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Um número recorde de usinas deve continuar moendo cana-de-açúcar durante a entressafra, de acordo com Antonio de Pádua Rodrigues, diretor técnico da União da Indústria da Cana-de-açúcar (Unica). A estimativa é que cerca de 45 usinas do Centro-Sul do País, maior região produtora, deverão prosseguir com a moagem. "Se o clima permitir, essas usinas deverão se manter em operação entre janeiro e fevereiro", disse Pádua. Muitas dessas unidades precisam continuar operando para gerar caixa.

Tradicionalmente, as usinas sucroalcooleiras processam a cana de abril a dezembro. A próxima safra, a 2016/17, deverá ter seu início antecipado para março. A expectativa é de que a produção de cana na região Centro-Sul atinja 650 milhões de toneladas. Mas, desse total, cerca de 40 milhões de toneladas deixarão de ser colhidas. Esse volume de cana "em pé", contudo, não deverá ser aproveitado na próxima safra.

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O maior volume de cana abandonado nos canaviais foi em 2009, quando cerca de 60 milhões de toneladas deixaram de ser colhidas, lembrou Pádua.

O clima chuvoso tem ajudado a atual safra de cana no Centro-Sul, mas como boa parte dos canaviais não está sendo renovada, a produtividade da matéria-prima tem caído, de acordo com a Unica. A cada ano, as usinas têm de renovar cerca de 20% de sua área, mas, com a crise pela qual as usinas passam, essa manutenção tem sido deixada de lado.

Nordeste - Já a região Nordeste deverá registrar uma quebra de cerca de 10 milhões de toneladas. A colheita nessa região está prevista em cerca de 50 milhões de toneladas. Pernambuco e Alagoas são os maiores Estados produtores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

De volta ao Brasil após passagem pela China, onde está investindo em escolinhas de futebol que levam o seu nome, Ronaldo marcou presença nesta quarta-feira em um evento em São Paulo, onde foi o centro das atenções como embaixador do PokerStars, maior site de pôquer online do mundo, e ajudou a promover o primeiro dia do BSOP Millions, a final do Circuito Brasileiro desta modalidade. Mas, como não poderia ser diferente, o ex-atacante não escapou de falar de futebol, no qual se consagrou como um dos maiores goleadores da história.

Aposentado dos gramados desde 2011 e hoje, entre muitas atividades, atuando como investidor no Fort Lauderdale Strikers, clube de uma liga secundária do futebol dos Estados Unidos, o Fenômeno concedeu uma breve entrevista exclusiva à Agência Estado nesta quarta-feira, quando admitiu que hoje a seleção brasileira vive "um momento difícil" e uma entressafra de goleadores, o que a torna consequentemente muito dependente de Neymar.

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"Acho que em termos de craque estamos muito bem representados pelo Neymar, mas, quanto aos jogadores que fazem gol, até pela posição dentro de campo, a seleção brasileira encontrou e está encontrando muita dificuldade para ter um (camisa) 9, um centroavante que se firme, para ser titular da seleção brasileira, entregando gols e resultados. É um momento difícil. Os treinadores que passaram (pelo comando da seleção) nestes últimos anos tentaram, tiveram muitas opções, mas muito pouco foi aproveitado até agora", afirmou Ronaldo.

E o campeão mundial nas Copas de 1994 e 2002 foi além ao ser questionado pela reportagem sobre como vê a condição atual da seleção, assim como reconheceu que o Brasil seria um azarão diante dos principais favoritos ao título se a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, acontecesse agora. "Acho que isso é muito evidente para todos: 'Tem pouquíssimos torcedores otimistas com a participação da seleção brasileira nas próximas competições'. Vimos que os resultados recentes que tivemos foram frustrantes demais, e até na última Copa do Mundo nós perdemos de maneira vergonhosa. Temos de melhorar muito para a seleção voltar a ser o que sempre representou lá fora".

Já ao falar sobre quais jogadores brasileiros hoje ele gostaria de contar em seu time nos Estados Unidos, Ronaldo citou dois ídolos do atual elenco do Corinthians, mas exibiu humildade ao tratar isso como um sonho irreal hoje, tendo em vista as condições financeiras modestas do clube norte-americano. "Levaria Elias, Renato Augusto..., tem vários jogadores que eu levaria, mas a gente não tem dinheiro para isso lá não", afirmou o astro, antes de soltar uma gargalhada ao achar graça da própria sinceridade.

Os preços agrícolas no mercado doméstico dispararam nos últimos 60 dias em consequência da combinação das pressões decorrentes da desvalorização cambial e da entressafra. No período, o preço em real da saca de 60 quilos de soja aumentou 14,8% e a do milho, também com 60 quilos, 18,8%. Os dados fazem parte de levantamento realizado por Fábio Silveira e Lucas Alvarenga, analistas da GO Associados.

Na esteira do aumento nos preços da soja e do milho, ingredientes intensivos na fabricação da ração para alimentação animal, o preço interno pago pelo quilo de frango abatido foi majorado em 11,1%. A desvalorização cambial e a entressafra também refletiram nos últimos dois meses no aumento de 44,8% no preço da saca de 50 quilos de açúcar e de 31,4% no litro do etanol hidratado.

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Tal combinação, segundo Silveira, terá duas implicações. Trará algum alívio nos custos de produção e melhora da margem dos produtores, mas exercerá mais pressão sobre a inflação. "Trata-se de uma combinação explosiva", disse em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. Para ele, não resta mais dúvida agora de que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) vai encerrar o ano acima de 10%.

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A desvalorização cambial, iniciada em julho, está sendo repassada para os preços dos produtos agrícolas comercializáveis, que são influenciados pelos movimentos do dólar pela relação que têm com o mercado internacional. Silveira ressalta que a soja está com o preço estável em Chicago, mas sobe internamente por causa do ajuste do câmbio. "Mas mesmo produtos que não são intensivamente exportáveis, como o milho, por exemplo, acabam sendo influenciados", lembra Silveira.

A avaliação do analista do GO Associados é de que para o setor do agronegócio - que, como a economia brasileira, passa por um período de ajustes - a desvalorização cambial proporcionará uma rentabilidade maior no começo do próximo ano. De 40% a 50% da atividade do setor está relacionada à taxa de câmbio.

O setor sucroalcooleiro, de acordo com Silveira, não vai resolver de vez seus problemas de endividamento, mas deve melhorar a sua rentabilidade, na margem. A tendência é de que os preços agrícolas continuem subindo uma vez que o ajuste cambial ainda não se completou e que a entressafra de alguns produtos termina só mais para o fim deste ano e começo de 2016.

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