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A ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes Fernanda Gomes de Castro afirmou em depoimento na tarde desta quinta-feira que a denúncia de que outra ex-amante do jogador, Eliza Samudio, foi assassinada é "verdadeira". Mas alegou à juíza Marixa Fabiane Lopes, que preside o julgamento sobre o caso em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, que "não sabe" porque está sendo acusada do sequestro e cárcere privado da vítima e do bebê que Eliza teve com Bruno.

Assumiu, porém, que foi encarregada de cuidar da criança ainda no Rio de Janeiro, quando mãe e filho foram levados para a casa do atleta por Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão. E que seguiu com o goleiro para a região metropolitana de Belo Horizonte em um carro, enquanto Eliza era levada para o mesmo local por Macarrão e Jorge Rosa, primo do atleta já condenado pelo crime, em outro veículo.

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Fernanda também admitiu que mentiu em depoimento à Polícia Civil sobre a agressão de um primo de Bruno, Jorge Rosa, então com 17 anos e já condenado por envolvimento com o assassinato, contra Eliza. Durante as investigações do caso, Fernanda alegou que o hematoma apresentado por Eliza teria sido causado por um assalto, apesar de saber da real agressão, ocorrida no Rio de Janeiro.

Em depoimento de cinco horas e cinco minutos encerrado às 4h13 desta quinta-feira, Macarrão acusou Bruno de ter mandado matar Eliza e admitiu que a vítima foi mantida em um sítio do goleiro em Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte, até ser levada para ser entregue a seu assassino - que alegou não saber identificar - na região da Pampulha, na capital.

Fernanda também admitiu ter estado com Eliza em um jogo de futebol em Ribeirão das Neves, também na Grande BH, e no sítio. Mas o depoimento da acusada tem uma série de contradições em relação ao de Macarrão, do qual o promotor Henry Wagner Vasconcelos também apontou diversas lacunas em relação às provas levantadas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público Estadual (MPE).

O depoimento da ex-namorada de Bruno, que não havia terminado até às 18h, seria o último antes do início dos debates orais entre acusação e defesa para que o júri popular, formado por seis mulheres e um homem, decida o destino de Fernanda e Macarrão. Há expectativa de que o resultado do julgamento seja divulgado ainda na noite desta quinta-feira ou na madrugada de sexta-feira (23). Inicialmente, a previsão inicial era de que o júri durasse duas a três semanas, mas o processo foi desmembrado em relação a três outros acusados, inclusive Bruno, após uma série de manobras dos advogados de defesa.

Um boato de que o goleiro Bruno Fernandes teria se suicidado na Penitenciária Nelson Hungria, aliado à total falta de organização dos funcionários do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), provocou um tumulto, nesta quinta-feira, no fórum de Contagem, onde é realizado desde segunda-feira (19) o julgamento sobre o sequestro e assassinato da ex-amante do jogador, Eliza Samudio.

O boato chegou inicialmente para o advogado do atleta, Lúcio Adolfo Silva, que jogou uma garrafa no chão e deixou apressadamente o plenário do Tribunal do Júri. Ele foi seguido por dezenas de repórteres, mas os funcionários do TJMG tentaram impedir o acesso da imprensa ao defensor. O tumulto percorreu os corredores do fórum e chegou à rua, onde, mas mais uma vez os servidores do Judiciário mineiro cercaram o advogado para impedir que desse entrevistas e foi necessária a intervenção da Polícia Militar.

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Quando finalmente conseguiu falar, Adolfo confirmou que havia acabado de entrar em contato com a direção da penitenciária em que Bruno está preso desde julho de 2010 e confirmou que seu cliente está bem. "Foi só um boato. Ele está bem. Não tentou se suicidar, não está doente, não desmaiou nem nada", disse o advogado, que não soube informar de onde saiu o boato.

Em depoimento de mais de cinco horas encerrado na madrugada desta quinta-feira, Bruno foi acusado por seu ex-braço-direito, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, de ter mandado matar Eliza. Segundo Macarrão, ela teria cobrado dinheiro do goleiro para ajudar na criação do bebê que teve com o jogador. Adolfo Silva esteve com Bruno pela manhã no presídio e disse que ele ficou "decepcionado" com o depoimento, mas depois "entendeu" as declarações do ex-amigo por causa da pressão sobre Macarrão.

O ex-braço direito do goleiro Bruno Fernandes, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, admitiu na madrugada desta quinta-feira que entregou a amante do jogador, Elisa Samudio, para um desconhecido com a promessa de que ela seria levada para conhecer um apartamento que Bruno daria a ela em Belo Horizonte, mas já "pressentindo" que ela seria executada. Macarrão disse que seguia ordens do atleta, que o chamou de "bundão", e afirmou que teme por sua vida por ser um "arquivo vivo".

