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O vice-presidente da República, Michel Temer, fugiu de todas as questões de política no evento em que participou em Curitiba, na manhã deste sábado (13), pela mobilização contra o mosquito Aedes aegypti. Temer limitou-se a dizer que "não era conveniente misturar as coisas neste momento", quando perguntado sobre a sua relação com a presidente Dilma e o andamento do impeachment.

"O governo decidiu realizar esta mobilização em que estão envolvidos todos os ministérios para podermos enfrentar a situação grave que o Brasil vive", afirmou Temer. O vice-presidente destacou a "união" de todas as esferas de governo para atender à população. Sobre a sua vinda para Curitiba, Temer revelou que foi combinado que cada membro do governo participaria de mobilizações fora de seus estados de origem - no caso dele, de São Paulo.

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O evento em Curitiba é o primeiro que Temer participa em nome do governo federal desde que ensaiou um rompimento com a presidente Dilma, através de uma carta que vazou para a imprensa, no final de 2015. Mesmo não admitindo abertamente, o vice-presidente deu a entender que vai participar ativamente do governo até o final do mandato de Dilma, quando, segundo ele, o PMDB deve lançar candidato próprio à Presidência da República.

Em Curitiba, o início da mobilização ocorreu no Quartel General do Pinheirinho, com a participação do prefeito Gustavo Fruet (PDT) e do secretário estadual de Saúde, Michele Caputo (PSDB), que representou o governador Beto Richa (PSDB).

A previsão é de que cerca de 2,3 mil militares participem no Paraná das ações previstas pelo governo federal para combater o mosquito. A capital paranaense, embora pouca atingida ainda pela doença - foram 106 casos de dengue confirmados, todos importados, e três de Zika vírus. No último dia 8 foi registrada a primeira morte provocada pela dengue na cidade, de um homem que teria contraído a doença no Paraguai.

No Paraná, em compensação, 14 cidades estão em situação de epidemia, com um total de 4.806 casos em todo o Estado. O ponto mais crítico é na cidade de Paranaguá, com o maior número de casos.

A partir de segunda-feira, agentes de Saúde, soldados do Exército e da Aeronáutica devem percorrer todos os bairros de Curitiba, em busca de possíveis locais de propagação do mosquito.

Em visita a Belo Horizonte (MG), como parte da campanha nacional de combate ao zika vírus, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, foi recebido em um posto de saúde bem cuidado e com boas condições físicas. Parte dessa aparência, segundo relatos de moradores da região, foi alcançada após uma "maquiagem" feita no edifício antes da chegada das autoridades.

Além de Barbosa, participaram do ato o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, e o secretário de Governo de Minas Gerais, Odair Cunha. A dona de casa Sandra Piedade, que mora ao lado do Centro de Saúde São José Operário, na região leste da capital mineira, reparou em alguns procedimentos feitos no local. "Só porque eles vêm aqui, trocaram a luz, pintaram o posto, estão fazendo aquela maquiagem", disse. O muro do edifício, antes pichado, agora está coberto com uma tinta verde nova.

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Minutos antes de Barbosa chegar, quatro operários da prefeitura de Belo Horizonte ainda trabalhavam para retirar o capim que crescia entre as placas de concreto da calçada em frente ao posto de saúde. Segundo o presidente do conselho local de saúde, Gilberto Moitinho, que faz o contato entre a comunidade e o poder público, esse tipo de manutenção não é frequente. "Pedimos sempre, mas nunca conseguimos", afirmou.

A assessoria de imprensa da prefeitura de Belo Horizonte informou que os procedimentos de manutenção do prédio são rotineiros.

Enquanto as autoridades chegavam ao local, moradores brincavam que iriam pedir para o ministro da Fazenda liberar mais dinheiro para a Saúde, mas não chegaram a abordar Barbosa. Em entrevista, o ministro disse que o combate ao mosquito aedes aegypti é uma prioridade nacional. "Vamos preservar os recursos necessários para combater essas doenças", ressaltou.

Somente no bairro onde esteve o ministro, foram registradas 183 notificações de dengue neste ano, já com a confirmação de 27 casos. Em Belo Horizonte, entre 11,8 mil notificações, quase 2,4 mil pessoas foram confirmadas com dengue neste ano.

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