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O goleiro Bruno Fernandes admitiu nesta quarta-feira que sua ex-amante Eliza Samudio, de 24 anos, foi assassinada e teve o corpo esquartejado e jogado para cães comerem pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola. Durante seu depoimento no julgamento que é realizado desde segunda-feira no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, o jogador alegou que não tinha conhecimento prévio do crime e que a execução da jovem foi tramada pelo seu braço direito e amigo de infância Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, mas assumiu que se beneficiou da morte e que poderia ter evitado que ela ocorresse. "Não sabia, não mandei, mas aceitei", disse o goleiro, referindo-se ao assassinato.

O atleta foi o primeiro dos nove acusados do caso a acusar nominalmente Bola, que responde a outros processos por assassinato, inclusive com ocultação de cadáver, como é o caso de Eliza, morta em 10 de junho de 2010 e cujo corpo nunca foi encontrado. Bruno está preso desde o mês seguinte, mas até então negava a morte da ex-amante, que exigia dinheiro do jogador por causa do filho que tiveram e que hoje está com a mãe da vítima, Sônia Fátima de Moura, que acompanhou o depoimento sentada atrás de Bruno.

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Macarrão também havia confessado que Eliza foi assassinada durante julgamento realizado em novembro, mas afirmou que Bruno foi o mandante do crime, assim como do sequestro e cárcere privado da jovem. "Cadê Eliza? Pelo amor de Deus, o que vocês fizeram com ela?" alegou ter dito o goleiro a Macarrão e a seu primo Jorge Luiz Lisboa Rosa ao vê-los voltando para o sítio em Esmeraldas com o filho de Eliza no colo, mas sem a mãe. "Perguntei a ele (Macarrão) por que fez isso. Não tinha necessidade", declarou o goleiro. "A menina estava demais. Estava atrapalhando nossos planos, nossos projetos", teria respondido Macarrão, segundo o depoimento do jogador, que era capitão do Flamengo e tinha proposta para atuar em uma equipe da Europa quando Eliza foi morta.

Pena

A estratégia do goleiro, além de tentar se livrar da acusação de ter planejado e ordenado a execução do crime, é conseguir uma redução da pena como ocorreu com Macarrão, que foi condenado a 15 anos de prisão, sendo 12 em regime fechado. Pelo Código Penal, uma acusação de homicídio triplamente qualificado como deste caso pode render até 30 anos de cadeia aos réus. O depoimento de Bruno começou no início da tarde e, por quase três horas, o goleiro respondeu às perguntas feitas pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, que preside o Tribunal do Júri do Fórum de Contagem.

Durante o questionamento, o goleiro praticamente ratificou todo o depoimento prestado por Jorge, o primeiro a admitir o crime, ocorrido quando ele tinha 17 anos - o que lhe rendeu pouco mais de dois anos de internação como medida socioeducativa. Mas o goleiro negou que Eliza tivesse sido sequestrada e tentou mostrar preocupação com a mulher, a quem alegou ter dado R$ 30 mil para "resolver problemas pessoais". Ele também disse que ela ganharia um apartamento em Minas Gerais para morar com o filho do casal.

O goleiro Bruno Fernandes descreveu, no terceiro dia de julgamento da morte de sua ex-amante Eliza Samudio, como ela foi assassinada. A versão teria sido contada por seu primo Jorge Rosa, adolescente na época.

"O Jorge falou comigo que o Macarrão (Luiz Henrique Ferreira Romão) foi até o Mineirão, e conversou com uma pessoa no orelhão, e naquele momento começou a seguir um cara de moto até uma casa na região de Vespasiano e lá entregou Eliza para um rapaz chamado Neném", afirmou Bruno. E que lá um rapaz perguntou para Eliza se ela era usuária de drogas, segurou a mão dela e pediu para que Macarrão amarrasse as mãos dela para frente, e deu uma gravata nela. E o Macarrão ainda chutou as pernas de Eliza. "Foi o que o Jorge me falou. E que ainda tinha esquartejado o corpo dela, tinha jogado o corpo dela para os cachorros comerem", contou.

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Bruno disse ainda que, segundo relato de Jorge, o rapaz foi até um porão e pegou um saco preto e perguntou se eles queriam ver o resto. "Aí os meninos falaram que não queriam ver nada, e foram embora com o Bruninho."

Perguntado se sabia que Eliza seria executada, Bruno disse: "Eu não mandei, mas eu aceitei". Afirmou que, posteriormente, Macarrão revelou que havia contratado Marcos Aparecido, Bola, para que ele matasse Eliza. Apelido que ele só ficou sabendo pela imprensa. "Pelo Macarrão e Jorge fiquei sabendo dele apenas como Neném", afirmou.

O goleiro Bruno Fernandes negou nesta quarta-feira, em julgamento no Fórum de Contagem (MG), ter sido o mandante do assassinato de Eliza Samudio, mas disse se sentir culpado, em partes. "Como mandante dos fatos, eu nego, mas, de certa forma, me sinto culpado", afirmou.

