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A Câmara dos Deputados aprovou, por 246 votos a 202, o texto-base do projeto de lei que legaliza os jogos no Brasil, como cassinos, bingos, jogo do bicho e jogos on-line, mediante licenças em caráter permanente ou por prazo determinado. Em seguida, a sessão foi encerrada.

A partir desta quinta-feira (24), o Plenário pode votar os destaques apresentados pelos partidos na tentativa de fazer mudanças no parecer do deputado Felipe Carreras (PSB-PE) para o Projeto de Lei 442/91.

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Paulo Sergio/Câmara dos Deputados 

De acordo com o texto, os cassinos poderão ser instalados em resorts como parte de complexo integrado de lazer que deverá conter, no mínimo, 100 quartos de hotel de alto padrão, locais para reuniões e eventos, restaurantes, bares e centros de compras.

O espaço físico do cassino deverá ser, no máximo, igual a 20% da área construída do complexo, podendo ser explorados jogos eletrônicos e de roleta, de cartas e outras modalidades autorizadas.

Para a determinação dos locais onde os cassinos poderão ser abertos, o Poder Executivo deverá considerar a existência de patrimônio turístico e o potencial econômico e social da região.

Poderá haver três cassinos quando a população do estado for maior que 25 milhões (somente São Paulo, segundo estimativa de 2021 do IBGE).

Para os estados com mais de 15 milhões e até 25 milhões, poderá haver dois cassinos (caso de Minas Gerais e Rio de Janeiro). Nos demais estados e no DF, com população de até 15 milhões de habitantes, poderá existir apenas um cassino.

Cada grupo econômico poderá deter apenas uma concessão por estado, e o credenciamento será feito por leilão público na modalidade técnica e preço.

Adicionalmente, o Poder Executivo poderá conceder a exploração de cassinos em complexos de lazer para até dois estabelecimentos em estados com dimensão superior a 1 milhão de km quadrados.

Cidades turísticas

Em localidades classificadas como polos ou destinos turísticos, será permitida a instalação de um cassino, independentemente da densidade populacional do estado em que se localizem.

A proposta define esses locais como aqueles que possuam identidade regional, adequada infraestrutura e oferta de serviços turísticos, grande densidade de turistas e título de patrimônio natural da humanidade, além de ter o turismo como importante atividade econômica.

Um cassino turístico não poderá estar localizado a menos de 100 km de distância de qualquer cassino integrado a complexo de lazer.

Navios

Novidade em relação a versões anteriores do texto é o funcionamento de cassinos em embarcações fluviais, sendo um para cada rio com 1,5 mil km a 2,5 mil km de extensão; dois para cada rio com extensão entre 2,5 mil km e 3,5 mil km; e três por rio com extensão maior que 3,5 mil km.

Essas embarcações não poderão ficar ancoradas em uma mesma localidade por mais de 30 dias consecutivos, e a concessão poderá ser para até dez estabelecimentos.

Esses navios deverão ter, no mínimo, 50 quartos de alto padrão, restaurantes e bares e centros de compra, além de locais para eventos e reuniões.

Bingo

No caso do bingo, o texto permite sua exploração em caráter permanente apenas em casas de bingo, permitindo-se a municípios e ao Distrito Federal explorarem esses jogos em estádios com capacidade acima de 15 mil torcedores.

As casas de bingo deverão ter capital mínimo de R$ 10 milhões e estarem localizadas em locais com área mínima de 1,5 mil metros quadrados, onde também poderão ficar até 400 máquinas de vídeo-bingos, mas serão proibidos os caça-níqueis.

Pelo texto, será credenciada, no máximo, uma casa de bingo a cada 150 mil habitantes.

Os lugares licenciados contarão com autorização de 25 anos, renováveis por igual período.

Jogo do bicho

Para a legalização do jogo do bicho, o texto exige que todos os registros da licenciada, seja de apostas ou de extração, sejam informatizados e com possibilidade de acesso em tempo real (on-line) pela União, por meio do Sistema de Auditoria e Controle (SAC).

