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  O turco Uğur Gallen vem compartilhando um projeto tocante em sua conta no Instagram. Vizinho da Síria, que enfrenta uma guerra civil desde 2011, ele decidiu juntar imagens que fazem um contraste social gritante.

De forma simplória, mas com um olhar diferenciado, Uğur fez montagens de fotos que despropositadamente se complementam e alerta sobre a brutal desigualdade social que assola o mundo.

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Em texto escrito para o Bored Pand, Uğur escreveu: ‘ O contraste entre esses territórios reflete dois mundos diferentes para mim, e isso me inspirou a retratar isso no meu trabalho. Eu gostaria que o mundo inteiro vivesse de acordo com a frase de Mustafa Kemal Atatürk "Paz em Casa, Paz no Mundo", que foi implementada como a política externa da Turquia.’ Confira algumas imagens do projeto:

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Um chega aos 2,51 metros, o outro não passa dos 54,6 centímetros: o homem mais alto do mundo, o turco Sultan Kösen, encontrou-se, nesta quinta-feira, com o menor, o nepalês Chandra Bahadur Dangi.

O evento, organizado pelo livro Guiness dos recordes por ocasião da décima edição do "Dia dos Recordes", ocorreu num jardim perto do parlamento de Westminster, em Londres, onde os dois homens tomaram chá. "Estou contente por ter conhecido o maior homem do mundo. Estava curioso para saber como era o meu extremo oposto", declarou Dangi, de 75 anos, vestido em trajes típicos do Nepal.

"Eu me perguntava até em que altura da minha perna ele conseguiria chegar", contou Sultan Kösen, 32 anos, afirmando que seu tamanho lhe causa problemas de saúde.

"Tenho problemas com meus joelhos e, quando fico muito tempo de pé, me canso demais", disse Kösen, de terno escuro e gravata vermelha.

O crescimento vertiginoso do turco é resultado de um tumor que afeta sua hipófise. Em 2010, ele foi operado na Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos, e teve medicamentos prescritos para controlar seus níveis de hormônio do crescimento. Em 2012, ele foi considerado curado e não deve mais crescer.

Em função do crescimento exagerado, suas articulações não acompanharam o desenvolvimento do resto do corpo - o que o obriga a usar muletas.

“Se eu tivesse dinheiro também estaria neste trem, mas o governo prefere pensar só nos ricos”. Foi o que falou a vendedora ambulante Maria Mendes, de 50 anos, acenando para o Trem do Forró, que passou durante a tarde deste sábado (31) pelo terreno da Avenida Sul, área central do Recife, ocupado, desde o dia 1° de maio, por moradores oriundos da Comunidade do Coque. 

O local invadido, pertencente a União e de responsabilidade da Ferrovia Transnordestina Logística, fica sob o pontilhão do metrô e já conta com mais de 500 famílias. A nova comunidade foi batizada como Vila Sul. A maioria dos moradores alegam ocupar o lugar pela falta de dinheiro para pagar o aluguel de uma casa. Eles contam com o apoio do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB).

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O contraste entre o subúrbio e a periferia em números é representado até no preço do ingresso do Trem do Forró. Os R$ 100 pagos para a animação de uma tarde é o a vendedora luta para conseguir durante o mês inteiro e pagar o aluguel de uma casa de dois cômodos no Coque onde vive com filhos, netos e noras. Mas desde a semana passada, dorme no barraco que fez na invasão. Com orgulho, mostra o lugar. “Tá vendo isso aqui? Eu construí sozinha, pedia um pedaço de madeira a um e outro e fui construindo. A lona, que cobre o barraco, era de quando eu vendia fruta no Feirão de Joana Bezerra, hoje vendo pipoca no sinal. Vou terminar e dar aos meus dois filhos porque a minha casa é muito pequena para morarmos todos juntos”. 

Enquanto fazia a limpeza próxima a linha férrea e via o trem passar, dona Maria dos Anjos (foto ao lado) sonhava. “Queria ter condições para estar igual a eles, mas acho que só em sonho mesmo”, expressou. Maria está morando no local com os quatro filhos. Exercendo a profissão de vendora ambulante nos sinais do Recife, ela disse que já não tinha mais como pagar o aluguel de R$ 300 no Coque. "Eu vendo pipoca no sinal e tenho quatro crianças, imagine tirar R$ 300 e alimentação da venda de pipoca nos sinais, é muito difícil, por isso a única opção, já que o governo não nos oferece um lugar digno, foi vir para cá", explicou.

Com um sorriso no rosto e feliz com a nova moradia, seu Jayme mostrou a barraca que construiu na nova comunidade, quem sabe assim algum dia consiga embarcar no trem. "Eu vi que o pessoal aqui tava precisando de lanche e eu precisando de dinheiro, então fiz esse móvel e coloquei as coisas pra vender. Espero terminar meu barraco daqui há 15 dias, vou fazer até lage, depois quem sabe eu consiga também curtir o forró ", falou.

A situação foi lamentada também por quem viu tudo de dentro do Trem. A paulista Luciana Carabolanti manifestou o sentimento. “Eu acho uma pena esse povo, morador de favela, não ter a mesma oportunidade de viver o que a gente está vivendo. Você vai na Europa e vê que o governo constrói casas para os pobres, mas aqui é diferente. O governo só quer construir coisa para o gringo ver. As autoridades preferem gastar com a Copa, mas a Copa vai e o povo fica”, lamentou.

Os gastos com a Copa do Mundo também são parte da mágoa entre Dona Maria e o poder público. “Eles já gastaram tanto dinheiro com a Copa e eu continuo tirando água na altura do joelho da minha casa quando chove. É um povo rico gastando dinheiro sem precisão, é porque pra eles não pesa o preço do gás e do quilo do feijão”, acrescentou.

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