Ele também pediu para contar sua versão dos fatos. "Conheci Eliza na festa de um amigo em 2009, nos conhecemos e nos envolvemos e desse envolvimento nasceu uma criança. Nesse tempo nós conversamos bastante, houve várias vezes muitas discussões entre eu e a Eliza, no tempo em que ela estava grávida".

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Segundo Bruno, Eliza cobrava que ele arcasse com as despesas. "Realmente ela cobrava de mim que eu arcasse com as despesas. Algumas vezes eu ajudei, sim, só que ela queria que eu ajudasse mais. Eu não podia porque eu não tinha feito exame de DNA. Naquela noite, ela se envolveu também com outras pessoas", afirmou.

Mais cedo, o advogado Lúcio Adolfo informou aos presentes na sala do júri que o goleiro Bruno só iria responder às perguntas dos seus advogados de defesa, da juíza Marixa Rodrigues e dos jurados.

Pedido

Nesta quarta foi negado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais o pedido de habeas corpus feito pelos advogados do goleiro Bruno, impetrado na quarta-feira da semana passada. Os defensores do goleiro apostavam que os desembargadores do TJ acatariam o pedido de revogação da prisão e que ele, inclusive, poderia participar já do último dia do julgamento, que é na quinta-feira (7), em liberdade domiciliar.

Com a decisão, ele permanecerá detido na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, cidade onde está sendo julgado desde segunda-feira junto de sua ex-mulher, Dayanne Rodrigues. Bruno é acusado de ser o mandante do sequestro, cárcere privado e assassinato de Eliza, enquanto Dayanne é processada pelo sequestro e cárcere privado do bebê.

O Ministério Público Estadual (MPE) vai tentar convencer os jurados do julgamento do goleiro Bruno Fernandes de que o atleta estava presente quando sua ex-amante Eliza Samúdio, de 24 anos, foi assassinada em 10 de junho de 2010. Segundo o promotor Henry Wagner Vasconcelos, há provas no processo de que o jogador teria acompanhado seu braço direito Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e o então adolescente Jorge Luiz Lisboa Rosa quando eles levaram a vítima para ser morta na casa do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, em Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Já o advogado do goleiro, Lúcio Adolfo da Silva, afirmou que vai tentar "três graus" de defesa: obter a absolvição de Bruno, convencer o conselho de sentença de que o atleta teve uma participação menor no crime ou ainda retirar as qualificadoras que constam na acusação contra seu cliente.

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O objetivo, de acordo com Adolfo, seria reduzir a sentença em caso de uma condenação para uma pena entre nove e 11 anos, o que permitiria que o goleiro deixasse a cadeia em até seis meses para cumprir pena em regime aberto. "Não trato de vitória. A vitória é da Justiça", disse.

Para Henry Vasconcelos, porém, essa possibilidade não representa fazer Justiça "de maneira nenhuma". "O Bruno teve uma participação decisiva. Tudo aconteceu por causa de Bruno. As pessoas orbitavam em torno dele", salientou o promotor. Ele citou entre as provas um depoimento de Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro que também era réu no processo e que foi assassinado em agosto, no qual o acusado afirmou que Bruno esteve no local do assassinato.

Ressaltou que o registro de entrada do condomínio onde ficava o sítio do jogador em Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte, mostra que Bruno chegou ao local na noite de 10 de junho cerca de cinco minutos antes de Macarrão.

E lembrou ainda que há o registro de uma ligação do celular de Jorge Rosa para o telefone da ex-mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo, do local apontado como ponto de encontro do grupo com Bola, na região da Pampulha, em Belo Horizonte.

"Temos que considerar que Jorge não tinha nenhuma consistência intelectual, mental, socioafetiva para determinar ou orientar o que quer que fosse a Dayanne. Só podemos concluir que foi o Bruno que fez aquele contato com Dayanne. Quem pagava a conta de todos aqueles telefones era o Bruno, que era a fonte de recursos para toda aquela malandragem", disparou Vasconcelos. "Esses elementos nos remetem a entender, com extrema probabilidade, a presença dele no local de assassinato de Eliza", acrescentou.

Julgamento

As declarações foram dadas no fim da noite de ontem, após o encerramento do segundo dia de julgamento de Bruno, acusado de ser o mandante do sequestro, cárcere privado e assassinato de Eliza, e de Dayanne, que responde pelo sequestro e cárcere privado do bebê que a vítima teve com o jogador.

A mulher foi ouvida por cerca de quatro horas e, para Henry Vasconcelos, "o depoimento traz a confissão" do crime. O goleiro será ouvido a partir das 13h de hoje (6) e a previsão é de que a sentença seja proferida amanhã ou na madrugada de sexta-feira, após os debates entre acusação e defesa.

Para a defesa, no entanto, as declarações de Dayanne, que assumiu ter cuidado do bebê a pedido de Bruno após Eliza deixar o sítio com Macarrão e Jorge - ela nega que o goleiro tenha seguido com os demais acusados -, mostram "preocupação" com a criança. "A Dayanne fez um depoimento compromissado com a verdade, carregado de sinceridade. Deveria tocar o coração do promotor", disse Lúcio Adolfo, que defende a absolvição da acusada. A própria Dayanne considerou o depoimento "tranquilo". "Não menti. Falei a verdade", alegou.

A ex-mulher de Macarrão, Andrea Rodrigues, roubou as atenções na tarde desta terça-feira. Ela apareceu de surpresa e disse aos jornalistas que o ex-companheiro era apenas o "executor" das ordens do goleiro Bruno Fernandes. "Ele me contou que a ordem para matar Eliza partiu de Bruno." Andrea destacou que Macarrão não fazia nada sem o consentimento do amigo e patrão.

Bruno é acusado de ser o mandante do sequestro, cárcere privado e assassinato de Eliza Samudio, enquanto Dayanne Rodrigues é processada pelo sequestro e cárcere privado do bebê dela com o atleta.

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A mulher foi levada ao Fórum de Contagem (MG) pelo assistente de acusação José Arteiro, na tentativa de incluí-la como uma das testemunhas do julgamento. Ele não obteve sucesso na estratégia, uma vez que não havia mais prazo. Mesmo assim, as afirmações de Andrea causaram alvoroço no Fórum. Ela disse ainda que o ex não gostava de Eliza, mas negou que a modelo tivesse ficado aprisionada em Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Depois de dois dias, o momento mais esperado do julgamento do goleiro Bruno Fernandes vai ocorrer na quarta-feira (6). O próprio goleiro será interrogado pelo Ministério Público Estadual (MPE) e pelos advogados de defesa de todos os acusados de envolvimento no sequestro, cárcere privado e assassinato da ex-amante do jogador, Eliza Samudio, de 24 anos, e do bebê que a vítima teve com o atleta.

Teve início no início da noite desta terça-feira o depoimento da ex-mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues, que ainda estava em andamento nesta terça. O goleiro foi retirado do plenário por ordem da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues para a oitiva de Dayanne.

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Bruno é acusado de ser o mandante do sequestro, cárcere privado e assassinato de Eliza, enquanto Dayanne é processada pelo sequestro e cárcere privado do bebê. Desde o início do julgamento, na segunda-feira (4), circulam rumores no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, de que o goleiro poderá confessar sua participação no crime. Mas a reportagem apurou que a defesa, apesar de assumir a morte da jovem, deve negar qualquer envolvimento do jogador com o crime. A estratégia seria atribuir o sequestro e o assassinato ao ex-braço direito do atleta, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão.

Em novembro passado, Macarrão foi condenado a 15 anos de prisão, sendo 12 em regime fechado, depois de assumir que participou da morte de Eliza, mas alegou que o goleiro foi o mandante do crime. "Dissemos para ele (Bruno) contar o que sabe. Dissemos que a máscara já caiu. Ele não é mais goleiro do Flamengo. É um cidadão comum, um preso, um réu", declarou o advogado Tiago Lenoir, um dos defensores do jogador. Mas ele ressaltou que isso não significa que o acusado vá assumir que cometeu o crime. "Se ele confessar, a confissão vai surpreender até os advogados", avaliou.

Questionado sobre a possibilidade de o goleiro atribuir o crime a Macarrão, o advogado preferiu manter silêncio e disse apenas que, entre a palavra do goleiro e do ex-amigo, a do jogador teria "muito mais peso". "A confissão do Macarrão é completamente distinta das provas no processo", avaliou.

Depoimentos

Nesta terça, foi realizado o depoimento da segunda das duas testemunhas que o promotor Henry Wagner Vasconcelos, responsável pela acusação, quis ouvir em plenário. João Batista Alves Guimarães apenas confirmou que acompanhou a oitiva de Cleiton da Silva Gonçalves, outra testemunha do caso, à polícia. O promotor dispensou as demais testemunhas que havia arrolado.

Além de Guimarães, também foi realizado o depoimento de Célia Aparecida Rosa Sales, prima de Bruno. Vasconcelos ainda ressaltou que ela tem "relação de irmã" com o goleiro e a mulher foi ouvida na condição de informante, o que significa que ela não tem compromisso com a verdade como as testemunhas. Ela confirmou que teve que cuidar do filho de Eliza com Bruno, função que também coube a Dayanne após a mãe bebê ser levada do sítio do goleiro em Esmeraldas, também na região metropolitana da capital mineira, e não retornar mais.

De acordo com Célia, Eliza foi levada por Macarrão e por Jorge Luiz Lisboa Rosa, primo do jogador que tinha 17 anos à época. A informante disse que Eliza acreditou estar sendo levada para um apartamento que Bruno teria oferecido para ela morar com o filho do casal e que chegou a convidar pessoas que estavam no sítio para visitá-la. Porém, o promotor Henry Vasconcelos apontou uma série de contradições entre as declarações de Célia à polícia, na época das investigações, e as prestadas à Justiça.

