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Uma tartaruga que havia sido liberada ao mar no dia 3 de setembro em Porto de Galinhas foi encontrada morta na Praia de Maracaípe. O animal, da espécie verde, já era adulto, com aproximadamente 30 anos de vida e 103 quilos, e havia ganhado o nome de Rafael após votação na internet e em uma escola municipal de Ipojuca.

A tartaruga foi encontrada na última segunda-feira (14) já em estado de decomposição e sem cabeça. Segundo a ONG Eco Associados, responsável por reabilitar e devolver o réptil, esses são indícios claros de acidente com rede de pesca.

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Rafael havia sido encontrado no dia 15 de julho em Maracaípe, durante ronda matinal da ONG. O animal estava com quadro de pneumonia, anemia e taxas sanguíneas alteradas, que são resultantes do alto índice de poluição marítima. Foram gastos cerca de R$ 5 mil em remédios, transporte, alimentação e exames para a tartaruga.

A pesca com redes de arrasto é uma prática ilegal, prejudicial à vida marinha seja pela pesca acidental ou pelo rastro de poluição deixado pelos pescadores. Segundo a bióloga da Eco Associados, Aldenise Cavalcante, as tartarugas costumam ser pescadas sem querer e, para que saíam da rede, os pescadores costumam matá-la. “Nós temos um trabalho de educação bem forte junto à comunidade e aos pescadores. Eles são parceiros do projeto e já arrumaram outras estratégias de pesca. Por isso acreditamos que Rafael não tenha sido morto por pescadores dessa localidade”, suspeita Aldenise.

Devido ao estado avançado de decomposição, não é possível fazer a necropsia para afirmar que Rafael foi vítima de crime ambiental. A tartaruga da espécie verde vive de 90 a 120 anos. Esses animais, quando encalham na praia, geralmente foram vítimas da rede de pesca ou dos resíduos sólidos, especialmente o plástico.

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