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O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido, comentou nesta quinta-feira (24) que o volume de emissões de títulos em junho foi o maior do ano e o de resgates, o menor do ano. No mês passado, as emissões da Dívida Pública Federal (DPF) somaram R$ 66,73 bilhões, enquanto os resgates foram de apenas R$ 2,48 bilhões. "Desta forma, a emissão líquida de junho, de R$ 64,25 bilhões, foi a maior do ano", completou.

Garrido ponderou que R$ 30 bilhões em emissões foram direto para o BNDES. "Mas os R$ 36 bilhões emitidos restantes ainda são bastante expressivos. A conclusão é de que ainda continua forte a demanda por títulos, de uma forma geral", afirmou. "Neste momento, a conjuntura continua favorável para a compra de títulos", completou.

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De acordo com ele, havia certa percepção de mercado de que existia espaço para a queda de juros, mas, após a divulgação, hoje, da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o mercado passou a ter a percepção de que os juros devem continuar estáveis até o fim do ano. "Com a expectativa de manutenção da Selic pelo mercado, os prefixados continuam atraentes", explicou.

Tesouro Direto

Garrido comentou que há um aumento na compra de Letras Financeiras do Tesouro (LFTs) no programa Tesouro Direto. Segundo ele, isso se explica porque esses papéis têm uma rentabilidade superior à alcançada pelos Fundos DI, entre outros fatores, devido às taxas de administração desses fundos.

Primeiro semestre

No acumulado do primeiro semestre de 2014, a DPF subiu em relação ao estoque da DPF no fim de 2013. O estoque registra no período uma alta de 3,78%, ou R$ 80,1 bilhões. Até abril, o estoque da dívida vinha em trajetória de queda com o resgate líquidos de papéis. Segundo os dados do Tesouro Nacional, de janeiro a junho houve um resgate líquido de R$ 28,484 bilhões e uma apropriação de juros de R$ 109,468 bilhões. Dessa forma, o estoque da DPF, que ao final de dezembro de 2013 era de R$ 2,122 trilhões, subiu a R$ 2,202 trilhões no mês passado. Em junho, o Tesouro Nacional fez uma emissão líquida de R$ 64,246 bilhões.

O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido, informou nesta segunda-feira (30) que as emissões de títulos em ofertas públicas registraram em maio o segundo maior valor da série histórica, iniciada em 2006, somando R$ 56,2 bilhões. Em março, quando houve emissões recordes, elas somaram R$ 57,9 bilhões.

Ele destacou, no entanto, que em maio houve uma emissão maior de títulos prefixados (R$ 42 bilhões) do que em março (R$ 36 bilhões). Garrido disse que a maior procura por prefixados se deve à proximidade do fim das altas de juros pelo Copom. "Isso torna a compra de prefixados uma alternativa de aplicação muito atraente. A rentabilidade desses títulos ainda é muito elevada mesmo com o fim do ciclo das taxas de juros", afirmou.

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O coordenador disse que as LTNs com vencimento em 2018 foram vendidas com taxa de 12,37% no leilão de 8 de maio. Em 25 de junho, a taxa caiu para 11,74%. "Então a demanda por títulos está muito elevada e as taxas estão em queda", destacou. Ele disse que essa demanda também se reflete no Tesouro Direto, cujo estoque superou R$ 13 bilhões em maio e os investidores cadastrados somam mais de 400 mil. "Só em 2014 foram emitidos R$ 2,3 bilhões. Um volume bastante expressivo no ano", disse.

Segundo Garrido, outro ponto relevante é que as cinco melhores marcas históricas de vendas líquidas no Tesouro Direto ocorreram nos últimos seis meses. "Atribuímos isso às taxas atraentes e à segurança para aplicação nesse tipo de investimento", afirmou.

O dólar caiu ante o real nesta sexta-feira (17), pressionado pelas emissões exteriores de companhias brasileiras. Investidores ainda digerem também a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a Selic em 0,5 ponto porcentual esta semana, pois a possibilidade de novos aumentos na taxa básica de juros poderia dar suporte para o real.

O dólar à vista no balcão fechou cotado a R$ 2,3490, uma queda de 0,59%. Por volta das 16h55 o giro estava em torno de US$ 1,60 bilhão - um nível elevado - segundo dados da clearing de câmbio da BM&FBovespa. No mercado futuro, o dólar para fevereiro recuava 0,65%, a R$ 2,3550. O volume de negociação era de aproximadamente US$ 12,76 bilhões.

