Tópicos | ComeMorar Olinda

Olinda é uma cidade de muita história. Parte dela está impressa nas construções centenárias que se erguem sobre seu sítio histórico. Mas casas, prédios e igrejas são acompanhadas de uma cultura viva, pulsante, que se manifesta de várias maneiras e têm seu ápice no carnaval.

Essa cultura pulsante tem a ver com o fato de Olinda ter um sítio histórico ocupado residencialmente. São seus moradores os responsáveis por tocar e dançar coco até de manhã, criar clubes, troças e blocos carnavalescos, produzir inúmeras formas de arte e artesanato, pela gastronomia, características que fazem da cidade uma 'atelier gigante' e conferem a ela uma identidade tão forte que atrai turistas de todo o mundo.

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Essa cultura, o patrimônio arquitetônico, esses moradores são a matéria com a qual se pensou a exposição ComeMorar Olinda, aberta para o público nesta quinta (9) no escritório do Iphan em Olinda, localizado na Rua do Amparo, 59. Sob curadoria de Aluizio Câmara, fotos, vídeos e clipes buscam trazer um pouco do que é morar em olinda, e como seus moradores se relacionam com a cidade e seu patrimônio histórico.

A abertura da exposição terá shows da banda olindense Bonsucesso Samba Clube e da Mestra Dona Ana Lúcia do Coco, além de cortejos das Sambadeiras e Maracatu Leão Coroado. Nos intervalos, se apresenta o VJ Mozart Santos, que fará também uma projeção mapeada de vídeos e animações na fachada do casario.

A exposição marca o início do funcionamento da Casa do Patrimônio, projeto nacional do Iphan que instala espaços mais colborativos e próximos à comunidade em sítios históricos do país. "A população é nossa grande parceira na preservação do patrimônio", argumenta Frederico Almeida, superintendente pernambucano do Instituto. "E Olinda tem como singularidade a paixão que os moradores têm pela cidade", completa.

Exposição

ComeMorar Olinda está prevista para ficar em cartaz pelo menos até janeiro de 2016. "A ideia é sociabilizar a preservação. Se as pessoas não entenderem o que é patrimônio, nao é possível preservá-lo", explica o curador Aluizio Câmara. Para isso, foi-se em busca dos moradores do sítio histórico. Artistas plásticos como Iza do Amparo e Roberto Vieira, músicos como Roger Man (da Bonsucesso Samba Clube), Gilú amaral (Orquestra Contemporânea de Olinda) e Ana Lúcia do Coco, pessoas ligadas ao carnaval como Carlinhos Porciúncula (fundador da troça Mulher na Vara) e Dona Dá, moradora da Rua da Boa Hora que distribui Troféus e frutas para as agremiações carnavalescas. 

"Foram mais de 20 moradores entrevistados", diz Aluizio. O curador dividiu a exposição em três eixos: relembrar, conviver e celbrar. Ainda do lado de fora do espaço expositivo, foram instaladas duas 'janelas digitais', que exibirão vídeos destes moradores convidando a conhecer olinda. 

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No primeiro espaço, uma sala de estar simula uma casa de Olinda. Em vídeos, moradores contam histórias como numa conversa, relembrando sua vivência na cidade. Na segunda parte, um passeio por dentro das casas, também em vídeos, levando o visitante ao convívio diário dos ocupantes das casas tombadas pelo patrimônio histórico. 

Fotos tiradas do mesmo local comparam a efervescência das ruas do Olinda durante o Carnaval, e sua calmaria em outras épocas do ano. As imagens, feitas por Costa Neto, também retratam monumentos históricos, além de cenas do cotidiano da cidade. Algumas fotos do livro Olinda memórias fotográficas também compõem a mostra.

Casa do Patrimônio

O projeto é nacional, e pretende instalar centros mais próximos aos moradores de sítios históricos de todo o país. "A ideia é criar um espaço de interlocução em prol do patrimônio. Nós trabalhamos para a populacao, o patrimônio é de todos", explica o superintendente do Iphan em Pernambuco, Frederico Almeida.

Para Fernando Lima, diretor da casa do Patrimônio de Olinda, o objetivo é fazer a população enxergar o Iphan com Outros olhos que não o de instância fiscalizadora. "Um dos desafios é quebrar esse paradigma de que o Iphan é uma instituição que só diz não", explica. Para isso, a estratégia é abrir a casa para eventos, lançamentos, debates, oficinas, em parceria com diferentes agentes da sociedade civil.

Em maio, está marcada a realização de um encontro que reunirá instituições da sociedade civil organizada, representantes do poder público local e universidades para discutir a atuação da Casa do Patrimônio em Olinda. "Queremos uma gestão que seja compartilhada", afirma Fernando.

Abertura

Nesta quinta (9), a exposição ComeMorar Olinda será aberta ao público com shows da banda Bonsucesso Samba Clube e Ana Lúcia do Coco, além de cortejos das Sambadeiras e do Maracatu Leão Coroado. Nos intervalos, se apresenta o VJ Mozart Santos, que fará também uma projeção mapeada de vídeos e animações na fachada do casario.

O palco será montado em frente à bica dos Quatro Cantos. A intenção é utilizar o local outras vezes para futuros eventos. Durante a abertura, serão lançados também os volumes I e II do livro Barroco e Rococó nas Igrejas de Recife e Olinda, de Myriam Andrade Ribeiro de Oliveira e Emanuela Souza Ribeiro. As obras retratam exemplos de obras desstes movimentos artísticos nas igrejas das cidades.

Serviço

Abertura ComeMorar Olinda

Quinta (9) | 18h30

Casa do Patrimônio de olinda (Rua do Amparo, 59 - Carmo, Olinda)

Visitação

Terça a sexta | 9h às 12h e 14h às 17h

(81) 3429 2862

Gratuito

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