Tópicos | Bonsucesso Samba Clube

Essa poderia ser só mais uma entre tantas outras reportagens que contam relatos de superação, retomada e reinvenção ‘pós’-pandemia. No entanto, o personagem desta matéria é um pouco diferente, pois entrou nesse processo de autoconhecimento e busca por um novo sentido antes mesmo da crise sanitária assolar o mundo. Trata-se da banda pernambucana Bonsucesso Samba Clube, grupo com pouco mais de duas décadas de história, parte fundamental do movimento Manguebeat, e que dispensa apresentações. Após um hiato, a banda retorna aos palcos nesta sexta (9), em um show de celebração, no Casbah, em Olinda, mais solar que nunca e disposta a construir novas histórias.

O ‘bichinho’ da mudança já havia mordido o cantor e compositor Rogerman, frontman da Bonsucesso, tempos antes do coronavírus colocar a todos em um severo confinamento. A banda havia feito algumas apresentações no Recife e em Olinda, no Carnaval de 2020 - o último antes da pandemia -, mas o artista já sentia ali que ‘algo de errado não estava muito certo’. O desejo era de “dar uma guinada”, mas como fazê-lo? Durante a quarentena, o pernambucano embarcou para Brasília (DF) para passar uma temporada com a mãe que lá reside, e foi então que os planos começaram a tomar forma.

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Na capital federal, Roger fez o que mais entende: compôs. O peso da crise de saúde mundial, a distância de casa (Olinda) e do mar o guiaram por um caminho que colocaria fim às dúvidas de antes. “Lá (em Brasília), depois de três meses, eu tive essa certeza que eu queria algo novo para o Bonsucesso, inclusive músicas novas que estavam surgindo nesse período da pandemia. Eu tentei não me agarrar às coisas ruins, porque já tava tudo muito pesado. E veio  essa coisa de eu precisar do mar, sou muito ligado ao mar e à Olinda. Eu disse: ‘Assume logo essa sua relação com a cidade, de pertencimento, e  essa  relação com o mar’. Então me veio muito um ambiente solar, mesmo que fosse um período duro, de perdas e sofrimento, eu apostei numa linguagem apontando um caminho de esperança, iluminação e coisas boas”, disse o músico em entrevista exclusiva ao LeiaJá.

Com o novo norte, Roger mergulhou ainda mais fundo nas composições. Já de volta à cidade natal da banda, Olinda, ele reuniu os companheiros Léo Oroska (percussão), Hugo Gila (contrabaixo), António Marques (bateria) e Pedro Vivant (guitarra), e o trabalho engrenou. Durante um ano e meio, o grupo cuidou do repertório de clássicos e inéditas da BSC e o resultado poderá ser visto em um disco com lançamento previsto para o pós-Carnaval de 2023.

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Mas antes, a Bonsucesso reencontra seus fãs - inclusive os da nova geração -, na festa desta sexta (9). Animado com o retorno aos palcos, Rogerman fala com entusiasmo sobre a renovação de público da banda, mesmo após a parada provocada pela pandemia e alguns outros hiatos enfrentados ao longo dos últimos 20 anos. “Sinto uma receptividade muito boa e acho que essa relação vai se intensificar em 2023, com o lançamento desse novo trabalho. Aposto que a partir desse novo momento, as pessoas vão começar a procurar mais o que é antigo.  Eu vi isso acontecer com Jorge Ben Jor, guardada as devidas proporções, e vários outros artistas brasileiros que em determinado período estavam  meio esquecidos ali e quando a nova geração descobriu esse som, a partir de um lançamento, foi descobrir a discografia antiga”. Em tempo, os três álbuns já lançados da BSC estão disponíveis nas plataformas digitais.