"Guardei isso tudo dois anos, quatro meses e 22 dias. Não aguentava mais porque não sou esse monstro que todo mundo colocou. Não sou o Luiz Henrique traficante, que acabou com a vida do Bruno. Se alguém acabou com a vida, foi ele que acabou com a minha. Sei que agora sou X9 (alcaguete), mas minhas filhas estão crescendo. Agora sou um arquivo vivo. Tenho medo de morrer", afirmou, durante depoimento que, no meio da madrugada, já ultrapassava três horas de duração no julgamento pelo assassinato de Elisa, desaparecida desde junho de 2010.

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Macarrão narrou toda sua relação com o goleiro, mas evitou qualquer citação ao ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acusado de ter executado a vítima. "Ele não vai acusar o Bola, porque teme pela vida de sua família", afirmou o advogado José Arteiro, assistente da acusação no processo.

As declarações foram feitas após a exibição de vídeos com reportagens sobre o caso, além das imagens com o relato de Sérgio Rosa Sales sobre os últimos dias de Elisa Samudio no sítio de Bruno em Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte. Sales era primo de Bruno e era o único acusado do homicídio de Elisa que aguardava o julgamento em liberdade, mas foi assassinado em agosto. O relato dele foi essencial para as investigações em torno do caso.

Entre os vídeos exibidos estava também uma conversa de Bruno com policiais civis que fizeram a escolta do goleiro do Rio de Janeiro para Belo Horizonte, após ele ser preso por determinação da Justiça. Bruno chega a dizer que, diante de tudo, "não confia" mais em Macarrão.

Antes de começar a ser interrogado pelo promotor Henry Wagner Vasconcelos e pelos advogados de defesa, Macarrão disse também que queria pedir perdão a Elenílson Vitor da Silva, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, e a outra ex-namorada de Bruno, Fernanda Gomes de Castro, também réus no processo que devem ser julgados a partir de 4 de março de 2013, data marcada também para o julgamento do goleiro e de Bola. "Aconteceram várias coisas nesses dois anos e meio que complicaram a vida deles", afirmou, referindo-se ao período em que foi morar no Rio de Janeiro trabalhando para o jogador.

 

A equipe de acusação do ex-goleiro Bruno Fernandes tem a expectativa de que o braço-direito do jogador, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, confesse o crime em depoimento que pode ocorrer ainda nesta quarta-feira. A defesa do réu não confirma a informação, mas os advogados que auxiliam o Ministério Público Estadual (MPE) no processo afirmam que os próprios defensores de Macarrão indicaram a possibilidade na terça-feira (20).O julgamento, que começou na última segunda-feira (19) pelo sequestro e morte de Eliza Samudio, ex-amante do atleta, foi adiado para 2013.

Durante a sessão desta quarta-feira, o advogado José Arteiro, um dos assistentes da acusação, chegou a sentar-se ao lado do réu e manteve com ele uma conversa ao pé do ouvido por alguns minutos. Já o criminalista Cidnei Karpinski, que também atua como auxiliar do MPE, afirmou que "pela experiência" acredita na confissão de Macarrão e que ele pode tentar livrar outros acusados. "O Macarrão é hoje um kamikaze. A informação que temos é de que ele vai tentar livrar o Bola por ameaça à sua vida e à de sua família", disse, referindo-se ao ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, apontado como executor de Elisa e investigado pela suspeita de uma série de outros homicídios.

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"E vai livrar o amigo Bruno por honra e pela questão financeira", acrescentou Karpinski, lembrando que o ex-goleiro não recebe do Flamengo desde 2010, quando foi preso, mas seu contrato com o clube está em vigor até 31 de dezembro.

Uma possível confissão seria um atenuante do crime e possibilitaria a Macarrão o benefício de redução da pena que pode vir a receber. Assim como Bruno, ele é acusado do sequestro, cárcere privado, assassinato e ocultação do cadáver de Eliza, crimes que, juntos, podem resultar em uma sentença de cerca de 40 anos de prisão.

A juíza Marixa Fabiane Lopes, que preside o julgamento, não confirmou se pretende ouvir Macarrão ainda nesta quarta-feira, já que a previsão é de que o interrogatório seja demorado. "Certamente (o depoimento) vai ser longo porque ele precisa explicar toda a linha do crime, com a participação de cada um", salientou o criminalista.

A mãe de Eliza Samudio, Sônia Fátima de Moura, afirmou não ser capaz de perdoar o goleiro Bruno Fernandes, ex-amante de sua filha e acusado de matá-la. Ela foi ouvida nesta quarta-feira (21) no Tribunal do Júri de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, onde são julgados acusados de envolvimento no crime.

Inicialmente, Sônia afirmou que "não guarda ressentimentos no coração", mas, ao fim do interrogatório, quando questionada sobre a possibilidade de perdoar Bruno, que será julgado em março de 2013 pelo assassinato da filha, ela foi categórica ao salientar que "não perdoaria" o goleiro.