Os interessados deverão apresentar capital social mínimo de R$ 10 milhões e reserva de recursos em garantia para pagamento das obrigações e deveres estipulados no projeto, exceto a premiação, podendo ser na forma de caução em dinheiro, seguro-garantia ou fiança bancária.

O credenciamento será por prazo de 25 anos, renovável por igual período se observados os requisitos.

Poderá haver, no máximo, uma operadora desse jogo a cada 700 mil habitantes do estado ou DF. Naqueles com menos de 700 mil habitantes, deverá haver apenas uma credenciada para o jogo do bicho.

O resgate de prêmios até o limite de isenção do Imposto de Renda não precisará de identificação do apostador.

Funcionamento provisório

Se após 12 meses de vigência da futura lei não houver regulamentação, será autorizada a operação provisória de vídeo-bingo, bingo e jogo do bicho em todo território nacional até sair o regulamento.

*Da Agência Câmara de Notícias

A Câmara dos Deputados pode votar nesta quarta-feira (23) o projeto de lei que legaliza os jogos no Brasil, como cassinos, bingos e jogo do bicho (PL 442/91). A proposta também abre a possibilidade de estados explorarem jogos lotéricos. A sessão do Plenário está marcada para as 13h55.

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Até que seja encerrada a discussão da proposta em Plenário, os parlamentares podem apresentar emendas para modificar o texto aprovado na 

Segundo o substitutivo do deputado Guilherme Mussi (PP-SP), aprovado pela comissão especial em 2016, os cassinos deverão obrigatoriamente ser instalados em resorts como parte de complexo integrado de lazer, cujo tamanho variará segundo a população do estado em que se localizar.

Se virar lei, haverá anistia a todos os acusados de exploração de jogo ilegal nas modalidades legalizadas, extinguindo automaticamente os processos a partir da publicação da futura lei.

No caso do bingo, o texto permite sua exploração em caráter permanente apenas em casas de bingo, jóquei clube ou em estádio de futebol, ficando proibidos os jogos de bingo eventuais, exceto se realizados por entidades filantrópicas, religiosas e Santas Casas para arrecadar fundos para sua manutenção.

Para a legalização do jogo do bicho, o substitutivo exige que todos os registros da licenciada, seja de apostas ou de extração, sejam informatizados e com possibilidade de acesso em tempo real (on-line) pela União, por meio do Sistema de Gestão de Controle (SGC).

Cultura

Também na pauta estão dois projetos prevendo mais dinheiro para o setor cultural. O Projeto de Lei Complementar 73/21, apelidado de Lei Paulo Gustavo, direciona R$ 3,86 bilhões do superávit financeiro do Fundo Nacional de Cultura (FNC) a estados e municípios para fomento de atividades e produtos culturais em razão dos efeitos econômicos e sociais da pandemia de Covid-19.

A proposta, de autoria do Senado, estabelece que a maior parte da verba (R$ 2,797 bilhões), vinda da arrecadação da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine), deverá ser aplicada no setor de audiovisual.

O restante (R$ 1,065 bilhão) deverá ser usado para o desenvolvimento de atividades de economia criativa e de economia solidária; para apoiar cursos, produções ou manifestações culturais; ou desenvolver espaços artísticos e culturais.

Já o PL 1518/21, conhecido como Lei Aldir Blanc 2, institui uma política nacional de fomento à cultura com repasses anuais de R$ 3 bilhões da União a estados e municípios para ações no setor.

O texto, assinado pela deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e outros cinco deputados, lista 17 grupos de atividades culturais que poderão ser contempladas por meio de editais, chamadas públicas, prêmios, compra de bens e serviços, cursos e outros procedimentos.

Entre eles, incluem-se estudos e pesquisas; realização de inventários de manifestações culturais sob risco de extinção; concessão de bolsas de estudo no Brasil ou no exterior; aquisição de imóveis tombados; manutenção de grupos, companhias e orquestras; e serviço educativo em museus, centros culturais e bibliotecas.

Comunicação corporativa

Os deputados podem analisar ainda o Projeto de Lei 4059/21, que permite à administração pública usar regras específicas para contratação de publicidade na licitação de serviços de comunicação digital (mídias sociais, tecnologias, plataformas, dispositivos e canais digitais) e de comunicação corporativa (relações com a imprensa e relações públicas).

