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A Fundação Nobel informou neste sábado (2) que cancelou a decisão de convidas os embaixadores da Rússia e de Belarus à cerimônia de entrega dos prêmios este ano em Estocolmo, após várias críticas.

A Fundação Nobel, que organiza todos os anos a entrega do prêmio e a cerimônia em Estocolmo, decidiu em 2022 não convidar os embaixadores de Rússia e Belarus ao evento devido à guerra na Ucrânia.

O representante do Irã também não foi convidado devido à repressão aos protestos no país.

Na quinta-feira, no entanto, a fundação anunciou que retomaria a política habitual de convidar os embaixadores de todos os países, o que provocou uma onda de indignação na Suécia, onde vários políticos afirmaram que boicotariam o evento.

O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, expressou a discordância com o convite ao representante russo.

Além disso, ativistas e o governo da Ucrânia, país invadido pela Rússia em fevereiro de 2022, também criticaram o anúncio.

"Decidimos repetir a exceção do ano passado à prática habitual, ou seja, não convidar os embaixadores da Rússia, Belarus e Irã à cerimônia de entrega do Prêmio Nobel em Estocolmo", informou a fundação neste sábado.

A decisão foi celebrada como uma "vitória do humanismo" pelo porta-voz do ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, Oleg Nikolenko.

"Agradecemos a todos que pediram o retorno da justiça", afirmou o porta-voz, que havia solicitado o apoio da Fundação Nobel aos esforços de seu governo para isolar Rússia e Belarus.

"Estamos convencidos de que é necessário adotar uma decisão similar a respeito dos embaixadores da Rússia e de Belarus em Oslo", acrescentou Nikolenko, em uma referência à cerimônia de entrega do Prêmio Nobel da Paz.

A Fundação Nobel entrega em dezembro os prêmios de Medicina, Física, Literatura, Química e Economia, em uma cerimônia solene em Estocolmo com a presença do rei da Suécia, Carl XVI Gustaf.

Na mesma data, a cerimônia de entrega do Nobel da Paz acontece na capital da Noruega.

O embaixador da Rússia no Brasil, Alexey Kazimirovith Lebetskiy apontou justificativas para o conflito da Rússia e Ucrânia e garantiu que o País vai oferecer fertilizantes para a agricultura brasileira. O embaixador esteve presente em audiência pública nesta terça-feira (5), da Comissão de Relações Exteriores (CRE).

De acordo com a senadora e presidente da Comissão, Kátia Abreu (PP-TO), o conflito já gerou quatro milhões de refugiados e 10 milhões de deslocados internos, o que corresponde a ¼ da população. O governo da Ucrânia estima que sete mil civis já morreram em razão do conflito e as baixas militares situam-se em 1.200 militares. 

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Por sua vez, o embaixador russo lembrou os acontecimentos de fevereiro de 2014 “durante o golpe de estado”. “O governo legitimamente eleito foi derrubado pelas forças direitistas e nazifascistas que foram apoiados pela maioria dos Países do ocidente. Em março de 2014, a Península de Crimeia realiza o referendo e volta à federação da Rússia, que permitiu defender as vidas humanas e reintegrar os russos, que são maioria absoluta, na Península, para a composição da federação da Rússia”, explicou. 

Kazimirovith elencou as ações da operação especial. “Estamos prontos para aprovar que, durante os sete anos de não cumprimento dos acordos, os fascistas ucranianos levaram à prática o genocídio da população. A Ucrânia se tornou um estado anti-Rússia e o primeiro objetivo que não podemos permitir da nossa operação, como foi dito pelo presidente Putin em 24 de fevereiro, é desmilitarizar a Ucrânia”, pontuou.

“A aproximação da Ucrânia com a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) significa ameaças para os russos. No início de 1990, quando retiramos as forças da União Soviética, só 13 estados eram membros da Otan. Hoje, temos 30 estados e a estrutura belicista e ofensiva não se aproximou das nossas fronteiras”. Para ele, a aproximação significa uma ameaça para a população russa. 

Ele confirmou, ainda, o interesse da Rússia em continuar fornecendo insumos para a produção agrícola brasileira. “Confirmamos nosso interesse em demarcar essa cooperação e continuar a fornecer todos os insumos necessários para a produção agrícola brasileira. Estamos cumprindo agora esses entendimentos e os contratos assinados. Estamos abertos e confirmamos a nossa vontade de continuar fornecendo os fertilizantes de todos os grupos para a República Federativa do Brasil”, garantiu. 

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