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O terceiro dia do julgamento do caso da alemã Jennifer Kloker foi caracterizado por revelações. Além de admitirem ter participação no assassinato, Delma Freire e Fernando Tonelli confirmaram a motivação do crime, que teria sido o comportamento da jovem. Os dois acusaram a vítima de se prostituir, maltratar o filho, espancar a mãe de Ferdinando, ser viciada em heroína e trair Pablo com outros homens.

O réu Ferdinando também confessou ter planejado com Delma e Pablo o homicídio da alemã ainda na Itália, e que ainda deu R$ 2.500 para que Dinarte Dantas contratasse alguém para efetuar o crime. Já Delma foi mais além em seu depoimento,  afirmou que Pablo dirigiu o carro até o local onde ocorreu o homicídio e que Ferdinando deu R$ 2.500 a Dinarte para que ele contratasse Alexsandro Neves,  em troca de um táxi e um ponto credenciado desses veículos.

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Os promotores Ana Claudia Walmsley e André Rabelo pediram a condenação dos quatro acusados pelos crimes de homicídio e formação de quadrilha e ainda por fraude processual para Delma. Os advogados da defensoria solicitaram aos réus que os quatros fossem condenados pelos crimes que confessaram, e que desconsiderassem as acusações pelo crime de formação de quadrilha.

O terceiro dia do julgamento do caso Jennifer Kloker foi marcado por muitas revelações. A ré Delma Freire, sogra de Jennifer, assumiu pela primeira vez participação no crime que vitimou a turista alemã, em 2010. Em novo interrogatório, solicitado pela defesa e concedido pela juíza Marines Marques Viana, Delma confessou ter planejado o crime. 

A motivação seria o comportamento de Jennifer. Conforme a ré, a alemã era usuária de drogas, maltratava o filho e traia o marido. Delma também contou que o crime foi arquitetado ainda na Itália e que daria um táxi ao irmão, Dinarte Medeiros, para participar da execução, pois ele era a “única pessoa errada que ela conhecia no Brasil”.

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Antes dela, Ferdinando Tonelli prestou depoimento no Fórum de São Lourenço da Mata. Ele também confessou ter planejado o crime, ao lado do filho adotivo Pablo e Delma ainda na Itália. O motivo seria o “amor ao neto”, já que na versão apresentada pela dupla, Jennifer era uma mãe violenta. 

Caso – A turista alemã Jennifer Kloker, de 23 anos, foi assassinada com três tiros, às margens da BR-408, no município de São Lourenço da Mata, Grande Recife, no dia 16 de fevereiro de 2010. Jennifer, o filho de três anos, Pablo Tonelli (marido), Ferdinando Tonelli (sogro) e Delma Freire (sogra), vieram da Itália passar as férias no Brasil. A família da turista relatou na época que o carro em que estavam havia sido abordado por dois assaltantes na BR-408 e que Jennifer teria sido assassinada.

As investigações identificaram várias contradições nos depoimentos. Os cinco acusados da morte de Jennifer foram indiciados por homicídio triplamente qualificado e quatro deles tiveram a prisão preventiva decretada: Pablo Tonelli, Ferdinando Tonelli, Delma Freire – apontada como mentora do crime – e Alexsandro Nunes dos Santos, que teria sido contratado para matar a turista. Apenas Dinarte de Medeiros (irmão de Delma), acusado de ter comprado a arma do crime, responde o processo em liberdade.

Mais informações em instantes.

O companheiro da alemã Jennifer Kloker - assassinada em 17 de fevereiro de 2010 - Pablo Tonelli, de 24 anos, prestou depoimento nesta terça-feira (11), no Fórum de São Lourenço da Mata, Região Metropolitana do Recife. Durante o segundo dia de julgamento, ele confessou que estaria envolvido com o crime, mas que sua mãe, Delma Freire teria sido a mandante do homicídio. 

Pablo iniciou seu depoimento admitindo a participação no crime e contando detalhes. Ele disse que só confessou porque teria sido torturado pelos policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), inclusive pelo próprio delegado do caso, Alfredo Jorge. 

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O depoimento de Ferdinando Tonelli 

Pai adotivo de Pablo, o italiano Ferdinando Tonelli - que também depôs nesta terça - negou a participação no caso. Em seu relato, que durou 1h10min, ele afirmou que não tinha planejado vir para o Brasil e sim de viajar para a Costa Rica.

 

Nesta segunda-feira (10), os cinco acusados pelo assassinato da alemã Jennifer Kloker vão a juri partir das 8h, no Fórum de São Lourenço da Mata. O julgamento do caso deve terminar na próxima quinta-feira (13).

O banco dos réus será formado por Delma Freire de Medeiros, Pablo Richardson Tonelli, Ferdinando Tonelli, Alexsandro Neves dos Santos e Dinarte Dantas de Medeiros. Eles são acusados de homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e sem dar chance de defesa à vitima. Delma também será acusada por fraude processual, por tentar mudar os rumos da investigação, apontando um falso assassino.

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No início do julgamento, haverá a escolha dos sete jurados entre os 25 convocados, o depoimento das testemunhas de acusação e o interrogatório dos cinco réus. Primeiro, serão ouvidas as testemunhas relacionadas pela acusação. Como não há testemunhas de defesa, será realizado o interrogatório dos cinco réus. 

Após os depoimentos será iniciado o debate, quando acusação e defesa apresentam seus argumentos. Cada lado terá até duas horas e meia para tentar convencer os jurados de sua tese, seguidas da réplica e a tréplica, com mais de duas horas para cada. A sessão será presidida pela juíza Marinês Marques Viana. O fórum localizado na Rua Tito Pereira, 267, no centro de São Lourenço da Mata.

 

 

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