Tópicos | carta de Temer

A presidente Dilma Rousseff escalou o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, para levar ao vice-presidente Michel Temer (PMDB) a mensagem de que gostaria de ter uma conversa com ele ainda nesta terça-feira (8). O peemedebista se colocou à disposição da presidente, segundo sua assessoria.

Temer e Dilma não conversam desde quinta-feira passada, um dia depois do acolhimento do pedido de impeachment pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB). A sinalização da presidente para que haja uma conversa acontece no dia seguinte à divulgação da carta que Temer encaminhou a Dilma na qual relaciona os motivos que, segundo ele, mostram que a presidente "nunca confiou nele nem no PMDB". A carta foi interpretada, tanto para aliados de Dilma quanto de Temer, como uma sinalização do vice de um rompimento com a presidente.

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O mercado internacional adverso e as incertezas no cenário político complexo voltaram a retrair os negócios na renda fixa nesta terça-feira (8). Sem saber quais os rumos que o País irá tomar, o investidor tem evitado assumir posições, o que os leva a se concentrarem em operações de curtíssimo prazo.

As taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) abriram em baixa com uma primeira leitura positiva da carta do vice-presidente Michel Temer à presidente Dilma Rousseff, mas passaram a subir acompanhando o dólar, que refletia o mau humor no cenário internacional. A pressão foi reduzida à tarde e as taxas acabaram por fechar perto dos ajustes da véspera, com leve alta nos vencimentos mais curtos, até 2017.

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Segundo profissionais da renda fixa, a carta de Temer a Dilma foi recebida como o sinal de rompimento do vice com o governo, o que fortalece a corrente que aposta na saída da presidente. Apesar da grande repercussão do assunto, inclusive com troca de acusações sobre quem vazou o teor da carta, nada de muito concreto aconteceu como desdobramento do caso. Nem Temer nem Dilma se manifestaram publicamente sobre a missiva.

O Conselho de Ética da Câmara retomou a discussão sobre o parecer que pede a continuidade do processo disciplinar contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Este, por sua vez, foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a permanência do deputado Fausto Pinato (PRB-SP) na relatoria do processo disciplinar. A expectativa é de que não haja tempo para votação do relatório ainda nesta terça.

Já a comissão da Câmara que analisará o pedido de impeachment da presidente ainda está em fase de formação de chapas. Com as chapas definidas, haverá votação secreta para escolha dos integrantes.

No que diz respeito à política monetária, as apostas dos investidores se mantiveram firmes no início de um novo ciclo de altas da taxa Selic. Na quarta-feira, 9, será divulgado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro, para o qual se espera um resultado entre 0,85% e 1,05%, segundo pesquisa do AE Projeções com 55 instituições do mercado financeiro. A mediana ficou em 0,95%.

Nos negócios na BM&F, o contrato de DI com vencimento em abril de 2016 fechou com taxa de 14,595%, ante 14,584% do ajuste de segunda-feira. O DI para janeiro de 2017, o mais negociado, terminou a sessão regular com taxa de 15,78%, contra 15,74% do ajuste anterior. O vencimento de janeiro de 2019 ficou com taxa de 16,06%, de 16,07%. Na ponta mais longa da curva, o DI para janeiro de 2021 fechou com taxa de 15,77%, a mesma do ajuste anterior.

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