Tópicos | falta de adesão

A deputada estadual Clarissa Tércio (PSC) reivindicou, em discurso na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) nessa segunda (7), que o Estado faça a adesão ao Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), do Governo Federal. 

Para a parlamentar, a iniciativa “é de fundamental importância para o desenvolvimento dos jovens e para moralizar a educação” e a recusa do governo Paulo Câmara é “ideológica”.

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“Hoje não se tem mais respeito pelos mestres e não se canta o hino nacional, mas o ‘passinho’ e as danças obscenas estão virando rotina. Nossas escolas estão se tornando ponto de tráfico de drogas”, disse. Clarissa é autora de um projeto que tramita na Alepe e pede a proibição de danças como o passinho nas escolas do Estado. 

“O modelo cívico-militar se mostra eficiente para construir valores cívicos, respeito e cidadania. Parece que tudo o que é para resgatar valores morais o Governo do Estado não quer”, prosseguiu.

O projeto do governo do presidente Jair Bolsonaro prevê a implementação de 216 escolas cívico-militares até 2023, sendo 54 em 2020. De acordo com os Ministérios da Educação e da Defesa está prevista a participação de militares nessas instituições, como monitores em atividades educacionais e administrativas.

Outras avaliações - Como aparte ao discurso de Clarissa, outros parlamentares se manifestaram sobre o tema. Joel da Harpa (PP) se dispôs a dialogar com prefeitos sobre a adesão. “Boa parte dos professores tem medo dos alunos em comunidades onde a violência é maior. Não podemos perder a oportunidade de ter esse investimento para garantir a disciplina nas escolas”, avaliou o deputado.

Para João Paulo (PCdoB), a intenção do Governo Federal, por trás do projeto, é desvalorizar os servidores públicos da área da educação. “Não há uma política de valorização dos professores ou de melhoria na infraestrutura das escolas. Há, sim, uma linha de destruição do conhecimento e da pesquisa”, observou.

Antonio Fernando (PSC) disse que “as escolas, militares ou não, são bem-vindas”. Professor Paulo Dutra (PSB) defendeu que as unidades em tempo integral são o modelo que deve ser priorizado. Alberto Feitosa (SD) assinalou que os militares não vão atuar na área didático-pedagógica, mas na disciplina e na segurança do ambiente escolar. Já para Antônio Moraes (PP), esquerda e direita buscam “emparedar universidades e escolas”, em vez de focar na educação.

*Com informações do site da Alepe

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