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Uma tentativa de homicídio foi registrada na manhã desta quarta-feira (7) na Zona Norte do Recife. Um homem foi preso em flagrante enquanto corria pela avenida Dezessete de Agosto, em Casa Forte. No momento da ocorrência, o delegado Paulo Berenguer passava pelo local quando deteve o suspeito, com uma faca na mão e com manchas de sangue pela roupa.

Segundo a Polícia Civil, a ocorrência ainda está em curso e o delegado aguarda a perícia no local. Informações preliminares dão conta de que o homem teria atentado contra a ex-namorada e acabou por ferir o atual companheiro da mulher. A vítima foi socorrida, em estado grave, para o Hospital Santa Joana. 

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O homem, ainda não identificado, foi encaminhado à delegacia de Casa Amarela. O delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Charles Gutierrez, acompanhará o caso. 

Depois de se negar a pagar a passagem, o passageiro Edson Gonçalves Siqueira, de 31 anos, agrediu a facadas um cobrador de ônibus no interior do Terminal Cecap, em Jundiaí, interior de São Paulo, no final da tarde desta quarta-feira (30).

O rapaz, de 21 anos, levou três golpes no abdome e foi levado para o Hospital São Vicente de Paulo, na mesma cidade. Na manhã desta quinta-feira (1º) ele permanecia internado.

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Siqueira desceu do ônibus pulando a catraca, e o cobrador foi atrás. Após rápida discussão, o passageiro sacou a faca e o golpeou. Revoltados, outros usuários do transporte coletivo partiram para cima do agressor.

Policiais militares que patrulhavam a via ao lado do terminal viram o tumulto e chegaram a tempo de salvar o homem do linchamento. Com ferimentos leves, Siqueira também foi levado ao hospital, antes de ser autuado em flagrante por tentativa de homicídio. Ele está preso no centro de triagem da Polícia Civil em Campo Limpo Paulista, no interior.

Os três adolescentes suspeitos da morte do médico Jaime Gold voltaram ao Fórum Regional da Leopoldina, em Olaria, na zona norte do Rio, nesta quarta-feira, 17, para a continuação da audiência sobre o caso. Desta vez, entretanto, eles não foram ouvidos: a palavra cabe às testemunhas de acusação e de defesa e aos representantes do Ministério Público.

A audiência só começou às 15h45, com duas horas e quarenta e cinco minutos de atraso por conta da greve de agentes do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase). Faltaram agentes para escoltar os jovens entre as salas de espera e de audiência.

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Ao todo, 12 testemunhas foram arroladas para depor na audiência, presidida pela juíza Michelle Gouvêa. Entre as seis de acusação estão a delegada Patrícia Aguiar, da Delegacia de Homicídios, o frentista que presenciou o crime e quatro policiais civis da área de inteligência.

Já a defesa dos jovens convocou a delegada titular da 14ª DP, Monique Vidal, que não compareceu, o advogado Rodrigo Mondego, que defendeu por um dia o segundo adolescente apreendido, e moradores da comunidade de Manguinhos, onde morava o primeiro suspeito de 16 anos apreendido. O subsecretário de Proteção Social Especial do município do Rio, Rodrigo Abel, compareceu ao fórum para prestar depoimento, mas foi dispensado pelos advogados do primeiro adolescente apreendido.

O advogado Rodrigo Mondego afirmou ter reproduzido em depoimento suas acusações sobre a ação da polícia na apreensão do segundo jovem, de 15 anos. "Não pude entrar no carro da polícia com ele. Não era uma apreensão em flagrante", argumenta. Ele diz que foi impedido de orientar seu então cliente ao chegar à delegacia, e que ele mencionou dois nomes diferentes ao ser confrontado com a foto do primeiro adolescente apreendido.

Os promotores Luciana Benisti e Renato Lisboa são os responsáveis pela acusação dos adolescentes e podem solicitar a realização de novas diligências em busca de mais provas contra algum deles.

Os jovens foram ouvidos pela primeira vez em audiência de apresentação no mesmo fórum no dia 8 de junho. A partir deste dia, os advogados dos três tiveram três dias para entregar à Justiça a defesa dos jovens por escrito. O processo tramita em segredo de Justiça.

Todos os suspeitos, a pedido do MP, estão sob os cuidados do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase). Em depoimento na audiência do dia 8 de junho, os dois últimos adolescentes apreendidos inocentaram o primeiro, de 16 anos. Os advogados de defesa dele, Alberto Júnior e Djefferson Amadeus, impetraram um habeas corpus em favor do jovem, negado pela desembargadora Denise Vaccari, da 5ª Câmara Criminal.

