Tópicos | Comissão de Direitos Humanos da Câmara

O drama dos refugiados que impressiona cada vez mais o mundo inteiro e se manifesta também no Brasil com a entrada de venezuelanos e sírios foi tema de debate na Comissão de Direitos Humanos da Câmara.

Deputados e especialistas discutiram soluções para acolher e regularizar populações que fogem de guerras e conflitos políticos, deixando tudo o que tinham para trás. Acompanhe na reportagem da TV Câmara:

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* Da TV Câmara - GM

 

A vereadora do Recife Michele Collins (PP) é alvo de uma manifestação, que acontece na manhã desta quarta-feira (21), em frente à Câmara dos Vereadores. O ato é organizado pela Rede de Articulação da Caminhada dos Terreiros de Pernambuco (ACTP) e em repúdio a declaração da parlamentar ao divulgar um evento evangélico no Facebook no último dia 4. Na publicação ela dizia que estava participando de uma oração para “quebrar e clamar a maldição de Iemanjá" contra o mundo.

Durante o protesto, lideranças de dez terreiros, além de representantes do Conselho Estadual de Igualdade Racial, entoaram canções reverenciando os orixás, entre eles Iemanjá, e expuseram faixas com frases como "tire seu ódio do caminho que eu quero passar com a minha religião". O grupo foi até a Casa José Mariano para entregar um manifesto aos parlamentares solicitando o afastamento de Michele Collins da presidência da Comissão de Direitos Humanos e a realização de uma audiência pública para debater o respeito à diversidade religiosa.

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"Ela feriu os direitos humanos, o regimento interno e o código penal, tem que prestar contas", frisou Karla Falcão, do Movimento Livres e filha de santo do terreiro Kaiangu Kya Itembu. “Já que não podemos pedir a cassação dela, queremos que deixe o comando dessa comissão que é tão importante e debate o racismo e a intolerância religiosa, o que a vereadora é exemplo”, reforçou o assessor de comunicação da ACTP, o tata canbondo Francisco Neto.

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A mobilização também contou com o apoio do Conselho Estadual de Promoção de Igualdade Racial. Presidente da entidade, Mãe Elsa disse que a diversidade religiosa deve ser respeitada por todos. “Os terreiros de Pernambuco chamam a atenção para o respeito e a tolerância. Como representante do governo, viemos solicitar a audiência e intermediar o debate. Nosso papel é alertar a população sobre o desrespeito que muitas vezes vem de pessoas como a vereadora Michele Collins”, frisou.

O grupo também recebeu o apoio da Igreja Ortodoxa Síria que tem em Pernambuco dois templos, um no Recife e outro em São Lourenço da Mata. O diácono Carlos Lisboa assinou o documento pedindo o afastamento da vereadora e disse que a ação dela era “inadmissível”. “No Oriente Médio a minha igreja é perseguida por extremistas. Então, qualquer forma de preconceito é inadmissível. Ela tem que dar exemplo e o respeito. Vou combater qualquer tipo de preconceito”, esclareceu o religioso.

A polêmica envolvendo a vereadora veio à tona no último dia 6 quando a comunidade Terreiro Axé Talabi, espaço de preservação do Patrimônio Cultural dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, divulgou uma nota de repúdio a parlamentar por “propagação ao racismo, ódio e desrespeito às tradições de matriz africana e suas divindades”. A nota se referia a publicação feita no perfil da vereadora no Facebook dois dias antes. Depois da manifestação, Michele apagou a publicação e pediu desculpas. Mesmo assim, ela foi alvo de uma representação por intolerância religiosa na Câmara dos Vereadores, de críticas e vaias no Carnaval do Recife e de um inquérito civil instaurado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE). 

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