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O Tribunal do Júri de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, condenou na madrugada desta sexta-feira (13), quatro policiais militares acusados de envolvimento no assassinato do menino Juan Moraes Neves, então com 11 anos, durante uma operação da polícia na Favela Danon, em 2011. O julgamento dos PMs teve início na última segunda-feira (9).

Na ação policial, também foi morto Igor Souza Affonso, suspeito de envolvimento com o tráfico. Outros dois jovens foram baleados, mas sobreviveram: Wesley Felipe Moares da Silva, irmão de Juan, e Wanderson dos Santos de Assis.

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Três réus foram condenados apenas pela morte de Juan: o sargento Isaías Souza do Carmo e o cabo Rubens da Silva pegaram 36 anos de prisão, e o sargento Ubirani Soares recebeu pena de 32 anos. A maior pena, de 66 anos de cadeia, foi aplicada ao cabo Edilberto Barros do Nascimento. Ele foi o único condenado pelas mortes de Juan e Igor. Os quatro PMs já estavam presos preventivamente desde julho de 2011 no Batalhão Especial Prisional (BEP), na zona norte do Rio.

O Ministério Público disse que vai recorrer da absolvição de três réus pela morte de Igor. A defesa dos réus também não concordou com o veredicto e informou que vai interpor recurso contra as condenações.

O caso

O caso Juan teve grande repercussão na época. Após a operação policial de repressão ao tráfico na Favela Danon, na noite de 20 de junho, Juan desapareceu. Parentes do menino e moradores da comunidade realizaram protestos, cobrando informações sobre o paradeiro dele. O corpo da criança só foi encontrado dez dias depois, às margens do Rio Botas, em Belford Roxo, município vizinho a Nova Iguaçu.

A investigação do caso foi ainda mais tumultuada após uma perita criminal dizer que o corpo seria de uma menina. A informação foi desmentida por um exame de DNA. Para isso, o corpo precisou ser exumado.

Começa nesta segunda-feira, 9, o julgamento de quatro policiais militares acusados de envolvimento no assassinato do menino Juan Moraes Neves, de 11 anos, na Baixada Fluminense, em 2011. Os sargentos Isaías Souza do Carmo e Ubirani Soares, e os cabos Edilberto Barros do Nascimento e Rubens da Silva, então lotados no 20º Batalhão da PM (Mesquita), serão julgados pelo 4º Tribunal do Júri de Nova Iguaçu. A expectativa é que o julgamento dure quatro dias. Os réus estão presos preventivamente desde julho de 2011. Foram arroladas para depor 35 testemunhas, entre acusação e defesa.

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Rio, os PMs faziam uma operação de repressão ao tráfico na Favela Danon, em Nova Iguaçu, na noite de 20 de junho de 2011. Juan voltava da casa de um amigo junto com o irmão Wesley, de 14 anos, quando foi baleado num beco da comunidade. Wesley e outro morador da favela, Wanderson, de 19 anos, foram baleados, mas sobreviveram. Além de Juan, um suposto traficante foi morto.

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O caso teve grande repercussão, já que após a operação da PM, Juan desapareceu. O corpo do menino só foi encontrado dias depois, num rio no município de Belford Roxo, também na Baixada Fluminense. Uma perita chegou a afirmar que o corpo seria de uma menina, o que tumultuou ainda mais a investigação.

A reconstituição do caso foi feita no dia 8 de julho, e comprovou que, ao contrário da versão dos PMs, não houve confronto na comunidade na noite do sumiço de Juan. Por isso, em 15 de setembro daquele ano os PMs foram denunciados à Justiça por dois homicídios e duas tentativas de homicídio, além da ocultação do cadáver de Juan.

A Polícia Civil concluiu o inquérito do caso Juan e pediu a prisão preventiva dos quatro policiais militares suspeitos de envolvimento no crime. O documento foi encaminhado para a Justiça na segunda-feira, 12. Como o processo corre em segredo de justiça, a assessoria do órgão não soube informar se as prisões foram decretadas.

Juan Moraes, de 11 anos, foi assassinado na comunidade Danon, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Ele teria morrido durante troca de tiros entre policiais e traficantes no dia 20 de junho.

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Os sargentos Isaías Souza do Carmo e Ubirani Soares, e os cabos Rubens da Silva e Edilberto Barros do Nascimento já estão presos temporariamente. No final de agosto, a Justiça do Rio prorrogou por mais 30 dias as prisões temporárias.

Dias depois da morte de Juan, uma ossada foi encontrada a 2 km do local do crime, mas a perícia atestou que os restos mortais eram de uma menina. Outro exame foi feito e foi constatado que o corpo era realmente de Juan.

O depoimento dos 11 policiais militares, investigados no caso do desaparecimento do menino Juan Moraes, de 11 anos, em Nova Iguaçu (RJ), durou cerca de 13 horas e terminou nesta madrugada na Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense, em Belford Roxo (RJ).

Lotados no Batalhão de Mesquita, os policiais chegaram no departamento especializado por volta das 13h de ontem. O menino Juan Moraes, de 11 anos, está sumido desde o dia 20 de junho, após uma operação policial na Favela Danon, em Nova Iguaçu (RJ).

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Além dos quatro PMs que participaram de um confronto com supostos traficantes, outros sete que estavam a cerca de dois quilômetros do local da operação também foram ouvidos. Os quatro que estavam na operação foram afastados das ruas. Segundo a polícia, os 11 PMs ocupavam um total de cinco viaturas, já periciadas pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli.

Os dados de GPS dos cinco carros já estão com a Polícia Civil. Por volta das 2h, os últimos PMs ouvidos deixaram a delegacia em carros descaracterizados. O delegado Ricardo Barboza de Souza não revelou o teor dos depoimentos. Juan, o irmão dele, Wesley, de 14 anos, e Wanderson dos Santos de Assis, de 19, foram baleados durante a troca de tiros. Juan vinha da casa de um amigo com o irmão quando ocorreu o confronto.

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