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Quatro artistas de um coletivo de rock de Belém (PA) estão na mira da Justiça  Eles são organizadores de um evento de punk chamado Facada Fest e estão sendo investigados por supostos crimes contra a honra do presidente Jair Bolsonaro, além de apologia ao homicídio. Foi solicitada a abertura de um inquérito contra o grupo. 

Os artistas são membros das bandas THC, Delinquentes e Filhux Ezkrotuz, além de produtores de eventos. No centro da investigação aberta estão os cartazes usados pelo Facada Fest, que ocorre na capital paraense desde 2017. Em um deles, feito para a edição de 2018, o presidente Jair Bolsonaro é representado pelo palhaço Bozo e empalado por um lápis.  Em outro, Bolsonaro aparece vomitando fezes e com um bigode de Hitler. 

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O despacho requisitando a abertura da investigação afirma que nos cartazes e postagens de redes sociais de coletivos há "elementos que indicam a prática, em tese, de crime contra a honra do Sr. Presidente da República". Para o artista Paulo Victor Mano, responsável pelas ilustrações, não há incitação de crime em seus desenhos. "Não tem nada a ver com apologia ao crime ter feito uma coisa tão caricata daquele jeito, né? Não tem incitação de matar ninguém. Não passamos a ideia de fuzilar oposição", disse em entrevista ao jornal Folha de São Paulo. 

Através de sua conta oficial no Twitter, o ministro Sergio Mouto falou sobre a abertura do inquérito esclarecendo que este não é de sua autoria, mas poderia ser. "A iniciativa do inquérito não foi minha, como diz a Folha de São Paulo, mas poderia ter sido.Publicar cartazes ou anúncios com o PR ou qualquer cidadão empalado ou esfaqueado não pode ser considerado liberdade de expressão.É apologia a crime, além de ofensivo. Crítica é uma coisa, isso é algo diferente. Não são, portanto, simples ".

 

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