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A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (28) que o presidente afastado da Vale, Fabio Schvartsman, não é obrigado a prestar depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de Brumadinho (MG), instalada na Câmara dos Deputados.

No dia 4 de junho, Schvartsman foi convocado para falar sobre o rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, na cidade mineira.

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Atendendo a um habeas corpus protocolado pela defesa, o colegiado entendeu que o presidente afastado não é obrigado a comparecer à CPI. A decisão foi obtida com base em um empate na votação e prevaleceu o voto proferido pelo relator, ministro Gilmar Mendes, favorável a Schvartsman.

Segundo o ministro, o comparecimento compulsório de um investigado na CPI é um instrumento ilegal e de intimidação. No pedido, os advogados afirmaram que Schvartsman ficaria em silêncio e não responderia a perguntas dos parlamentares. O ministro Celso de Mello seguiu voto de Gilmar Mendes. Edson Fachin e Cármen Lúcia entenderam que o presidente poderia ficar em silêncio, mas deveria comparecer. Ricardo Lewandowski não participou da votação.

Em março, Fabio Schvartsman e três diretores da mineradora foram afastados temporariamente por decisão do Conselho de Administração da empresa. Segundo nota divulgada à imprensa, os pedidos de afastamento foram feitos pelos próprios executivos, depois de recomendação do Ministério Público Federal, da Polícia Federal, do Ministério Público de Minas Gerais e da Polícia Civil do estado.

O rompimento da barragem ocorreu em janeiro. Mais de 230 corpos foram retirados dos rejeitos pelo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.

 

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de Brumadinho remarcou para o dia 28 a oitiva do ex-presidente da Vale Fabio Schvartsman, informou a página oficial do Senado Federal, nesta terça-feira (19).

Schvartsman se recupera de uma cirurgia e não poderá ir ao colegiado na quinta-feira (21) como estava previsto. Requerimentos aprovados também convocam 29 pessoas - entre elas, o diretor da Vale Luciano Pires, ex-diretores e funcionários.

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"Às 20h do dia 14 de março de 2019, fui submetido a cirurgia de Facectomia por Facoemulsificação com Implante de Lente Intra-Ocular (LIO) no olho direito, necessitando, por recomendação médica, ficar em repouso durante sete dias contados a partir da data do procedimento", informou o executivo na segunda-feira, 18.

"Encareço a vossa excelência a gentileza de reagendar a citada reunião para data futura, em oportunidade na qual, recuperado, estarei à disposição desta CPI para prestar os devidos esclarecimentos referentes ao tema investigado", escreveu.

Convocação

A convocação de Schvartsman foi a primeira medida adotada pela comissão, durante reunião na última quarta-feira (13). O requerimento, de autoria dos senadores Otto Alencar (PSD-BA) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), também determina a convocação do presidente interino da mineradora, Eduardo Bartolomeo, para prestar esclarecimentos. Ainda não há uma data para sua oitiva.

O rompimento da barragem de rejeitos na mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, deixou ao menos 203 mortos. Segundo a Defesa Civil de Minas Gerais, 105 pessoas ainda estão desaparecidas, dois meses após a tragédia. Um total de 395 pessoas foram encontradas com vida na região após a tragédia.

O presidente da Vale, Fábio Schvartsman, disse hoje (25) que a maioria das vítimas, do rompimento da barragem, em Brumadinho, nos arredores de Belo Horizonte, é de funcionários da empresa. Ele disse que a Vale buscou tomar providências para garantir mais segurança às barragens, ampliando uma série de ações, como a execução de fiscalização periódica, revisões realizadas por empresas estrangeiras e auditorias externas, além de implantação de sirenes.

"Nós ainda não sabemos o que aconteceu. Ainda é muito cedo para termos essa informação", disse o presidente, ao ser questionado sobre as causas do acidente.

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Segundo o presidente, cerca de 300 pessoas trabalhavam no local no momento do acidente. De acordo com ele, aproximadamente 100 pessoas foram localizadas. Schvartsman disse que a empresa montou um gabinete de crise e presta assistência às vítimas.

Schvartsman acrescentou que até o momento não é possível mensurar o número de vítimas porque houve um soterramento. Ele afirmou ainda que a barragem estava inativa, pois há mais de três anos não opera, ou seja sem receber resíduos.

“Nós não pouparemos esforços, nós temos um gabinete de crise montado, nós mobilizamos todas as ambulâncias na região, aproximadamente 40”, disse o presidente da Vale. “Estamos complementando tudo aquilo que os hospitais públicos são capazes de atender. Estamos fazendo um esforço grande de assistência social, inclusive com a presença de psicólogos.”

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