Roger aponta ainda, a celebração dos 30 anos do movimento manguebeat como um estímulo para que essa geração atual chegue mais junto. Ele cita algumas iniciativas comemorativas, como o documentário ‘Manguebit’, do diretor pernambucano Jura Capela - grande vencedor do 14º In-Edit Brasil- Festival Internacional do Documentário Musical -, como uma espécie de vitrine para que os mais novos possam entender o que foi o movimento e debruçar-se sob o legado deixado por ele. “Quando encontro os meninos mais novos, todos reverenciam o mangue. Todo mundo que tem uma alma de artista entende a importância do movimento, do legado que ficou e como ele deu uma pavimentada na estrada pra todo mundo. O mangue foi muito generoso com todo mundo e o legado tá aí. O Estado poderia dar mais suporte a essa memória, mas de toda forma (ela) tá aí, viva. São 30 anos, me orgulho muito de ter feito parte e ter visto isso acontecer desde o início, desde o seu embrião”.

9 de dezembro, 2023 e além

Para o show desta sexta, 9 de dezembro, a Bonsucesso Samba Clube promete um setlist recheado de clássicos mas, também com algumas das músicas inéditas que estão por vir. No palco, a banda estará acompanhada das artistas pernambucanas Iara e Íris Campos, fazendo os backing vocals, bem como o farão no disco novo.

Além disso, a noite contará com o rapper e grafiteiro Galo de Souza; a banda Matucana, representando a nova geração da música pernambucana; e discotecagem de Zeca Viana. Por último, mas não menos importante, a festa também vai celebrar os aniversários do próprio Rogerman e do baixista Hugo Gila, o que promete tornar o retorno da BSC um momento ainda mais marcante para todos os envolvidos. “É um show de reencontro, pra mostrar pra galera: tamo aqui! A gente vai celebrar, vai ser uma noite pra curtir, de sorriso no rosto e celebrar a vida, os caminhos, a música e a cultura pernambucanas.”, diz Roger.

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Já para 2023, as previsões são ainda mais animadoras com a chegada do disco e de integrante novo: o músico e produtor Jadson Vale, o Bactéria, que tem no currículo bandas como Mundo Livre S.A, Combo X, e Otto. ‘Bac’, como é chamado pelos amigos, junta-se ao grupo após ter assinado a produção do próximo álbum. Álbum este que, a depender do entusiasmo da banda e de seu ritmo de trabalho, será apenas o primeiro de muitos outros que virão para fortalecer cada vez mais sua história e esquecer de vez todos os hiatos. É o que garante Rogerman: “Mesmo com todas as paradas, o nome (Bonsucesso Samba Clube) ficou, virou uma marca, as pessoas não esqueceram, isso é um fenômeno. E agora vai, não vamos parar. Até porque temos um caminhão de músicas que precisam ser gravadas e registradas para deixar de legado, para quem sabe uns oito discos da Bonsucesso (risos)”.

 

Nesta quinta (12), Olinda celebra seus 485 anos de história. A cidade, intitulada Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade e Primeira Capital Cultural do país, é famosa por suas belezas arquitetônicas e culturais, sua personalidade artística e, claro, pelo seu Carnaval. nada mais justo, então, do que comemorar esse aniversário com muita música. Por isso, o LeiaJá decidiu fazer a playlist da festa com algumas canções que são a cara de Olinda. Dá o play e comemore. 

Guia de Olinda - Eddie

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A banda Eddie é conhecida por levar o estilo olindense, ou melhor, o “Original Olinda Style”, aos quatro cantos do mundo. Essa música, na verdade de um grande músico filho da cidade e parceiro do grupo, Erasto Vasconcelos, é literalmente um guia da cidade, e conduz o visitante pelos cantos mais legais  de Olinda. 

Olinda Cidade Eterna - Capiba

O imortal do frevo, Capiba, também deu sua contribuição para eternizar Olinda em música. Nesta canção, a cidade aparece solar e divertida, mas com uma aura de eternidade e lirismo, aquela que fica marcada em todo visitante do lugar. 

Papel Crepon - Erasto Vasconcelos

Outro ‘frevinho’ que tão bem ilustra a personalidade de Olinda. preparar-se para o Carnaval é uma das especialidades da cidade. As prévias, tão famosas e disputadas, são uma festa à parte. Aqui, quem se prepara para viver o Carnaval é Maria, que ganha uma fantasia para sambar. 