O repositor de mercadorias Gustavo Alves, de 35 anos, morreu na tarde desta quarta-feira, 17, após ser atacado a facadas durante um assalto na Favela do Cardim, em Del Castilho, na zona norte do Rio, segundo o 3º Batalhão da Polícia Militar do Rio (Méier).

Segundo a PM, Gustavo caminhava por um viaduto da Linha Amarela quando foi abordado pelo assaltante. Ele morreu na hora. O bandido fugiu levando o celular e R$ 20 da vítima. A Delegacia de Homicídios da capital busca câmeras que possam ter flagrado o momento do provável latrocínio (roubo seguido de morte), mas até o início da noite desta quarta-feira não havia avançado na investigação.

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Lagoa

Na noite de 19 de maio o médico Jaime Gold, de 56 anos, foi atacado enquanto passeava de bicicleta pela ciclovia ao redor da Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul, e morreu após ser esfaqueado. O caso gerou repercussão nacional. Três adolescentes foram apreendidos sob acusação de praticar o crime.

Um adolescente apreendido na tarde desta quarta-feira (27), em Vilar dos Teles, distrito de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, admitiu ter esfaqueado o médico Jaime Gold, de 56 anos, em 19 de maio, na Lagoa Rodrigo de Freitas, zona sul do Rio, segundo a Polícia Civil do Rio.

O médico estava de bicicleta e foi alvo de um assalto. Socorrido, morreu horas mais tarde. Dois dias depois, a Divisão de Homicídios do Rio apreendeu um adolescente de 16 anos que foi acusado pelo crime. Esse adolescente negou, mas continua em um abrigo do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase).

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O menor detido hoje mora com o pai e os irmãos na favela do Jacaré, na zona norte do Rio, e na última segunda-feira contou à mãe sobre o episódio ocorrido na Lagoa. Na manhã de hoje, o padrasto e uma avó do adolescente procuraram uma entidade assistencial para intermediar a entrega dele à Polícia Civil.

A delegada Patrícia Aguiar, da Divisão de Homicídios do Rio, foi até Vilar dos Teles e conduziu o adolescente até a sede da especializada, na Barra da Tijuca, zona oeste, onde, em depoimento, ele admitiu o crime, segundo a polícia.

O adolescente apreendido sob acusação de ter assaltado e esfaqueado o médico Jaime Gold, de 56 anos, quando ele passeava de bicicleta ao redor da Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul do Rio, em 19 de maio, negou mais uma vez ter cometido o crime. Ele prestou depoimento nesta quarta-feira (27) à 2ª Vara da Infância e da Juventude, que promoveu audiência sobre o caso no Fórum Regional da Leopoldina, em Olaria, na zona norte do Rio.

Nos próximos dias devem ser ouvidas testemunhas de defesa e no dia 17 de junho será a vez de testemunhas do esfaqueamento e policiais que investigaram o caso. Nesse dia deve ser emitida a sentença, e o adolescente, que desde o dia 21 está internado provisoriamente em um abrigo do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase), pode ter uma eventual punição definida. Segundo o advogado do adolescente, Alberto Júnior, ele estava em casa na noite em que o médico foi esfaqueado.

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O adolescente de 16 anos acusado pela morte do médico Jaime Gold, esfaqueado na ciclovia da Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul do Rio, na semana passada, prestou depoimento na tarde desta segunda-feira (25) à promotora Luciana Beniste e voltou a negar participação no crime.

A mãe do adolescente deixou o Fórum de Olaria, na zona norte, chorando, e não falou com os repórteres. De acordo o advogada do suspeito, Caroline Bispo, ele está apreendido por descumprir medida socioeducativa. O adolescente cumpria pena de semiliberdade em fevereiro, quando deixou a instituição e não voltou mais.

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No fim da tarde desta segunda, a Justiça deve decidir se ele ficará internado também sob acusação de ter matado o médico. Se não houver provas suficientes no inquérito, ele será liberado. "Esse caso vai trazer muita discussão. Nós teremos que discutir se queremos um Estado Democrático de Direito ou um Estado autoritário", disse outro advogado do jovem, Djeferson Amadeus.

As facadas desferidas por assaltantes que mataram o médico Jaime Gold, esfaqueado no dia 19 deste mês na Lagoa Rodrigo de Freitas, atingiram o pulmão esquerdo e até o rim esquerdo da vítima. Um dos golpes - a polícia afirma que foram quatro facadas - rasgou uma axila da vítima.