De autoria do deputado Cacá Leão (PP-BA), o projeto conta com parecer preliminar da relatora, deputada Celina Leão (PP-DF), que muda o montante de gastos com publicidade permitidos atualmente pela legislação no primeiro semestre de anos eleitorais.

Segundo o substitutivo, em vez de ser permitido gastar a média dos gastos do primeiro semestre de três anos anteriores ao ano do pleito, como está na legislação, será permitido aos órgãos públicos federais, estaduais ou municipais e às respectivas entidades da administração indireta (estatais, por exemplo) gastarem a média dos gastos dos três anos anteriores completos (primeiro e segundo semestres).

Foto - Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

*Da Agência Câmara de Notícias

A votação do Projeto de Lei 442/91, que legaliza os jogos no Brasil, inclusive os cassinos, só vai ocorrer em fevereiro de 2022. A Câmara dos Deputados, em sessão plenária, chegou a discutir o projeto nessa quinta-feira (16), mas os parlamentares acharam melhor analisar um pouco mais a matéria.

“O projeto será votado em fevereiro, com o tempo necessário para que seja maturado, discutido, para notarmos a quem interessa regularizar jogos, a quem não interessa regularizar jogos; quais são os seus efeitos, quais são as suas causas; o que é bom e o que é ruim”, disse o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

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O texto em debate é um substitutivo apresentado pelo deputado Felipe Carreras (PSB-PE) em nome do grupo de trabalho que analisou o tema. A discussão da proposta permanecerá aberta para que os parlamentares apresentem emendas e destaques e rediscutam o texto após o recesso parlamentar.

A matéria propõe a legalização de todas as modalidades de jogos, como cassinos integrados em resorts, cassinos urbanos, jogo do bicho, apostas esportivas, bingos, jogos de habilidade e corridas de cavalos. As licenças serão concedidas por meio de leilões, e os jogos serão fiscalizados por um órgão regulador e supervisor federal.

Grandes cassinos de Las Vegas anunciaram nesta quarta-feira (27) que voltarão às atividades a partir da próxima semana, sob condição de obedecer as medidas de segurança para distanciamento social, após mais de dois meses fechados por causa da pandemia do novo coronavírus.

Depois de receber um sinal positivo do governador de Nevada, em 4 de junho alguns resorts reabrirão as portas, entre eles o Bellagio, o New York-New York, o Caesars Palace e o Flamingo.

"Convidamos os turistas de todo o país a virem para se divertirem, não de forma diferente de como era antes, embora sejamos cuidadosos", disse o governador Steve Sisolak a repórteres durante coletiva de imprensa na terça.

Ele disse ter tomado a decisão de reabrir a bilionária indústria de jogos, que é a base da economia do estado, após consultar especialistas em saúde.

"Tomamos todas as precauções possíveis", ressaltou Sisolak, que faria o anúncio em uma coletiva de imprensa que havia sido cancelada na última semana porque temia se expor à COVID-19.

"Com todos os protocolos que colocamos em prática, testes que implementamos, com o rastreamento de contatos que estará vigente, acho que não encontrarão um lugar mais seguro do que Las Vegas em 4 de junho", informou o governador democrata.

"Estamos incentivando os visitantes a se divertir", acrescentou.

Este mês, o Conselho de Controle de Jogos americano emitiu regras sobre a reabertura de cassinos, incluindo a limitação pela metade da sua capacidade de ocupação e a restrição no número de pessoas em jogos de mesa, que poderão ter no máximo três participantes.

Também recomendou a remoção de todas as outras cadeiras na frente das máquinas caça-níqueis para manter possível o distanciamento social seguro.

No entanto, os trabalhadores do cassino até o momento se recusaram a voltar ao trabalho sem o medidas mais seguras para protegê-los.

Além dos cassinos, o governador informou que as igrejas e outros locais de culto poderão reabrir a partir da Fase 2, mas só poderão permitir até 50 pessoas por vez nos locais, e devem cumprir as regras de distanciamento social.

