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Governos pelo mundo viram a morte do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-il, com um otimismo cauteloso. É um momento de possível instabilidade para a região, com o poder passando para o filho do ditador, mas também uma oportunidade para um reinício diplomático.

O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, enviou suas condolências nesta segunda-feira, mas acrescentou que "isso poderia ser um ponto de inflexão para a Coreia do Norte", no momento em que Kim Jong Un deve tomar o poder como novo líder. "Esperamos que a nova liderança deles reconhecerá que o engajamento com a comunidade internacional oferece a melhor perspectiva de melhoria de vida para o cidadão comum norte-coreano", afirmou Hague em comunicado. O ministro também pediu a retomada das negociações internacionais para que acabe a presença de armas nucleares na Península Coreana. A Coreia do Norte possui armas nucleares.

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A morte de Kim foi anunciada nesta segunda-feira, pela televisão estatal. Ele morreu no sábado, aos 69 anos, de um ataque cardíaco.

Durante seus 17 anos no poder, Kim trabalhou para conseguir armas nucleares e fez várias ameaças militares à Coreia do Sul e aos EUA. Seul colocou seus militares em "alerta vermelho" e o presidente Lee Myung-bak reuniu seu conselho militar após a notícia. O primeiro-ministro do Japão, Yoshihiko Noda, realizou uma reunião de emergência do conselho de segurança nacional.

O ministro das Relações Exteriores da Austrália, Kevin Rudd, disse que a morte inaugura um período de transição "excepcionalmente difícil".

Na China, um aliado próximo de Pyongyang, a chancelaria qualificou Kim como um "grande líder". Um porta-voz disse que a China acredita que a Coreia do Norte conseguirá "transformar o luto em força", para "continuar a avançar na causa do socialismo norte-coreano". Também afirmou que Pequim continua a oferecer seu apoio e realizar "contribuições ativas à paz e à estabilidade na Península Coreana e na região".

"A morte de um ditador é sempre um período de incerteza para uma ditadura", afirmou o ministro das Relações Exteriores sueco, Carl Bildt, no site Twitter. "E a Coreia do Norte é a ditadura mais dura de nossa era." As informações são da Associated Press.

A morte do ditador norte-coreano Kim Jong-il, de 69 anos, foi anunciada nesta segunda-feira por meio de um comunicado divulgado pela TV estatal. O locutor, vestindo preto, disse que o líder havia morrido no sábado, na capital Pyongyang, em virtude de excessivo trabalho físico e mental. Acredita-se que Kim tenha sofrido um derrame em 2008. Ele apareceu relativamente saudável em fotos e vídeos feitos em suas recentes viagens à China e à Rússia, além de várias outras incursões pela própria Coreia do Norte, cuidadosamente documentadas pela mídia estatal. O líder, que nasceu em 16 de fevereiro de 1942, tinha fama de gostar de charutos, conhaque e da boa mesa. Acredita-se que ele sofria de diabetes e doenças cardíacas. Kim herdou o poder depois da morte de seu pai, Kim il Sung, em 1994. Em setembro de 2010, provavelmente abalado pelo derrame, Kim anunciou seu terceiro filho, de pouco mais de 20 anos, Kim Jong Un, como seu sucessor, colocando-o em um dos postos mais altos do governo. As informações são da Dow Jones.

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