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Sônia revelou também que Bruno e sua família nunca deram auxílio para a criança que o goleiro teve com Eliza e que hoje se encontra sob a guarda da avó. A recusa em reconhecer a paternidade da criança - que só ocorreu em agosto passado, por decisão da Justiça - foi o que teria levado Bruno, segundo a Polícia Civil e o Ministério Público Estadual (MPE) de Minas Gerais, a matar Eliza.

Em seu depoimento, Sônia revelou também que Eliza já havia saído de casa e ficado sem manter contato com a mãe, mas estava "sempre presente nas redes sociais", o que era noticiado por amigas da filha. "Ela queria ter filho e mataria e morreria por ele", salientou Sônia, observando ainda que a filha "jamais o deixaria para trás". E contou também que não sabia como Eliza se sustentava, pois ela dizia apenas que "trabalhava com eventos".

A juíza Marixa Fabiane Lopes marcou para o dia 4 de março de 2013 o novo julgamento do goleiro Bruno Fernandes, acusado de matar a ex-amante Eliza Samudio, de 24 anos. A nova data foi marcada após Bruno conseguir desmembrar seu processo do julgamento, em andamento no Tribunal do Júri de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, desde a segunda-feira (19).

Além de Bruno, serão julgados na nova data outros dois réus que também foram excluídos do atual procedimento: o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, e a ex-mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues do Carmo, que aguarda o processo em liberdade.

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Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, e Elenílson Vitor da Silva, acusados de envolvimento no desaparecimento de Eliza, também serão julgados apenas em 2013. No atual julgamento restaram apenas o braço direito do goleiro, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e a ex-namorada de Bruno Fernanda Gomes de Castro. Assim como Dayanne, também Fernanda aguardava o julgamento em liberdade.

Depois de uma série de tentativas de manobra, a defesa do goleiro Bruno Fernandes conseguiu adiar seu julgamento para 2013, em data que ainda será definida pela Justiça. Ele é acusado do sequestro, cárcere privado, assassinato e ocultação de cadáver de sua ex-amante Elisa Samudio, de 24 anos, e estava sendo julgado desde a última segunda-feira (19), junto com outros quatro acusados de envolvimento no crime.

A juíza Marixa Fabiane Lopes, que preside o Tribunal do Júri de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, concordou em desmembrar o processo a pedido do advogado Lúcio Adolfo, que foi incluído nesta quarta-feira no grupo responsável pela defesa do jogador. Ele pediu o adiamento com a alegação de que precisa se inteirar do processo, composto por quase 15 mil páginas.

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Na terça-feira (20), Bruno já havia destituído seu principal advogado, Rui Caldas Pimenta, em ato que um dos próprios defensores do goleiro, Francisco Simim, admitiu ser manobra para tentar adiar o julgamento. No entanto, como Simim já conhecia o caso, Marixa decidiu desmembrar o processo em relação à ex-mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo. Ela, que responde ao processo em liberdade, é acusada de sequestro e cárcere privado do bebê que Elisa teve com Bruno. A magistrada seguiu o preceito legal de que réus presos têm prioridade para serem julgados.

O promotor Henry Wagner Vasconcelos ainda fez uma longa explanação criticando a manobra da defesa de Bruno, apontado pela acusação como mentor do crime e acusado pelo promotor de ser "manipulador". A juíza, no entanto, concordou com o pedido dos advogados para evitar o risco de ter o julgamento anulado por instâncias superiores da Justiça.

Com isso, o julgamento, que inicialmente seria de cinco réus, passou a ser apenas do braço direito do goleiro, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e de uma ex-namorada de Bruno, Fernanda Gomes de Castro. O ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, e Dayanne já haviam sido excluídos do processo e devem ser julgados junto com Bruno.

O detento Jaílson Alves de Oliveira afirmou nesta terça-feira que na semana passada foi ameaçado de morte pelo goleiro Bruno Fernandes. Jaílson, que está preso na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, onde também o jogador está detido desde julho de 2010, chegou a questionar o atleta durante o julgamento pelo assassinato de Elisa Samudio. "Ameaçou ou não ameaçou? Fala agora", disse Jaílson para o goleiro. "Nem te conheço, parceiro", retrucou Bruno.

O detento foi arrolado como testemunha de acusação no julgamento porque já havia denunciado, por meio de seu advogado, que ouviu o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, confessar que matou Elisa e que jogou as cinzas da vítima em uma lagoa no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte.

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Jaílson já havia denunciado um suposto plano de Bola - cujo processo foi desmembrado do de Bruno após seus advogados abandonarem o plenário do Tribunal do Júri nesta segunda-feira - para matar cinco envolvidos no caso. As vítimas seriam a juíza Marixa Fabiane Lopes, o delegado Edson Moreira, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas, deputado estadual Durval Ângelo (PT), e os advogados José Arteiro Cavalcanti, assistente da acusação, e Ércio Quaresma, que chegou a defender Bruno e, já como defensor de Bola, liderou o abandono do plenário.

Jaílson também denunciou que Bruno teria armado um plano com a participação do traficante Francisco Lopes Bonfim, o Nem da Rocinha, para matar Marixa. As denúncias foram investigadas pela Polícia Civil mineira, que não encontrou nenhuma evidência do suposto plano.