Sisolak também recomendou o uso de máscaras fora de casa.

"Ajude a proteger seus colegas de Nevada. Cubra seu rosto como uma medalha de honra", finalizou o governador.

Durante a Fase 2 no estado, algumas empresas permanecerão fechadas, como estabelecimentos de entretenimento adulto, bordéis e boates.

De acordo com um relatório da empresa de consultoria Applied Analysis, os turistas gastaram US$ 34,5 bilhões no sul de Nevada em 2018, apoiando de forma direta mais de 234.000 empregos no setor de turismo, informou o Las Vegas Review-Journal em março.

Macau anunciou nesta terça-feira o fechamento de seus famosos cassinos, motor econômico desta região semiautônoma da China, durante duas semanas para lutar contra a propagação do novo coronavírus.

A ex-colônia portuguesa adotou a medida após confirmar o 10º caso de contágio da pneumonia viral que já mato 425 pessoas e infectou mais de 20.000 na China continental.

O chefe do Executivo Ho Iat-seng, que utilizava uma máscara de proteção durante a entrevista coletiva, afirmou que a medida pode ser prolongada se a expansão do novo coronavírus prosseguir.

"É uma decisão difícil, mas devemos tomá-la pela saúde dos habitantes de Macau", declarou Ha Iat-segn, que também anunciou uma reunião com os representantes dos cassinos.

A única vez que a Região Administrativa Especial de Macau fechou seus cassinos aconteceu em 2018, quando a cidade foi atingida por um tufão.

As autoridades de saúde da cidade anunciaram nesta terça-feira dois novos casos de infecção, incluindo uma mulher que trabalha em um cassino.

O PIB de Macau, o único território chinês onde o jogo é permitido, aumentou de 6,4 bilhões de dólares em 1999 a mais de 55 bilhões de dólares.

Quase 35 milhões de pessoas visitaram no ano passado a cidade de apenas 630.000 habitantes, a grande maioria procedentes da China continental, interessadas em jogar nos cassinos gigantescos.

O chefe do Executivo afirmou que não está previsto fechar a fronteira com a China continental, mas que consideraria a possibilidade de fechar alguns pontos de passagem, uma medida já adotada por Hong Kong.

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, defendeu nesta quarta-feira, 27, a discussão no Congresso sobre a possibilidade de liberação de cassinos no Brasil. "É inevitável que o tema seja discutido nos próximos meses no País". Conforme revelou nesta quarta-feira (27) o jornal O Estado de S. Paulo, deputados do grupo conhecido como Centrão consultaram o presidente Jair Bolsonaro se o governo apoiaria um projeto com este teor, mas não receberam dele um a resposta definitiva.

Bolsonaro disse aos interlocutores que, antes, seria preciso consultar a bancada evangélica - que é contra o projeto, mas já admite discutir uma alternativa. O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, defende a autorização do jogo de azar, mas apenas para estrangeiros.

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"Hoje, 93% dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) já têm cassinos integrados a resorts. Isso já é uma realidade", afirmou Álvaro Antônio. A proposta de restringir a liberação das casas de jogos aos resorts é defendida pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Ao anunciar nesta quarta uma medida provisória para a área de turismo, o ministro afirmou que o Brasil recebe atualmente cerca de 6,6 milhões de turistas estrangeiros por ano, e a liberação dos cassinos pode ajudar a elevar essa quantidade para até 20 milhões. "O impacto será considerável na economia do País", disse.

Questionado sobre as avaliações de que a liberação dos cassinos pode facilitar crimes como a lavagem de dinheiro, o ministro respondeu que o tema precisa ser debatido entre o Parlamento e a sociedade, com a participação dos ministérios da Justiça e da Economia. "Gostaria de envolver a Polícia Federal e a Receita Federal para apresentamos um projeto desmistificando muitas situações que não condizem com a verdade, como evasão de divisas e lavagem de dinheiro", completou.