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Após a alta registrada na quinta-feira, 16, o dólar registrou uma sessão volátil hoje. "Todo mundo sabe que a tendência do dólar é para cima. Mas o mercado ficou mais vendedor hoje", resumiu o chefe de tesouraria de um banco. O movimento no Brasil, aliás, esteve na contramão do exterior, onde a moeda americana recuava ante o euro e boa parte das divisas de países ligados a commodities.

A moeda norte-americana foi pressionado pela expectativa de entrada de recursos no País, em meio a diversas emissões externas de dívida por companhias brasileiras nos últimos dias. Operadores já observaram fluxos positivos nesta sexta-feira. Outro fator que colabora para pressionar o dólar é a rolagem de contratos de swap cambial promovida pelo BC. Hoje foram vendidos todos os 25 mil contratos (US$ 1,234 bilhão), na segunda etapa da rolagem de títulos que vencem em 3 de fevereiro.

Entre os indicadores econômicos divulgados hoje, a FGV informou que o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) subiu 0,46% na segunda prévia de janeiro, ante alta de 0,54% registrada na segunda prévia do mesmo indicador em dezembro. O resultado ficou perto do piso do intervalo das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam alta entre 0,45% e 0,60%, com mediana de 0,48%. Já o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) caiu 0,31% em novembro de 2013 em relação ao mês anterior, após registrar alta de 0,71% em outubro ante setembro (dado revisado), na série com ajuste sazonal. A queda ficou abaixo do piso das projeções (-0,28% a +0,60%).

Nos EUA, a produção industrial avançou 0,3% em dezembro ante novembro, em linha com a expectativa dos economistas. Em todo o ano de 2013, a produção industrial avançou 3,7%. Já no setor imobiliário, as construções de moradias iniciadas cederam 9,8% em dezembro ante novembro, afetadas pelo forte frio, mas mesmo assim a retração foi menor do que a queda de 10,6% estimada. Em todo o ano de 2013, as construções de moradias iniciadas avançaram 18,3%, no melhor desempenho desde 2007. Além disso, segundo pesquisa da Reuters/Universidade de Michigan, a confiança do consumidor recuou para 80,4 na leitura preliminar de janeiro, de 82,5 em dezembro e abaixo da previsão dos analistas, de 83,5.

Os gases liberados pelos animais, especialmente os bovinos, respondem por 20% das emissões de carbono medidas em Iperó, cidade de 28,3 mil habitantes, na região de Sorocaba. O estudo, feito pela empresa ambiental Proactiva e divulgado nesta quinta-feira, 29, indica que as atividades agropecuárias têm peso importante na emissão de gases de efeito estufa em cidades agrícolas do interior. O município é o primeiro do interior do Estado a realizar um inventário das emissões de carbono. A cidade tem cerca de 5 mil bovinos e 240 mil aves em criações.

Os gases emitidos pelas atividades agropecuárias representam 26% de todas as emissões, perdendo apenas para aquelas decorrentes do consumo de combustíveis, como o dióxido de carbono (CO2) expelido pela frota de veículos, que responde por 37%. Somado ao impacto do consumo elétrico, o item energia passa a responder por 56% das emissões. O mapeamento dos gases incluiu ainda outros usos da terra, como o cultivo da cana-de-açúcar, e os resíduos domésticos. A gestão dos resíduos sólidos urbanos e o tratamento dos efluentes líquidos geram 17% das emissões.

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No total, gerou-se o equivalente a 28,3 mil toneladas de gases em 2011, ano base do levantamento - uma tonelada por habitante. O estudo, feito conforme parâmetros internacionais e doado à cidade pela Proactiva, que mantém um aterro sanitário no município, será a base para um plano de ação visando à redução das emissões, segundo o prefeito Vanderlei Polizeli (PSDB). "Vamos definir medidas que reduzam a emissão de gases, como o plantio de árvores, o uso de painéis solares no sistema público e a coleta seletiva." Segundo ele, o plano de ação será feito até o fim deste ano para entrar em prática a partir de janeiro de 2014.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, avalia que considera bastante razoável exigir das montadoras instaladas no Brasil o mesmo índice de eficiência energética praticado hoje na Europa. O governo, por meio da regulamentação do novo regime automotivo que entra em vigor em 2013, quer exigir emissões de no máximo 135 gramas de CO2 por quilômetro rodado. No entanto, as montadoras resistem e querem mais tempo para atingir a meta. "Sempre vão querer mais prazos, em situação mais confortáveis, mas nós estamos trabalhando no interesse público", disse Pimentel após solenidade para lançamento do Programa de Investimentos em Logística.

