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A presidente Dilma Rousseff não aceitou a proposta negociada entre aliados e oposição no Congresso de prorrogar a Desvinculação das Receitas da União (DRU) por apenas dois anos e não os quatro anos defendidos pelo governo. Sem acordo, os líderes da base não acreditam que a votação da emenda constitucional, em primeiro turno, seja concluída até a madrugada desta quarta-feira. Em troca da redução do prazo de vigência da DRU, os deputados aprovariam a emenda em rito sumário em primeiro e segundo turnos até amanhã.

A oposição anunciou que tentará impedir a votação, usando todos os instrumentos regimentais de obstrução. A base terá de permanecer no plenário da Câmara se quiser atender à presidente e votar a DRU. "A presidente está preocupada com a repercussão da crise internacional no Brasil. E dois anos é pouco; a DRU é um instrumento importante de gestão fiscal e orçamentária em um cenário de crise", argumentou o relator da proposta, deputado Odair Cunha (PT-MG). "Para a oposição, os quatro anos para a DRU são inaceitáveis", reagiu o líder do DEM, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA).

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O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), reconheceu que dificilmente a votação da proposta, em primeiro turno, será concluída hoje. "É difícil concluir hoje. O Senado terá que quebrar interstícios (prazo entre primeiro e segundo turno)", disse Vaccarezza. A previsão é que a votação do texto principal ocorra por volta da meia noite.

Em conversas reservadas, os líderes da base criticaram a posição da presidente Dilma de não aceitar os dois anos de vigência para a DRU. Os aliados consideraram um "erro" e preveem que a presidente terá de fazer um acordo durante a madrugada ou dia de amanhã se quiser ter a DRU aprovada este ano.

O governo satisfez hoje, formalmente, o desejo da bancada do PMDB na Câmara, para assegurar a aprovação da emenda constitucional que prorroga a Desvinculação das Receitas da União (DRU). Portaria do Ministério do Turismo, publicada no Diário Oficial da União, nomeia Suzana Dieckmann Jeolás para o cargo de assessora especial do ministro e Fábio Rios Mota para secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo.

Suzana era escolha do ministro Gastão Vieira para assumir a secretaria. Mas a bancada do PMDB na Câmara queria Fábio Mota no cargo. Os peemedebistas rebelados ameaçaram boicotar a votação da DRU. A solução encontrada foi desidratar a secretaria, transferindo para a gestão direta do gabinete do ministro a área de cursos de profissionalização e capacitação técnica.

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Em reunião hoje com o grupo de coordenação, no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff defendeu a aprovação da prorrogação da Desvinculação das Receitas da União (DRU). O Palácio do Planalto trabalha para prorrogar a DRU até 2015, mas encontra resistências dentro da própria base aliada. O mecanismo, que permite ao governo gastar 20% do orçamento sem vinculação de gastos, expira no dia 31 de dezembro de 2011.

A votação da DRU, amanhã, na Câmara, será discutida na reunião hoje, às 15 horas, da presidente com os líderes da base aliada. Segundo o porta-voz da Presidência, Rodrigo Baena, durante a reunião com o grupo de coordenação, integrado pelo vice-presidente e ministros, Dilma considerou um "sucesso relativo" o encontro do G-20, do qual participou, na França. E ressaltou também a importância de manter o controle das despesas, diante de um cenário de turbulência financeira mundial.

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Depois de nove horas e meia de reunião, a comissão especial da Câmara aprovou, às 4h32 de ontem, a proposta de Desvinculação das Receitas da União (DRU) - mecanismo que permite à presidente Dilma Rousseff reservar 20% dos recursos orçamentários para gastar livremente. O governo conseguiu vencer essa etapa e o projeto poderá ser votado no plenário na próxima semana, em primeiro turno.

Os deputados aprovaram o parecer do relator, Odair Cunha (PT-MG), mantendo o texto original enviado pelo Palácio do Planalto ao Congresso. A proposta de emenda constitucional prorroga a DRU por quatro anos, até 31 de dezembro de 2015. O DEM fez obstrução acirrada na comissão, com momentos de tumulto, e questionou procedimentos regimentais na tentativa de evitar a votação. A base, no entanto, foi fiel e se manteve presente durante a longa reunião.

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A proposta foi aprovada com 17 votos favoráveis e 3 contrários. Outros pontos do texto foram votados separadamente e o placar se repetiu com a vitória do governo. Do lado da oposição, os deputados do DEM Onix Lorenzoni (RS) e Felipe Maia (RN) participaram ativamente da reunião, mas, como são suplentes, não votaram.

O DEM anunciou que vai pedir a anulação da votação no Supremo Tribunal Federal (STF). O partido argumenta que a reunião da comissão iniciada na quinta-feira não poderia ter sido estendida até sexta-feira.

Vencida a etapa da comissão, o governo agora terá de acertar a liberação do dinheiro do Orçamento destinado a obras nos municípios por meio de emendas parlamentares, antes da votação no plenário. Esse foi o recado dos líderes da base dado ao líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), na terça-feira. No plenário, o projeto precisa de 308 votos para ser aprovado em cada um dos dois turnos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de uma queda de braço entre governo e oposição, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara adiou para a próxima semana a votação da proposta de emenda constitucional que prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU) até 2015. A passagem pela CCJ é a primeira etapa da tramitação da proposta na Câmara. O adiamento torna ainda mais exíguo o prazo para a votação do projeto, que precisa ser apreciado, por completo na Câmara e no Senado, até dezembro. Na Câmara, depois da CCJ, a proposta precisa ser votada em uma comissão especial e depois em dois turnos no plenário. Somente depois disso é que irá para o Senado.

O DEM impossibilitou a votação do projeto na CCJ, usando mecanismo de obstrução. Com isso, por duas horas e meia os deputados ficaram apenas discutindo os registros em ata de sessões anteriores. Depois desse atraso, houve acordo no qual ficou estabelecido que a comissão discutirá o projeto amanhã; na quinta-feira realizará uma audiência pública com convidados para discutir a constitucionalidade do projeto; deixando a votação marcada para a próxima terça-feira (20).

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