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De autoria do senador Flávio Arns (Podemos-PR), um projeto de lei diz que as escolas deverão compensar as faltas de alunos da educação básica que desempenham atividades desportivas ou artísticas. De acordo com a proposta, nessas situações, os estudantes deverão cumprir exercícios a distância ou em suas casas.

O PL informa que o regime especial precisa ser compatível com as possibilidades da escola onde o aluno estuda. Além disso, ele deve coincidir exatamente com as etapas de afastamento para as atividades esportivas e artísticas, seja no exterior ou até mesmo no Brasil.

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Os estudantes inclusos nesses contextos comprovarão a condição por meio de documento, cujo objetivo é indicar a convocação. Caberá ao conselho escolar deliberar em cada situação. “A obrigação legal da frequência, sem concessões, é uma injustiça, já que não se pode dispensar tratamento igual aos desiguais”, argumenta o autor da proposta, conforme informações da Agência Câmara de Notícias.

O projeto de lei está em tramitação na Câmara dos Deputados. Confira mais informações a respeito do andamento da proposta.

Com informações da Agência Câmara de Notícias

A política não é mais um problema dos outros. Ao invés do cansaço e da letargia, a crise ética que se faz interminável no universo político nacional criou um ambiente de mais participação e engajamento na sociedade. Empresários, artistas, esportistas e mesmo o cidadão comum parecem mais dispostos a seguirem um velho conselho: faça você mesmo.

Esse engajamento que, sim, passa pela política, não necessariamente está vinculado a um desdobramento partidário ou eleitoral, mas, principalmente, a formas de pressão e de ação. Essa participação tem se dado através de movimentos cívicos, ONGs e de grupos que se organizam em torno de ideias e ideais.

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Veja o emblemático caso da produtora e atriz Paula Lavigne - que tem usado o seu poder de articulação para reunir artistas em torno das mais diversas causas. Em 2017, ela criou o movimento 342 Agora - que atuou a favor da denúncia contra o presidente Michel Temer e pela preservação da Amazônia.

A produtora nega que pretenda ter uma carreira eleitoral, mas não renega a política. "Há uma grande desilusão com a classe política brasileira. Os brasileiros se sentem cada vez menos representada por eles. O 342 e outros movimentos têm debatido a proposta de realizar uma convenção aberta, democrática, popular, reunindo coletivos e indivíduos que buscam um novo momento da política. Creio que desse movimento surgirão nomes novos", disse.

O chamado para o engajamento pode vir de diversas formas. No caso da administradora de empresas Patrícia Ellen, ex-sócia da McKinsey & Company e cofundadora do movimento Agora! foi a força da própria história, de alguém que nasceu na periferia, filha de feirantes e que alcançou, entre outras coisas, um mestrado em Harvard. "Para que qualquer mudança se concretize é preciso que a gente se envolva. É preciso sair do sofá, deixar de apenas reclamar e começar a mudança", disse.

Essa é a mesma linha do empresário Eduardo Mufarej, cofundador do RenovarBr, grupo que tem se empenhado em criar condições (financeiras, inclusive) para o aparecimento do novo na política. "Estamos passando por um processo muito importante de tomada de consciência. As nossas decisões e escolhas não estão nos levando para o lugar em que gostaríamos de estar. Chegamos num ponto onde não há escolha: a construção de um país diferente exige um novo nível de engajamento e de representação."

O ano que está acabando mostrou também que as pessoas estão procurando fazer " a sua parte" dentro de suas áreas de atuação. A nadadora Joanna Maranhão, por exemplo, tem participação ativa na ONG Emancipa - onde promove aulas de natação para crianças carentes e alunos de escolas públicas. "Hoje eu entendo que essa doação, essa participação, além de ajudar o próximo, me transformou também" , diz. Joanna filiou-se ao PSOL, mas não pretende se candidatar a nenhum cargo.

