Tópicos | Cinema na Estrada

A partir da próxima segunda-feira (29) até o dia 19 de novembro, 25 municípios pernambucanos recebem o 'Cinema na Estrada'. Ao todo, serão 123 exibições em diversas regiões do estado. A iniciativa faz parte do projeto do Governo de Pernambuco, realizado desde 2010 pelo Sistema Secult-PE/Fundarpe.

Durante o evento, as cidades vão contar com a estrutura de um caminhão adaptado com sistemas de som e projeção digital que vai estacionar em praças, ruas ou terreiros de comunidades para exibir curtas-metragens de cineastas pernambucanos. “O processo de escolha dos filmes que vão circular pelo Estado considerou aspectos como eixos temáticos, locais de produção das obras e a classificação indicativa, para que todos os públicos sejam bem-vindos às exibições, desde crianças à população idosa”, destaca Milena Evangelista, coordenadora de Audiovisual da Secult-PE.

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De acordo com Marlom Meirelles, um dos cineastas que terá o filme exibido no projeto, a transmissão é uma oportunidade de divulgar a produção em regiões que não possuem os recursos.  “A gente faz filmes para serem vistos, Olhos de Botão foi gravado numa pequena cidade pernambucana (Bezerros), que não tem tradição cinematográfica, então é fantástico saber que ele vai chegar a tantas cidades, que as pessoas vão se reconhecer no sotaque, na paisagem do interior pernambucano”, falou.

A Secult-PE e a Fundarpe realizam a nova fase do projeto Cinema na Estrada com recursos na ordem de R$ 180 mil, direcionados à política cultural de Pernambuco via emenda parlamentar do deputado estadual Aloísio Lessa.

Programação

Programa 1

Salu e o Cavalo Marinho (Animação, 2014, 14 minutos, PE), de Cecília da Fonte

A Clave dos Pregões (Documentário, 15 minutos, 2015), de Pablo Nóbrega

Olhos de Botão (Ficção, 18 minutos, 2015) de Marlom Meirelles

Psiu! (Documentário, 20 minutos, 2014), de Antônio Carrilho e Juliana Lima

João Heleno dos Brito (Ficção, 20 minutos, 2014), de Neco Tabosa

Programa 2

Sexta Série (Ficção, Digital, 18 minutos, 2014), de Cecília da Fonte

Exília (documentário, 24 minutos, 2015), Renata Claus

Papo amarelo – o primeiro tiro (ficção, 15 minutos, 2015), de Anildomá Willans de Souza

Lua (Ficção, 17 minutos, 2013) de Paulo Caldas

A promessa (Ficção, 13 minutos, 2013), de Marcos Carvalho e Alisson Souza

Cronograma

Mata Sul

29/08 – Primavera

30/08 – Ribeirão

31/08 – Palmares

01/09 – Catende

02/09 – Água Preta

03/09 – Tamandaré

04/09 - Jaqueira

Mata Norte

13/09 – Itambé

14/09 – Condado

15/09 – Nazaré da Mata

16/09 – Vicência

17/09 - Paudalho

Agreste Setentrional

23/09 - Limoeiro

24/09 – Bom Jardim

Agreste Central

19/10 - Bezerros

20/10 – Lagoa dos Gatos

21/10 – Belo Jardim

22/10 – São Bento do Una

RMR e Mata Norte

31/10 – Camaragibe

01/11 – Itapissuma

02/11 – Itamaracá (Pilar)

03/11 – Itamaracá (F. Orange)

04/11 – Goiana (Centro)

05/11 – Goiana (Tejucupapo)

Agreste Meridional

16/11 – Saloá

17/11 - Caetés

Sertão Itaparica

18/11 – Tacaratu (Centro)

19/11 – Tacaratu (Povos Indígenas)

Agreste Meridional (já realizadas)

 27 a 30 de julho (04 Comunidades tradicionais, durante o FIG 2016)

A sétima edição do Festival de Cinema de Triunfo chegou ao fim, mas as sementes foram plantadas mais uma vez. O evento realizado no oasis do sertão, como é conhecido o município de Triunfo, também é um oasis de oportunidades para aqueles que se dedicam à sétima arte com ofício e paixão. Sejam através das oficinas, debates, mostras ou sessões de alta qualidade técnica, o festival deixa sinais de que é uma das maiores referências nacionais quando o assunto é cinema.

No que diz respeito às premiações das mostras competitivas na noite de encerramento, neste sábado (9), o festival chamou ao palco, por seis vezes, o diretor Hilton Lacerda para receber algum troféu por conta de Tatuagem. O filme, exibido pela primeira vez em Triunfo com sessão lotada, foi o grande vencedor desta edição, levando pra casa as canecas de melhor ator, para Irandhir Santos e Jesuíta Barbosa, melhor trilha sonora, para DJ Dolores, melhor direção, melhor longa nacional, melhor roteiro e júri popular

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Legado do festival em Triunfo

Para Carla Francine, coordenadora de Audiovisual da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), instituição realizadora do evento ao lado da Secretaria de Cultura do Estado, esta sétima edição mostra como o festival está consolidado de fato, não só na cidade como na região. “Todas as sessões este ano foram lotadas e a gente contou com a participação da população. No que diz respeito à formação de público, tivemos a parceria com várias escolas de Triunfo e dos arredores. Não tivemos nenhum tipo de problema de projeção, que é um problema recorrente nos festivais por conta da migração pro digital”, listou ela. 

