades comercializadas. Segundo a entidade, que representa os lojistas multimarcas de veículos seminovos e usados, o cenário pode continuar positivo, já que a paralisação das montadoras nas últimas semanas pode levar os consumidores a optarem por um veículo usado,ao invés de um zero quilômetro.  

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Para o presidente da FENAUTO, Enilson Sales, o “crédito mais restrito e a alta inflação ainda são os gargalos para que o comércio de usados possa crescer. Mas, se os resultados positivos nas vendas continuarem se apresentando sequencialmente, como até agora tem acontecido, temos a expectativa de fechar o ano com resultados semelhantes aos obtidos em 2021, quando alcançamos 15 milhões de unidades comercializadas”. 

De acordo com dados divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), a venda de carros usados foi cinco vezes maior do que a de modelos novos no país em março. O levantamento mostra que foram comercializados 915 mil veículos de segundo mão e 177 mil automóveis 0 km.

Os números apresentados mostram uma tendência de alta. Em janeiro foram vendidos 869 mil carros usados, e em fevereiro 876 mil. Assim, o primeiro trimestre do ano teve mais de 2,6 milhões negociações de modelos de segunda mão. Se comparado com o mesmo período de 2020, o crescimento foi de 13,88%, quando foram registrados cerca de 2,3 milhões de usados vendidos.

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Segundo especialistas, a pandemia tem sido o agravante na comercialização de veículos 0 km, uma vez que diversas montadoras precisaram paralisar as operações de montagem e fabricação, como Fiat, Chevrolet, Honda e Toyota. A cotação do dólar também influencia nesse registro, pois apresenta índices cada vez maiores desde o último ano e eleva o preço dos componentes eletrônicos dos carros novos de fábrica.

Não há mais ofertas de automóveis 0 km abaixo de R$ 40 mil no Brasil, e aqueles que podem arcar com o custo precisam aguardar em fila de espera até a entrega da documentação e o veículo em si. Já na venda dos usados, os preços de mercado variam entre R$ 25 a R$ 35 mil, e o processo burocrático e financeiro está nas mãos de pessoas físicas, sem interferência de fábrica.

No ranking dos dez carros com mais unidades vendidas no mês de março está o Volkswagen Gol (69.388), seguido do Fiat Palio (42.880), Fiat Uno (40.441), Fiat Strada (26.404), Chevrolet Celta (25.291), Chevrolet Onix (22.752), Volkswagen Fox (22.389), Ford Ka (20.894), Toyota Corolla (20.676) e Ford Fiesta (20.117).

Por Thaiza Mikaella

O principal desafio de concessionárias do Brasil e da China, dois dos maiores mercados mundiais do setor, é diminuir a dependência do resultado criado por veículos novos na receita e nos lucros. Na avaliação dos executivos das revendedoras presentes no 23.º Congresso Fenabrave, iniciado nesta quarta-feira, em São Paulo, é preciso buscar alternativas como as encontradas pelos Estados Unidos após a crise, especialmente com usados. No Brasil, os carros e comerciais leves novos respondem por 60% das operações financeiras das concessionárias e, na China, por 80%.

"Qualquer variação da economia nos atinge diretamente porque as vendas de carros novos são as primeiras a cair", afirmou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Flávio Meneghetti. O modelo de negócios buscado pelos dois países é o dos EUA, onde as concessionárias locais conseguem entre 60% e 80% de receitas e lucros das áreas de assistência técnica e vendas de usados e autopeças.

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"A mudança nos Estados Unidos ocorreu após a crise de 2009, quando 3 mil concessionárias (de cerca de 17 mil) fecharam, mas elas ressurgiram e mudaram o jeito de trabalhar, concentrando em veículos usados, peças e serviços", disse. A diretora da China Auto Dealres Association (Cada), Charlotte Ye, citou o crescimento do mercado de usados naquele país como o primeiro passo para as distribuidoras ampliarem os ganhos com menor dependência dos veículos novos. "Dos 20 milhões de veículos previstos para serem comercializados este ano, dez milhões serão de usados, o que possibilita o aumento da receita", citou Charlotte.

Por outro lado, de acordo com o presidente da National Automobile Dealers Association (Nada), David Westcott, a preocupação das concessionárias agora é com a recuperação da economia dos EUA e a possibilidade de altas nas taxas de juros no futuro. "O mercado dos Estados Unidos está melhorando dramaticamente e o mais importante é que a lucratividade está alta", disse. "Mas precisamos do ambiente de taxas de juros baixas para financiar os clientes", completou.

Somente em julho, o mercado norte-americano comercializou 1,3 milhão de autoveículos, alta de 15% sobre julho de 2012. A expectativa é de um crescimento mínimo nesse porcentual para as vendas totais em 2013, ante 14,4 milhões de veículos. Já o economista da MCVean Trading and Investments Michael Dury prevê que o mercado americano deva superar 15 milhões de veículos negociados por ano em 2013 e permanecer acima desse patamar com a melhoria da economia local. "O único problema agora é a Europa, que está um mercado morto, mas com grande potencial para crescimento", disse.

Nesta terça-feira (25), o governador Eduardo Campos anuncia a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas vendas de veículos usados no Estado. Atualmente, a alíquota do imposto é de 1%. A isenção do tributo, no entanto, já é prática de outros estados entre eles Bahia, São Paulo e Espírito Santo. O anúncio será feito às 11h, na sede provisória do Palácio, no Centro de Convenções, em Olinda.

O objetivo da isenção é estimular o segmento de automóveis usados, que vem registrando queda nas vendas em virtude da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros novos. Com a redução do preço do zero-quilômetro, o preço do carro usado também caiu, uma vez que seu valor de comercialização tem como referência o valor do carro novo.

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Com informações da assessoria

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