Um projeto de lei com relatório apresentado em 2016, autorizando a exploração de jogos de azar em todo o território nacional, está pronto para votação em plenário. Duas propostas com conteúdo defendido por Maia foram anexadas ao mesmo texto e ele se mostra inclinado a pautar a medida. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Deputados do bloco conhecido como Centrão retomaram a ofensiva para liberar a abertura de cassinos no País, destaca o jornal O Estado de S. Paulo. O presidente Jair Bolsonaro chegou a ser consultado para saber se o governo apoiaria um projeto com esse teor, mas não deu resposta definitiva. Bolsonaro disse aos interlocutores que, antes, seria preciso consultar a bancada evangélica. O grupo é contra o projeto, mas já admite discutir uma alternativa. O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, defende a autorização do jogo de azar, mas apenas para estrangeiros.

Em conversa com deputados, na semana passada, Bolsonaro afirmou que tudo pode ser "conversado", desde que passe pelo crivo dos evangélicos. Avisou, no entanto, que não concorda com a liberação do caça níquel porque "pais de família" podem usar o dinheiro do salário para jogar. Mesmo sendo contrário aos jogos, o presidente já deu sinais de que há a possibilidade de deixar cada Estado decidir o assunto por conta própria.

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A ideia foi discutida durante almoço, na quarta-feira, entre Bolsonaro, o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e vários deputados - na lista estavam, por exemplo, o líder do DEM, Elmar Nascimento (BA), o presidente do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva (SP), e Cláudio Cajado (PP-BA). Bolsonaro fez o convite para a reunião, no Palácio do Planalto, com o objetivo de se reaproximar dos deputados, que ali reclamaram, mais uma vez, do atraso no pagamento das emendas parlamentares. Mas o bate papo foi além e chegou aos jogos de azar.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é favorável à legalização de cassinos, mas restrita a resorts. Um projeto de lei com relatório apresentado em 2016, autorizando a exploração de jogos de azar em todo o território nacional, está pronto para votação em plenário. Duas propostas com conteúdo defendido por Maia foram anexadas ao mesmo texto e ele se mostra inclinado a pautar a medida.

O coordenador da Frente Parlamentar Evangélica na Câmara, Silas Câmara (Republicanos-AM), disse que o grupo - formado por 195 dos 513 deputados - é majoritariamente contra a ideia, mas não descartou o debate de opções. "A bancada ouviria, dependendo de quem vier com a explicação", afirmou Câmara, citando o exemplo do prefeito do Rio. "Sendo ele (Crivella) um evangélico, não seria difícil ouvi-lo. A gente dialoga. Agora, dialogar e trazer uma proposta que não seja correta é complicado", completou.

O deputado citou a possibilidade de vício, prostituição e corrupção como justificativas para o veto, mas o jornal apurou que a tendência do Republicanos é liberar a bancada, se esse assunto for votado.

Crivella é a favor da liberação de cassinos apenas para estrangeiros e tenta atrair um empreendimento para a capital fluminense. A Secretaria Municipal de Urbanismo do Rio preparou um parecer, ao qual o Estado teve acesso, a favor de liberar a instalação de um cassino em Porto Maravilha - área portuária revitalizada na cidade -, se o Congresso permitir os jogos por lei.

A intenção é autorizar a construção de um cassino associado a um resort integrado, que, além de hotéis, abrigaria centro de convenções, shoppings, cinema e teatro. "Eu sou favorável a que se faça isso. A princípio, apenas para os estrangeiros, até que o Brasil tenha certeza de controles e normas para não haver nenhuma possibilidade de lavagem de dinheiro da criminalidade ou da corrupção", afirmou Crivella, em nota encaminhada à reportagem.

Campanha

No ano passado, antes do segundo turno da eleição, o então candidato Bolsonaro negou que fosse favorável a liberar a abertura de cassinos. "Vou legalizar cassinos no Brasil? Dá para acreditar em uma mentira dessas?", disse Bolsonaro, em vídeo postado nas redes sociais. "Nós sabemos que o cassino aqui no Brasil, se tivesse, seria uma grande lavanderia, serviria para lavar dinheiro. E também para destruir famílias. Muita gente iria se entregar ao jogo."

O tema, que desperta polêmica, foi objeto de idas e vindas na Câmara. Em 2015, a Casa instalou uma comissão especial para avaliar propostas de legalização de cassinos, bingos e jogo do bicho, entre outras modalidades.

