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A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Entidade Administradora de Faixa (EAF) iniciaram nesta terça-feira (1º), a implementação de três redes de fibra ótica de um total de oito que fazem parte do Programa Norte Conectado, financiada com recursos provenientes do leilão do 5G - ou seja, sem aporte de recursos públicos.

O programa tem o objetivo de instalar 12 mil quilômetros de fibra nos leitos dos rios da Bacia Amazônica - Rios Negro, Solimões, Puruá, Madeira, Juruá e Branco. As infovias vão passar por 59 cidades onde vivem 10 milhões de pessoas. Ao todo, serão R$ 1,5 bilhão em investimentos.

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Parte da capacidade da fibra será usada pelo setor público, como escolas, hospitais e prefeituras. A outra parte de ser usada por empresas lançarem planos comerciais de internet em troca da manutenção das redes.

Os trechos das próximas três infovias têm 2,3 mil quilômetros de extensão por onde vão passar cabos subaquáticos, fabricados pela chinesa ZTT Submarine Cable & System. Essa montanha de cabos saiu da China e chegou ao Brasil pelo Porto de Manaus no fim de julho.

O transbordo aconteceu nesta semana, com a fibra sendo transferida para as embarcações brasileiras responsáveis pelo próximo passo na implantação: o lançamento no leito dos rios. A EAF será responsável pela construção de seis infovias, com mais de 10 mil quilômetros de cabos subaquáticos.

O investimento nestas seis infovias é de cerca de R$ 1,34 bilhão, que foi captado por meio do leilão do 5G. "O dinheiro vem das operadoras que participaram do leilão e arremataram os lotes regionais do 5G, que são a Claro, TIM e a Vivo", afirma o presidente da EAF, Leandro Guerra, em entrevista coletiva à imprensa, em Manaus.

"Trata-se de um programa sem precedentes, que vai levar sinal de dados de alta velocidade para garantir à população melhorias na educação, saúde, pesquisa, defesa e judiciário", afirmou o conselheiro da Anatel, Moisés Moreira, também durante coletiva.

"Estamos falando de uma região que está sendo degradada pela mineração ilegal e pelo desmatamento. A fibra representa uma oportunidade enorme de desenvolvimento econômico para a população", complementa, referindo-se à possibilidade de novos negócios com a chegada da internet rápida.

A perspectiva é que todas as infovias fiquem prontas até 2025.

Duas delas já foram implantadas. A infovia 00 - considerada o projeto piloto - liga Macapá e Santarém e já está em funcionamento. A outra é a 01, de Santarém a Manaus, concluída neste ano e na espera da inauguração.

Próximas etapas

O que será construído nesta fase são as infovias 02, 03 e 04. O primeiro lançamento será o da Infovia 04, que terá mais de 500 km de extensão nos rios Negro e Branco, previsto para ser iniciado na última semana de agosto. Ela vai conectar as localidades de Vila de Moura (AM), Santa Maria do Boiaçu (RR), Caracaraí (RR), Iracema (RR), Mucajaí (RR) e Boa Vista (RR).

As Infovias 02 e 03 estão previstas para serem implementadas no último trimestre de 2023. A 02, a maior delas, tem cerca de 1.200 km de extensão no rio Solimões, conectando as cidades amazonenses de Tefé, Alvarães, Uarini, Fonte Boa, Jutaí, Tonantins, Santo Antônio do Içá, Amaturá, São Paulo de Olivença, Belém de Solimões, Tabatinga, Benjamin Constant e Atalaia do Norte. Ela vai viabilizar a conexão entre os postos avançados do exército e as fronteiras.

Já a infovia 03, com 624 km de extensão, vai conectar as cidades de Belém (PA), Ponta de Pedra (PA), São Sebastião da Boa Vista (PA), Curralinho (PA), Bagre (PA), Breves (PA), Afuá (PA) e Macapá (AP). Essa infovia é importante pelo impacto comercial e econômico, pois passa por regiões com importantes empresas que atuam no desenvolvimento local.

A Oi está ampliando seu alcance com o serviço de internet por fibra ótica, que garante alta velocidade de conexão e robustez da conexão. Desde setembro de 2018, 21 cidades do país já contam com o Oi Fibra. Agora a empresa de telefonia passa a oferecer o serviço em mais quatro municípios nos Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro.

O anúncio dos novos contemplados foi feito no estande da Oi na Comic Con Experience, nesta quinta (6), em São Paulo. Além das 21 localidades que já contavam com a internet de até 200 mega da Oi Fibra, as cidades de Varginha e Montes Claros (MG), e Angra dos Reis, Viamão e Campo dos Goytacazes (RJ), passam a ser contempladas com o serviço que tem, agora, o alcance de 26 cidades. O produto pode ainda ser agregado a um combo e contemplar os serviços de TV e voz por internet, IPTV e VoIP, além de telefonia móvel.

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Para a instalação do Oi Fibra foram usados mais de 350 mil km de Fibra já existentes em mais de dois mil municípios brasileiros. A expansão dessa rede é feita de forma estratégica no objetivo de garantir mais precisão e eficiência nos custos da implantação.

Confira as cidades onde o serviço já opera: Angra dos Reis, Campo dos Goytacazes, Rio de Janeiro, Duque de Caxias, São João de Meriti, Niterói, São Gonçalo, Petrópolis, Cabo Frio, Nilópolis, Teresópolis, Viamão, Varginha, Montes Claros, Belo Horizonte, Pouso Alegre, Divinópolis, Poços de Caldas, Recife, Salvador, Manaus, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Porto Alegre e Curitiba.

