Tópicos | Daniel Eduardo Derkatscheff Vera

O empresário Daniel Eduardo Derkatscheff Vera, de 71 anos, que era sócio da farmácia Botica ao Veado D’Ouro - que vendeu milhares de remédios contra câncer de próstata falsificados, em 1998 - foi preso na manhã da quarta-feira, 2, no Brooklin, na zona sul da capital paulista. Ele foi condenado a 13 anos de prisão, em 2003, por crime contra a incolumidade pública, por ter falsificado o remédio para tratamento de câncer chamado Androcur.

Seus advogados entraram com uma série de recursos no Judiciário para tentar anular a sentença. O último recurso, que manteve a condenação, foi julgado em abril, mas o mandado de prisão, conforme a polícia, só foi expedido em outubro. Investigadores sabiam que ele recebia dinheiro da aposentadoria e montaram uma campana em uma agência do Brooklin. Quando entrou para receber o benefício, ele foi preso.

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Segundo o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, o empresário era procurado havia dois meses. A principal dificuldade era que ele não tinha uma rotina definida. O delegado contou que Derkatscheff ficou surpreso com a prisão.

Farinha

Na acusação contra ele e seu sócio, Edgar Helbig, consta que a farmácia Botica ao Veado D’Ouro produziu cerca de 1,3 milhão de comprimidos falsos de Androcur. A composição química era substituída por farinha e os acusados colocavam a etiqueta do verdadeiro remédio na embalagem para vender o produto.

O juiz responsável pelo processo em primeira instância afirmou na sentença condenatória de 2003 que os réus "revelaram torpeza, perversão, malvadez, cupidez e insensibilidade moral, posto que agiram única e exclusivamente visando ao ganho fácil, sem se importarem com o destino de milhares de pessoas".

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