Tópicos | commodities

A maior parte dos contratos dos metais básicos é negociada em queda na London Metal Exchange, (LME), afetada pela alta do dólar e dados que apontaram uma desaceleração da atividade manufatureira da China.

Os dados e notícias econômicas da China, maior consumidor de metais do mundo, tendem a ser observados de perto pelos participantes da indústria. A Federação Chinesa de Logística e Compra da China afirmou que o índice oficial de manufatura dos Gerentes de Compras (PMI) caiu para 50,2 em junho, de 50,4 em maio. Já o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), medido pela Markit Economics com patrocínio do HSBC, caiu para 48,2 em junho em comparação com a leitura final de 48,4 em maio.

##RECOMENDA##

Às 7h24 (de Brasília), o contrato do cobre para três meses recuava 0,8%, para US$ 7.620,50 a tonelada, após subir 4,1% na sexta-feira, para uma máxima em um mês de US$ 7.691,00 a tonelada, em meio aos ganhos do mercado após os líderes da zona do euro concordarem em conceder aos bancos com problemas acesso direto aos fundos de resgate da região.

Entre os outros metais negociados na LME, o contrato do alumínio recuava 0,4%, para US$ 1.903,00 a tonelada, enquanto o contrato do zinco perdia 0,4%, para US$ 1.870,00 a tonelada. O contrato do níquel recuava 0,3%, para 16.685,00 a tonelada. O contrato do chumbo subia 0,2%, para US$ 1.865,00 a tonelada, enquanto o contrato do estanho tinha alta de 0,7%, para US$ 18.900,00 a tonelada.

Na Comex, a divisão de metais da bolsa mercantil de Nova York (Nymex), o cobre para entrega em julho recuava 1,09%, para US$ 3,4520 por libra-peso, por volta das 8h15 (de Brasília). As informações são da Dow Jones.

Os metais básicos operam em baixa, estendendo as perdas apresentadas nesta quinta-feira em reação a preocupações com a economia global. Além de indicadores econômicos fracos ao redor do mundo, o rebaixamento dos ratings de 15 bancos pela Moody's acentuou o sentimento negativo, reduzindo o apetite por risco.

"Atualmente, todos os indicadores apontam para uma queda nos preços: o sentimento nos mercados financeiros permanece muito sombrio, o crescimento econômico deverá se desacelerar mais, o dólar ainda mostra força e não há uma solução rápida para a crise do euro em vista", comentaram analistas do Commerzbank. Por outro lado, os fundamentos estão melhores do que os preços sugerem e o banco prevê que um piso será alcançado no fim do verão (no hemisfério norte).

##RECOMENDA##

Os recentes declínios nos preços podem levar os produtores de metais básicos a reduzir a produção, segundo William Adams, analista da FastMarkets.com. Embora US$ 18.000 por tonelada seja um nível significativo para produtores de níquel e estanho, o valor de US$ 1.800 por tonelada é um patamar em que os produtores de alumínio, zinco e chumbo podem começar a reduzir a produção, disse.

Por volta das 8h (de Brasília), o cobre para três meses era negociado na London Metal Exchange (LME) a US$ 7.282,75 por tonelada, uma queda de 0,8% sobre o fechamento de ontem, depois de ter atingido mais cedo a mínima em seis meses de US$ 7.219,50 por tonelada. O alumínio caía 0,03%, para US$ 1.869,50 por tonelada; o zinco recuava 0,9%, para US$ 1.807 por tonelada; o níquel cedia 0,8%, para US$ 16.320 por tonelada; o chumbo declinava 0,5%, para US$ 1.819,25 por tonelada; e o estanho tinha queda de 2,1%, para US$ 18.404 por tonelada.

Na Comex, o cobre para julho caía 0,41%, para US$ 3,2845 por libra-peso, às 8h40 (de Brasília). As informações são da Dow Jones.

Depois de oscilar, a Bovespa encerrou em queda pelo quarto dia seguido e pelo terceiro pregão manteve o nível de 59 mil pontos no fechamento. A Bolsa acompanhou o índice Dow Jones e a queda das commodities no mercado internacional, que também acabou influenciando as ações de Petrobras e Vale.

O Ibovespa encerrou com declínio de 0,43%, aos 59.445,21 pontos. Com o resultado desta sexta-feira, a Bolsa paulista registrou a terceira queda semanal seguida, de 2,26% e, no mês, o recuo foi ampliado para 3,84%. Já no ano, a Bolsa está perto de anular os ganhos acumulados, registrando valorização de apenas 4,74%. Vale lembrar que o índice já chegou a acumular alta de quase 20% este ano. Na mínima, o índice atingiu 59.138 pontos (-0,94%) e, na máxima, 60.340 pontos (+1,07%).

##RECOMENDA##

Logo cedo, o noticiário mais pessimista indicava que os mercados acionários teriam mais um dia de queda. No entanto, a divulgação do índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan animou os negócios, levando as bolsas em Nova York para o campo positivo, movimento que foi acompanhando pela Bovespa. Mas, no início da tarde, o otimismo foi deixado de lado.

Petrobras ON caiu 1,88% e a PN, -1,96%. Na semana, as ações acumulam perda de 4,71% e 4,63%, respectivamente. Além do cenário externo, também pesou sobre os papéis o cancelamento da divulgação do balanço referente ao primeiro trimestre do ano, originalmente marcado para esta sexta-feira, após o fechamento dos negócios. Na quinta-feira, no início da noite, a estatal informou que só irá revelar seu resultado na terça-feira, dia 15, último dia, segundo a legislação doméstica, para as empresas informarem seus números. Segundo comunicado da Petrobras, o adiamento se deu por incompatibilidade de agenda dos membros do conselho. Além disso, o recuo de 0,98% no contrato de petróleo com vencimento em junho, para US$ 96,13 o barril, também contribuiu.