Durante o julgamento na tarde desta terça-feira, o preso reafirmou as denúncias e centrou ataques também em Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, braço direito do goleiro que também está sendo processado pelo sequestro, cárcere privado, assassinato e ocultação de cadáver de Elisa.

Em depoimento prestado à polícia e confirmado no plenário do Tribunal do Júri, Jaílson afirmou que Bruno financiava e Macarrão, junto com o motorista Clayton Gonçalves da Silva, controlava o tráfico de drogas no bairro Liberdade. Disse também que o goleiro seria o mandante dos assassinatos de pessoas ligadas ao caso de Elisa, hipótese descartada pela polícia em pelo menos dois crimes já esclarecidos.

A segunda testemunha de acusação no julgamento do goleiro Bruno Fernandes apontou uma série de contradições no depoimento do ex-motorista do jogador, Clayton da Silva Gonçalves, ouvido pela Justiça ontem. João Batista Alves Guimarães negou as alegações de Clayton, que disse ter sofrido "pressão psicológica" e "ameaças" para prestar depoimento à Polícia Civil.

Guimarães acompanhou o interrogatório de Clayton no início das investigações do então desaparecimento de Elisa Samudio, cuja morte era ainda apenas uma suspeita da polícia. Neste depoimento, considerado crucial pelo Ministério Público Estadual (MPE), Clayton disse que após uma partida de futebol em 6 de junho de 2010 no sítio de Bruno em Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte, pediu para tomar banho, mas foi impedido pelo goleiro porque, segundo o depoimento, Elisa e o bebê que ela teve com Bruno estavam na casa e "não ficava bem" as pessoas verem mãe e filho no local. Segundo as investigações, Elisa foi morta três dias depois.

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De acordo com João Batista Guimarães, o depoimento de Clayton foi prestado "espontaneamente" à delegada Alessandra Wilke, da Polícia Civil mineira, que, segundo a testemunham estava muito "tranquila", "segura" e "equilibrada" durante o interrogatório. "Não houve nenhuma ameaça, nem sugestiva", declarou Guimarães. Ele disse ainda que durante todo o interrogatório Clayton estava com a mãos livres e não algemadas como este último havia dito.

Para o promotor Henry Wagner Gonçalves Vasconcelos, o depoimento de Clayton foi um dos mais importantes porque, além de confirmar a presença de Elisa no sítio de Bruno, ele também assumiu que o carro do goleiro apreendido em uma blitz de trânsito seria lavado com óleo diesel para tentar retirar as manchas de sangue que exames de DNA comprovaram ser de Elisa. Vasconcelos chegou a cogitar a possibilidade de pedir uma acareação entre Guimarães e Clayton, mas desistiu.

Ainda durante a manhã e início da tarde, foi ouvido o depoimento da delegada Ana Maria dos Santos, uma das policiais responsáveis pelas investigações em torno do desaparecimento e morte de Elisa Samudio. Ela descreveu toda a apuração desde que a polícia recebeu a denúncia de que "a mulher do goleiro do Flamengo" teria sido espancada e morta no sítio de Bruno até a localização e oitiva de Jorge Luiz Rosa.

O rapaz já cumpriu medida socioeducativa por envolvimento no crime, ocorrido quando ele tinha 17 anos, e hoje está incluído em programa de proteção a testemunhas. Ele é primo do jogador e revelou que Elisa havia sido sequestrada no Rio de Janeiro e levada para Minas Gerais, onde teria sido assassinada pelo ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, e, de acordo com Rosa, jogada para os cães do suspeito, cenas que o impediam de dormir. Ana Maria lembrou ainda que, pelas investigações e os depoimentos de Rosa, Macarrão teria arquitetado o sequestro e agredido Elisa mais de uma vez, declarações às quais o réu demonstrou visível indignação.

O promotor Henry Wagner Gonçalves, responsável pela acusação dos réus no processo do sequestro e assassinato da ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, Elisa Samudio, considerou "excelente" o depoimento da primeira testemunha do processo, Clayton Gonçalves da Silva.

Segundo o promotor, foi a primeira vez que uma testemunha do caso confirmou que o carro do jogador em que foram encontradas manchas de sangue da vítima seria levado para ser lavado com óleo diesel, ao ser parado em uma blitz em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. "Aquele veículo já havia passado por uma lavagem a água e as manchas de sangue não haviam sido removidas. Os acusados pretendiam com esse estratagema impedir que o sangue fosse constatado mais adiante", ressaltou.

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Wagner adiantou também que nesta terça-feira (20) deve promover uma acareação da testemunha com João Batista, arrolado pelo Ministério Público por ter assistido ao primeiro depoimento de Gonçalves à polícia. "Nesse depoimento, ele disse que Bruno o impediu de tomar banho na casa (do sítio em Esmeraldas) porque Elisa estava lá. E não era conveniente que as pessoas a vissem lá", disse o promotor, que lembrou que a testemunha ouvida afirmou ter sofrido "pressão psicológica" e "ameaças" da polícia. "Vamos apresentar aos jurados a tese de que ele (Gonçalves) teria cometido falso testemunho", observou.

