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Um negócio que começou na garagem de casa, sem funcionários ou entregadores. Tudo de forma caseira, feito na e para a periferia. O início da jornada como empreendedor do baiano Ademário Santos veio após demissão de uma rede de supermercados, local onde trabalhou por 13 anos. Com dois filhos, um cachorro e contas para pagar, Ademário, que já tinha experiência no ramo de hamburgueria, adquiriu chapa, fritadeira e abriu a Ex-Burguer.

De trajetória humilde, Ademário chegou a se alimentar de restos de comida que encontrava no chão da feira. Antes de iniciar o próprio negócio, trabalhou ainda em uma rede de fast foods e foi ambulante de praia. 

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“Meu primeiro emprego foi em uma grande rede de fast food, quando eu tinha 14 anos. Depois, fui trabalhar em uma famosa rede de mercados de São Paulo, após um tempo, fui mandado embora. Eu tinha meus filhos e as contas para pagar. Tinha duas opções de negócio: mercado ou uma lanchonete, que eu já tinha experiência. E coloquei a lanchonete. Na primeira semana, muita gente comprou, mas, com o passar do tempo isso foi diminuindo. Foi nessa época que criei um delivery, que não era tão forte quanto hoje. Isso há nove anos. As grandes empresas desse segmento colocavam a taxa de entrega alta, porque, para eles a periferia é zona de risco", relembra.

Competindo com produtos já consolidados, o empreendedor precisou se reinventar. Com preços acessíveis, mas que ainda não era suficiente para chamar atenção, ele começou a criar combos para atrair os clientes. “Eu comecei a pensar o porquê o delivery de pizza era tão forte na periferia. Porque uma pizza pode comer quatro, cinco pessoas. Então, eu comecei a criar lanches, combos para cinco pessoas, para 30 pessoas. Então, foi a partir daí que a gente começou a criar uma identidade nossa”, explica. 

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Durante a pandemia do novo coronavírus, o empreendedor se viu temente diante da possibilidade fechar o negócio que já contava com sete franqueados. "Quando eu via as notícias e mostravam o comércio fechado na China, eu pensei: acabou, vai fechar tudo. Mas, o efeito foi contrário. A gente conseguiu crescer durante a pandemia, as pessoas passaram a pedir mais e foi neste momento que o número de franqueados saltou de sete para 90”, conta.  

Entretanto, engana-se quem pensa que Ademário Santos fecha negócio com qualquer pessoa. Ele, que participa de todo processo de franquia, relembra que chegou a receber um cheque em branco e proposta para abrir várias unidades, mas recusou. "A Ex-Burguer é para quem tem espírito empreendedor, não para quem é empresário. Eu não olho apenas a conta bancária, mas para quem sabe fazer. A marca é para a família e eu pretendo continuar assim por muito tempo. Se isso vai mudar depois que eu morrer, isso já é com os meus filhos", garante.

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