As informações constam no laudo de necropsia, recebido pela Delegacia de Homicídios (DH) na última semana. No documento, consta que o médico morreu por causa de hemorragia interna decorrente das perfurações.

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Na ocasião, Gold chegou a ser levado para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, e passar por cirurgia, mas não resistiu e morreu na madrugada do dia 20. Os golpes de faca, além da axila, acertaram o tórax e o abdômen do médico.

Investigações

De acordo com o delegado titular da unidade especializada, Rivaldo Barbosa, os dois assaltantes que levaram a bicicleta do médico não chegaram sequer a abordá-lo e não deram chance de defesa à vítima. Um dos adolescentes, de 16 anos, suspeito de participar do crime foi apreendido na última quinta-feira, 21.

"Ele e o outro (suspeito) não deram qualquer oportunidade de defesa. Quando o médico caiu, eles continuaram a esfaqueá-lo", disse Barbosa, logo após a apreensão do menor. Nesta segunda-feira, 25, ele afirmou que a bicicleta levada do médico ainda não foi localizada.

As buscas pelo segundo suspeito prosseguem, comandadas pela delegada adjunta responsável pelo caso, Patrícia Aguiar. Até agora, a identificação do primeiro adolescente está baseada apenas no reconhecimento de uma única testemunha, que presenciou o crime. Ainda assim, os investigadores da DH estão certos de que um dos assaltantes era o rapaz apreendido. Em conversa informal com policiais, ele teria admitido praticar assaltos na região usando facas para roubar bicicletas.

Após buscas na última sexta-feira, 22, nas proximidades da Curva do Calombo, região da Lagoa onde Gold foi roubado e esfaqueado, policiais acharam vídeos de câmeras que mostravam os dois autores do crime em uma única bicicleta, mas as imagens estão "distantes" e pouco nítidas.

Ainda assim, de acordo com a equipe que investiga o caso, o tipo físico e a cor da pele são condizentes com a do menor de idade apreendido na quinta-feira. Na sexta-feira, 22, uma outra vítima de roubo de bicicleta, um fotógrafo de 36 anos que teve o objeto roubado por dois jovens no Aterro do Flamengo, também na zona sul, reconheceu por foto o adolescente suspeito de ter matado Gold como um dos assaltantes.

Os investigadores consideram que esse depoimento reforça os indícios contra o adolescente apreendido, apesar de se referir a um caso distinto, ocorrido no dia 30 de abril deste ano. No total, o jovem, que começou a cometer crimes aos 12 anos também em um assalto na Lagoa, em 2010, tem 15 anotações criminais.

 

 

#ET

Mais um assalto com arma branca foi registrado no Rio. A vítima o compositor Josué Naval, de 55 anos, ferido a faca na manhã desta domingo (24) após um assalto dentro de um ônibus municipal, no Centro da cidade, que fazia a linha Marechal Hermes - Castelo, na altura da Catedral Metropolitana. Com isso sobe para nove o número de vítimas de ataques a faca no Rio apenas na última semana.

Segundo o relato prestado à 5ª Delegacia da Polícia Civil, onde a ocorrência foi registrada, o compositor ficou ferido após uma luta com o assaltante dentro do ônibus. A vítima foi atingida no braço e encaminhada para o hospital municipal Souza Aguiar, também no Centro. O assaltante foi detido por policiais militares no local.

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O Rio enfrenta uma onda de assaltos com arma branca. Na sexta-feira, 22, uma turista chilena foi esfaqueada no pescoço também após ser assaltada, no bairro da Glória. Na terça-feira (19), um médico foi morto na Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul. O caso foi lembrado nesta manhã em protesto de ciclistas.

A turista chilena Izidora Ribas Carmona, de 32 anos, esfaqueada no pescoço durante um assalto na Praça Paris, na Glória, zona sul do Rio, na manhã desta sexta-feira (22) já recebeu alta. Com um curativo no lado esquerdo do pescoço, Izidora seguiu para a Delegacia de Atendimento ao Turista, no Leblon, zona sul, onde prestará depoimento.

Ao chegar, a chilena contou que foi abordada pelo assaltante quando tomava sol no jardim da praça, ouvindo música e usando um aparelho leitor de livros digitais com seu cachorro ao lado. Ela contou que gritou pedindo ajuda quando percebeu que ia ser assaltada e foi ameaçada. O assaltante disse que ela seria morta se voltasse a gritar. A turista pediu então ao homem que não fizesse movimentos bruscos, porque seu cachorro poderia atacá-lo. O criminoso, que teria de 20 a 25 anos, pegou então o equipamento e um pendrive. Quando ele se virou para ir embora, ela gritou novamente pedindo socorro e foi atacada com a faca.

