Tópicos | etapa de Surf Ranch

O Brasil terá três representantes na final da etapa de Surf Ranch do Circuito Mundial de Surfe. Neste sábado, último dia da fase classificatória do evento disputado em uma piscina de ondas, Gabriel Medina, Filipe Toledo e Miguel Pupo avançaram entre os oito melhores e que vão brigar pelo título da inédita competição no domingo.

A etapa de Surf Ranch, a oitava da temporada 2018, não é disputada em baterias como as demais do campeonato. Pelas peculiaridades do evento, os competidores, divididos em grupos por dia, entravam na água, cada um por vez, surfando para a esquerda e a direita, com as melhores notas sendo determinadas para definir a classificação. E neste sábado, os 36 surfistas da elite tiveram uma chance final de melhorarem suas notas.

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Medina não melhorou seu desempenho em comparação ao resultado de sexta-feira, mas ainda assim avançou em primeiro lugar, já que havia tido desempenho praticamente perfeito, com um somatório de 17,70 pontos. Filipe Toledo avançou em quarto lugar, com 16,64 pontos e Miguel Pupo foi o sétimo colocado, com 15,56.

Os outros cinco classificados à final foram o australiano Julian Wilson (17,27), o japonês Kanoa Igarashi (16,83), o também australiano Owen Wright (16,13), o norte-americano Kelly Slater (15,77) e o havaiano Sebastian Zietz (15,50).

Mas vários brasileiros deixaram o evento neste sábado. Yago Dora foi o nono colocado e Italo Ferreira ficou em 13º, seguido por Tomas Hermes e Adriano de Souza. Michael Rodrigues terminou em 18º, logo à frente de Ian Gouveia. Willian Cardoso foi o 26º, Jesse Mendes terminou em 32º e Wiggoly Dantas concluiu em 36º e último lugar.

A Liga Mundial de Surfe (WSL, na sigla em inglês) fará a maior aposta de sua história a partir de quinta-feira, quando os melhores atletas do mundo disputarão pela primeira vez uma etapa, a de Surf Ranch, do Circuito Mundial em uma piscina de ondas, a quilômetros do litoral. O evento entrou no calendário no lugar de Trestles, tradicional praia da Califórnia, e tem tudo para permanecer.

O grande trunfo da entidade é poder realizar uma competição com data e horário marcado, ou seja, sem depender da natureza para ser realizado. Isso facilitará a transmissão televisiva e permitiu a venda de ingressos. Anteriormente, foram realizados dois eventos no local, como testes, e tiveram sucesso.

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A etapa ocorre em um momento promissor do surfe brasileiro. O líder do campeonato, Filipe Toledo, costuma se dar bem nas ondas do Surf Ranch, assim como seu principal adversário, o também brasileiro Gabriel Medina. Na quarta posição está Italo Ferreira, que também vive boa fase. Intruso no grupo é o australiano Julian Wilson, que quer estragar a festa verde e amarela em 2018.

Por ter ondas semelhantes para todos, o tipo de competição será diferente nesta etapa. Todos os atletas (36 no masculino e 18 no feminino) vão pegar seis ondas, metade para cada lado, e serão computadas as duas melhores de cada um, sendo necessariamente uma para a esquerda e uma para a direita. Os oito mais bem colocados no masculino e as quatro no feminino vão para a final.

Na decisão, os surfistas terão novamente a chance de pegar seis ondas, metade para cada lado, e as duas melhores serão computadas, como na primeira fase. Quem tiver as melhores notas vence a competição e ganha preciosos pontos para o ranking mundial, que depois do Surf Ranch terá apenas mais três etapas: na França, em Portugal e no Havaí.

Além da competição, a WSL deseja levar o surfe em piscina para outras partes do mundo. Ela comprou a Kelly Slater Wave Company (KSWC) e espera realizar outros eventos. Nos Jogos de Tóquio, em 2020, chegou-se a cogitar construir uma piscina de ondas no Parque Olímpico para a estreia do surfe no programa. Para 2024, em Paris, os Jogos deverão contar com uma dessas para a disputa da modalidade.

Durante anos, o 11 vezes campeão mundial Slater se debruçou nesse projeto da piscina de ondas, sem muito alarde, para achar uma maneira ideal de representar o mar longe do oceano. Foram dezenas de testes, modelos de computador e tempo de pesquisa para ter uma onda que é considerada quase perfeita. Aos poucos, ele foi revelando detalhes da tecnologia e agora realizará o primeiro evento de impacto mundial.

Para se ter uma ideia, os ingressos variam de US$ 10 (R$ 40), para um dia de evento para crianças até 10 anos, até US$ 499 (R$ 2.032,00), um pacote vip com bebida liberada e comida e, entre outras coisas, inclui um show da banda Blink 182. A final será no domingo.

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