Me segura senão eu caio - Alceu Valença

É meio-dia de uma Segunda-Feira de Carnaval, qual seria o melhor lugar possível de se estar no planeta Terra? Ladeiras de Olinda, obviamente. Alceu Valença, o responsável por abrir a festa de Momo na cidade todos os anos, entende muito bem isso e a prova é essa canção. 

Não Há Silêncio - Afoxé Oxum Pandá

Em Olinda, existem vários afoxés. O ritmo é apenas um dos responsáveis pela pluralidade cultural da cidade e também representa o perfeito casamento entre sagrado e profano que ali há. 

O samba chegou - Bonsucesso Samba Clube

O Bonsucesso Samba Clube é nascido e criado em Olinda e traz até um dos bairros olindenses em seu nome. O groove da banda tem tudo a ver com o ritmo da cidade, que com suas ladeiras deixa as pernas de qualquer um “bambas” e que nos oferece aquela alegria que é de graça, como conta essa canção. 

Mestres da Cultura - Aurinha do Coco

Olinda também é berço de coco e lá vivem várias mestras e mestres do tradicional ritmo. As sambadas que acontecem, em diversos pontos da cidade, reúnem além dos moradores, gente vinda de outras cidades e até outros países. Aqui, dona Aurinha, reverencia grandes nomes dessa e de outras tradições que, assim como ela, são mestres. 

Conta que eu vou cantar - Etnia

Nascida em Peixinhos, bairro da periferia olindense,  a Etnia é uma das remanescentes do movimento mangue. Essa faixa é capaz de ilustrar a disposição do povo de Olinda, brasileiros que estão no ‘corre’, atrás de dias melhores, trabalhando muito a despeito das dificuldades. 

29 de Junho - Bongar

O Bongar é outro representante de Olinda que leva a cultura da cidade pro resto do país e do mundo. Aqui, o grupo conta e canta sobre uma tradicional festa que acontece na comunidade Xambá, o primeiro quilombo urbano do Brasil. 

Samba do bem - Acria

O rap também tem vez em Olinda e Samba do Bem narra bem como os moradores de Olinda, e seus visitantes, conseguem se divertir e conviver na cidade,  naquele ritmo particular que só Olinda tem. 

 

 

Depois que os Beatles começaram a unir imagem à música, pelos idos dos anos 1960, a maneira de consumir som se modificou de forma irreversível. A partir de então, bandas e artistas passaram a investir cada vez mais em seus videoclipes como forma de agregar valor ao seu trabalho. As animações, certamente, não poderiam ficar fora dessa e músicos de todos os segmentos já recorreram aos desenhos animados para ilustrar suas músicas. Nesta lista, separamos algumas das ‘pérolas’ que imortalizaram canções e, até mesmo, alçaram bandas ao sucesso. Confira.

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Pearl Jam - Do the evolution

A música e o clipe narram diferentes etapas da evolução do mundo, incluindo parte ruim como guerras e tragédias promovidas pela humanidade. O vídeo foi dirigido por Kevin Altieri, responsável por Batman: A série animada, dos anos 1990, e por Todd McFarlane, o criador de Spawn. Foram necessários quatro meses para terminar o trabalho e uma equipe de mais de 100 artistas.

Nação Zumbi - Bossa Nostra

Foi misturando animação com imagens reais da própria banda que a Nação Zumbi ilustrou a música Bossa Nostra, de seu sétimo álbum, o Fome de Tudo. O vídeo foi dirigido por Ricardo Carelli, da Dínamo Filmes, e Magrão. Antes disso, em 2005, os pernambucanos já haviam se aventurado no mundo da animação com os clipes de A Ilha; e Hoje, Amanhã e Depois.

Jack Johnson - Upside Down

Também misturando animação com filme, Jack Johnson traz o simpático macaquinho George, do desenho George o Curioso, para o vídeo da música Upside Down. Juntos, eles fazem um passeio pelo fundo do mar e por uma floresta, encontrando vários outros seres animados.