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O assaltante se afastou do local sem correr e deixou a praça por uma fenda na grade, levando os dois aparelhos. A mochila e a bicicleta da turista foram deixadas no local. Durante o assalto, um comercial era gravado em outro ponto da praça. Dois guardas municipais estavam perto do portão acompanhando a gravação e nada fizeram para impedir o crime.

A estudante de Letras da UFRJ Camila Athayde também estava na praça e ajudou a socorrer a chilena, que está no Brasil com visto de estudante. "Não vou desistir do Rio, vou continuar aqui", disse ela ao chegar à delegacia. A turista está hospedada há dois meses em um hostel no bairro da Lapa, no centro, que fica perto da Praça Paris.

Testemunhas afirmaram que a turista chilena Izidora Ribas Carmona, esfaqueada durante assalto no Rio, teria reagido. O crime aconteceu na Praça Paris, na Glória, por volta das 11h desta sexta-feira (22). De acordo com informações do tenente Marcio Oliveira Rocha, do 2º Batalhão de Polícia Militar (Botafogo), Izidora , de 32 anos, foi ferida no pescoço e teve o tablet roubado.

A vítima foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e levada ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o corte no pescoço de Izidora não foi grave. Ela foi atendida e liberada no início da tarde com quadro de saúde estável.

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Segundo Rocha, o assaltante fugiu em direção ao bairro da Lapa, também na região central do Rio. Policiais fazem diligencias para encontrá-lo.

Esta é a quarta vítima de assaltos com facas no Rio em menos de uma semana. No domingo (17), a turista vietnamita Tran Vu Ha, de 39 anos, foi esfaqueada numa tentativa de assalto na Praça XV, perto da sede da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), no centro. Na terça (19), o médico Jaime Gold, 56 anos, foi esfaqueado na Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul, e morreu no Hospital Municipal Miguel Couto (Gávea). No dia seguinte, Lorena Tristão, 31 anos, foi ferida nas duas pernas por um assaltante em São Conrado, na zona sul.

O adolescente de 16 anos apreendido na quinta-feira (21), suspeito de ter participado da morte do médico Jaime Gold, de 56 anos, contou informalmente a policiais que costumava roubar cinco bicicletas por mês. Os modelos geralmente eram esportivos, com funcionalidades especiais. O jovem costumava praticar os roubos em Ipanema, Lebron e Lagoa, regiões nobres da zona sul do Rio de Janeiro.

Com 15 anotações criminais, sendo cinco por roubo com emprego de armas brancas, como facas e tesouras, o adolescente admitiu que utilizava esses objetos para assaltar ciclistas. Ele geralmente procurava pelos modelos Giant, modelo esportivo avaliado entre R$ 7 mil e R$ 10 mil em sites especializados, e a Burnett, uma bicicleta italiana com preço variando entre R$ 2 mil e R$ 2,5 mil.

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Nas comunidades de Manguinhos, onde o jovem vivia, e Jacarezinho, ambas na zona norte, funciona um centro de receptação de bicicletas roubadas, segundo a polícia. No esquema, agiriam pessoas de dentro e de fora dessas comunidades. As bicicletas e suas peças eram roubadas e revendidas.

Encaminhado à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente na noite de quinta-feira, após prestar depoimento na Delegacia de Homicídios, o jovem será ouvido pela primeira vez em uma Vara da Infância e da Juventude na tarde desta sexta-feira (22). Pela manhã, ele estava em um abrigo para menores.

O adolescente foi preso em casa, na comunidade de Manguinhos, na zona norte do Rio, por volta de 5h, por agentes da Delegacia de Homicídios. Ele morava com a mãe, uma catadora de lixo, em um condomínio do programa Minha Casa Minha Vida. O segundo suspeito do crime ainda não foi localizado.

A Polícia Civil afirmou que o menor de idade foi reconhecido por uma testemunha ocular do esfaqueamento.

O adolescente suspeito de esfaquear o médico Jaime Gold, de 56 anos, na noite da última terça-feira na Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul, já havia sido detido 15 vezes, antes de ser apreendido novamente nesta quinta-feira, 21. O jovem costumava praticar roubos na região de Ipanema, Leblon e Lagoa, na zona sul, segundo a Polícia Civil.

"Em conversa informal ele foi categórico em dizer que furta e rouba bicicletas na zona sul e vende para algumas pessoas da própria comunidade em Manguinhos", informou o delegado titular da Delegacia de Homicídios, Rivaldo Barbosa.

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Ele foi preso em casa, por volta de 5h, na comunidade de Manguinhos, zona norte do Rio, por agentes da Delegacia de Homicídios. Levado para a delegacia na Barra da Tijuca, o jovem está prestando depoimento em companhia da mãe e de uma irmã. O segundo suspeito de participar do crime ainda não foi localizado.

A Polícia Civil afirmou que o menor de idade foi reconhecido por testemunhas.

De acordo com Barbosa, as investigações apontam que a região funcionaria como um centro de receptação de bicicletas roubadas na zona sul da cidade. Agentes identificaram e apreenderam nove bicicletas próximas à casa do adolescente, com indícios de que tenham sido roubadas - não se sabe ainda por quem. A bicicleta do médico Jaime Gold não foi encontrada.

"Existe bicicleta ali que custa 30 mil reais, ao que parece", informou o delegado. No corredor em frente à casa do adolescente em Manguinhos, foram encontradas quatro facas, incluindo um facão, e duas tesouras. Ainda não se sabe se uma delas foi a arma utilizada no crime da última terça-feira.

O delegado afirma que o jovem foi apreendido pela primeira vez em 2010, aos 11 anos, por crime contra o patrimônio, na mesma rua onde o médico foi assassinado, a Epitácio Pessoa, na Lagoa. Depois dessa apreensão, foram mais quatorze. As últimas três passagens pela polícia, em 2014, foram todas na zona sul, nos bairros do Leblon e Ipanema, duas por roubo e uma por fato administrativo.

Depois de ouvido por um policial civil e um psicólogo, o adolescente será encaminhado a um juiz da infância e da juventude, que pode determinar a internação do menor em uma unidade socioeducativa.

Redução da maioridade

Ao falar sobre a apreensão do menor de 16 anos, suspeito de ter roubado e matado o médico Jaime Gold, de 56 anos, o delegado titular da Delegacia de Homicídios, Rivaldo Barbosa, afirmou que reduzir a maioridade penal é "abrir mão desses adolescentes".

"Se você baixar a maioridade penal, vai estar abrindo mão desses adolescentes. A gente tem que pensar em um trabalho de ressocialização", ressaltou o delegado.

Mesmo se dizendo surpreso com "a frieza e a forma covarde sem nenhum sentimento com o ser humano" que mostraram os autores do crime, o delegado destacou que o caso "supera a fase da polícia". "Há que se pensar com um pensamento social", defendeu.

Atualmente, tramita no Congresso um Projeto de Emenda Constitucional (PEC) que reduz a maioridade penal no País de 18 para 16 anos.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), foi duro nesta quinta-feira (21) ao falar sobre os suspeitos da morte do médico Jaime Gold, vítima de latrocínio na noite de terça-feira (19) na Lagoa Rodrigo de Freitas. Para o prefeito, caso seja confirmada a participação de menores no crime, eles precisam ser tratados como "delinquentes". Paes foi mais longe e afirmou que "isso não é um problema social". "O que a gente vê nesses casos é uma pessoa que sai armada de uma faca, agride, a ponto de levar essa pessoa à morte. Esse não é um criminoso que tem que ser tratado. É um delinquente que tem que ser tratado com a dureza da força policial. Não tem jeito. Isso não é um problema social", sustentou o prefeito.

Horas mais cedo, um menor de 16 anos foi apreendido pela polícia suspeito de participação no crime na Lagoa Rodrigo de Freitas. Questionado sobre isso, Paes foi direto. "Criança, menor, praticando crime é um problema de polícia, não é um problema social. O Poder Público tem a responsabilidade de acolher, mas quando você tem alguém esfaqueando a ponto de matar, isso deixa de ser um problema social e passa a ser uma ação criminosa", defendeu. "A gente precisa diferenciar o delinquente do problema social. Não se pode justificar tudo pelo problema social. Tem que ter ação contundente, e eu confio muito na reação do governador (Luiz Fernando) Pezão e do secretário (José Mariano) Beltrame nesse assunto", continuou o prefeito.

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Na avaliação de Paes, muitas vezes crimes são atenuados com a justificativa de que são praticados por menores em vulnerabilidade social, o que nem sempre é o caso. "Isso ficou claro naquele episódio que teve na Rio Branco que a TV Globo mostrou e se dizia 'ah, o menor, o problema social', e depois se viu que ele tinha 24 anos na cara e estava pela Rio Branco esfaqueando. Quando a polícia entrou acabou essa história", destacou o prefeito, lembrando do caso em que um homem sofreu facadas numa parada de ônibus. "A gente tem desafios enormes no Rio no campo social, mas isso não pode justificar tudo. Isso levou o Rio a muitos problemas no passado."

Sobre as críticas à insegurança na região da lagoa, Paes considerou que "não é um lugar mal cuidado". Ele disse que a iluminação foi trocada há cerca de dois anos, com a instalação de postes abaixo da copa das árvores e com luzes de Led.

Maioridade penal

Ao comentar a apreensão do adolescente, o delegado titular da Delegacia de Homicídios, Rivaldo Barbosa, afirmou que reduzir a maioridade penal é "abrir mão desses adolescentes". "Se você baixar a maioridade penal, vai estar abrindo mão desses adolescentes. A gente tem que pensar em um trabalho de ressocialização", ressaltou o delegado.

Mesmo se dizendo surpreso com "a frieza e a forma covarde sem nenhum sentimento com o ser humano" que demonstraram os autores do crime, o delegado destacou que o caso "supera a fase da polícia". "Há que se pensar com um pensamento social", defendeu.

Morador de Manguinhos, uma comunidade do subúrbio do Rio, o adolescente, de apenas 16 anos, já foi apreendido 15 vezes, todas entre 2010 e 2015. Atualmente, tramita na Câmara dos Deputados um Projeto de Emenda Constitucional (PEC) que reduz a maioridade penal no país de 18 para 16 anos.

A demora no atendimento ao médico Jaime Gold, de 56 anos, após ter sido esfaqueado por dois assaltantes na noite da última terça-feira (19), na Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul do Rio, pode ter sido determinante para sua morte. Um frentista de 28 anos que trabalha em um posto de combustíveis de nas proximidades da Curva do Calombo, a poucos metros de onde o médico sofreu a agressão, afirma que o socorro em ambulância demorou "de 30 a 40 minutos" e que, enquanto isso, a vítima agonizava e perdia muito sangue.

"Ficou nessa demora, e ele ficou muito tempo lá, perdendo muito sangue, gritando de dor. Eu pensava que com certeza ia vir a ambulância primeiro, mas chegaram dois bombeiros em motos. Eu achei o cúmulo", disse a testemunha, que pediu para não ser identificada.

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Segundo ela, os próprios funcionários do posto de gasolina ligaram para os bombeiros e, com a ajuda de uma enfermeira que abastecia o carro, arrumaram um pano limpo para estancar o sangramento de Gold.

O frentista é considerado peça-chave nas investigações da Polícia Civil, centrada na Delegacia de Homicídios. Ele viu "nitidamente" o momento em que Gold foi esfaqueado, e percebeu que ele já vinha sendo perseguido por "dois rapazes franzinos" por alguns metros.

O rapaz trabalha há um ano no mesmo posto de gasolina. Neste período, conta já ter visto diversos assaltos, muitos deles a mão armada.

"Eles agiram com muita frieza, nem abordaram ele. Já chegaram furando ele. Eles não o escoraram, não pediram a bicicleta. Aí automaticamente ele caiu", lembrou. Como a vítima estava gritando muito, pensei que ele estava avisando que foi roubado, mas não, ele estava era ferido, muito ferido. Ele estava segurando as vísceras. Eu nunca vi um assalto com tanta frieza. Eles atacaram".

De acordo com o frentista, os assaltantes costumam agir durante a troca de guarda dos policiais da área, quando um carro da Polícia Militar sai para dar lugar a outro, com agentes que trabalharão no turno seguinte. "Para mim, esse é o local mais deserto que existe na Lagoa. Muitas vezes, não tem policiamento nenhum".

Segundo ele, os assaltos que costuma testemunhar são praticados de bicicleta ou de moto, para facilitar a fuga dos criminosos. Ele relatou também nunca ter visto os dois jovens que atacaram o médico na terça-feira e afirmou que usavam "uma bicicleta moderna", jamais vista em nenhum outro roubo na região.

A Curva do Calombo é um dos melhores pontos de observação da árvore de natal da Lagoa Rodrigo de Freitas, instalada anualmente na época das festas e considerada um dos principais pontos turísticos do Rio. O frentista afirmou que essa costuma também ser uma época de assaltos, quando os bandidos aproveitam para roubar celulares e câmeras de turistas. No ano passado, ele lembrou, um homem armado com uma pistola levou vários celulares "do pessoal tirando foto da árvore".

A Polícia Civil do Rio de Janeiro apreendeu, na manhã desta quinta-feira, 21, um adolescente de 16 anos suspeito de ter esfaqueado o médico Jaime Gold, de 56 anos, na noite da última terça-feira, 19, na Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul do Rio de Janeiro.

O suspeito foi preso em Manguinhos, na zona norte, por agentes da Delegacia de Homicídios e levado para a unidade, na Barra da Tijuca, na zona oeste, onde será ouvido. O menor já tinha sido apreendido 15 vezes pela polícia, por tráfico de drogas, furto e roubo - cinco delas foram por conduta criminosa com uso de arma branca.

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De acordo com testemunhas, a ação que terminou com a morte de Gold teve participação de dois rapazes, que agiram de bicicleta e atacaram o médico na altura do trecho conhecido como Curva do Calombo, na Lagoa. O segundo suspeito ainda não foi localizado.

Velório

Parentes e amigos do cardiologista participam do velório na manhã desta quinta-feira no Cemitério Israelita do Caju, na zona norte. A cerimônia é reservada. A ex-mulher e os dois filhos do médico chegaram por volta das 8h40, sem dar declarações. O sepultamento está previsto para as 11 horas.

Menos de 24 horas após o ataque a facadas que causou a morte do médico Jaime Gold na Lagoa, na zona sul do Rio, uma mulher de 31 anos foi esfaqueada durante uma tentativa de assalto em São Conrado, também na zona sul. Atingida nas duas pernas, Lorena Tristão, que é formada em Relações Internacionais, sofreu ferimentos superficiais e está bem, em casa.

A mulher atravessava a pé uma passagem subterrânea em frente ao Golf Club quando foi abordada por um assaltante. Após desferir a facada, que atingiu a vítima de raspão, ele fugiu sem levar nada.

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A vítima foi sozinha, de táxi, para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Botafogo, na mesma região, mas o posto médico estava lotado e ela não aguardou atendimento - decidiu ir para casa e anunciou que está bem.

A Polícia Militar informou que foi acionada para atender essa ocorrência, mas quando chegou ao local não encontrou a vítima.

O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, classificou como "inadmissível" a morte do cardiologista Jaime Gold, de 57 anos, depois de ser assaltado, quando andava de bicicleta na noite desta terça-feira (19).

"É inadmissível o que aconteceu ontem na Lagoa Rodrigues de Freitas, um lugar querido por todos os cariocas, frequentado pela população do Rio de Janeiro e pela população estrangeira, pelos turistas que vêm ao Rio de Janeiro. Não podem acontecer e se repetir cenas dessa natureza", afirmou Beltrame, em pronunciamento divulgado no Twitter da Secretaria.

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Ele continuou: "Um lugar como a Lagoa Rodrigo de Freitas não pode de maneira nenhuma ser alvo desse tipo de atitude porque é local em que todos nós frequentamos, gostamos de ir, gostamos de frequentar, é um cartão postal. Nós não podemos admitir de maneira nenhuma que ações dessa natureza aconteça".

Beltrame disse que o novo comandante do 23º Batalhão da Polícia Militar (Leblon), tenente-coronel Joseli Cândido da Silva, assume com a missão de "reposicionar" todo o policiamento, com cavalaria, bicicletas. "O atual comando assume com essa primeira missão que é a proteção total da Lagoa Rodrigo de Freitas".

A saída do tenente-coronel Jorge Luiz Ferraz Eduardo, que estava à frente do Batalhão do Leblon desde novembro, foi anunciada sexta-feira, 15.

O pronunciamento de Beltrame provocou reações nas redes sociais. "15 pessoas foram mortas nos últimos dias na Cidade Maravilhosa, a grande maioria longe de cartões-postais. Socorro, não moro na Lagoa!", escreveu um internauta.

O residente em neurocirurgia Roberto Oberg, de 33 anos, foi quem prestou os primeiros socorros ao médico Jaime Gold, esfaqueado num assalto na Lagoa Rodrigo de Freitas, na noite desta terça-feira, 19. Oberg contou que estava correndo havia 20 minutos quando encontrou Gold bastante ensanguentado, apoiado em um arbusto, enquanto pessoas à volta dele pediam socorro e chamavam a polícia.

"Estava correndo próximo ao Clube de Remo do Botafogo e vi umas senhoras berrando, levantando os braços. Quando cheguei mais perto, vi uma pessoa apoiada no arbusto. E via a cena de sangue escorrendo no chão. Me identifiquei como médico. Ele disse que também era médico e que foi vítima de assalto", contou o residente, em entrevista à Rádio CBN.

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Oberg disse que deitou Gold no chão e tentou estancar o sangue. O médico foi perdendo a consciência. "Ele tinha ferimento na axila e o principal era no abdômen, do lado esquerdo, de onde saía uma víscera que não foi possível identificar. Só deu para tentar estancar o sangue e chamar ajuda", contou. Logo depois, os bombeiros chegaram e assumiram o atendimento. De acordo com o residente, o clima na Lagoa era de desespero. "Algumas pessoas gritavam, outras pediam socorro. Chamavam a polícia."

Gold foi levado para o Hospital Miguel Couto, na Gávea, também na zona sul, onde foi submetido a cirurgia, mas não resistiu.

Suspeitos

Dois adolescentes, aparentando ter por volta de 16 anos, são os suspeitos do crime. Um frentista de um posto de gasolina da região que presenciou o crime prestou depoimento à Polícia Civil e afirmou que os assaltantes estavam de bicicleta e fugiram em direção ao túnel Rebouças, que liga a zona sul à zona norte da cidade.

Os dois nem chegaram a render o homem para roubá-lo: de pronto, esfaquearam a vítima utilizando uma "faca enorme", na descrição da testemunha, e depois roubaram o celular do médico. Os investigadores da Polícia Civil acreditam que os dois tenham vindo de comunidades da zona sul, já que chegaram e fugiram de bicicleta, um indicativo de que não iriam para longe.

A Polícia Civil tenta agora localizar imagens de câmeras de segurança do local do crime, que ocorreu por volta de 19h na esquina entre a Avenida Epitácio Pessoa e Rua Tabatinguera, e também o código IMEI do celular da vítima, que pode ajudar a localizar os dois adolescentes que praticaram o assalto.

A direção do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, lamentou em nota a morte de Gold, descrito como "grande profissional da unidade hospitalar", onde trabalhava havia 26 anos.

'Enxugar gelo'

Na manhã de hoje, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio (ABIH-RJ) e do Rio Convention & Visitors Bureau (Rio CVB), Alfredo Lopes, divulgou uma nota de pesar pela morte do cardiologista, destacou o prejuízo ao turismo causado pela violência e disse que turistas estrangeiros voltaram a ser alertados pelos consulados sobre a falta de segurança na cidade.

Também pediu mudança na legislação a fim de dificultar a liberação de pessoas detidas pela polícia.

"Lamentavelmente, a violência voltou a fazer parte da nossa rotina. Voltamos à fase de alertas aos visitantes e episódios envolvendo os consulados, tendo a falta de segurança como foco", disse Lopes, que citou casos recentes de moradores e turistas atingidos por facadas.

Ele disse esperar obviamente pulso firme das autoridades de segurança. "O que vemos é um trabalho de 'enxugar gelo' na detenção de delinquentes que precisam ser liberados porque a polícia não tem respaldo jurídico para mantê-los detidos. É uma covardia continuarmos cobrando da polícia, estrutura do Poder Executivo, uma reação que não conta com o devido apoio dos Poderes Legislativo e Judiciário", disse o presidente da ABIH.

Um ciclista foi esfaqueado durante um assalto à margem da Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul do Rio, por volta das 19 horas desta terça-feira (19). Ele foi encontrado numa área conhecida como Curva do Calombo, perto do centro náutico do Botafogo, por pedestres que o socorreram e acionaram os bombeiros. O homem, que aparenta ter entre 50 e 60 anos, estava inconsciente e, sangrando, se mantinha apoiado no tronco de uma árvore. Sua bicicleta e seus documentos foram levados. Ele permanecia com capacete e trajes de ciclista.

Encaminhado ao Hospital Miguel Couto, na Gávea (zona sul), o homem não havia sido identificado até as 22h45 desta terça. Seu estado de saúde não havia sido divulgado pela unidade de saúde. Segundo a Polícia Civil, ele recebeu três facadas no abdômen.

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A 15ª DP (Gávea), responsável por investigar o caso, vai pesquisar imagens de câmeras de prédios da vizinhança para tentar identificar os autores do roubo. Até a noite desta quarta não havia surgido nenhuma testemunha do assalto, mas houve quem relatasse ter visto dois possíveis assaltantes circulando com bicicletas e armados com facas.

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