Tópicos | cepa brasileira

A vacina Sputnik V tem alta eficácia contra a variante brasileira do coronavírus, identificada inicialmente em Manaus, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto de Virologia da Universidade Nacional de Córdoba, na Argentina. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pelo Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF, na sigla em inglês), que financia o desenvolvimento do imunizante.

Segundo o estudo, 99,65% dos participantes dos testes clínicos desenvolveram anticorpos para a cepa brasileira do vírus no 42º dia após a aplicação da segunda dose da vacina. Além disso, 85,5% dos indivíduos adquiriram a proteção no 14º dia depois da primeira dose.

##RECOMENDA##

"A Argentina foi o primeiro país da América Latina a usar a 'Sputnik V' para vacinar a população. Agora vemos que o uso do medicamento ajuda a proteger a população não só contra as conhecidas, mas também contra novas variantes do vírus, inclusive a brasileira", afirmou o CEO do RDIF, Kirill Dmitriev, em comunicado.

Na semana passada, a farmacêutica União Química desistiu de realizar estudos clínicos da Sputnik V no Brasil. A empresa já tentou obter a aprovação para o uso emergencial do imunizante no País, mas teve o pedido negado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Em abril, a Anvisa também negou a autorização para a importação da vacina por 10 estados brasileiros. A diretoria colegiada da agência alegou que houve falhas identificadas pela área técnica que poderiam comprometer a eficácia, a segurança e a qualidade do produto, além da falta de dados básicos para a análise.

O governo de uma região do centro da Itália confirmou nesta terça-feira (26) a identificação de mais três casos de contaminação pela cepa brasileira do coronavírus Sars-CoV-2.

O anúncio foi feito pelo governador de Abruzzo, Marco Marsilio, que acrescentou que trata-se de uma família residente em Poggio Picenze, na província de L'Aquila, e recém-retornada do Brasil.

##RECOMENDA##

Os casos foram identificados pelo Instituto Zooprofilático Experimental de Abruzzo e Molise, órgão científico dessas duas regiões da Itália Central. Na última segunda-feira (25), um contágio ligado à cepa surgida no Brasil havia sido detectado na Lombardia, norte do país.

Ainda de acordo com Marsilio, a família infectada está em isolamento e será vacinada em breve. Essa nova variante do Sars-CoV-2 está sendo estudada por especialistas do mundo todo, e o Instituto Robert Koch, da Alemanha, disse na semana passada que ela é semelhante à cepa sul-africana, que seria mais contagiosa que o vírus original.

A variante brasileira teria surgido em Manaus, cidade que vive um colapso do sistema de saúde por causa da explosão no número de casos, e já foi detectada em países como Japão, Alemanha e Estados Unidos.

O governo da Itália proibiu voos e viajantes provenientes do Brasil no último dia 16 de janeiro, mas, até então, era possível ir de um país a outro por meio de rotas diretas ou com conexão em outras nações. O veto vale ao menos até o dia 31 deste mês.

Da Ansa

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando