Moradores da comunidade Vila Popular, em Olinda, Região Metropolitana do Recife. Reclamam que há cerca de um ano, quando começaram as obras do Viaduto na Avenida Pan Nordestina, falta água na região, mas a conta da Compesa chega todo mês.
Segundo a moradora, Marta Pereira da Silva, de 71 anos, residente na rua do Congresso, esse problema já foi comunicado à Compesa. “Os técnicos já vieram aqui e não fizeram nada. Tenho muita dificuldade para me locomover e sou obrigada a carregar cerca de 10 litros de balde na cabeça, na distância de 500 metros. Não aguento mais esse descaso” desabafou.
Outra residente da comunidade, Claudinete de Jesus Medeiros, que mora há dez anos na rua São Paulo, diz que o problema começou depois que a Construtora Delta, que atua na construção do Viaduto na avenida Pan Nordestina e arredores, passaram pelo local com algumas máquinas de grande porte.
No momento da entrevista um veículo da Compesa (Companhia de Pernambucana de Saneamento), passava no local, a equipe informou que estavam fazendo a vistoria depois de denúncias da Imprensa. Segundo o auxiliar de Gestão de Saneamento, Luciano Sena, a companhia está averiguando o problema. “Porque prestadores de serviço que atuam na empresa estavam indo ao local, mas a situação não foi comunicada à Compesa e pela breve análise que fizemos, ocorreu uma obstrução em algumas vias, depois que a Delta esteve aqui” detalhou.
Ainda segundo a moradora Claudinete de Jesus, devido à demora, muitos residentes por conta própria, instalaram cisternas. Isso é visível nas ruelas da comunidade, pois existem várias mangueiras espalhadas no chão, vindas da residência de alguns vizinhos, para que a maioria dos moradores possa aproveitar a água. Entretando, de acordo com Luciano Sena, essas benfeitorias são irregulares, e caso essas instalações sejam identificadas, os proprietários serão penalizados. A compesa dentro uma semana concluirá a análise, mas não tem prazo estipulado para resolver o problema.