Gram - Você pode ir na janela

A banda paulistana Gram teve uma carreira breve, de apenas cinco anos, mas, deixou sua marca na história do rock nacional com o clipe de Você pode ir na Janela. A animação, lançada no início dos anos 2000, contava a história de um gatinho apaixonado que não se deu muito bem no amor.

Red Hot Chilli Peppers - Californication

O vídeo traz os integrantes do Red Hot em formato de game com gráficos em 3d. Segundo a revista Cifras, este clipe está entre os 20 vídeos de rock mais assistidos do YouTube, com mais de 500 milhões de visualizações.

Pitty - Na sua estante

Dirigido por Sérgio Guilherme Filho e Thalita Galvani, o clipe traz a melancólica história de um homem de lata, a la O Mágico de Oz, que faz de tudo para conquistar uma humana pela qual é apaixonado mas sem sucesso.

Linkin Park - Breaking the habit

Em uma entrevista, Chester Bennington comentou que Breaking the habit era uma de suas músicas preferidas do Linkin Park. Para o clipe, a banda apostou em uma animação do tipo anime com a supervisão de Kazuto Nakazawa, o diretor da sequência animada do filme Kill Bill Vol. 1.

O Rappa - Instinto coletivo

A música do quarto disco da banda O Rappa ganhou um clipe com o personagem da capa do álbum animado. A letra da canção também aparece na animação enquanto o protagonista faz movimentos de capoeira.

Sepultura – Ratamahatta

Ratamahatta pode ser considerada um clássico do metal brasileiro. Gravada para  álbum Roots (igualmente clássico), a música traz participações de Carlinhos Brown, Mike Patton (Faith No More) e Jonathan Davis (Korn). Em uma entrevista ao UOL, Carlinhos Brown tentou explicar que a canção se trata de um rato de Manhattan que tenta se conectar a todos, mas o bichinho não aparece na animação que virou clipe da música.

Silverchair - Luv your life

A banda Silverchair foi a voz de uma geração. A representante australiana do grunge também se jogou na animação no clipe da música Luv your life. No YouTube, os fãs do grupo classificam a música como um "clássico" e relembram de tê-lo gravado em fitas de VHS. Nostalgia pura.

Bonsucesso Samba Clube - Pensei se Há

A banda pernambucana Bonsucesso Samba Clube transformou em desenho animado as pontes e prédios do Recife. O casario colorido de Olinda e os blocos carnavalescos que animam a cidade também compõem o vídeo. Os belos cenários são percorridos por um garoto que acaba se deparando com a violência urbana.

Korn - Freak on a Leash

Quando foi lançado, no final dos anos 1990, o vídeo de Freak on a Leash ficou popularmente conhecido como 'o clipe da bala'. A animação fez a alegria de muitos fãs nos programas da antiga MTV.

Ludov - Princesa

Outra música que acabou ficando bastante famosa por causa do seu clipe foi Princesa, da banda Ludov. A simpática comissária de bordo, que aparece na animação, dando conta de uma rotina exaustiva de forma bem particular deu uma graça toda especial à canção.  

Black Sabbath - Get a grip

Get a Grip, do disco Forbidden, de 1995, traz personagens diversos, bastante coloridos, que interagem quase que perfeitamente com a melodia da música. O ponto alto é uma caveira que, em dado momento, se empolga com o solo de Tony Iommi e improvisa uma guitarra imaginária com sua foice.

Britney Spears - Break the ice

A princesinha do pop, Britney Spears, ganha traços de anime no clipe de Break the ice. A música marca o seu retorno aos palcos depois de muitos problemas com reabilitação de drogas e um famoso 'surto', em 2007.

Dire Straits – Money For Nothing

Por último, mas não menos importante, o clássico do Dire Straits, Money for nothing, com seu igualmente clipe animado. O vídeo, de 1985, alterna imagens da banda com a animação computadorizada da época. A ideia deu certo e o clipe ganhou o prêmio de melhor do ano no MTV Music Awards, em 1986.  

