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Em culto evangélico em Taguatinga, região administrativa do Distrito Federal, o presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar o presidente eleito da Colômbia, Gustavo Petro. "Olhem o que está acontecendo no Chile, para onde começa a ir a nossa Colômbia, depois da eleição de alguém que não tem Deus no coração", afirmou, sobre o ex-guerrilheiro que representou a chegada da esquerda ao poder no país vizinho pela primeira vez.

A reunião com José Arruda, irmão do guarda municipal petista Marcelo Arruda, assassinado a tiros em sua festa de aniversário por um militante bolsonarista, também foi alvo de comentários do chefe do Executivo.

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"Conversamos com o irmão daquele que faleceu, onde a imprensa tentou botar no meu colo a responsabilidade pelo episódio lamentável e injustificável. Brigas existem, mas como aquela não tem explicação, do nada. Do nada, deixando chefe de família morto, não interessa coloração político-partidária daquela pessoa", afirmou. "Destruímos narrativas, mostramos que me interessa conversar com ele para prestar solidariedade, e ele veio falar comigo com irmão assassinado", acrescentou.

Mais cedo, o deputado federal bolsonarista Otoni de Paula (MDB-RJ), intermediador da reunião, revelou que Bolsonaro prestou solidariedade à família enlutada e reconheceu que o aniversariante foi a única vítima do caso.

Combustíveis

Aos presentes, Bolsonaro renovou a retórica conservadora e voltou a comemorar a redução do preço dos combustíveis na ponta da linha após políticas de desoneração. "A inflação será negativa nesse mês que estamos, os combustíveis estão despencando. Não é fácil enfrentar um lobby tão poderoso como esse, dos combustíveis", declarou o presidente, acompanhado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, e pelo ex-senador Magno Malta (PL-ES), que tentará voltar ao antigo cargo neste ano.

Após o culto, Bolsonaro segue rumo ao estádio Mané Garrincha para assistir ao jogo do Flamengo contra o Juventude, pelo Campeonato Brasileiro.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta sexta-feira, 17, durante culto em celebração aos 111 anos da Assembleia de Deus no Brasil, que estar à frente do Executivo "não é fácil", mas é "missão do Criador".

"Deus salvou minha vida em 2018 e depois me deu uma eleição. Não é fácil ser presidente da República, mas entendo ser essa uma missão do Criador", afirmou nesta noite, em Belém (PA), em discurso recheado de referências religiosas, que visa ao eleitorado evangélico.

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O presidente ainda pregou que a fé é uma das formas de resolver problemas vividos pelo Brasil atualmente, como a escalada da inflação. A Petrobras anunciou nesta sexta-feira novo reajuste no preço da gasolina e do diesel, mas, ao contrário do que fez durante o dia, Bolsonaro evitou críticas diretas à estatal no culto.

"(As questões) materiais, hoje passamos por um problema que não é sentido no Brasil, é um problema que passamos no mundo todo. A pandemia, as consequências da política do fique em casa, a economia a gente vê depois ... Uma guerra a 10 mil quilômetros de distância traz dissabores para todo mundo. O Brasil não ficou fora disso. Aumento dos preços, dos combustíveis ... Podemos perder algo material hoje, mas nossa fé, nossa religião, o nosso temor a Deus fará com que recuperemos tudo isso e, mais ainda, pavimente a nossa vida para um futuro eterno", pregou.

O presidente ainda reafirmou ser favorável a pautas caras aos evangélicos, como a criminalização do aborto, o combate à chamada ideologia de gênero e a defesa da família. "Nosso governo é contra o aborto. Nosso governo defende a família. Nós somos contra a ideologia de gênero. A inocência das crianças em sala de aula tem que ser preservada. Somos contra a liberação das drogas. Nós defendemos a liberdade em nossa pátria, aí incluída a liberdade de culto. Somos livres para escolher nossa religião, professar a nossa fé, respeitamos todos os cidadãos", elencou.

Com desvantagem em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas pesquisas eleitorais, Bolsonaro tem participado de uma série de eventos e se aproximado de lideranças do segmento evangélico. A ideia é manter ou ampliar as intenções de voto nesse público, no qual mantém liderança nas pesquisas. De olho nesse movimento, Lula tem feito acenos aos evangélicos.

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