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Uma reunião marcada para esta terça-feira (31), no Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA), no bairro das Graças no Recife, articulará uma mobilização para o no Dia Nacional Contra a Redução da Maioridade Penal, celebrado no dia 10 de abril, contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 171/93. Com o apoio dos Fóruns Estadual e Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (DCA) entre outras entidades, o encontro criará uma ‘Frente Ampla de Mobilização contra a Redução da Maioridade Penal’ e iniciará às 14h. 

De acordo com organizadores há cinco anos o DCA do Recife já tem pautado esse tema promovendo e participando de passeatas, atos, audiências públicas, seminários, produzindo o Vídeo “Redução NÃO é solução” e elaborando notas públicas com a parceria do Fórum Estadual DCA, o CEDCA e outras entidades. No entanto, o objetivo é aprofundar o assunto. “Queremos criar esta ‘Frente’ para fazer uma ampla discussão no Congresso Nacional sobre a PEC que está sendo discutida hoje contra a redução da maioridade penal e até 10 de abril iremos fazer várias ações como passeatas, vigílias e audiências públicas”, antecipou ao Portal LeiaJá, um dos coordenadores do DCA-Recife, José Ricardo Oliveira. 

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Segundo Oliveira, a mobilização pretende fazer pressão política, buscar o convencimento de quem está em dúvida e envolver movimentos sociais para uma maior atuação. “Não queremos que cada um fique fazendo mobilizações paralelas. Queremos fortalecer esta luta e esclarecer a sociedade esta questão que está sem aprofundamento e sem considerações. Temos o objetivo de em qualquer maneira, barrar este projeto, porque nós acreditamos que não vai concretizar. Não tem uma argumentação plausível e isso vai causar um mal enorme”, enfatizou. 

Para José Ricardo a proposta vai de encontro ao que rege o Estatuto da Criança e do Adolescente e não resolve os problemas da violência. “Os adolescentes já têm responsabilidades, e com esta proposta, em vez deles passarem por medidas socioeducativas vão passar por medidas prisionais e isso não vai resolver o problema da criminalidade. Essa maneira é pior porque os presídios são escolas de crimes e vai de encontro com tudo que se conquistou no ramo de direito das crianças e dos adolescentes”, opinou, garantindo que dos 100% de crimes cometidos, apenas 10% são de provocados por adolescentes, e destes, ainda de acordo com Oliveira, apenas 2% são contra a vida. 

O coordenador do DCA-Recife também alegou que várias instituições já confirmaram presença no evento desta terça, entre elas a Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, representantes de Conselhos Municipais e da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), entre outros. 

A manifestação do próximo dia 10 de abril será de âmbito nacional com a adesão do Estado de Pernambuco. 

Na manhã desta quinta-feira (11), o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA/PE) apresentou, durante coletiva de imprensa, os problemas financeiros pelos quais a entidade vem passando por causa da falta de recursos vindos do Governo do Estado. Devido à escassez de verba, os conselheiros foram unânimes na decisão de entregar uma ação de representação contra o Governo do Estado ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), já que não há justificativa do Estado para a diminuição do capital destinado à entidade. 

De acordo com a conselheira Lourdes Viana, cerca de R$ 700 mil deveriam ser repassados anualmente ao CEDCA/PE, mesmo que a necessidade da entidade para manter os projetos de acolhimento institucional ultrapasse os R$ 19 milhões (valor previsto para o ano de 2015). Para 2014, a previsão é de que R$ 50 mil reais sejam destinados ao Conselho. Apesar de haver uma lei que institui o sistema de transferência de recursos financeiros do Fundo Estadual ao Fundo Municipal, os recursos não têm sido captados de forma satisfatória, causando diminuição dos programas de pesquisa, estudo e apoio à juventude.

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“Em 2013, só recebemos cerca de R$ 300 mil. Nesse ano, foram depositados os R$ 400 mil que deveriam ter sido creditados em 2013, então não tivemos uma verba destinada especificamente ao ano de 2014”, explica Lourdes. Cerca de 35 projetos em todas as regiões do Estado serão comprometidos pela falta de verba. "O que nos surpreende é que o Governo tem dinheiro e dá auxílio em outras situações, como é o caso do Movimento Pró-Criança. Gostaríamos de saber o motivo da diminuição brusca da verba e não obtivemos resposta", diz ela. 

Ainda segundo os conselheiros presentes na reunião, o CEDCA/PE está atuando, em 2014, com um déficit que gira em torno dos R$ 300 mil. “Essa falta de recursos compromete os nossos projetos voltados à criança e ao adolescente, além de prejudicar a própria manutenção do Conselho. Desse jeito, vamos fechar em 2015”, prevê Lourdes. 

“Desde 2012, 16 adolescentes foram mortos em unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase). Nós temos políticas de ressocialização realmente importantes para os jovens dessas unidades e o CEDCA não consegue cumprir seus planos estaduais voltados aos jovens por falta de recursos”, fala Mallon Aragão, membro titular da Associação Comunitária Inajá Mendes. 

RESPOSTA - Questionado a respeito da declaração do secretário da Criança e da Juventude (SJC) a respeito das inúmeras queixas feitas pelo Conselho em relação ao trabalho da SJC, o vice-presidente do CEDCA/PE, Nivaldo Pereira, afirmou que o Conselho apenas cumpre sua função institucional. “Temos que estar atentos às políticas públicas voltadas às crianças e adolescentes do Estado, já que elas não estão sendo conduzidas de forma satisfatória. Unidades de atendimento socioeducativo como a Funase não podem correr o risco de superlotação, para que não haja nenhum tipo de problema com os jovens. Por isso, nossas vistorias têm sido mais intensas e detalhistas”. Ainda segundo ele, há previsão de visita às unidades da Funase a partir do próximo dia 15.

 

O Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Estado de Pernambuco (CEDCA-PE) está com inscrições abertas para a 9ª edição do Concurso Arte Livre. Voltado para estudantes dos ensinos fundamental e médio de Pernambuco, o projeto visa levantar a discussão sobre os direitos dos jovens estabelecidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, com o tema “Trabalho infantil não é legal”.

O concurso é dividido em áreas de acordo com a escolaridade do estudante. Crianças e adolescentes do 1º ao 5º ano do ensino fundamental podem participar na categoria “Desenho”. A categoria “Texto” inscreve trabalhos de alunos do 6º ano do ensino fundamental ao ensino médio. Este ano, a novidade é a inclusão da categoria “Vídeo”, voltado aos adolescentes do ensino médio. Cada estudante pode participar com um trabalho.

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Os interessados devem submeter seus projetos até o dia 30 de agosto, às 17h, através do formulário de inscrição disponível no site da CEDCA. A seleção será realizada em duas etapas: uma na escola e uma regional. Os vencedores da etapa regional receberão um notebook, um kit de literatura infanto-juvenil, além de ter a produção publicada em uma agenda para o ano 2015. Para outras informações, acesse o regulamento.

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