Lágrimas

Durante o depoimento de sua prima, Bruno se manteve de cabeça baixa. Aparentando cansaço, ele passou o tempo todo apoiando os braços nas pernas e escondendo o rosto. Dayanne se mostrava bastante atenta, sempre de cabeça erguida. Quando seu interrogatório terminou, após mais de três horas, Célia não conseguiu conter as lágrimas e chorou copiosamente, mostrando-se bastante abalada com a pressão feita pelos advogados de acusação. Ela deixou o fórum rapidamente e evitou os jornalistas.

Durante a exibição de vídeos com reportagens sobre o desaparecimento de Eliza, feita a pedido da promotoria, o goleiro voltou a chorar e foi amparado por seu advogado, Lúcio Adolfo. O primeiro vídeo mostrou a amante de Bruno denunciando a uma TV ter apanhado do goleiro e ter sido obrigada por ele a tomar abortivos quando estava grávida de Bruninho.

Naquele momento, a mãe da modelo se emocionou e passou mal, deixando a sala do júri. Também foram exibidas entrevistas do tio de Jorge Luiz - que relatou como Eliza teria sido assassinada, no início das investigações, além da reconstituição dos últimos passos dela no sítio do goleiro, em Esmeraldas, e de depoimentos de Macarrão na prisão e em seu julgamento. A promotoria mostrou ainda entrevistas do goleiro nas quais ele mentia ao dizer que não sabia do paradeiro de Eliza. Enquanto Bruno parecia estar bastante emocionado, Dayanne permaneceu impassível.

A atual mulher do goleiro, a dentista Ingrid Guimarães, passou o dia na sala do júri assistindo aos depoimentos. Ela contou que se encontrou rapidamente com o ex-goleiro do Flamengo em uma sala reservada, durante o intervalo para almoço. "Não tive autorização para conversar com ele, apenas para abraça-lo".

 

Por volta das 16h55 desta terça-feira o goleiro Bruno Fernandes chorou no Fórum de Contagem (MG). Ao lado de Dayanne Rodrigues, ele assiste à reconstituição dos últimos dias de Eliza Samudio em seu sitio feita por seu primo Sergio Rosa Sales, que acabaria sendo assassinado em 2012 num crime que, segundo a policia, foi passional. Dayanne permanecia impassível. O advogado Lúcio Adolfo entregou um lenço para o goleiro enxugar as lágrimas.

A mãe de Eliza, Sonia Moura, deixou mais cedo a sala do júri, amparada por sua advogada. Ela começou a chorar durante a exibição de entrevistas da filha e depois do Jorge Luiz, que denunciou na época do crime que a modelo havia sido asfixiada e seus restos mortais jogados para cães. Os vídeos estão sendo exibidos a pedido da Promotoria.

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Bruno é acusado da morte da ex-amante Eliza, de 24 anos. A ex-mulher do jogador é acusada de sequestro e cárcere privado do bebê do atleta com Eliza.

A assessoria do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) confirmou que a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, presidente do Tribunal do Júri de Contagem, pretende ouvir o depoimento da ex-mulher do goleiro Bruno Fernandes, Dayanne Rodrigues, ainda nesta terça-feira. Como os advogados de todos os envolvidos no desaparecimento de Eliza Samudio podem fazer perguntas à acusada, a previsão é de que o interrogatório termine apenas no fim da noite. Com isso, o momento mais esperado do julgamento, que é o depoimento do próprio goleiro, ficará para quarta-feira (6).

Mais cedo, problemas técnicos atrasaram a exibição do vídeo da acusação para o conselho de sentença no Tribunal do Júri em Contagem (MG). Por causa do horário, advogados que participam do julgamento chegaram a avaliar que seja possível ouvir o depoimento apenas de Dayanne Rodrigues na sessão desta terça e que o interrogatório de do goleiro Bruno Fernandes seja realizado na quarta-feira (6). O vídeo é uma coletânea de reportagens e entrevistas com 1h54 de duração.

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Bruno é acusado da morte da ex-amante Eliza, de 24 anos. A ex-mulher do jogador é acusada de sequestro e cárcere privado do bebê do atleta com Eliza.

Retomado em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, o julgamento do goleiro Bruno Fernandes. Ele é acusado da morte da ex-amante Eliza Samudio, de 24 anos. A ex-mulher do jogador, Dayanne Rodrigues do Carmo, é acusada de sequestro e cárcere privado do bebê do atleta com Eliza.

O julgamento foi retomado com leitura de depoimento, prestado em Tangará da Serra (MT), pela assistente judiciária Renata Garcia Costa, que acompanhou as declarações prestadas por um primo de Bruno, o então adolescente Jorge Luiz Lisboa Rosa, confirmando o assassinato da jovem. Renata confirmou que o rapaz teve acompanhamento da família ao ser apreendido e durante o depoimento. Em seguida, ocorrerá a leitura de outras peças do processo, pedida pela defesa dos acusados.

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Célia Aparecida Rosa Sales, tia do ex-goleiro Bruno, confirmou, nesta terça-feira, durante seu depoimento no Fórum de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, ter visto Eliza Samudio no sítio de Bruno em Esmeraldas, também na Região Metropolitana de Belo Horizonte, "no dia 9 ou 10 de junho", data em que Eliza teria sido assassiada. Contou que foi ao local com Dayanne Rodrigues, ex-mulher do ex-goleiro.

