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Mais de 200 mil bacharéis em direito realizaram, em todo o país, neste domingo (13), o XXXII Exame da Ordem Unificado da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). No entanto, professores e examinados estão reclamando sobre a dificuldade das provas e alegando que a FGV, banca organizadora do exame, elaborou as questões "com o intuito de reprovar".

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A pernambucana Arthemyza Ferreira, de 24 anos, que pretende atuar na área civil, afirma que a prova foi extremamente difícil. "A sensação que eu tive foi que não estudei nada. Todos os simulados anteriores eu vinha fazendo e obtendo um bom resultado, e, na prova, apenas acertei 32 pontos", conta. Ela complementa: “Achei que conseguiria passar e o nível da prova estaria compreensivo, mas foi totalmente o oposto”.

A candidata ainda reclamou da falta de medidas de segurança contra a Covid-19: "Teve muita aglomeração, não teve o distanciamento na hora de entrar no prédio e a sala estava com o ar ligado e as janelas fechadas", relatou.

Sarah Carvalho, de 24 anos, que vive em Minas Gerais, já estava habituada com as questões do Exame de Ordem. Ela diz que refazia provas anteriores e estudava tanto as teorias quanto resolvia questões. "Minha pontuação dava acima de 40", disse. Porém, ao realizar o XXXII Exame da Ordem, a examinanda alega: "Fiz a prova ontem e estava extremamente difícil. Alguns enunciados não eram tão claros quanto deveriam ser. Não passei, infelizmente. Me arrependo de ter ido fazer a prova".

Na página do Instagram do Vai Cair na OAB, projeto realizado em parceria com o LeiaJá, muitos outros examinados reclamaram da prova. "Infelizmente eles fizeram essa prova única e exclusivamente para reprovar, fora que algumas questões estavam totalmente mal elaboradas", disse um internauta. "Tão desnecessária essa elevação de nível exigido. Normalizem provas justas!", pediu outra.

Em entrevista ao LeiaJá, o professor Paulo Rodrigo, especialista em direito trabalhista, confirmou o alto nível da prova. “Acredito que no contexto geral, as questões desse exame foram elaboradas com um grau de complexidade muito grande, o que foi sentido pelos examinandos”. O docente ainda complementou: “Não acho que a prova foi mal elaborada, muito embora tenham questões discutíveis sobre eventuais recursos, mas o nível foi altíssimo em algumas áreas, o que gerou esse impacto negativo em todo o Brasil”, concluiu.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgou, nessa terça-feira (8), a Cartilha de Prevenção da Covid-19 que visa reduzir os riscos de disseminação do vírus e assegurar o bem-estar dos examinados e dos colaboradores na realização do XXXII Exame de Ordem Unificado.

De acordo com o documento, todos os locais de prova terão álcool em gel 70% e papel-toalha descartável disponíveis; rotas e marcações no chão para garantir um distanciamento seguro; salas de aplicação organizadas com distanciamento máximo entre as cadeiras e os devidos cuidados de ventilação; higienização dos ambientes antes da entrada de examinandos e colaboradores e depois do término das atividades, entre outras medidas de segurança.

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Para realizar o Exame de Ordem, é necessário que os participantes usem a máscara de proteção o tempo todo, e, quando solicitado, realizem a aferição da temperatura. Conforme a Cartilha, os examinados com temperatura corporal acima de 37,8ºC não poderão realizar a prova. Os candidatos poderão entrar com os próprios frascos de álcool em gel, em embalagem transparente, para a própria higienização das mãos.

Ainda é recomendado que os participantes levem água para o próprio consumo, em embalagem transparente, para evitar a utilização de bebedouros ou de qualquer outro dispositivo de fornecimento coletivo de água para beber. Confira todos os protocolos de segurança na Cartilha de Prevenção da Covid-19.

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