As redes de telecomunicações e Internet em fibra ótica poderiam permitir detectar os sinais sísmicos, assim como localizar e avaliar as falhas geológicas, segundo um estudo publicado nesta terça-feira (3)na revista científica Nature Communications.

"Nosso método permite acessar registros de qualidade similares aos dos sismômetros utilizando uma infraestrutura já existente, e com uma densidade de pontos muito superior", explica à AFP Philippe Jousset, do Centro alemão de pesquisa em geociências (GFZ), com sede em Potsdam.

Para seus trabalhos, os pesquisadores utilizaram a fibra ótica de um cabo de 15 km de comprimento instalado em 1994 na península de Reykjanes, ao sudoeste da Islândia, registrando a cada quatro metros os sinais sísmicos provenientes de fontes naturais e antropológicas.

"As redes sísmicas mais densas do mundo geralmente só tem um sensor a cada 20 km", precisa Elizabeth S. Cochran, do Earthquake Science Center de Pasadena, nos Estados Unidos, em um comentário publicado neste estudo.

"Durante os nove dias de registros em nosso experimento, detectamos 83 terremotos na Islândia e três distantes, com uma magnitude de 6,3 na Indonésia, a mais de 12.000 km da Islândia", anunciou Jousset.

"Também identificamos com uma precisão espacial inigualável estruturas tectônicas, em zonas como as falhas e diques vulcânicos do Rift de Reykjanes (zona tectônica de extensão entre as placas Euroasiática e Americana) e descobrimos novos processos dinâmicos do funcionamento das falhas", acrescenta.

"Ao menos um terremoto de sete ou mais graus de magnitude ocorre todos os meses em algum lugar do planeta", indica Cochran. "Compreender como, quando e em que medida ocorrem os tremores de terra mais destruidores é essencial para atenuar seus efeitos", acrescenta.

Esta técnica descrita neste estudo já foi utilizada na indústria para monitorar os campos de petróleo ou de água quente. Mas desta vez, os pesquisadores utilizam cabos quase no nível da superfície do solo (a aproximadamente um metro de profundidade) e não apenas em perfuração.

A exploração e manutenção das redes de sismógrafos são indispensáveis, tanto como é importante monitorar as zonas expostas aos tremores de terra, mas podem custar centenas de milhões de dólares.

Além disso, "estes dados só oferecem geralmente observações limitadas, visto que os instrumentos estão espaçados demais ou os dados não são fornecidos em contínuo", explica Cochran.

Por outro lado, "com o desenvolvimento da internet de banda larga, cada vez mais zonas estão cobertas pela fibra ótica", destacou Jousset.

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou que 95% dos municípios brasileiros precisam ter cobertura com fibra ótica até os próximos quatro ou cinco anos. Segundo ele, o País depende desse reforço de infraestrutura não só para aumentar a cobertura e a qualidade de transmissão, mas também para reduzir os preços ao consumidor.

"Acho que isso é uma coisa que tem que acontecer nos próximos quatro ou cinco anos, porque pela velocidade com que as coisas andam no Brasil, você não pode ficar sem infraestrutura", declarou Bernardo, após participar da abertura do seminário internacional "A internet das coisas: Oportunidades e perspectivas da nova revolução digital para o Brasil", promovido pelo BNDES.

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O ministro ressaltou que a ausência de cobertura de fibra ótica é um problema que aflige não só as áreas rurais, mas também as periferias das grandes cidades. "Em Brasília, no plano piloto, você compra 10 MB por R$ 50,00, mais ou menos. Aí você vai na periferia, por menos de 1 MB, o pessoal paga R$ 80,00. Por quê? Porque não tem infraestrutura", citou Bernardo.

Segundo ele, o ministério está discutindo a possibilidade de realização de investimentos para dar conta de implantação de infraestrutura. "Ou o governo faz, ou estimula o setor privado, mas é preciso fazer", declarou.

Bernardo lembrou que o BNDES passou a aceitar recentemente pedidos de crédito pelo Finame para investimentos em fibra ótica. Segundo ele, cerca de cinco mil pequenos provedores de internet investiram R$ 1,5 bilhão apenas no ano passado. "Se você tiver uma condição de fazer um financiamento para esse pessoal com os juros que o BNDES financia, que eu acho que são juros bem adequados, você tem condição de dobrar ou até triplicar esses investimentos. Nós conversamos com eles, e eles disseram que têm condição, têm demanda", disse Bernardo.

A Argentina será o primeiro país na América Latina a ganhar Internet com velocidade de 100 Gbps (Gigabits por segundo), informou nesta semana a empresa Alcatel-Lucent, que será responsável por implementar o serviço no país em parceria com a operadora local Cablevision.

“A Cablevision Argentina selecionou a solução coerente de rede óptica de próxima geração de 100 "giga" da Alcatel-Lucent para aumentar dramaticamente as velocidades de performance e serviço afim de atender a crescente demanda por vídeo, multimídia e aplicativos de Internet por parte da sua base de clientes”, informa o comunicado à imprensa divulgado pela companhia franco-americana, que não informou exatamente quando a novidade estará disponível na Argentina.

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Além disso, a Alcatel-Lucent anunciou nos últimos um acordo para levar ao Uruguai sua rede wireless 4G/LTE comercial. Inicialmente, esses serviços estarão disponíveis nas cidades de Montevidéu e Punta Del Este, chegando depois a outros locais do país.

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