Célia afirmou que estavam no sítio, além de Eliza, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, Sérgio Rosa, seu filho, que foi morto, Jorge Luiz, o primo de Bruno e Coxinha. O filho que Eliza teve com Bruno também estava no sítio, segundo a tia do ex-goleiro, assim como as filhas que Bruno teve com Dayanne.

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A tia do réu contou também que teria conversado muito com Eliza e que esta teria até ajudado a preparar a comida que foi servida no local nesse dia. Disse que Eliza chegou a convidar alguns dos que estavam no sítio para a visitarem no apartamento para onde achou que seria levada ao deixar o sítio com Macarrão, Jorge Luiz Lisboa Rosa e Sérgio Rosa Sales. Neste momento, disse a tia de Bruno, Eliza teria sido levada para ser morta pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola.

Célia Rosa Sales contou que ficou com o bebê de Eliza Samudio porque achou que a mãe teria ido para São Paulo "resolver algumas coisas" após deixar o sítio do atleta e, posteriormente, não retornar. Segundo ela, a ex-mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues, também cuidou da criança antes de viajar para o Rio de Janeiro e teria tratado o bebê "como se fosse filho dela".

Crescem, nos bastidores do Fórum de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, os rumores sobre uma possível confissão do ex-goleiro Bruno Fernandes de Souza, que está sendo julgado desde a segunda-feira (04) acusado de mandar matar, em junho de 2010, a modelo Eliza Samudio, sua ex-amante e com quem teve um filho. A expectativa é de que o ex-goleiro seja interrogado ainda nesta terça-feira.

O assistente de acusação Cidney Karpinski disse que, na segunda-feira, teve uma rápida conversa com o advogado de Bruno, Lúcio Adolfo. Durante a conversa, contou Karpinski, a possibilidade de confissão teria sido tratada. "Está tudo encaminhando para a confissão. Mas para que ele (Bruno) seja beneficiado com a redução da pena, ele precisa dar detalhes do crime. Não adianta dizer que somente mandou dar um susto na Eliza. Precisa confessar que eles vieram para Minas para executá-la", afirmou Karpinski nesta terça-feira no momento em que se preparava para entrar no Fórum de Contagem, para o segundo dia do julgamento.

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O advogado do ex-goleiro, no entanto, negou que tenha procurado os representantes da acusação e que Bruno vá confessar sua participação no crime. Já outro advogado que defende o ex-goleiro, Tiago Lenoir, foi mais taxativo e disse que Bruno não vai confessar porque não participou do crime. "O que nós temos é que Bruno chamou Eliza para fazer um acordo. A relação dos dois nunca foi uma relação de morte, horror", disse Lenoir.

Questionado sobre as entrevistas dadas por Bruno à época do desaparecimento de Eliza, nas quais ele negou saber do paradeiro dela, Lenoir disse que "as máscaras do Bruno já caíram". "Ele vai poder explanar agora o que ele sabe, o que teria acontecido. A acusação não conseguiu fechar a história, portanto ele não pode ser condenado porque é inocente".

Ministério Público

O promotor promotor Henry Wagner Vasconcelos, responsável pela acusação, negou a intenção do Ministério Público Estadual (MPE) de fazer uma negociação com o réu, mas salientou que uma confissão de Bruno implicaria em uma redução de pena "pelos próprios dispositivos legais" vigentes. A mãe de Eliza Samudio, Sônia Fátima de Moura, disse, ao chegar para o segundo dia do julgamento, que não acredita na confissão de Bruno e voltou a pedir a condenação dele. "Eu quero a condenação total".

Já a atual mulher do ex-goleiro, Ingrid Oliveira, disse, nesta terça-feira, que o jogador vai dizer "a verdade" sobre o desaparecimento de Eliza. Ingrid, contudo, não foi específica sobre essa "verdade". Completou dizendo que Bruno teria ficado "muito decepcionado" com a versão dada por seu ex-braço direito, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, que, em julgamento em novembro de 2012, admitiu que Eliza foi assassinada e acusou o jogador de ser o mandante do crime.

O primeiro dia do julgamento do goleiro Bruno Fernandes, acusado de sequestrar e mandar matar a ex-amante Eliza Samúdio, e de sua ex-mulher Dayanne Rodrigues do Carmo, processada pelo sequestro e cárcere privado do bebê que o jogador teve com a vítima, foi marcado por pelo menos duas acaloradas discussões entre representantes da acusação, a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues e advogados de defesa dos réus.