A banda olindense Bonsucesso Samba Clube comanda a festa Lança Chamas, neste sábado (11), no Profana Pub. Na ocasião, a Bonsucesso lança o videoclipe Brincadeiras levadas e coisas sérias, do terceiro e último álbum gravado pelo grupo. Também se apresentam na mesma noite a Superlarge e o DJ Valois. 

A música Brincadeiras levadas e coisas sérias integra o disco Coração da boca sai, terceiro da carreira da Bonsucesso. O clipe foi gravado parcialmente em Olinda e possui algumas colagens de lugares visitados pelo diretor Guga Soares como Belém do Pará, mercados públicos e imagens de personagens urbanos. Na festa deste sábado (11), além desta também estarão no setlist da banda outras canções do CD como Certo que o Sol virá, Sede de Saber e Superar. Esta será a primeira vez que o disco será tocado na íntegra na capital pernambucana. 

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Coração da boca sai, considerado pela crítica musical como o melhor trabalho da banda olindense, foi produzido por Yuri Queiroga e teve participações de nomes de peso da música pernambucana como Lenine, Erasto Vasconcelos, Devotos, Fábio Trummer, Nena Queiroga e Maestro Spok, entre outros. 

Confira este e muito mais eventos na Agenda LeiaJá.

Serviço

Festa Lança Chamas - lançamento do novo clipe da banda Bonsucesso Samba Clube

Sábado (11) | 23h

Profana Clube (Rua Tomazina, 112 - Bairro do Recife)

R$ 20

(81) 3224 9853

Olinda é uma cidade de muita história. Parte dela está impressa nas construções centenárias que se erguem sobre seu sítio histórico. Mas casas, prédios e igrejas são acompanhadas de uma cultura viva, pulsante, que se manifesta de várias maneiras e têm seu ápice no carnaval.

Essa cultura pulsante tem a ver com o fato de Olinda ter um sítio histórico ocupado residencialmente. São seus moradores os responsáveis por tocar e dançar coco até de manhã, criar clubes, troças e blocos carnavalescos, produzir inúmeras formas de arte e artesanato, pela gastronomia, características que fazem da cidade uma 'atelier gigante' e conferem a ela uma identidade tão forte que atrai turistas de todo o mundo.

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Essa cultura, o patrimônio arquitetônico, esses moradores são a matéria com a qual se pensou a exposição ComeMorar Olinda, aberta para o público nesta quinta (9) no escritório do Iphan em Olinda, localizado na Rua do Amparo, 59. Sob curadoria de Aluizio Câmara, fotos, vídeos e clipes buscam trazer um pouco do que é morar em olinda, e como seus moradores se relacionam com a cidade e seu patrimônio histórico.

A abertura da exposição terá shows da banda olindense Bonsucesso Samba Clube e da Mestra Dona Ana Lúcia do Coco, além de cortejos das Sambadeiras e Maracatu Leão Coroado. Nos intervalos, se apresenta o VJ Mozart Santos, que fará também uma projeção mapeada de vídeos e animações na fachada do casario.

A exposição marca o início do funcionamento da Casa do Patrimônio, projeto nacional do Iphan que instala espaços mais colborativos e próximos à comunidade em sítios históricos do país. "A população é nossa grande parceira na preservação do patrimônio", argumenta Frederico Almeida, superintendente pernambucano do Instituto. "E Olinda tem como singularidade a paixão que os moradores têm pela cidade", completa.

Exposição

ComeMorar Olinda está prevista para ficar em cartaz pelo menos até janeiro de 2016. "A ideia é sociabilizar a preservação. Se as pessoas não entenderem o que é patrimônio, nao é possível preservá-lo", explica o curador Aluizio Câmara. Para isso, foi-se em busca dos moradores do sítio histórico. Artistas plásticos como Iza do Amparo e Roberto Vieira, músicos como Roger Man (da Bonsucesso Samba Clube), Gilú amaral (Orquestra Contemporânea de Olinda) e Ana Lúcia do Coco, pessoas ligadas ao carnaval como Carlinhos Porciúncula (fundador da troça Mulher na Vara) e Dona Dá, moradora da Rua da Boa Hora que distribui Troféus e frutas para as agremiações carnavalescas. 

"Foram mais de 20 moradores entrevistados", diz Aluizio. O curador dividiu a exposição em três eixos: relembrar, conviver e celbrar. Ainda do lado de fora do espaço expositivo, foram instaladas duas 'janelas digitais', que exibirão vídeos destes moradores convidando a conhecer olinda. 

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No primeiro espaço, uma sala de estar simula uma casa de Olinda. Em vídeos, moradores contam histórias como numa conversa, relembrando sua vivência na cidade. Na segunda parte, um passeio por dentro das casas, também em vídeos, levando o visitante ao convívio diário dos ocupantes das casas tombadas pelo patrimônio histórico. 

Fotos tiradas do mesmo local comparam a efervescência das ruas do Olinda durante o Carnaval, e sua calmaria em outras épocas do ano. As imagens, feitas por Costa Neto, também retratam monumentos históricos, além de cenas do cotidiano da cidade. Algumas fotos do livro Olinda memórias fotográficas também compõem a mostra.

Casa do Patrimônio

O projeto é nacional, e pretende instalar centros mais próximos aos moradores de sítios históricos de todo o país. "A ideia é criar um espaço de interlocução em prol do patrimônio. Nós trabalhamos para a populacao, o patrimônio é de todos", explica o superintendente do Iphan em Pernambuco, Frederico Almeida.

Para Fernando Lima, diretor da casa do Patrimônio de Olinda, o objetivo é fazer a população enxergar o Iphan com Outros olhos que não o de instância fiscalizadora. "Um dos desafios é quebrar esse paradigma de que o Iphan é uma instituição que só diz não", explica. Para isso, a estratégia é abrir a casa para eventos, lançamentos, debates, oficinas, em parceria com diferentes agentes da sociedade civil.

Em maio, está marcada a realização de um encontro que reunirá instituições da sociedade civil organizada, representantes do poder público local e universidades para discutir a atuação da Casa do Patrimônio em Olinda. "Queremos uma gestão que seja compartilhada", afirma Fernando.

Abertura

Nesta quinta (9), a exposição ComeMorar Olinda será aberta ao público com shows da banda Bonsucesso Samba Clube e Ana Lúcia do Coco, além de cortejos das Sambadeiras e do Maracatu Leão Coroado. Nos intervalos, se apresenta o VJ Mozart Santos, que fará também uma projeção mapeada de vídeos e animações na fachada do casario.

O palco será montado em frente à bica dos Quatro Cantos. A intenção é utilizar o local outras vezes para futuros eventos. Durante a abertura, serão lançados também os volumes I e II do livro Barroco e Rococó nas Igrejas de Recife e Olinda, de Myriam Andrade Ribeiro de Oliveira e Emanuela Souza Ribeiro. As obras retratam exemplos de obras desstes movimentos artísticos nas igrejas das cidades.

Serviço

Abertura ComeMorar Olinda

Quinta (9) | 18h30

Casa do Patrimônio de olinda (Rua do Amparo, 59 - Carmo, Olinda)

Visitação

Terça a sexta | 9h às 12h e 14h às 17h

(81) 3429 2862

Gratuito

No próximo dia 13 de abril acontece a primeira edição do Festival Ponte Sonora às 22h no Mercado Eufrásio Barbosa. O cantor Paulistano Curumin faz única apresentação e lança seu novo trabalho, intitulado Arrocha. O festival conta com os anfitriões olindenses Sonic Junior e a banda Bonsucesso Samba Clube, sob a liderança de Roger Man que ao lado de Junio Véi, assina a produção do evento.

