Tópicos | Cine PE 2015

O Cinema São Luiz despediu-se da 19ª edição do festival Cine PE nesta sexta (8). A noite foi marcada pelas premiações dos filmes concorrentes e a exibição do longa A luneta do tempo, de Alceu Valença. Antes do início da cerimônia, Alfredo Bertini, um dos organizadores do evento, comemorou o sucesso desta edição e falou sobre os planos do festival para o próximo ano.

Cine PE tenta se reinventar

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Cinema São Luiz recebe de volta o Cine PE

Com uma proposta de renovação, o Cine PE 2015 veio com menos filmes internacionais, privilegiando a produção pernambucana. A volta ao Cinema São Luiz, no centro do Recife, onde foi realizada a primeira edição do festival, também foi uma maneira de reavivar a aura recifense e nordestina do Cine PE. Para Bertini "o saldo foi extremamente positivo": "Estamos muito satisfeitos. O público prestigiou e foi tudo muito tranquilo", disse.

Os planos são realizar a próxima edição, em 2016, novamente no São Luiz que supriu bem às necessidades do evento em termos de acomodações e, inclusive, estacionamento e segurança: "Ano que vem o festival estará mais fortalecido", afirmou ele. Agora, os organizadores do evento se dedicam a atividades de cunho social com oficinas e mostras itinerantes até o final de 2015.  

Uma roda de diálogo sobre os Desafios da Política Cultural deu início a agenda de seminários da 19° edição do Cine PE. O tradicional Festival Audiovisual de Pernambuco trouxe para o painel desta quarta-feira (29), nomes relevantes do cenário, dentre eles o secretário do Audiovisual, Pola Ribeiro, e a diretora da Ancine (Agência Nacional do Cinema), Rosana Alcântara.   

Mediados pelo diretor do Cine PE, Alfredo Bertine, os debates aconteceram ao longo do dia, no Hotel Sete Colinas, em Olinda. De acordo com o diretor do festival, as discussões em torno do tema são fundamentais para estabelecer o diálogo entre o governo e os representantes do setor. “A questão da Política Cultural e do Direito Autoral, que também será discutido amanha, são de extrema importância. A indústria audiovisual está crescendo e precisa de regras mais claras”, afirmou Bertine, lembrando que o painel promovido nesta quinta, contribui para o estreitamento do diálogo com o Governo Federal.  

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“Estamos diante de um novo governo, que deve fazer algumas mudanças, mas é necessário que tais modificações sejam construídas através do diálogo com os produtores do setor. Portanto, é interessante incrementar o debate, trazendo uma discussão de entendimento que é fundamental para o setor”, concluiu.

Durante o debate, a diretora da Ancine, Rosana Alcântara, mencionou a expansão do mercado audiovisual no Brasil e sua representatividade na economia do País. Segundo os dados divulgados pela Ancine, o audiovisual representa 0,46% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Outro fator relevante apresentado por Rosana foi a colocação do país em renda de Bilheteria. Em 2014, o Brasil  foi considerado o 11° maior mercado de cinema. A região Nordeste teve participação expressiva neste resultado, pois obteve crescimento superior a 50% nos últimos anos, no que se refere ao parque exibidor.

De acordo com a diretora da Ancine, o número de produção cinematográfica no País tem alcançado uma média anual de 120 filmes novos, lançados em salas comerciais. E Pernambuco conseguiu emplacar três novas obras no ano passado, conquistando espaço representativo no circuito comercial. “Nos últimos anos, Pernambuco tem conseguido colocar filmes de longa-metragem no circuito comercial, com distribuição nacional. Nem todos estados tem conseguido com frequência colocar produções no mercado, com a mesma desenvoltura,  mobilizando o público a ir ao cinema”.

Os investimentos em produções audiovisuais pernambucana também foram levantados pela diretora da Agência Nacional de Cinema. “Os investimentos têm crescido e vão crescer como um todo. Pernambuco faz seu trabalho de casa, tem muitos talentos e consegue revelar nacionalmente muitas dessas obras. Com isso, naturalmente reflete numa atração de recursos”, ressaltando que a Ancine fechou algumas parcerias para o lançamento de editais no Estado, por meio da Fundarpe e da Empresa Pública de TV.   

Durante sua apresentação, o secretário do Audiovisual comentou sobre os projetos do Ministério da Cultura que pretende alavancar o setor, mas que será construído com a participação popular. “Precisamos ter um audiovisual que possa dar respostas ao povo brasileiro”, declarou Pola Ribeiro. Em entrevista ao Portal LeiaJá, o secretário comentou sobre o espaço que a produção cinematográfica de Pernambuco vem conquistando, o que abre portas para novos investimentos no setor audiovisual local.  “Pernambuco possui uma expressão cultural muito forte e consegue refletir no cenário audiovisual, que se mostrou muito potente nos últimos anos. Os investimentos serão realizados em cada estado, com base no potencial e protagonismo de cada um no setor”,  ressaltando  que  “Pernambuco tem destaque então vai ser olhado com todo carinho, como um dos principais centros de produção audiovisual do Brasil”, frisou o secretário.

Na próxima quinta-feira (30), o painel de diálogo irá discutir a questão dos direitos autorais no mercado cinematográfico. O debate contará com a participação do presidente na Associação Brasileira do Direito Autoral, José Carlos da Costa Netto, do presidente da ABPITV, Marco Altber e do presidente do Fórum Nacional de Combate à Pirataria, Edson Vismona, dentre outros convidados.

 

 

 

 

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