Desde o início dos trabalhos na manhã desta segunda-feira no Fórum de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, defensores protagonizaram bate-bocas que levaram a magistrada a interromper a sessão algumas vezes. A primeira discussão ocorreu logo no início da manhã, antes mesmo do sorteio dos jurados que compõem o conselho de sentença, quando o assistente de acusação, o advogado José Arteiro Cavalcante, acusou um dos representantes de Bruno, Lúcio Adolfo da Silva, de "desrespeito" e ambos levantaram a voz com dedos em riste. Durante a tarde, Silva protagonizou outro atrito, desta vez com o promotor Henry Wagner Vasconcelos, que chegou a dizer que se sentiu "ameaçado" quando o advogado, no meio do depoimento de uma testemunha, afirmou que "o bicho vai pegar" no julgamento.

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E, em vários momentos ao longo do dia, a juíza discutiu com Ércio Quaresma Firpe, polêmico advogado que representava Bruno durante as investigações e que deixou o caso após aparecer em um vídeo fumando crack. Ele voltou a atuar no processo como defensor do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que será julgado a partir de 22 de abril pela acusação de assassinato e ocultação de cadáver de Eliza. Marixa repreendeu o advogado durante a manhã por causa de pedidos que fazia e que, segundo a magistrada, não caberiam naquele momento, e durante a tarde, porque Quaresma ficava andando pelo plenário e "soprando" perguntas para serem feitas à delegada Ana Maria dos Santos.

Júri

Apesar de o julgamento estar marcado para começar às 9 horas desta segunda, as discussões e uma série de questões preliminares apresentadas por acusação e defesa atrasaram o início da sessão. Apenas no fim da manhã foi definido o júri que vai julgar Bruno e Dayanne, composto por cinco mulheres e dois homens, aparentando média de idade em torno de 30 anos. Antes mesmo do sorteio dos jurados, porém, a defesa de Bruno tentou adiar novamente o julgamento.

O goleiro e sua ex-mulher já haviam se sentado no banco dos réus em novembro, quando foram julgados - e condenados - o ex-braço direito do atleta, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, outra ex-amante do jogador, Fernanda Gomes de Castro. Uma série de manobras da defesa, porém, levou ao desmembramento do processo, que resultou no julgamento iniciado nesta segunda.

Em uma das questões preliminares, Silva pediu novo adiamento dos trabalhos com o argumento de que há um recurso ainda a ser analisado pedindo que seja retirado dos autos o atestado de óbito de Eliza. O documento foi emitido em janeiro, por determinação de Marixa, afirmando que a vítima foi morta por asfixia no endereço de Bola em Vespasiano, também na região metropolitana da capital mineira. "Com esse atestado, três quesitos já estão respondidos", observou o advogado Tiago Lenoir, que também integra a defesa do goleiro. Além do adiamento do julgamento, os advogados também pediram à magistrada que determinasse a retirada do atestado do processo, mas as duas solicitações foram negadas pela juíza.

O advogado de Marcos Aparecido dos Santos (Bola), Ércio Quaresma, voltou a tumultuar nesta segunda-feira, no Tribunal do Júri de Contagem (MG), o julgamento de Bruno Fernandes de Souza e Dayanne Rodrigues. Ele foi repreendido à tarde pela juíza Marixa Rodrigues por ficar transitando durante o interrogatório da delegada Ana Maria que já dura mais de três horas. "Vou pedir que o senhor se mantenha sentado no local destinado às pessoas que não estão sendo julgadas porque o senhor está atrapalhando os trabalhos", disse ela. O julgamento de Bola está marcado para abril. Ele teria executado Eliza Samudio em sua casa, em Vespasiano.

Bem mais séria do que pela manhã, quando chegou a sorrir na sala do júri, em Contagem (MG), a ré Dayanne Rodrigues disse rapidamente à reportagem nesta segunda-feira que é difícil prever o que vai acontecer nas próximos dias porque o "julgamento está bastante tumultuado". "Vamos ver", limitou-se a dizer, durante intervalo de cinco minutos. Ex-mulher de Bruno Fernandes de Souza, Dayanne Rodrigues é acusada do sequestro e cárcere privado do bebê dele com Eliza Samudio.

Antes do intervalo, a juíza Marixa Rodrigues interrogava a delegada Ana Maria dos Santos sobre o início das investigações, que segundo a testemunha ocorreram a partir de um denúncia anônima. Ela confirmou que, durante as diligências no sítio de Bruno, houve um conflito de versões dadas pelo funcionário do sítio José Roberto, que admitiu a presença de crianças no sítio, e o administrador Elenilson Vitor, que numa segunda diligência negou essa informação.

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Após uma pausa para o almoço, recomeça o julgamento do goleiro Bruno e sua ex-mulher Dayanne dos Santos, realizado no Fórum de Contagem, em Minas Gerais. A primeira testemunha a ser ouvida é a delegada Ana Maria dos Santos, que participou das investigações do desaparecimento de Eliza Samudio.

Com as ausências do primo de Bruno, Jorge Luiz, e de seu amigo Amir Borges Matos, que não foram ao Fórum de Contagem, Bruno não terá testemunhas de defesa, já que o advogado Lúcio Adolfo dispensou os depoimentos de sua tia, Célia Aparecida Rosa Sales, e da amiga Maria de Fátima Santos, alegando que "o que interessa é o debate". Ele disse que pretende "destroçar" as testemunhas de acusação.

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Pouco antes de o julgamento ser interrompido para almoço, Bruno parecia emocionado. Ele chegou a levar um lenço aos olhos, como se estivesse enxugando as lágrimas, no momento em que a juíza abriu a sala do júri para que a imprensa fizesse imagens. Já Dayanne preferiu deixar o local para não ser filmada ou fotografada.

A defesa do ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes de Souza dispensou as testemunhas Célia Aparecida Rosa Sales, que é sua tia, Maria de Fátima dos Santos e Anastácio Martins Barbosa. A defesa de sua ex-mulher Dayanne Rodrigues dispensou Saiver Júnior e manteve o depoimento de Célia Sales. Com isso, das dez testemunhas arroladas, sobraram quatro testemunhas para serem ouvidas.

Apesar da ausência de três testemunhas arroladas pela defesa - além de Jorge Luiz, Amyr Borges e Lucy Campos - , o advogado Lúcio Adolfo informou à juíza que ainda vai tentar trazê-las ao Fórum para que sejam ouvidas.

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A testemunha mais esperada do julgamento, o primo de Bruno, Jorge Lisboa Rosa, não compareceu ao Fórum de Contagem, informou a juíza Marixa Rodrigues. Entrevista recente dada por ele à Rede Globo - nela, ele atribui a culpa pelo crime a Macarrão, mas diz que seria praticamente impossível Bruno não saber de tudo - havia sido anexada ao processo.

A juíza indeferiu o pedido da defesa para que a certidão de óbito de Eliza fosse retirada do processo, alegando que sua emissão está suficientemente fundamentada. Ela também indeferiu o pedido para que o julgamento fosse suspenso, sob alegação da defesa de que havia outro inquérito em andamento.

Começou nesta segunda-feira o julgamento de Bruno e de sua ex-mulher Dayanne no Fórum de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O ex-goleiro é acusado de mandar matar sua amante, a modelo Eliza Samudio, em junho de 2010, com quem teve um filho. Dayanne é acusada de subtração de incapaz ao cuidar do filho de Bruno com a modelo durante parte do período em que ela teria sido mantida em cativeiro no sítio de Bruno, em Esmeraldas, também na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

No primeiro dia do julgamento do ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes de Souza, acusado de sequestro, cárcere privado e assassinato de sua ex-amante Eliza Samúdio, com quem teve um filho, a defesa admitiu, o sequestro de Eliza. Mas afirmou que ela foi embora do sítio do ex-goleiro, para onde teria sido levada após ter recebido dinheiro do atleta.

Com o objetivo de derrubar a tese da acusação, a defesa do ex-goleiro fala em irregularidades no processo e cogita até mesmo anular o júri. "Para mim é muito cômodo: se eu ganhar, ganhei, se não, anulo", disse o advogado Lúcio Adolfo da Silva. Os defensores do caso foram ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo. Bruno está preso há 971 dias, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde também está sendo realizado o julgamento.

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"Para mim é muito cômodo: se eu ganhar, ganhei, senão, anulo." A frase de Lúcio Adolfo da Silva, advogado do goleiro Bruno Fernandes, resume o espírito que impera na defesa dos acusados de envolvimento no sequestro e morte de Eliza Samudio, de 24 anos, ex-amante do jogador. A maior parte dos advogados envolvidos no caso estará presente a partir desta segunda-feira no salão do Tribunal do Júri de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, para acompanhar o julgamento do atleta e de sua ex-mulher Dayanne Rodrigues do Carmo, acusada do sequestro e cárcere privado do bebê de Bruno com Eliza, e promete não adotar medidas para tentar adiar a decisão dos jurados.

No entanto, todos os defensores afirmam que há irregularidades no processo e já adiantaram que, caso as sentenças não sejam favoráveis aos réus, vão pedir a anulação dos julgamentos. O braço direito do goleiro, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e outra ex-amante de Bruno, Fernanda Gomes de Castro, já foram condenados em novembro passado. Ainda serão julgados o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, em 22 de abril, e Elenílson Vítor da Silva e Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, em 15 de maio.

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Lúcio Adolfo, que assumiu a defesa de Bruno em novembro, levando a Justiça a adiar o julgamento do goleiro, afirma que há uma série de irregularidades no processo. "A juíza também determinou a expedição de um atestado de óbito antes do julgamento. Isso influencia diretamente no ânimo do júri", observou. Em janeiro, a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, presidente do Tribunal do Júri de Contagem, acatou pedido da família de Eliza e do Ministério Público Estadual (MPE) e determinou a expedição do documento, apesar de o corpo da jovem nunca ter sido encontrado. "Esse caso certamente será decidido nos tribunais superiores", avaliou o advogado. "Tenho muito carinho e respeito pela juíza, mas não concordo com algumas decisões jurídicas dela", acrescentou.