Henry Wagner ainda comemorou o fato de o processo relativo ao ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, ter sido desmembrado após uma "manobra" da defesa do acusado. "Sem sombra de dúvida se tratou de uma manobra da defesa. Vieram de caso pensado para tumultuar e não deu certo. O propósito era muito mais extenso. Temos observado que haveria um blocão. Mas esse blocão desmoronou", avaliou o promotor, sobre uma possível manobra para a maior parte dos advogados abandonar o plenário. Para o promotor, a manobra resultou apenas no "enfraquecimento" da defesa de Bola. "Hoje seus defensores estão isolados."

O goleiro Bruno Fernandes retirou o advogado Rui Caldas Pimenta de sua defesa. O anúncio da destituição do defensor foi feito pelo próprio jogador, que alegou estar "se sentindo inseguro" ao pedir a palavra no início dos trabalhos do segundo dia de julgamento pelo sequestro e suposto assassinato de sua ex-amante Eliza Samudio, de 24 anos. O goleiro será representado agora apenas pelo advogado Francisco Assis Eustáquio Simim, que era defensor também da ex-mulher do jogador, Dayanne Rodrigues do Carmo.

Com isso, a juíza Marixa Fabiane Lopes determinou o desmembramento do processo em relação a Dayanne, que será julgada em data ainda a ser marcada pelo sequestro e cárcere privado do bebê que Eliza teve com Bruno. Ontem, o processo já havia sido desmembrado em relação ao ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, acusado do assassinato é ocultação de cadáver de Elisa, após seus advogados abandonarem o plenário antes mesmo do início formal do julgamento. Os dois devem ser julgados junto com Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, e Elenílson Vitor da Silva, também envolvidos no caso.

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Nesta terça-feira, Pimenta nem chegou a entrar no plenário do Tribunal do Júri do Fórum de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Antes de informar sobre a destituição, Bruno se reuniu com outros advogados que participam do processo e convidou Carla Silene Cardoso Lisboa Fernandes para ser sua advogada. Carla, no entanto, alegou à juíza Marixa Fernandes que não tinha condições de assumir a causa, pois já faz a defesa de outra ex-namorada do goleiro, Fernanda Gomes de Castro, processada pelo sequestro e cárcere privado de Elisa e do bebê da vítima.

Além de informar sobre a destituição de Pimenta, Bruno queria que a magistrada adiasse o julgamento para que ele tivesse prazo para nomear um novo advogado. Ele tentou destituir também Simim, alegando que não queria "prejudicar" Dayanne. Mas a juíza inverteu a questão e liberou Dayanne, que chorou muito desde o início da discussão e deixou o plenário aos prantos após ser liberada pela magistrada.

A juíza Marixa Fabiane Lopes, que preside o julgamento do goleiro Bruno Fernandes pelo suposto assassinato de sua ex-amante Elisa Samudio, aplicou multa a três advogados que abandonaram o plenário ontem. Ércio Quaresma, Fernando Magalhães e Zanone Manuel Júnior representavam o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, e a saída deles do Fórum de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, levou ao desmembramento do processo em relação ao acusado, apontado como executor de Elisa.

Segundo Marixa, o abandono do plenário foi feito "sem razão juridicamente relevante". Ela impôs multa de R$ 18.660, correspondentes a 30 salários mínimos, além de determinar a comunicação do ato à seção mineira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG). "O abandono do plenário pelos advogados do réu é atitude injustificada, que não encontra qualquer respaldo legal, e enseja aplicação de multa. Esse tipo de conduta causa grande prejuízo à sociedade", afirmou a juíza.

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Ela se referia ao gasto de recursos públicos com o "estupendo aparato de segurança" montado para o julgamento, além das despesas com diárias de hotéis para jurados e testemunhas, deslocamento de acusados e com a "movimentação de toda a máquina judiciária" para a realização do julgamento, além do gasto de tempo da própria magistrada e dos servidores mobilizados em torno do caso. "Fere a ética profissional", avaliou, referindo-se ao abandono do plenário.

Os advogados deixaram o julgamento após uma discussão com a juíza sobre o limite de tempo imposto pela magistrada para a apresentação de questões preliminares, antes mesmo do sorteio dos integrantes do conselho de sentença. Para o promotor Henry Wagner Gonçalves, a atitude foi uma "manobra frustrada", porque advogados de outros réus também ameaçaram abandonar o plenário, o que poderia forçar o adiamento de todo o julgamento, mas desistiram. O ato também leva à proibição dos advogados de reassumir a defesa do réu em novo julgamento, mas, ao deixar o fórum, Quaresma afirmou que recorreria a instâncias superiores da Justiça para permanecer como advogado de Bola.

