Tópicos | corte de ponto

Os apelos do presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Ricardo Marcelo (PEN), para que os deputados comparecessem à sessão desta quarta-feira (31), com o objetivo de limpar a pauta de votações não foram atendidos.

Sem o número de parlamentares suficiente em plenário para realizar a apreciação de matérias, a pauta de votações agendada para do dia acabou sendo prejudicada por falta de quórum.

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Dos 36 parlamentares da Casa, apenas 17 estiveram em plenário na sessão desta quarta-feira e para que as matérias sejam apreciadas é necessário um quórum mínimo de 19 parlamentares presentes.

Insatisfeito com a ausência não justificada dos colegas, o presidente da Assembleia usou a tribuna da Casa e anunciou o corte de pontos de todos os faltosos. “É importante que o parlamentar exerça seu mandato na sua plenitude e a plenitude é dar expediente na Assembleia, portanto, não existe necessidade de faltas, por isso vamos cortar o ponto dos faltosos”, avisou.

O governo decidiu cortar o ponto de 11.495 servidores públicos federais que estão em greve. De acordo com o Ministério do Planejamento, serão descontados todos os dias não trabalhados. A decisão terá impacto sobre a folha de pagamento de agosto, que é paga a partir do início de setembro. No mês passado, o corte atingiu 1.972 grevistas.

Apesar da abertura de negociação com os servidores públicos para tentar encontrar uma solução para o impasse, o governo já havia deixado claro que iria cortar o ponto dos servidores. Anteontem, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou o corte do ponto dos agentes da Polícia Federal que faltassem ao trabalho por conta da greve. Assessores do Planejamento explicaram que professores e técnicos administrativos das universidades federais não serão atingidos pelo corte.

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Neste caso, os grevistas irão repor os dias parados, por isso o governo não aplicou a mesma punição determinada para as demais categorias. A lista de 11.495 pessoas que terão seu salário reduzido inclui representantes de praticamente todos os ministérios, segundo explicou a assessoria do Planejamento. Técnicos e professores universitários somam cerca de 213 mil pessoas, dentro de um universo de aproximadamente 570 mil servidores públicos da ativa. Em algumas universidades, a paralisação já dura cerca de três meses.

Ao mesmo tempo em que abre negociações com os servidores públicos em greve, o governo decidiu enquadrar os setores considerados mais radicais. Nesta segunda-feira, o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo determinou o corte de ponto dos agentes da Polícia Federal (PF) que faltarem ao serviço em razão da greve.

Em contato com o diretor-geral do órgão, Leandro Daiello Coimbra, o ministro orientou ainda a abertura pela corregedoria de processos disciplinares contra policias que estejam abusando da população sob o manto da chamada operação-padrão.

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Na semana passada, o ministro do Superior Tribunal de Justiça acatou pedido do governo, considerou ilegal e proibiu a operação-padrão dos servidores da PF e da Polícia Rodoviária Federal. Na decisão, Maia Filho "proíbe" ainda que "sejam adotados cerceamentos à livre circulação de pessoas, sejam colegas do serviço público, autoridades ou usuários". "Ou seja, proíbo a realização de quaisquer bloqueios ou empecilhos à movimentação das pessoas, no desempenho de suas atividades normais e lícitas e ao transporte de mercadorias e cargas." Para o ministro do STJ, a operação-padrão "é uma tática que provoca inegáveis perturbações no desempenho de quaisquer atividades administrativas".

Ontem, a União das Carreiras de Estado (UCE), que representa 22 categorias de servidores, divulgou nota onde considera insuficiente a proposta do governo de conceder aumento total de 15,8 % em três anos e marcou para a próxima quinta-feira uma assembleia para discutir paralisações, que atingiriam o Banco Central e a Controladoria-Geral da União (CGU), entre outras.

O governo reservou entre 14 bilhões de reais e 22 bilhões de reais para o reajuste de servidores, conforme informou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho.

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