O Carnaval de Olinda espera receber mais de 2 milhões de foliões em 2023. Público que promete muita alegria e também movimentar a economia da cidade neste período. É nisso que apostam também os comerciantes e vendedores ambulantes - que pretender faturar bastante após dois anos sem a festa de momo no município.
A TV LeiaJá conversou com os vendedores sobre o trabalho deste ano. Confira os detalhes na matéria.
Muito difundido em outros países, o trabalho de passear com cães vira uma oportunidade de ganhar uma renda extra. O dog walker, ou mais conhecido, no Brasil, como passeadores de cães, é um mercado que está em ascensão, cuja demanda tende a aumentar nos próximos anos.
Ana Beatriz Asfora de Moura, 23, é uma das sócias do CooperCão - empresa de passeios caninos. A jovem afirma que o mercado de dog walker tende a crescer nos próximos anos. “O Brasil ainda está entrando no boom pet e Recife está acompanhando muito bem essa evolução. O mercado de Dog Walker está em ascensão, pois as pessoas estão cada vez mais se importando com seu pet e estudando a respeito do bem estar canino”, fala a estudante de medicina veterinária e empresária.
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Quem se dedica a essa profissão entende que ela vai muito mais além do que simplesmente pegar o cachorro na casa do cliente e dar uma voltinha por alguns minutos para ele fazer suas necessidades. A profissão exige amor, carinho e um bom treinamento para lidar com os diversos tipos de caninos.
Maia Candida Moreira do Nascimento, 48, analista e gestora de projetos do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) afirma que quem busca por essa profissão deve ter em mente que os serviços prestados a seus clientes precisam agregar diferenciais. “Não será apenas passear, o amor e dedicação prestados podem ser a grande chave para quem quer obter bons resultados neste segmento.” diz a analista.
Emanuela Cristina Batista Andrade Silva, 23, psicologia e dog walker da equipe Coopercão, trabalha com hospedagem domiciliar e passeios caninos no bairro de Casa Amarela, zona norte da Região Metropolitana do Recife (RMR). Ela ressalta a importância de perceber a diferença de cada cão e reforçar com os cachorros, as orientações ensinada por seus adestradores. “É interessante como existem inúmeras diferenças entre os cachorros. Tenho por exemplo, duas clientes da mesma casa na qual eu costumava fazer o passeio delas juntas, mas tive que começar a fazer separado por causa da orientação da adestradora”, conta a psicóloga.
Confira abaixo o depoimento de Emanuela Andrade sobre suas experiências como dog walker.
LeiaJá - Como é a experiência de passear com cachorros?
É, no mínimo, algo interessante. Eu tenho as minhas cachorras e passeava com elas, e é muito engraçado notar como cada cão se comporta em cada situação durante o passeio. Eles têm particularidades e é interessante como existem inúmeras diferenças entre eles. Sempre busco respeitar as demandas de cada um. As minhas, por exemplo, são muito tranquilas durante o passeio, mas tenho um cliente que é bastante reativo, então eu tenho que ter uma atenção diferenciada no passeio dele. Às vezes chega a ser um pouco desafiador porque você nunca sabe o que esperar.
O que os animais mais ensinam a você?
Eu aprendo muito com eles, principalmente sobre paciência. Cada um tem necessidades muito específicas, uns gostam muito de farejar, outros precisam gastar energia com mais velocidade durante o passeio, uns são mais calmos, outros mais reativos com pessoas ou outros cães. Nesses casos é muito estressante não só para os cachorros, mas para quem está conduzindo também. Então, eu tenho aprendido a manter a calma e respeitar o movimento deles, tentando encontrar uma solução que passe tranquilidade para que ele possa aproveitar melhor o passeio também. Por mais inteligente que um cachorro possa ser, ele ainda é cachorro e a gente precisa ir com calma pra que ele entenda cada comando.
No que modificou sua vida depois que se tornou passeadora?
Por estar mais tempo em movimento com os cachorros, fiquei menos sedentária. Faço passeios diariamente, então ando cerca de dez quilômetros por dia, coisa que antes não acontecia. Notei que acabei ficando mais resistente nesse quesito. Nunca fui muito de exercícios.
Qual é o valor médio que você cobra por passeio?
Como trabalho pela empresa Coopercão, é ela que faz a captação dos clientes e o repasse dos valores. Eu recebo um valor fixo por passeio, mas normalmente o valor cobrado é entre R$ 20 e R$ 30, dependendo da quantidade de dias e também se tem mais de um cão da mesma casa ou não.
Quais são os diferenciais que um dog walker precisa ter para se destacar nesse mercado?
Entender um pouco mais sobre as especificidades de cada raça - pois as demandas vão ser diferentes, e entender o que cada cliente precisa. Tem passeio que faço para cansar o cão, já outros é só pra que ele faça as necessidades básicas. Alguns têm objetivo de emagrecimento. Têm clientes meus que precisavam de mais estímulos além de só os dois passeios por dia, então combinei com a tutora para alternar os passeios com brincadeiras no parque. O principal objetivo do trabalho é entregar um serviço que realmente melhore a qualidade de vida do animal.
Ficou interessado no serviço de dog walker? Veja abaixo alguns sites e aplicativos que você pode conhecer melhor a profissão:
Empresa que oferece agendamento de passeios e hoteis para cachorro. Você pode entrar no site e encontrar a pessoa certa para ajudá-lo a cuidar do seu cãozinho.
Negócio que disponibiliza profissionais dog walkers para o atendimento do animal. Na CooperCão, você entra em contato e encontrar a pessoa ideal para passear com seu cachorro.