Investidores de multinacionais e lobistas entraram em ação, à época, na tentativa de destravar as discussões, mas nada foi para frente. A Associação Brasileira de Bingos, Cassinos e Similares estima que o setor - ao lado de loterias e todas as atividades que envolvem apostas - pode aumentar a arrecadação em R$ 30 bilhões por ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A proposta que prevê a legalização dos jogos de azar e a reabertura dos cassinos no país está pronta para ser analisada em Plenário, mas segue dividindo opiniões na Casa. O PLS 186/2014, do senador Ciro Nogueira (PP-PI), autoriza a exploração de “jogos de fortuna”, on-line ou presenciais, em todo o território nacional.

Pelo substitutivo do senador licenciado Benedito de Lira (PP-AL) à proposta, a regulamentação contempla o jogo do bicho; vídeo-bingo e videojogo; bingos; cassinos em complexos integrados de lazer; apostas esportivas e não esportivas e cassinos on-line. O credenciamento para exploração do jogo de bingo e vídeo-bingo terá prazo de 20 anos, renovável por igual período, e será de responsabilidade dos estados. Já o dos cassinos terá validade de 30 anos, podendo ser renovado por sucessivos períodos.

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Após o envio do texto ao Plenário, depois de receber parecer pela rejeição na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), em março deste ano, foram apresentados dois requerimentos que precisam ser votados antes de os senadores analisarem o projeto.

O primeiro (RQS 149/2018), do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), solicita a tramitação em conjunto de outro projeto (PLS 595/2015), que prevê a promoção do ecoturismo em unidades de conservação através da gestão compartilhada com hotéis-cassino e cria a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a operação de hotéis-cassino (Cide Verde). A matéria estava na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), sob a relatoria do próprio Bezerra.

O segundo requerimento (RQS 150/2018) do senador Wellington Fagundes (PR-MT), solicita que o PLS 186/2014 seja encaminhado para análise da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR).

A proposta de legalizar os jogos de azar tinha sido aprovada no ano passado pela Comissão Especial de Desenvolvimento Nacional (CEDN), que poderia decidir de forma terminativa. Mas houve requerimento para que fosse votada antes na CCJ, onde a maioria dos senadores a rejeitou, seguindo as posições dos senadores Magno Malta (PR-ES) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que apresentaram votos em separado pela rejeição.

Randolfe afirmou à época que o projeto era muito permissivo, amplo e carente de qualquer mecanismo de controle mais efetivo do Estado, cuja ausência poderia acarretar o uso da prática dos jogos de azar para a lavagem de dinheiro, sonegação de impostos e evasão de receita.

“Sua aprovação irá liberar a exploração dos jogos de azar sem que nenhuma autoridade governamental controle essa atividade, fomentando assim práticas criminosas”, apontou ao ler seu parecer.

O senador argumentou que a legalização dos jogos teria “nefasto” impacto psíquico e sociofamiliar sobre o jogador contumaz e não produziria aumento de receita tributária nem fomentaria o turismo no Brasil, como alegam os defensores do projeto.

Na mesma linha, o senador Magno Malta (PR-ES) afirou que “não há motivos nem argumentos que demonstrem que legalizar a exploração dos jogos de azar no Brasil é decisão acertada. O projeto vende a imagem falsa de 'salvação da economia', com a alegação de que legalizar vai criar empregos e levar para os cofres públicos cerca de R$ 15 bi de impostos a mais, por ano. Esse número é fictício, irreal”.

Clandestinidade

Em resposta, Benedito de Lira sustentou que estabelecer um marco regulatório para os jogos ajudaria a enfrentar os problemas que já existem na clandestinidade:

— É justamente a legalização dos jogos de fortuna que acabará com os jogos clandestinos. Tornar transparente essa atividade em muito ajudará no combate à lavagem de dinheiro. A legalização também permitirá atendimento aos viciados em jogos que na clandestinidade de hoje não possuem saída alguma. Se chegar hoje em São Paulo você vai encontrar muitas casas de bingo lotadas. Lavagem de dinheiro existe hoje porque tudo é feito às escondidas.

