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O Good Old Games (GOG), competidor do Steam na venda digital de jogos para PC, adicionou uma nova arte ao seu catálogo de compras livres de DRM nesta quarta-feira (27). Agora o site vai vender (e disponibilizar de graça) filmes. Por enquanto só estão disponíveis documentários focados em games e na cultura geek. Entre eles o popular Indie Game: The Movie, sobre desenvolvedores independentes, e o documentário TPB AFK: The Pirate Bay Away From Keyboard.

Filmes de grandes estúdios não vão aparecer no começo. O GOG ofereceu a todos a chance de participar, mas eles preferiram não participar da primeira leva. "A reação dos estúdios foi meio engraçada," disse Marcin Iwisnki, CEO do GOG, ao Engadget. "Eles sabem que DRM não funciona porque todo filme está em sites de torrents ou locais ilegais no lançamento, ou até mesmo antes." Segundo Iwinski, o problema atual das plataformas digitais é a burocracia por trás de todos. Ele acredita que a necessidade de se registrar em sites, resgatar um código de download, lembrar das senhas e qual e-mail foi cadastrado no site torna tudo difícil, ao ponto de que os clientes preferem simplesmente comprar um Blu-Ray.

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"O fato fundamental é que eles (usuários) normalmente pirateam o conteúdo porque esta é a forma mais rápida e de fácil compreensão de acessar o conteúdo em vídeo. É meio assustador, pra falar a verdade," comentou Iwinski. Ao adquirir um filme no GOG, o usuário pode fazer streaming diretamente do site, ou baixar um arquivo .MKV para assistir onde quiser, no iPod, computador, tablet, etc. 

O que é DRM?

A sigla significa Digital Rights Management, nada mais do que a prática de impor barreiras e restrições no conteúdo para limitar o que o usuário pode fazer com o que ele comprou e baixou. Ao comprar um filme no iTunes, por exemplo, não é possível colocá-lo no Pen Drive e assistir na TV. O GOG promete mudar isso.

O GOG, site conhecido por vender jogos antigos e sem DRM (obrigatoriedade de registrar o jogo em um serviço e só jogá-lo através deste serviço) anunciou nesta semana, o GOG Galaxy, serviço para distribuição digital de jogos que vai competir com o Steam da Valve, Origin da EA e Uplay da Ubisoft.

O Galaxy mantem as políticas do site e venderá jogos sem o DRM, e é baseado em três pilares, "Liberdade de Escolha", "Cliente Opcional" e "Cross-Play". O primeiro significa que os jogadores não serão obrigados a usar o serviço online, que só será necessário para jogar com amigos no multiplayer, e que nenhuma espécie de registro de códigos será implementando. A promessa do GOG Galaxy é comprar, baixar e jogar.

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"Cliente Opcional" se refere ao fato de que o aplicativo do GOG Galaxy não é requerido para poder jogar, e sim apenas para se conectar com os amigos ou atualizar automaticamente os jogos. Por fim, o "Cross-Play" promete permitir que partidas multiplayer sejam jogadas entre pessoas que compraram o jogo no Galaxy e em outro serviço, como o Steam.

O GOG não deve seguir o exemplo da EA e tornar exclusivos do GOG Galaxy os jogos de seus estúdios, como The Witcher 3 da CD Projekt Red, e nem forçará os jogadores a utilizar um aplicativo proprietário, como o Uplay da Ubisoft, necessário em jogos da empresa comprados em outros serviços. 

A segunda temporada de Game of Thrones está em vias de ser a série de televisão mais pirateada de 2012 com mais de 25 milhões de downloads dos seis primeiros episódios desde que estreou, em 1° de Abril. O ponto alto começa depois do episódio 5: “The Ghosts of Harrenhal”, que foi baixado mais de 2,5 milhões de vezes em um único dia, de acordo com a Forbes, que citou números da empresa de monitoramento de mídia Big Champagne.

Não está claro se é possível contar cada download como uma única visualização, mas o último episódio da primeira temporada de Games of Thrones teve 3 milhões de espectadores, de acordo com a Entertainment Weekly. Então, em um único dia, um episódio da metade da segunda temporada ganhou tanta atenção de quem realiza download ilegal quanto o final da primeira temporada teve de assinantes que pagam para assistir.

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Esse é apenas o mais recente sinal da crescente diferença entre o desejo dos produtores de proteger seu conteúdo com Gerenciamento de Direitos Digitais (DRM, em inglês) e o desejo da audiência de consumir a programação em seus próprios termos e de graça. Isso levou a uma aparente batalha infindável entre os piratas e Hollywood. Conflitos recentes incluem a adição de mais avisos que não podem ser pulados em discos de DVD e Blu-ray, enquanto alguns provedores de internet impedem que seus consumidores acessem sites de torrents – basicamente o ThePirateBay.

Não é surpresa que programas populares, especialmente de canais como HBO e Showtime, geralmente estejam no topo do ranking da pirataria. A sexta temporada de Dexter, da Showtime, e a primeira de Game of Thrones, por exemplo, foram os dois programas televisivos mais pirateados de 2011, disse o Torrent Freak em outra reportagem.

Você não apenas precisa de uma assinatura de TV a cabo para assistir essas séries quando elas estreiam como raramente os grandes títulos desses dois canais têm uma distribuição digital logo após o começo de suas transmissões. Alguns assinantes da HBO podem usar o serviço HBO Go para assistir seus programas favoritos online, mas quem não assina é deixado de lado, esperando que os mesmos cheguem na Amazon, no Hulu, iTunes, Netflix ou em DVD e Blu-ray. Aqui no Brasil, nem isso - embora GoT esteja sendo exibido ao mesmo tempo que nos EUA.

Isso deixa duas opções: esperar pelo lançamento digital e em disco (mais de 7 meses depois, os fãs de Dexter ainda esperam pela sexta temporada) ou escolher a pirataria.

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