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Até Alexandre Frota entrou na onda do stand-up comedy. Em março, o carioca, famoso pelas polêmicas com o seu jeitão de bad-boy, estreia no Recife o espetáculo “A Identidade Frota”, um misto de stand-up com reality show, em que o apresentador comenta “causos” de sua vida escolhidos pela platéia e, segundo ele, verídicos.

Uma das histórias mais famosas é sobre como teve início sua relação com a atriz Cláudia Raia, que culminou com o casamento de três anos: “Eu, Jô e Cláudia”. Em vídeo de divulgação da peça, Frota soltou um aperitivo: “Claudia tinha 15 anos quando estreou no Viva o Gordo. Pouco depois, entrei na Globo. Tomei a decisão perigosa e irreverente. Fui à gravação do Viva o Gordo e lá estava Claudia vendo o Jô gravar", continuou. "Falei: 'Vim te buscar'. Ela olhou pra mim, levantou da poltrona, estendeu a mão e veio comigo. Depois disso casamos, fizemos novelas, filme, teatro, seria o casal perfeito se não fosse por um detalhe. Jô reapareceu no meu caminho profissional e...”

Ainda há histórias engraçadas como “Eu, Xuxa e o Chuveiro’, “A Verdade entre Mim, Boni e Daniel” e “Cheirei com Cazuza”. A organização do espetáculo ainda não divulgou data, local ou valor dos ingressos.

Por Olívia de Souza

Um dos momentos mais aguardados do 18º Janeiro de Grandes Espetáculos, a exibição do elogiado Amour, Acide et Noix, do grupo canadense da Daniel Léveillé Danse (Quebec), era carregada de expectativas por parte do público, que lotou o Teatro Santa Isabel na noite de sábado (14). Parte disso foi por conta de uma particularidade do espetáculo: o fato de todos os seus dançarinos (três rapazes e uma garota) se apresentarem nus durante toda a encenação.

Ao som de Vivaldi, com inserção de ruídos da natureza e músicas contemporâneas (como o volume baixíssimo de uma música de Led Zeppelin contrastando com o som ensurdecedor do metal industrial da alemã Rammstein), a peça aborda a solidão nos tempos modernos. A ausência (e o medo) do contato físico, e a importância do toque, trazendo ternura e segurança. Num mundo cada vez mais globalizado e individualizado, conclui-se que o nu seria a única alternativa para a verdadeira leitura do corpo. E que as relações humanas são mais do que necessárias nesse âmbito. Movimentos duros, repetitivos, realizados num desleixo proposital, e a ausência de emoção e empatia, buscam traduzir um pouco esse contexto. Por vezes, tudo parece uma longa série de exercícios, onde o esforço, a respiração e o som do impacto dos corpos no chão são bem acentuados. Dessa forma, o coreógrafo Daniel Léveillé tenta transgredir à rigidez e disciplina da dança clássica, uma das características da dança contemporânea.

Passado o impacto inicial, movimentos, técnica e a excelente iluminação valorizando ainda mais os corpos esculturais dos dançarinos tomaram as atenções de grande parte do público, que passou a encarar a nudez com certa naturalidade. É fato que uma parcela, no entanto, ainda se mostrou um pouco desconfortável com a situação. Foi possível observar alguns risos constrangidos e pessoas com dificuldade de olhar para o palco.  Reações que, de certa forma, sabe-se que são esperadas da plateia. Esther Gaudette, Emmanuel Proulx, Mathieu Campeau e Justin Gionet, ao final da apresentação, abandonaram a nudez e apareceram vestidos para receber os longos e merecidos aplausos.

A peça faz parte de uma trilogia de onde também fazem parte os espetáculos: The Modesty of Icebergs e Twilight of the Oceans. O grupo realizou uma segunda apresentação no domingo, e no dia 21 deste mês, apresenta-se no Teatro Rui Limeira Real (Sesc Caruaru).

De acordo com a coordenação do XIV Festival Recife do Teatro Nacional (FRTN), a programação da grade de espetáculos descentralizados do evento sofreu algumas alterações. A apresentação da peça “Flor de Macambira” foi cancelada em função de um acidente envolvendo a atriz principal do grupo, Isadora Feitosa. O espetáculo “O encontro de Shakespeare com a cultura popular: Romeu e Julieta” foi escolhido para compor a programação. O novo espetáculo é do grupo cearense Garajal e dirigido por Mario Jorge Maninho e Diego Mesquita, com adaptação de Vitor Augusto.

A coordenação do FRTN definirá os dias, locais e horários das apresentações de acordo com a disponibilidade de trabalho do grupo teatral e em breve divulgará a programação completa.