Outro exemplo é o chef de cozinha Alex Atala. Sem nenhuma pretensão política-eleitoral, Atala tem atuado em causas socioambientais. "Temos uma questão pungente: como alimentar 8 bilhões de pessoas?", alerta Atala. O chef criou o instituto Ata para fomentar a discussão e projetos voltados para a sustentabilidade, mas nega qualquer hipótese de se transformar em um político. "A minha grande vocação é ser cozinheiro. Foi por meio da cozinha que eu consegui realizar boas ações socioambientais".

Também com engajamento ambiental destaca-se o ator Marcos Palmeira, que atua na ONG Uma Gota no Oceano e tem proximidade da Rede e de sua fundadora Marina Silva. "A gente ainda está procurando um político que diga o que nós devemos fazer. Precisamos abrir a cabeça e quebrar essa polarização", disse.

Ligado à Frente Favela Brasil, movimento que pretende lançar candidatos na próxima eleição através de partidos já constituídos, Rappin Hood diz que o hip hop sempre foi engajado e que, talvez, agora seja a hora de fazer política de forma mais efetiva ainda. "As pessoas precisam se reconhecer nos seus representantes. Uma renovação é isso. O eleitor saber que um semelhante seu está lá trabalhando pelo bem comum." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A única pista oficial de atletismo de Pernambuco vai receber um piso novo. Mas essa não será a única novidade das reformas que serão feitas no Centro Esportivo Santos Dumont, em Boa Viagem. A intenção da Secretaria de Esportes do Governo do Estado é tornar o local em um centro de referência para atletas visando as olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro.

A única pista oficial de atletismo de Pernambuco vai receber um piso novo. Mas essa não será a única novidade das reformas que serão feitas no Centro Esportivo Santos Dumont, em Boa Viagem. A intenção da Secretaria de Esportes do Governo do Estado é tornar o local em um centro de referência para atletas visando as olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro.

Para ser realizada a reforma uma série de trâmites burocráticos precisou ser feito. O primeiro era comprovar que o terreno era do governo. A área foi cedida ao Estado pela Aeronáutica em 1975. Porém não havia sido feito nenhum documento sobre a doação do espaço. Com isso, oficialmente, o Santos Dumont não pertencia ao Estado. A comprovação foi feita em 2008, para que fossem obtidos recursos para a reforma, que teriam que ser repassados pela Caixa Econômica Federal.

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O anúncio das obras foi feito ainda em 2007. Na ocasião, foi firmada uma parceria entre os governos Federal e Estadual, onde R$ 1 milhão foi liberado pelo Ministério dos Esportes e mais R$ 200 mil pelo Estado.

Com esse dinheiro foram restauradas a piscina, o dojô e o passeio, que os moradores dos arredores do Santos Dumont utilizam como pista de cooper.

Apesar dessas intervenções, o governo do estado publicou em julho deste ano o edital de licitação para a primeira etapa da reforma, onde será recuperada a base do piso da pista de atletismo, asfaltamento da nova base, colocação de piso sintético e a construção de pistas para provas de salto e áreas para as provas de arremesso. “A nossa expectativa é que possamos entregar esses novos equipamentos até final do ano”, explicou o secretário executivo de esporte de Pernambuco, Aldemir Perez.

Depois que ficar pronta a pista de atletismo do centro esportivo irá atender as normas internacionais de competição e terá o acesso restrito a atletas e a projetos sociais. A previsão é que, nesta etapa das obras sejam gastos R$ 4,8 milhões.

Ainda não existe um prazo definido para que todo o complexo seja inteiramente reformado. Segundo Aldemir Perez, além das olimpíadas de 2016, a idéia é que Pernambuco possa ter um espaço permanente para a formação de atletas. “Não estamos pensando apenas em 2016. Precisamos de uma obra que fique por muito tempo.”

Ao longo de seus 36 anos de existência, o Centro Esportivo Santos Dumont, em Boa Viagem, já foi local de treinamento de vários atletas. Mesmo com a diversidade de modalidades, o espaço sempre foi visto como celeiro de grande estrelas do atletismo. É quase incontável o número de profissionais formados na casa, em especial os pernambucanos.