Já Ércio Quaresma Firpe, que defende Bola, afirmou que o problema da magistrada com ele "é pessoal" e adiantou que também pretende levar o caso para instâncias superiores do Judiciário. "Ela (Marixa) ultrapassou o limite do racional", disparou. O polêmico advogado, que representou Bruno durante as investigações e deixou o caso para se tratar de uma dependência de crack, abandonou o plenário do júri em novembro, alegando cerceamento de defesa, levando a magistrada a desmembrar o processo em relação ao ex-policial.

Agora, Quaresma pretende participar do julgamento de Bruno e Dayanne, mas quer questionar todos que forem ouvidos em plenário. "Vou mostrar a diferença de acórdão e acordão", adiantou, em referência a um suposto acordo do MPE com Macarrão para que o réu confessasse. Marixa, porém, autorizou perguntas apenas aos réus. Em novembro, o TJMG autorizou os advogados a fazerem perguntas também para as testemunhas, mas a juíza considerou que a determinação era válida apenas para o julgamento anterior. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-braço direito do goleiro Bruno, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, de 27 anos, foi condenado ontem a 15 anos de prisão pela morte e pelo sequestro de Eliza Samudio, ex-amante do atleta. Já a ex-namorada Fernanda de Castro foi condenada a 5 anos por sequestro e cárcere privado. A juíza Marixa Fabiane Lopes, em sua sentença, destacou que não há dúvidas do crime, que apresenta "detalhes sórdidos, de impiedade e de perversidade". No entanto, ela levou em consideração a confissão em plenário de Macarrão. Por isso, aplicou a pena mínima para homicídio qualificado, de 12 anos, acrescida de 3 anos pelo sequestro.

A mãe de Eliza, Sonia Samudio, ajoelhou-se na frente do plenário no momento em que a juíza anunciou a pena. E se disse "aliviada". Já o promotor afirmou estar "feliz" com a sentença, mas ressaltou que não houve vitória, uma vez que uma pessoa (Eliza) está morta. O advogado Lúcio Adolfo, que representa o goleiro Bruno, estuda pedir a suspensão da juíza "por tudo o que ela fez no processo". Os réus ainda podem recorrer da sentença.

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Macarrão está preso há 2 anos, 4 meses e 17 dias. Pela sentença de ontem, terá de cumprir até 12 anos em reclusão. Já Fernanda ficará em liberdade. A juíza destacou que a ré é primária e tem bons antecedentes.

À tarde, durante a sustentação oral e os debates, o advogado Leonardo Diniz já pedia uma "condenação justa" para Macarrão. E destacava que ele apenas cumpria ordens de Bruno, de quem era amigo desde a adolescência e a quem, de acordo com o advogado, "idolatrava" por ter alcançado o sonho de infância de ambos, que era se tornar jogador de futebol. "Que seja aplicada uma reprimenda. Mas que essa reprimenda seja justa, de acordo com sua participação (no homicídio)", afirmou Diniz. "E que seja absolvido do crime de ocultação de cadáver, porque não pode responder pelo corpo dela."

O júri, formado por seis mulheres e um homem, só absolveu seu cliente pela ocultação de cadáver. Com relação ao homicídio, o próprio réu assumiu, em depoimento de mais de cinco horas no Tribunal do Júri, nesta semana, que a jovem foi morta, mas alegou que não conhece o homem a quem entregou Eliza para ser executada, a mando do goleiro, em 10 de junho de 2010. Segundo a juíza Marixa, "a confissão foi fundamental para que o conselho de sentença tivesse certeza da morte de Eliza". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um dos novos advogados do goleiro Bruno, Tiago Lenoir disse nesta quinta-feira que o goleiro ficou bastante surpreso com o depoimento de Luiz Henrique Romão, o Macarrão, em que ele culpa o atleta pela decisão de matar Eliza Samudio. De acordo com Lenoir, Bruno não esperava que seu antigo braço-direito fosse mudar radicalmente de versão, provocando uma reviravolta no caso.

Quando questionado se o que Macarrão disse era verdade, o advogado não quis dizer se o goleiro desmentiu a versão dada no depoimento desta madrugada. "Você pode anotar aí que os novos advogados do Bruno vão apresentar a tese defensiva dele no dia 6 de março, durante o julgamento. Não podemos falar mais nada por enquanto", disse Lenoir.

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O criminalista assumiu a defesa do jogador depois que ele destituiu Rui Pimenta na tentativa de ter seu julgamento desmembrado na última terça-feira (20), segundo dia do tribunal do júri, a exemplo do que ocorreu com o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, na segunda-feira (19).

Tiago Lenoir disse que ele, Lúcio Adolfo e Francisco Simim, que já estava no caso, visitaram o goleiro na manhã desta quinta-feira na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, para contar a ele sobre o depoimento de Macarrão. "Ele ficou chateado com a situação, mas está bem, confiante, em termos processuais, sempre com fé em Deus. No momento oportuno, vai expor sua versão dos fatos", disse o jurista.

Depois da visita, Lenoir disse que se concentrou na leitura dos autos do processo, que somam mais de 15 mil páginas. "Não podemos ficar falando demais porque não sabemos muita coisa ainda, acabamos de pegar o caso. Nosso trabalho agora vai ser esse, estudar toda essa documentação".

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