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O juiz federal Sérgio Moro decretou o confisco de R$ 1,1 milhão do ex-deputado André Vargas (ex-PT), condenado a 14 anos e 4 meses de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro supostamente desviado de contratos de publicidade da Caixa Econômica Federal e do Ministério da Saúde. Vargas é o primeiro político condenado na Operação Lava Jato. Também foram condenados o publicitário Ricardo Hoffmann, 12 anos e dez meses, e o irmão do ex-deputado, Leon Denis Vargas Ilário, 11 anos e quaro meses - o confisco atinge bens de ambos.

O confisco foi ordenado por Moro com base na previsão do artigo 91 do Código Penal, que prevê a medida sobre bens ou valores equivalentes ao 'produto ou proveito do crime quando estes não foram encontrados ou quando se localizarem no exterior'.

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"Fica o patrimônio de André Vargas, Leon Vargas e Ricardo Hoffmann, ainda que sem origem criminosa comprovada, sujeito ao confisco criminal até completar o montante de R$ 1.103.950,12?, assinalou o juiz da Lava Jato. "Inviável identificar tais bens no presente momento pois as medidas de arresto e sequestro estão ainda em curso." A identificação deverá ser feita em processos a parte

Segundo sentença, o ex-parlamentar 'recebeu propina não só no exercício do mandato de deputado federal, mas também da função de vice-presidente da Câmara dos Deputados, entre os anos de 2011 a 2014, período em que praticou a maior parte dos fatos criminosos'.

Ao estabelecer a indenização, o juiz assinalou, com base no artigo 387 do Código de Processo Penal. "Fixo em R$ 1.103.950,12 o valor mínimo necessário para indenização dos danos decorrentes dos crimes, a serem revertidos à Caixa Econômica Federal e ao Ministério da Saúde. O valor deverá ser corrigido monetariamente até o pagamento. Do valor, deverão ser descontados o montante arrecadado com o confisco criminal."

A defesa de André Vargas e de seu irmão Leon Vargas vai recorrer da sentença condenatória.

A defesa de Ricardo Hoffmann disse que ainda vai analisar a decisão do juiz Moro

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou nesta sexta-feira (13), à Polícia Federal a apuração sobre a origem de boatos difundidos nas redes sociais de que o governo faria um congelamento do dinheiro depositado na caderneta de poupança. A Caixa Econômica Federal havia pedido auxílio à PF. Representantes da área jurídica do banco tratam do caso com os policiais federais.

Os boatos surgiram há alguns dias pela serviço de mensagens WhatsApp no momento em que a presidente Dilma Rousseff começa a sofrer resistências mais fortes às medidas de ajuste das contas públicas, que estão impondo aumento de impostos, tarifaço de energia elétrica e regras restritivas ao acesso dos trabalhadores a benefícios sociais e trabalhistas.

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Preocupado com o potencial prejuízo do caso, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, divulgou nesta sexta comunicado oficial informando que não procedem as informações de que haveria risco de confisco da poupança ou de outras aplicações financeiras. "Tais informações são totalmente desprovidas de fundamento, não se conformando com a política econômica de transparência e a valorização do aumento da taxa de poupança de nossa sociedade, promovida pelo governo, através do Ministério da Fazenda".

Fontes da área econômica informaram que a Caixa não identificou nenhum movimento atípico de saque na poupança, além do que era esperado para o período de véspera do feriado de Carnaval.

A decisão no governo foi a de concentrar no Ministério da Fazenda a estratégia de evitar que as especulações se espalhassem. "Tratamos de matar no nascedouro essas informações mentirosas", disse uma fonte do governo.

Nas redes sociais, se espalhou a falsa informação de que o governo estaria congelando as contas poupança por motivo "econômico do Brasil". Nas mensagens, usuários da rede afirmam que o Palácio do Planalto anunciaria a retenção do dinheiro depositado na poupança a partir da quarta-feira de cinzas, dia 18.

Segundo apurou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, a área de monitoramento da pasta acompanhou o crescimento das mensagens no Twitter e também no WhatsApp, concluindo que o boato deveria "ser morto no nascedouro". Para isso, a Fazenda optou por divulgar uma nota oficial à imprensa, embora nenhum veículo de comunicação tivesse reproduzido os boatos.

A nota da Fazenda acabou aumentando o número de mensagens no Twitter. Apesar do aumento, a boataria sobre o confisco não aparecem entre os temas mais comentados do Twitter no Brasil.

Em uma das mensagens, um usuário da rede social usa um perfil que ele mesmo afirma ser falso "por segurança" para dizer que a "Federação dos Bancos do Estado Brasileiro" - que não existe - autorizou a Caixa a "congelar" a poupança de seus clientes. Os boatos que circularam sugerem os poupadores que procurem o "gerente da Caixa Econômica do Brasil (sic)".

Bolsa família

Em maio de 2013, boatos sobre o fim do programa Bolsa Família espalhado pelas redes sociais levaram milhares de beneficiários do programa às agências da Caixa em vários Estados do País. Os boatos fizeram com que a Caixa, responsável pela gestão do Bolsa Família, admitisse depois que antecipou o pagamento do benefício, na véspera dos boatos.

Colaboraram Gustavo Porto e Talita Fernandes

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