Já a Vale seguiu a queda dos metais e terminou a sexta-feira com desvalorização de 3% a ON e de -3,11% a PNA. Na semana, os papéis acumulam perdas de 5,85% e 6,03%, respectivamente.

O ano se aproxima do fim com resultados de crescimento econômico e inflação no Brasil bem piores do que se previa no início de 2011. Mas em um indicador, pelo menos, houve uma grande surpresa positiva: a balança comercial. Segundo projeções coletadas pelo Banco Central (BC), a expectativa do mercado no começo do ano era de que o saldo comercial seria de US$ 8,1 bilhões. Na última rodada de coletas, relativas ao dia 11 de novembro, a projeção já havia subido para US$ 28 bilhões, um salto de praticamente US$ 20 bilhões ao longo do ano. Até a segunda semana de novembro, o saldo anual já acumulava US$ 26,4 bilhões.

"Eu fui chamado de louco no final de 2010 com a minha projeção de US$ 26 bilhões", diz José Augusto de Castro, vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

##RECOMENDA##

O bom desempenho da balança comercial evitou que o déficit em conta corrente brasileiro ultrapassasse o limite considerado delicado pelos analistas. No final de 2010, as projeções do déficit em conta corrente para 2011 bateram em quase US$ 70 bilhões. Agora, elas já caíram para US$ 55 bilhões, num recuo de US$ 15 bilhões.

"O déficit em conta corrente acabou ficando num nível muito tranquilo, abaixo de 2,5% do PIB (Produto Interno Bruto)", diz Bruno Lavieri, economista da consultoria Tendências. O limite que causa mais alarme é quando o indicador ultrapassa 4% do PIB, mas a partir de 3% ou 3,5% a situação já começa a ficar incômoda para os economistas mais preocupados com a vulnerabilidade externa.

Segundo as projeções da Tendências, o déficit em conta corrente em 2011 deve ficar em US$ 54,9 bilhões, ou 2,2% do PIB. Essa perspectiva sustentável do déficit externo brasileiro vem contribuindo para ampliar a imagem de solidez dos fundamentos econômicos, que está por trás da promoção do rating (classificação de risco) do País, como o "upgrade" da S&P esta semana.

A Tendências também esteve entre a minoria das instituições que fez, no final de 2010, uma previsão acurada da balança comercial de 2011, apostando no número de US$ 28 bilhões.

O bom desempenho da balança comercial, porém, está cada vez mais calcado no sucesso do Brasil como exportador de commodities, o que inquieta os analistas preocupados com uma possível desindustrialização. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O investidor em juros futuros resolveu contrariar a lógica por mais um dia. Ontem, quando as bolsas e as commodities caíam em todo o mundo, as taxas projetadas pelos DIs subiram embasadas em rumores de que o Banco Central seria conservador no corte de juros. Hoje, com o mercado acionário e as matérias-primas em forte recuperação, devido à expectativa de recapitalização do sistema financeiro europeu, houve devolução de prêmios em toda a curva a termo. Ou seja, parece que o rumor sobre a moderação por parte da autoridade monetária não está sendo levado tão a sério pelo mercado. Além disso, o recuo do dólar ajudou a minimizar o avanço das commodities em reais.

Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2012 (127.750 contratos) estava em 11,135%, de 11,14% no ajuste. A taxa do contrato para janeiro de 2013 indicava 10,22%, de 10,27% no ajuste, com giro de 243.265 contratos, enquanto o DI janeiro de 2014 (73.630 contratos) cedia para 10,51%, de 10,57% ontem. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (33.300 contratos) recuava para 11,12%, de 11,20% na véspera, enquanto o DI janeiro de 2021 (1.295 contratos) apontava 11,14%, de 11,24% no ajuste.

##RECOMENDA##

Um operador lembra que o mercado está muito volátil e que os fundamentos, invariavelmente, têm sido esquecidos desde a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), "quando as autoridades também parecem ter deixado de lado os indicadores correntes e as expectativas do mercado".

Nada mais explica o movimento dos juros futuros hoje. O índice de preços de commodities (IC-BR) subiu 7,83%. A alta apaga o efeito benéfico que o índice acumulava até agosto (-2,12%) e gera um resultado positivo acumulado no ano de 5,54%. O IPP, por sua vez, subiu de 0,03% em julho para 0,20% em agosto.

No exterior, o otimismo veio de sinalizações de que as autoridades europeias estão trabalhando em cima de uma recapitalização do sistema financeiro da região. Em Bruxelas, a chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que a recapitalização de alguns bancos europeus e a mudança no tratado da União Europeia são tópicos justos para discussão. Também disse que os países da zona do euro poderão recorrer à Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF) para recapitalizar os bancos caso não tenham capacidade para fazer isso sozinhos.

Em meio a esse quadro, as commodities tiveram ganhos. O petróleo WTI para novembro avançou 5,30%, a US$ 79,68 por barril na Nymex. O contrato de cobre para três meses na London Metal Exchange (LME) teve alta de 0,29%. O índice CRB (Commodity Research Bureau), por sua vez, subiu 1,87%. O dólar no balcão, porém, caiu 2,81%, a R$ 1,8360, minimizando o avanço das matérias-primas em reais.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando