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O Vaticano anunciou, neste sábado (17), o registro de um caso de coronavírus na residência de Santa Marta, onde vive o Papa Francisco.

"Foi registado um caso positivo de Covid-19 entre os residentes do Vaticano. O paciente, por enquanto assintomático, foi isolado, assim como todos os que com ele conviveram", afirmou a assessoria de imprensa da Santa Sé, acrescentando que o contaminado havia "deixado temporariamente a residência Santa Marta, onde mora".

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O comunicado não deu detalhes sobre o estado de saúde do Papa, que desde que foi eleito se estabeleceu em Santa Marta e não no palácio apostólico.

"A saúde de todos os moradores é monitorada constantemente", se limitou a explicar o texto.

Na audiência da última quarta-feira, Francisco evitou o contato com os fiéis e saudou-os à distância.

"Perdoem-me se os saúdo de longe, mas acho que se todos nós, como bons cidadãos, respeitarmos as orientações das autoridades, isso contribuirá para acabar com esta pandemia", declarou o Papa.

A Itália, onde o vírus já tirou 36 mil vidas, tem experimentado uma alta significativa no número de pessoas contaminadas pelo vírus.

Na última sexta-feira, 10.000 novos casos foram registrados em 24 horas, um recorde absoluto desde o início da pandemia.

A Casa Santa Marta, onde os 115 cardeais que elegerão a partir desta terça-feira o sucessor de Bento XVI se alojarão durante o conclave, é uma residência confortável, mas sóbria, para incitar à reflexão os cardeais, que ficarão isolados do mundo externo.

Esta moderna instalação, inaugurada em 2005 a cerca de mil metros de distância do Palácio Apostólico, foi um presente ao colégio cardinalício do papa João Paulo II, que participou de dois conclaves em 1978.

Um busto de bronze do Papa polonês marca a entrada do luminoso edifício de cinco andares, situado perto da sala Paulo VI, onde são realizadas as audiências públicas do pontífice durante os meses de inverno.

Possui 106 estúdios, 22 quartos simples e um apartamento, todos eles com banheiro no interior.

O hotel dos cardeais também tem uma pequena capela, um amplo refeitório com mesas redondas dispostas sobre um chão de mármore de cor clara.

A única coisa que os cardeais - que juram manter o segredo do conclave - não terão à disposição serão as comunicações com o exterior, já que todos os serviços de telefone ou de internet, assim como o acesso à imprensa e aos meios de comunicação, estarão bloqueados.

Isto lhes permitirá se concentrar plenamente na oração e na reflexão que exige a eleição do novo líder dos quase 1,2 bilhão de católicos no mundo.

Até o conclave no qual Bento XVI foi eleito, os cardeais, de idade avançada e alguns com problemas de saúde, viviam em condições espartanas, em quartos fechados à chave, e chegar a um dos banheiros compartilhados era uma aventura.

Com a Casa Santa Marta também acabou a clausura, já que os cardeais podem conversar nas salas comuns e passear por dentro do recinto do Estado vaticano.

A inauguração do hotel cardinalício provocou o temor em 2005 de que as novas comodidades dos prelados poderiam prolongar consideravelmente um processo que no último século durou no máximo cinco dias.

Mas no último conclave só foi utilizado durante uma noite, já que Bento XVI foi eleito durante o segundo dia, assim como João Paulo II em 1978.

Nesta ocasião, o Vaticano anunciou que o novo Papa passará um tempo não informado na Casa Santa Marta antes de se instalar em sua residência oficial no Palácio Apostólico.

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