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O festival começa Nesta quarta-feira (16) e segue até o dia 28 de novembro, com 16 espetáculos e 36 apresentações distribuídos nos teatros Hermilo Borba Filho, Santa Isabel, Apolo, Luiz Mendonça, Marco Camarotti e Barreto Júnior. O evento é uma realização da Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura do Recife e Fundação de Cultura Cidade do Recife.

Esqueça globos mortais, mágicos e números com fogo. Ao invés disso, concentre-se na força muscular, no equilíbrio e na persistência chinesa. Esses são os elementos que compõem o “Sky Mirage II”, espetáculo inédito no Recife que o Circo da China traz neste fim de semana aos palcos do Chevrolet Hall.

O espetáculo é guiado por um enredo que busca uma fusão entre a ave Phoenix e a luminosidade do sol. Dividido em dois atos, Sky Mirage II apresenta malabaristas penduradas em bambolês (fazendo um belíssimo balé nas alturas), o equilíbrio dos artistas após saltarem em cima de pedaços de bamboos e uma constante participação infantil ao longo das apresentações.

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Aliás, tanto no palco quanto na plateia: os mini-rostinhos do lado de cá ficaram vidrados durante todo o espetáculo, certamente por estarem ávidos de uma demonstração mais “natural” de diversão ou até mesmo mais humana. No palco, era possível vislumbrar a felicidade dos mini-acrobatas: ora vestidos de animais, ora tendo a oportunidade de contracenar com grandes artistas circenses, era possível ver nos olhinhos apertadinhos o orgulho em ter acertado um simples salto.

Mas o espetáculo também se vale do uso de algumas projeções tecnológicas: em um pano imenso, que cobre todo o palco, era possível visualizar imagens que ajudam a compor o enredo (servem de pano de fundo, literalmente) da relação de amor e de busca entre a Phoenix e o Sol. Uma esfera no centro do placo serve de base para um duo de balé incrível, onde o casal externa a busca um do outro através de um número de alta resistência física e equilíbrio.

Em alguns momentos, o espetáculo parte da música calma e tradicional chinesa para uma trilha ousada, estilo “anos 1980”, que remete ao universo do videogame. Em um dos números mais bonitos da apresentação, o de contorcionismo, bailarinas sobem cada uma em uma espécie de árvore, com redes verdes e azuis fluorescentes, e presenciam a contorcionista ao centro do palco interagir com essa rede. A trilha, que remete a sons da natureza, induz a pensar que estamos diante de uma floresta, e que aquela poderia ser uma borboleta tentando sair do seu casulo.

A trupe “pedala” em tambores de sol, jogos de dança são feitos com leques, bailarinos interagem em um mastro, artistas laçam cordas para si mesmos, gangorras e saltos mortais fecham a cena. Em todas as instâncias, não importasse o acerto ou erro do artista no palco, a plateia que esteve presente no Chevrlet Hall nesta sexta-feira (16) vibrava o encontro, como quem celebra antes o acontecimento em si do que o espetáculo.

Até as crianças, que compareceram em grande número, puderam perceber isso. “Achei demais as roupas e a parte das argolas, porque o mais importante é poder participar”, disse a estudante Julia Villaça, de 9 anos, sobre alguns erros dos artistas chineses no número Hoop Diving (que, literalmente, significa mergulho no aro). Este número representou a magia do que é ser um aprendiz em cena. “É como se fosse uma grande escola, tem muitas crianças e eles sempre tentam até conseguir fazer”, afirmou Julio César, também de 9 anos. E o fazem.

E ele não está errado: por essa escola já passaram grandes nomes da acrobacia chinesa, como Cai Shaowu, Bai Xiaoying, Han e Ming Zhu Anbao. Música, dança, figurino e iluminação compõem o que há de mais requintado na arte acrobática chinesa. Tudo é uma questão de concentração e de persistência.

As apresentações seguem neste sábado (17), às 21h, e no domingo (18), às 16h, no Chevrolet Hall.

Confira os preços e como adquirir ingressos para o Sky Mirage II:

Os ingressos para o espetáculo estão à venda através do site da Tickets For Fun, pelo telefone 4003-5588 e nas lojas Renner do Shopping Recife, Shopping Guararapes, Rua da Imperatriz e na bilheteria do Chevrolet Hall.

 

Cadeira setor A e B | Inteira: R$ 60, Meia: R$ 30

Cadeira VIP | Inteira: R$ 80, Meia: R$ 40

Cadeira Premium | Inteira: R$ 100, Meia: R$ 50

Camarotes | 1º andar: R$ 1 mil (10 pessoas), 2 º andar: R$ 800 (10 pessoas), 3 º andar: R$ 600 (10 pessoas)

O Chevrolet Hall fica na Avenida Governador Agamenon, em Salgadinho, Olinda.

Mais informações: 81 3427-7500

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