Ciro Nogueira argumentou que o objetivo do projeto é garantir mais dinheiro aos cofres públicos, além de gerar milhares de empregos. Afirmou ainda que existe uma "cortina de fumaça", como se o jogo já não fosse uma realidade:

— O Brasil hoje é um dos países em que mais se joga no mundo. O mercado clandestino movimenta cerca de R$ 20 bilhões por ano.

Da Agência Senado

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal pode votar, nesta quarta-feira (22), uma proposta bem polêmica: a legalização dos jogos de azar e a reabertura dos cassinos no Brasil. O projeto de lei do senador Ciro Nogueira (PP) pretende autorizar não apenas os jogos presenciais, bem como por meio da internet. 

Dessa forma, caso aprovada, poderão funcionar além dos cassinos em complexos de lazer, diversos outros como jogo do bicho, videojogo, videobingo, bingo, apostas esportivas e não esportivas, além dos cassinos on-line. 

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A matéria foi alterada pelo relator Benedito de Lira (PP), que incluiu medidas de controle sobre os estabelecimentos a exemplo de identificar todos os jogadores que receberem premiações acima de R$ 10 mil. O substitutivo também determina a inclusão das empresas autorizadas a explorar jogos de azar na Lei de Lavagem de Dinheiro, o que obrigam a cadastrarem os clientes e a informar operações ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). 

O texto também prevê multas casos descumprimento dessas e demais regras de, no mínimo, R$ 10 mil e que pode chegar até R$ 500 mil. Esses valores deverão ser aplicados na área da segurança pública. 

O substitutivo alerta que é crime a participação de menores de 18 anos em jogos, bem como os que adulterarem ou controlarem os resultados, que pode ser detido de seis meses a dois anos, além de pagamento de multa. Os estabelecimentos também serão obrigados a exibirem mensagens alertando para o risco de vício. 

Ciro destacou que o jogo é legalizado em 75% dos 193 países membros da Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com ele, o país poderia passar a arrecadar cerca de R$ 15 bilhões a mais em impostos por ano.

Opiniões divididas

Na página do Facebook do Senado, os internautas têm opiniões diversas. “Aí, sim. Lavagem de dinheiro legalizada e milhares de lares destruídos pelo vício do jogo. Eita, país que só anda para trás”, disse um. “Eu não entendo o motivo dessas coisas serem proibidas enquanto temos as lotéricas com suas apostas onde é um verdadeiro milagre acertar nelas, sendo que o governo poderia facilitar o índice de acertos de forma a auxiliar na distribuição de renda da população como é feito em outros países. O que as lotéricas vendem são literalmente jogos de total azar, mas são tratadas com a mais plena normalidade pelo estado”, escreveu outro.

 

O cantor espanhol Julio Iglesias afirmou que não fará mais shows em cassinos que pertençam ao magnata e pré-candidato à presidência dos Estados Unidos Donald Trump, por seus comentários contra os imigrantes.

"Já cantei muitas vezes em seus cassinos, mas não voltarei a fazê-lo. Me parece um imbecil", disse Iglesias em uma entrevista ao jornal catalão La Vanguardia.

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"Acredita que pode consertar o mundo esquecendo o que os imigrantes fizeram por seu país. É um palhaço - e perdão aos palhaços", completou.

O magnata do setor imobiliário e pré-candidato republicano Donald Trump ganhou a inimizade da comunidade hispânica ao afirmar que, se for eleito presidente, expulsará todas as pessoas sem documentos e ao descrever os mexicanos que entram nos Estados Unidos de forma ilegal como narcotraficantes, criminosos e estupradores.

De acordo com uma pesquisa Washington Post/ABC, 82% dos latinos não têm uma opinião favorável a Trump, contra apenas 15% de apoio ao pré-candidato entre o grupo.

Conhecido pelas baladas românticas e agitada vida amorosa, Julio Iglesias vendeu 300 milhões de discos em sua carreira.

O cantor lançou em 23 de setembro o álbum "México", que segundo ele será o último de estúdio de sua carreira, que prosseguirá com os shows.

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