O festival seguiu com a proposta de levar cinema às comunidades e passou por quatro bairros do município com o projeto Mostra Cinema na Estrada. A iniciativa, que teve início na última terça (5) e passou por quatro bairros do município sertanejo, exibiu em praças públicas e espaços abertos cinco curtas pernambucanos e um de São Paulo gratuitamente. 

Ainda neste sábado (9), uma das atividades da sétima edição do Festival de Cinema de Triunfo foi a I Mostra Competitiva de Curta-metragem dos Sertões, com sessões realizadas no Cine Teatro Guarany. Ao todo, sete filmes do Sertão, incluindo um curta da Paraíba (Sophia, de Kennel Rógis) e um produzido em Triunfo (Ser Mais Que Cinza, de Daniel Figueiredo), fizeram parte da mostra. 

Licor e doces artesanais adoçam festival em Triunfo

De acordo com Carla Francine, as oficinas foram outras atividades que tiveram um resultado satisfatório. “Desde o primeiro ano do festival que atuamos nesse sentido de formação crítica na cidade. Um exemplo é o júri popular. Para o voto de cada um dos participantes ser validado, foi necessário que ele comparecesse a todas as sessões. Eles passaram uma semana antes do festival tendo uma formação mais crítica”, explica Carla Francine, que quando assumiu o cargo oferecido pela Fundarpe mapeou na região de Pernambuco seis festivais de cinema. Hoje, segundo Francine, existem mais de 30 eventos do tipo espalhados pelo Estado. “O resultado satisfatório do Festival de Cinema de Triunfo é resultado de uma série de políticas culturais que implementamos de 2007 pra cá”, 

Networking espontâneo em Triunfo

Com a presença de vários realizadores, produtores e uma gama de profissionais da sétima arte nacional, o município sertanejo se transforma naturalmente em um ambiente propício para o surgimento de novas parcerias e trocas de experiências entre os cinéfilos. O resultado deste networking espontâneo foi visível a cada encontro, como nas sessões e nos debates realizados todas as manhãs, e inclusive (talvez principalmente) nos momentos de happy hours dos participantes.

Outro ponto alto do festival foram os debates realizados entre os realizadores e o público interessado. De terça (5) até este sábado (9), a sétima edição do Festival de Cinema de Triunfo realizou diariamente debates com os realizadores dos filmes participantes. Sempre às 11h, as conversas foram mediadas pelo jornalista André Dib, num espaço de Triunfo conhecido como a Casa da Pedra. Os encontros contaram com a presença de vários realizadores, como Hilton Lacerda (PE), Ali Muritiba (PR), Carla Osório (ES) e Amanda Ramos (PE).

Algumas atividades do sétimo Festival de Cinema de Triunfo, realizado no Sertão de Pernambuco e cujo encerramento está marcado para este sábado (9), já começaram a encerrar nesta sexta-feira (8), a exemplo da Mostra Cinema na Estrada. A iniciativa, que teve início na última terça (5) e passou por quatro bairros do município sertanejo, exibiu em praças públicas e espaços abertos cinco curtas pernambucanos e um de São Paulo gratuitamente. O evento é uma realização da Secretaria de Cultura do Estado e Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe).

De acordo com Amanda Ramos, responsável pela edição do Cinema na Estrada em Triunfo e também atuante no Curta Doze e Meia, realizado no Bairro do Recife, o público correspondeu bem à proposta, mesmo diante de alguns empecilhos da natureza. “Nos dois primeiros dias foi bem legal, a comunidade se envolveu e nos ajudou, todas as cadeiras estavam completas. Nesta quinta (7) e sexta (8) tivemos dificuldades por conta da chuva e deu uma esvaziada na sessão. As sessões acontecem no meio da rua e a gente teve que correr atrás de um espaço coberto pra poder realizá-las. Neste caso aqui é uma associação de moradores”, disse ela, referindo-se ao espaço onde foi realizada a sessão desta sexta (8).

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O projeto existe na Fundarpe há um tempo e ocorre durante os Festivais Pernambuco Nação Cultural. A proposta itinerante passou pelo bairro do Alto da Boa Vista, depois Bairro do Rosário, em seguida Bairro da Saudade e encerrou no Bairro de Santo Antônio. Os equipamentos de projeção e as cadeiras são cedidos pelo Sesc local, parceiro do evento. Já a curadoria foi feita pela própria coordenadoria de Audiovisual da Fundarpe.

A princípio, oito curtas seriam exibidos durante a mostra, mas segundo Amanda Ramos houve uma falha de comunicação e na verdade seis curtas foram apresentados. “Quatro deles (os curtas) fazem parte da Mostra Cordel Animado, filmes baseados em literatura de cordel. Os outros dois são Um Sonho de Menino, um curta realizado durante o Festival de Cinema de Triunfo do ano passado, durante uma oficina de animação em stop motion ministrada pelo Quiá Rodrigues e feito por pessoas daqui de Triunfo. E em seguida a gente exibe a Navalha do Avô, um filme de São Paulo dirigido por Pedro Jorge”, explica Amanda Ramos.

 

 

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