Por ser a única pista oficial do Estado, o Santos Dumont revelou os grandes nomes do atletismo de Pernambuco. Atualmente, o maior destaque é Keila Costa. Nascida em Abreu e Lima, Keila da Silva Costa tem 28 anos e um currículo de dar inveja a muita gente. Apesar da pouca idade, ela já coleciona várias marcas. Entre as principais conquistas estão duas medalhas de prata no Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007 - uma no salto triplo e outra no salto em distância, Bronze no Salto em distância no Campeonato Mundial, realizado ano passado, em Doha, no Catar.

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A saltadora ainda conseguiu o recorde sul-americano, em 2007, no salto triplo, com 14m57cm e ainda participou das Olimpíadas de Atenas 2004 e Pequim 2008. Na primeira, foi eliminada nas fase de classificação, com um salto de 6,33m. No entanto, Keila se redimiu e conseguiu chegar à final na China, terminando na 11ª colocação com uma marca de 6,43m.

O Centro oferece todas as vertentes do atletismo, desde as tradicionais provas de velocidade, em suas diversas marcas e com barreiras, até lançamento de martelo e disco, salto triplo, em distância e outros. Segundo Abraão Nascimento, treinador do local há 11 anos, esse é um dos principais motivos para o número de atletas descobertos no local. “Aqui, nós temos todas as áreas. Então, conseguimos trabalhar diversas opções dentro do atletismo e isso resulta nesse número de grandes profissionais como Jessé Farias, Keila Costa, e muitos outros formados no Santos Dumont. Tentar citar os nomes é complicado. Posso dizer uma série de pessoas que estiveram aqui e saíram para o sucesso. É uma felicidade para a gente”. Ele ainda lembrou que nomes como Yane Marques, do pentatlo, e Ubiratan José dos Santos, maratonista, já treinaram no Centro.

Um dos esportistas formados no espaço, inclusive citado pelo treinador durante entrevista, é Wagner Domingos. O “Montanha”, como é mais conhecido, assim como Keila Costa, tem 28 anos, e é uma das referências no lançamento de martelo. Ele confessou que no começo tinha medo da modalidade. Superado o receio, ele ficou com o sétimo lugar em seu primeiro Pan, em 2007.A maior conquista dele na carreira foi recorde brasileiro, ano passado, com a marca de 69,73m.

O Santos Dumont também segue revelando desportistas no para-atletismo. É o caso de Jenifer Martins. A corredora de 100 e 200 metros rasos foi praticamente criada no local. Ela iniciou os primeiros treinos quando ainda tinha apenas 8 anos de idade. Hoje, 14 anos depois, já conquistou notoriedade mundial e ainda lembra com carinho do tempo que chegou ao Centro. “Estou aqui há muito tempo. Quando vou explicar desde quando treino no Santos Dumont, perco as contas. Gosto muito daqui”, afirmou com sorrisos. Ela é atleta permanente da seleção brasileira de atletismo e quarta melhor corredora na sua categoria. Jenifer chegou à final dos 100 metros rasos no mundial Paraolímpico, competição realizada em janeiro e disputada por mais de 75 países, na Nova Zelândia; além de ficar com o quarto lugar nas paraolímpiadas de Pequim, em 2008.

Foram anos refém da falta de estrutura e organização. Iluminação deficiente, falta de limpeza e manutenção, insegurança e assaltos. Tantos motivos para acreditar que nada mudaria. Mesmo assim, o Centro Esportivo Santos Dumont segue revelando atletas de sucesso no cenário mundial há mais de três décadas. Aos poucos, o espaço vai deixando a rotina de problemas no passado e começa a projetar grandes voos para o esporte pernambucano no futuro.