"Queremos alcançar os índices de eficiência energética em 2017, índices que as mesmas montadoras que estão no Brasil praticam na Europa hoje. Queremos que até 2017 elas alcancem este índice. Acho que é muito razoável", disse.

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O cumprimento do índice de eficiência energética é uma das exigências para que as empresas consigam uma redução na alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). As emissões e a eficiência energética são os pontos em aberto na negociação com o governo para definir a regulamentação do novo regime automotivo, aprovado na semana passada pelo Congresso Nacional.

Para as empresas, o limite de emissão deve ser menos rigoroso, já que os carros brasileiros usam combustíveis diferentes, como o etanol e a própria gasolina com mistura de etanol. Na Europa, boa parte da frota usa diesel.

As condições atuais do mercado são favoráveis para uma captação na moeda brasileira pelo governo e emissores corporativos sem risco. O apetite por risco melhorou de modo geral, a volatilidade da moeda brasileira diminuiu e há uma direção para a taxa de juro brasileira, afirmou uma fonte de um banco estrangeiro que já coordenou mais de uma captação externa para o Tesouro em reais. "Os investidores estão mais confortáveis agora", disse.

Além disso, conforme acrescenta uma outra fonte, o fluxo de investimento para os fundos de bônus em moedas locais tem subido constantemente, o que também sinaliza que as condições para as emissões em reais são mais adequadas hoje do que no segundo semestre do ano passado. Mesmo assim, pondera, esse mercado está aberto aos emissores que já o testaram antes e que têm grau de investimento.

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O governo brasileiro voltou a sinalizar que está próximo de colocar no mercado externo uma emissão de bônus em reais, corroborando informações que circulam no mercado de que tal operação acontecerá até o final do mês. Em entrevista concedida na semana passada, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, afirmou que uma captação externa na moeda brasileira deverá ocorrer nas próximas semanas.

Desde o começo do ano o governo brasileiro estuda esse mercado e esta não é a primeira vez que declara a intenção de emplacar emissão externa na moeda brasileira. Segundo antecipou a Agência Estado a partir de Londres e Brasília, o montante da operação seria de R$ 1 bilhão a R$ 2 bilhões e o vencimento em 10 anos, para criar uma referência de preço de bônus em reais nesse prazo para emissões na moeda de empresas brasileiras. Mas a operação ainda não teria saído porque o governo não vinha conseguindo apurar demanda para bônus em reais, um mercado de pouca liquidez e risco cambial ao investidor.

No segmento corporativo, a emissão em reais mais recente foi a da Brasil Telecom, em 8 de setembro do ano passado, quando a empresa captou R$ 1,1 bilhão. Apesar do sucesso da operação, que atraiu demanda de R$ 2,1 bilhões, os bônus da empresa entraram em espiral de baixa pouco depois da colocação, por conta, na ocasião, do agravamento da crise grega/europeia e à subsequente volatilidade nas moedas emergentes. Atualmente, os papéis da companhia que foram emitidos a 99,516% do valor de face, e chegaram a ser negociados a 91%, saem a 100,50% no mercado secundário.

Em 2011, o total de emissões feitas por companhias brasileiras em reais foi de R$ 3,3 bilhões, superando o R$ 1,250 bilhão de 2010. Em 2005, as empresas captaram R$ 2,760 bilhões no exterior e em 2004, quando foram feitas as primeiras emissões em reais, levantaram R$ 1,035 bilhão na moeda brasileira.

Já o governo fez sua última captação em reais em outubro de 2010, quando reabriu uma emissão com vencimento em 2028, colocando mais R$ 1,1 bilhão desses papéis. Esse bônus foi originalmente emitido em fevereiro de 2007, com o lançamento de R$ 1,1 bilhão desses papéis. No mesmo ano, o Tesouro reabriu essa emissão três vezes.

O governo brasileiro possui outros dois bonds em reais, com vencimento em 2016, lançado em setembro de 2005, quando emitiu R$ 3,4 bilhões. Em setembro de 2009, o Tesouro emitiu R$ 1,6 bilhão em bônus com vencimento em 2022 e reabriu a emissão duas vezes, em outubro e dezembro de 2006.

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