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Afastado durante noventa dias do futebol, o jogador Diego Sacoman, novo reforço do Santa Cruz em 2015, passou por um problema identificado como hipertrofia no coração, resultado de grandes esforços físicos. A carreira foi questionada, mas apesar da especulação a respeito do futuro do jogador, a hipertrofia é um problema comum para quem pratica atividades físicas de forma intensa. 

Além do “coração de atleta”, Sacoman ainda passou por uma miocardite – inflamação no coração causada por uma gripe e principal preocupação dos médicos. “Devido às atividades físicas intensas, a imunidade do corpo fica baixa e até mesmo gripes e resfriados podem acarretar problemas mais sérios”, explica o cardiologista Nabil Ghoryaeb, especializado em cardiologia do esporte e responsável pelo acompanhamento médico do jogador.

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Segundo o cardiologista pernambucano Luiz Carlos Santos, a miocardite é um problema diferente da hipetrofia. O especialista explica que o aumento hipetrófico do músculo cardíaco pode ser causado por fatores genéticos, pela má formação da válvula aórtica – responsável pela passagem do sangue nas diferentes cavidades do coração - ou até mesmo por hipertensão. “Conforme o nível da hipertrofia, o paciente corre risco de complicações mais graves ou até mesmo de morte súbita”, alerta. 

Para tratar do problema, os cuidados dependem da origem da hipertrofia. No caso de pacientes com hipertensão, por exemplo, o médico indica a redução do consumo de sal. “Em hipertrofias mais sérias, pode-se fazer uma cirurgia de correção do músculo septal do coração. Em outros casos, a solução pode ser um tratamento simples com cateterismo”, comenta. 

Apesar da similaridade dos problemas, o cardiologista explica que a miocardite pode ter resolução completa, como é o caso de Diego Sacoman. “Passei um período sem jogar, mas meu coração é saudável e o problema aconteceu devido a uma gripe, mas agora já está tudo normal de novo”, comenta o atleta. 

“Diego ficou afastado por um tempo para termos tempo de identificar se o problema era uma hipertrofia mais grave, mas o que nos preocupou foram as manchas”, explica o médico de Diego. Devido à parada nas atividades, a miocardite foi reduzida e não é mais motivo de preocupação para o jogador. “Meu coração é saudável e já está tudo certo para eu voltar a jogar”, comemora o jogador. O cardiologista Nabil Ghoryaeb também celebra a condição atual de Diego. “Torcemos para que ele fique bem e estamos todos felizes pela volta dele ao futebol. Vou até pedir uma camisa do Santa Cruz a ele”, brinca o médico paulista. 

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