O primeiro passo para a mudança aconteceu em 2010, quando uma reforma foi feita para minimizar alguns problemas - e resolver outros de vez. Ano passado, houve uma readaptação do local, visando a facilitar a acessibilidade. Também foi construída uma calçada, que funciona como espaço onde todos podem fazer caminhada, desobstruindo a pista de atletismo. O novo dojô foi entregue, favorecendo os atletas e alunos que praticam judô e karatê, além do teto do ginásio que foi totalmente reformado e estendido.

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Outro ponto mudado no Santos Dumont foi a piscina, que hoje está em pleno funcionamento, contando com oito raias, quatro máquinas e uma empresa terceirizada cuidando da limpeza. Estes fatores favorecem o surgimento de atletas, de novas e antigas novos atletas, como explica, o coordenador do local, Henrique Milet. “Temos alunos de várias idades que praticam atividades físicas. É muito gratificante ver essa diversidade. Aqui, existem atletas de sete anos de idade até os idosos. No Santos Dumont existe o único grupo de nado sincronizado na terceira idade do Brasil. Isso só nos motiva a querer sempre melhorar”, afirmou.

No local, foi construída uma cerca ao redor de toda pista de atletismo, impedindo que pessoas entrem sem permissão, além da invasão de animais no local de treinamento dos atletas, fato que era bastante comum antes das obras. Em 2010, também houve um processo de drenagem e um muro foi feito para demarcar mais nitidamente o espaço.

A questão da insegurança era um dos principais problemas do Santos Dumont. Assaltos, drogas, medo, já são elementos que não existem mais no Centro. Hoje, a guarda é feita por uma empresa terceirizada. Regularmente é realizada uma ronda por vigilantes motorizados em todos os locais.

Alguns pontos ainda seguem precários. A iluminação deixa bastante a desejar. Ao final da tarde, circular pelo espaço é bastante complicado. De acordo com Henrique, para essa questão já estão sendo planejadas melhorias. Outro problema é o mato no entorno do centro esportivos. A limpeza já foi iniciada, mas em muitos locais o capim ainda ocupa boa parte da paisagem. 

 

SOCIAL

Hoje, o Santos Dumont atende às escolas circunvizinhas e à comunidade. Mais de 2.000 alunos de várias idades estão matriculados nas atividades oferecidas, além de outras tantas que circulam pelas dependências do Centro. No local, ainda são realizados treinamentos com atletas portadores de deficiência, tanto para manutenção da saúde como para competições. A intenção é realizar um cadastramento ainda maior e oferecer mais assistência ao público participante. O corpo profissional atualmente conta com aproximadamente 150 pessoas. Entre elas, 56 professores, todos eles com qualificação além da graduação e que orientam desde a tradicional caminhada, passando por todos os esportes com bola, atletismo, ioga, ginástica, natação, artes marciais, até modalidades novas como o badminton.

A perspectiva é que o número de atletas cresça na medida em que as melhorias forem realizadas. Recentemente, foi anunciada a construção de uma nova pista de atletismo, o que acarretará em novos profissionais da área. Até o fim do ano, o novo espaço já deve estar à disposição dos esportistas.

De acordo com o treinador de atletismo Abraão Nascimento, a visão de futuro está mudando com relação aos esportes. “A prática esportiva vem crescendo no nosso Estado. Sem dúvida nenhuma, essa é umas das prioridades desse Governo. É importante esse fomento. É relevante também que a iniciativa privada invista, para que os nossos talentos permaneçam aqui, em Pernambuco”. Ele ainda comentou o que pode acontecer em um futuro próximo com essas ações concluídas. “A expectativa é formar novos e bons atletas, o que já é um marca do nosso Estado. Temos ótimos valores e essas evoluções vão nos ajudar a encontrar grandes profissionais, formando um grupo forte para as Olimpíadas de 2016, no Rio. Além disso, outros nomes revelados em Pernambuco já demonstraram interesse em voltar a treinar aqui. Com essas melhorias, é possível que esses desejos se concretizem.”

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