O braço direito do goleiro Bruno Fernandes, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, foi retirado do julgamento pelo sequestro e assassinato da ex-amante do atleta, Eliza Samudio, menos de meia hora após a sessão ser retomada na tarde desta segunda-feira (19). Ele alegou estar passando mal e a juíza Marixa Fabiane Lopes autorizou que ele fosse retirado do plenário - o réu saiu andando - e levado de volta para a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, mesmo município onde ocorre o julgamento.

Minutos antes, ele havia concordado em ser julgado já a partir desta segunda, apesar de seus advogados ameaçarem abandonar o plenário, como fizeram os defensores do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acusado de executar Eliza. O ex-policial tem dez dias para nomear novos advogados e deve ser julgado no início de 2013.

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Com a retirada de Bola e Macarrão, ficaram no plenário apenas os outros três réus que serão julgados a partir desta segunda: Bruno, sua ex-mulher Dayanne Rodrigues do Carmo e outra ex-namorada do goleiro, Fernanda Gomes de Castro. As duas estão em liberdade e chegaram ao fórum de Contagem bem vestidas e em silêncio. Já Bruno, que está preso desde julho de 2010, veste o uniforme vermelho da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) de Minas Gerais. Bem mais magro após mais de dois anos preso, o goleiro acompanha os trabalhos com o semblante fechado, mas com a cabeça erguida, sentado ao lado de Dayanne.

Após uma manhã tumultuada, a juíza Marixa Fabiane Lopes, que preside o julgamento do goleiro Bruno Fernandes pelo assassinato de sua ex-amante Eliza Samudio, determinou no início da tarde desta segunda-feira (19) o desmembramento do processo em relação ao ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola. Liderados pelo advogado Ércio Quaresma, os defensores do ex-policial, acusado de executar a vítima, abandonaram o julgamento e o réu recusou-se a ser representado por um defensor público.

Com a decisão, Marixa deu prazo de dez dias para que ele nomeie novo advogado e seu julgamento deve ocorrer junto com o Wemerson Marques de Souza e Elenílson Vítor da Silva, em data que ainda vai ser marcada. Os advogados do braço direito de Bruno, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, também ameaçaram deixar o julgamento, mas o acusado afirmou querer ser julgado junto com o amigo e, caso seus defensores abandonem o plenário, ele passará a ser representado por um defensor público.

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A decisão ocorreu após uma manhã tumultuada, que atrasou em mais de três horas o início da sessão. O julgamento estava previsto para começar às 9 horas, mas Marixa só conseguiu iniciar oficialmente os trabalhos ao meio-dia. Porém, após cerca de uma hora de discussão com Quaresma, a sessão voltou a ser suspensa e só foi reiniciada às 15h30. Além de Macarrão e Bola, a magistrada fez a mesma pergunta para Bruno, sua ex-mulher Dayanna Rodrigues do Carmo - que vai permanecer sentada ao lado do jogador durante o julgamento - e outra ex-namorada do goleiro, Fernanda Gomes de Castro. Todos concordaram em ser julgados imediatamente.

Após a saída dos advogados de Bola do plenário, que criticaram a "falta de imparcialidade" do julgamento porque a magistrada limitou o tempo para que os defensores apresentassem questões preliminares, a sessão começou a transcorrer tranquila, bem diferente dos tumultos que marcaram toda a manhã no Tribunal do Júri de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Antes de deixar o plenário, Ércio Quaresma já havia discutido com o colega Rui Pimenta, que representa Bruno, e já havia protagonizado outro bate-boca com a magistrada ao exigir acesso às mídias com depoimentos de testemunhas. A juíza determinou que esse material poderia ser assistido em equipamento do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), mas a defesa de Bola alega não ter tido acesso aos interrogatórios. Os advogados chegaram a recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para adiar o julgamento, mas o pedido foi negado pelo ministro Joaquim Barbosa.

Segundo Marixa, o material só pode ser assistido em equipamento do TJ-MG para preservar a imagem das testemunhas, já que os interrogatórios estão em áudio e vídeo. "Tem dois anos que o processo está em curso. A defesa poderia ter marcado minuto a minuto os trechos", argumentou a magistrada.

Exatamente três horas depois de o horário previsto, a juíza Marixa Fabiane Lopes deu início à sessão de julgamento do goleiro Bruno Fernandes pelas acusações de sequestro, cárcere privado, assassinato e ocultação de cadáver de sua ex-amante Eliza Samudio, de 24 anos. Mas os tumultos que marcaram toda a manhã desta segunda-feira (19) no Tribunal do Júri de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, voltaram a ocorrer assim que foram abertos oficialmente os trabalhos.

O advogado Ércio Quaresma e os outros defensores do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, deixaram o plenário criticando a "falta de imparcialidade" dos trabalhos. A Justiça já havia antecipado esse tipo de estratégia da defesa e antecipadamente notificou a Defensoria Pública para que representantes do órgão se inteirassem do processo e ficassem à disposição para evitar o adiamento do julgamento diante de ações do tipo. Mas, após a atitude da defesa de Bola, os demais advogados pediram para se reunir para decidir o que fazer e a sessão foi novamente suspensa.

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Além de Bruno, será julgado pelos mesmos crimes seu amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão; Bola, acusado do assassinato e ocultação de cadáver da jovem; a ex-mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues do Carmo, processada pelo sequestro e cárcere privado do bebê que Eliza teve com o jogador; e outra ex-namorada do atleta, Fernanda Gomes de Castro, acusada do sequestro e cárcere privado da criança e da mãe.

O julgamento estava previsto para iniciar às 9 horas, mas a manhã no plenário foi marcada por discussões provocadas principalmente por Quaresma. Depois de um princípio de tumulto com o colega Rui Pimenta, defensor de Bruno, e questionar a composição dos jurados que seriam sorteados para o julgamento, Quaresma voltou a se envolver em mais duas discussões com Marixa.

Antes da decisão de deixar o plenário, ele já havia protagonizado um bate-boca com a magistrada ao exigir acesso às mídias com depoimentos de testemunhas. A juíza determinou que esse material poderia ser assistido em equipamento do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), mas a defesa de Bola alega não ter tido acesso aos interrogatórios.

Os advogados chegaram a recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para adiar o julgamento, mas o pedido foi negado pelo ministro Joaquim Barbosa. Segundo Marixa, o material só pode ser assistido em equipamento do TJ-MG para preservar a imagem das testemunhas, já que os interrogatórios estão em áudio e vídeo. "Tem dois anos que o processo está em curso. A defesa poderia ter marcado minuto a minuto os trechos", argumentou a magistrada.

Programado para ter início às 9 horas desta segunda-feira (19), o julgamento do goleiro Bruno Fernandes pelo sequestro e assassinato de sua ex-amante Eliza Samudio, de 24 anos, não tem mais prazo previsto para começar. Após cerca de duas para conferência da presença de testemunhas, a escolha dos jurados se tornou motivo de nova polêmica.

Entre os 25 presentes, cinco pediram dispensa do sorteio para composição do conselho de sentença por motivo de saúde. A juíza Marixa Fabiane Lopes decidiu também excluir os sete jurados que participaram do julgamento do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, apontado como executor de Eliza, que resultou, no último dia 7, na absolvição do réu pela acusação de assassinato do carcereiro Rogério Martins Novelo, em 2000.

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O advogado Ércio Quaresma, que integra a defesa de Bola, protestou contra a decisão e ameaçou recorrer ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) antes mesmo do sorteio para anular a formação do conselho de sentença. Para evitar ainda mais atraso no júri, Marixa decidiu questionar aqueles que participaram do julgamento anterior.

"Os jurados que compuseram o conselho de sentença no júri anterior caso se sintam intimamente influenciados que se digam impedidos. Se estiverem com a consciência tranquila quanto à sua imparcialidade para o julgamento, permaneçam", disse. Porém, os seis ainda presentes que se enquadravam no caso - um já estava ausente por motivo de saúde - alegaram se sentir impedidos e deixaram o plenário. A magistrada convocou suplentes para as vagas e a expectativa é de que o julgamento comece ainda durante a manhã.

Com previsão de durar entre duas e três semanas, o julgamento do goleiro Bruno Fernandes e de outros dois acusados pelo assassinato da ex-amante do jogador, Elisa Samudio, promete ser tumultuado. Antes mesmo do início da sessão já houve o primeiro início de confusão no plenário do Tribunal do Júri do Fórum de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Um dos advogados de Bruno, Rui Pimenta, e Ércio Quaresma, que chegou a defender o goleiro no início das investigações mas renunciou ao caso ao se internar para tratar uma dependência de crack e hoje defende o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, discutiram e chegaram a trocar empurrões por causa do local para se assentar durante o julgamento. "Não ponha a mão, não", reagiu Pimenta, após Quaresma bater em seu ombro querendo se sentar no lugar ocupado pelo primeiro.

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Após alguns minutos de discussão, os advogados entraram em acordo. "Fico feliz de não ter que intervir em uma questão tão pequena", observou a juíza Marixa Fabiane Lopes, que preside a sessão. Em seguida, porém, Quaresma começou a discutir com o escrivão e outros funcionários do fórum alegando que não há estrutura para a defesa de Bola - composta por seis pessoas - trabalhar.

O julgamento estava previsto para ser iniciado às 9h, mas, quase uma hora depois, a sessão ainda não havia começado. Além de Bruno e Bola, também vão ser julgados a partir desta segunda-feira o ex-braço direito do goleiro, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, a ex-esposa do jogador, Dayane Rodrigues do Carmo, e outra ex-namorada do atleta, Fernanda Gomes de Castro. As duas também chegaram a ser presas, mas estavam aguardando o julgamento em liberdade.

O goleiro Bruno Fernandes chegou na manhã desta segunda-feira no fórum de Contagem (MG) para o início do julgamento pelo sequestro e assassinato de sua ex-amante Elisa Samudio, de 24 anos. Além de Bruno, também chegaram ao local sob forte escolta seu amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, também acusados de envolvimento no assassinato.

Apesar de o julgamento ter previsão de começar apenas na manhã desta segunda-feira, desde o domingo o entorno do fórum já estava cercado e o trânsito na porta do local, interditado. Por medida de segurança, o funcionamento no restante do fórum foi mantido, mas quem quiser ter acesso ao prédio deve apresentar documentos que justifiquem a presença no local, como intimações. Já o plenário do Tribunal do Júri, onde vai ocorrer o julgamento de Bruno e dos demais réus envolvidos no desaparecimento de Elisa, é restrito aos advogados do caso, à imprensa, aos familiares dos acusados e a poucas pessoas, principalmente estudantes de Direito, que conseguiram uma credencial.

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A atual noiva de Bruno, a dentista Ingrid Calheiros, que mora no Rio de Janeiro, foi uma das pessoas que chegou cedo ao fórum para acompanhar o julgamento, mas não quis falar sobre o caso. Também é aguardada a presença da mãe de Elisa, Sônia de Fátima Moura, que tem a guarda do bebê que a jovem teve com o goleiro, mas, a minutos do início da sessão, ela ainda não havia chegado ao plenário.

Também devem ser julgadas a partir de hoje a ex-mulher do jogador, Dayanne Rodrigues do Carmo, acusada de sequestro e cárcere privado do bebê de Elisa, e de uma ex-namorada do atleta, Fernanda Gomes de Castro, que vai responder pelo sequestro e cárcere privado da criança e da mãe. Além do sequestro e assassinato de Elisa, Bruno e Macarrão serão julgados também por cárcere privado e ocultação de cadáver da vítima. Esta última acusação também pesa sobre Bola.

O ex-goleiro Bruno Fernandes e Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, chegaram ao Fórum de Contagem, em Minas Gerais, para o primeiro dia de julgamento do caso Eliza Samudio. Acredita-se que o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, também já esteja no local.

Dayane Rodrigues do Carmo e Fernanda Gomes de Castro, as outras rés do processo, ainda não foram vistas.

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Os cinco serão julgados por envolvimento no assassinato de Eliza Samudio, ex-amante e mãe do filho do ex-goleiro, desaparecida desde 2010.

O julgamento estava marcado para começar às 9h, mas está atrasado.

A Justiça mineira começou a julgar nesta segunda-feira (5) o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, por um homicídio ocorrido há 12 anos. Além desse assassinato, Bola deve voltar a se sentar na frente do júri popular em duas semanas, pois é acusado de matar Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, também acusado do crime junto com seu ex-braço direito Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão.

Nesta segunda, o ex-policial começou a ser julgado pelo assassinato do carcereiro Rogério Martins Novelo, morto em 2000, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ele foi reconhecido por uma irmã da vítima, que testemunhou o assassinato, por meio de imagens divulgadas após ser preso acusado de envolvimento na morte de Eliza. Durante a manhã, o advogado de Bola, Fernando Costa Oliveira Magalhães, chegou a pedir o adiamento da sessão, sob a alegação de que não teve acesso a documentos juntados ao processo pelo Ministério Público Estadual (MPE).

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Porém, a juíza Marixa Fabiane Rodrigues - que também deve ser encarregada do julgamento de Bruno - negou o pedido com a justificativa de que os documentos foram anexados ao processo no prazo legal para que a defesa pudesse ter acesso a eles. Com isso, o julgamento foi retomado de tarde, para leitura de peças processuais e oitiva de testemunhas de acusação e defesa.

O julgamento já havia sido marcado para 24 de outubro, mas foi adiado porque Fernando Magalhães não estava presente à sessão. Ele alegou que viajou para Mato Grosso para ouvir uma testemunha no caso do desaparecimento de Eliza, que não ocorreu pela ausência da testemunha. O MPE afirmou que o advogado sabia que não haveria a audiência e que a viagem foi uma manobra para adiar o julgamento. A juíza concordou e aplicou multa de 30 salários mínimos ao advogado. Até o início da noite desta segunda, o julgamento ainda estava em andamento.

Bola deverá enfrentar novamente o júri popular, junto com Bruno e Macarrão, a partir do próximo dia 19, quando está previsto o início do julgamento sobre o desaparecimento e morte de Eliza. Um primo do goleiro, Sérgio Rosa Sales, também era acusado de participar do assassinato da ex-amante do atleta, mas foi assassinado em agosto, segundo a Polícia Civil por motivo passional. Além deles, serão julgados ainda outra ex-namorada do jogador, Fernanda Gomes de Castro, processada pelo sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho que ela teve com Bruno, a ex-mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, Elenílson Vitor da Silva e Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, estes últimos acusados do sequestro e cárcere privado do filho de Bruno com Eliza.

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