Curumin após participar como baterista nas bandas dos artistas Paula Lima, Arnaldo Antunes, Vanessa da Matta e Céu, lança seu  eterceiro trabalho solo. Em 2003, lançou “Achados e Perdidos”, que apresenta influências musicais do soul e funk americanos, além de samba-funk dos anos 70 e hip-hop. Em 2005, o CD foi lançado no mercado norte-americano pelo selo californiano Quannum Projects. Em 2007, Curumin inicou a produção de seu segundo disco JapanPopShow, contando com a participação de artistas como Blackalicious, Tommy Guerrero, General Electric, Lucas Santtana e Turbo Trio.

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Fora dos palcos desde 2009, a banda Bonsucesso Samba Clube retornou aos palcos em janeiro deste ano. O grupo surgiu em 1999, lançou dois discos e já teve várias formações. Desta vez, os integrantes são Sânzyo Rafael (bateria), Leonardo Orosca (percussão), Rapha Groove (baixo e voz), Vitor Magal (guitarra) e Guga Fonseca (teclado) e apostam em um estilo próprio com elementos de rock, dub, música eletrônica e funk com influência forte de Olinda na identidade musical. Além deles, participa da festa também  Sonic Junior, apostando em uma mistura de elementos musicais europeus com africanos sob comando de Juninho, que canta, solta as bases, bateria e djambei.

Os ingresssos estão à venda nas loja Avesso, Passadisco, Oficina da musica (Olinda) e ZV Tatoo (Galeria Joana Dark), ou pelo site eventick.

Serviço

Festival Ponte Sonora

13 de abril | 22h

Mercado Eufrásio Barbosa - Olinda

R$40 (inteira) e R$20 (meia)

Em sua 14ª edição, o Domingo no Campus volta com tudo no próximo dia 24 de fevereiro.  O projeto, que foi criado a partir da parceria da Fade-UFPE E Pró-reitoria de Extensão, tem como objetivo apresentar grupos musicais de vários ritmos e novas bandas que surgem no cenário cultural. Além das atrações musicais, o público pode conferir também apresentações artísticas, atividades recreativas, ginástica, esportes e praça de alimentação.

Esse ano, o evento traz a proposta da sustentabilidade e oferece apresentações lúdicas de teatro, dança e circo, projeção de filmes, feira de artesanato, feira de adoção de animais e

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feira de alimentos orgânicos a partisa das 14h. Ainda se apresentam o Maracatu Várzea do Capibaribe, Grupo Griô e Fadas Magrinhas, além das bandas Fim de Feira e Bonsucesso Samba Clube, a aprtir das 18h.

Serviço

Domingo no Campus

Lago do Cavouro (Campus da UFPE)

Gratuito

(81) 3227 0657

14h

Apresentações lúdicas de teatro, dança e circo;

Projeção de filmes;

Feira de artesanato;

Feira de adoção de animais;

Feira de alimentos (preferencialmente orgânicos);

Apresentações Artísticas: Maracatu Várzea do Capibaribe, Grupo Griô e Fadas Magrinhas

18h

Fim de Feira

Bonsucesso Samba Clube

Depois de quatro anos fora dos palcos, a banda Bonsucesso Samba Clube volta a animar as ladeiras de Olinda. Neste domingo (27), a partir das 15h, o grupo sobe aos palcos com a banda pernambucana Academia da Berlinda e a banda carioca Zunnido, o qual o ator Dudu Azevedo faz parte. A festa será no Casarão Vip, que se encontra no Alto da Sé, e traz no repertório a compilação dos últimos dois discos da banda Bonsucesso Samba Club. Além disso, o grupo apresentará a música Volta por Cima, de Paulo Vanzolini, com um arranjo emprestado da cantora Maria Bethânia.

O grupo volta sob a liderança do seu fundador, compositor e cantor, Roger Man, que, paralelamente, se prepara para lançar seu disco solo O caminho do lobo. Os ingressos estarão à venda no local do evento.

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Serviço

Bonsucesso Samba Clube

Domingo (27), a partir das 15h

Casarão Vip (Alto da Sé - Olinda)

R$ 40 - R$ 80 (camarote - open bar)

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