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Um deslizamento de barreira, na Bomba do Hemetério, Zona Norte do Recife, causou a morte de duas pessoas na madrugada desta segunda-feira (29). Jorge Pacheco da SiIva, de 53 anos, e Flávio Lopes Barbosa, de 27, estavam dormindo quando foram soterrados pelos escombros da casa atingida pela barreira. Padrasto e enteado, respectivamente, morreram ainda no local. Uma terceira pessoa estava na residência na hora do acidente, Maria da Penha Lopes, esposa e mãe, mas não foi atingida e sobreviveu.

De acordo com o secretário-executivo da Defesa Civil, coronel Cássio Sinomar, as fortes chuvas que caíram no Recife nos últimos dias e o acúmulo de lixo no local contribuíram para que o acidente acontecesse. “O lixo na barreira ocasionou a retenção da água e consequentemente o deslizamento”, afirmou.  Entre este domingo (28) e segunda choveu 228 milímetros na capital pernambucana e nos últimos cinco dias mais que o esperado para um mês. 

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A gerente de restaurante e vizinha da casa atingida pela barreira, Vanessa de Jesus, de 31 anos, afirmou que estava acordada quando aconteceu o acidente e foi a primeira a acionar o Corpo de Bombeiros. “Ouvi um barulho como se fosse de trovão por cinco segundos, mas também havia um barulho de telha e achei estranho. Quando saí de casa, vi o desespero de Penha e começamos a tentar prestar socorro”, disse. “É muito lixo que as pessoas jogam na barreira, hoje mais cedo já tinha gente despejando no local. Uma barreira desta já era para ter sido feito algo. Se tivesse um muro jamais tinha acontecido isso”, acrescentou o capoteiro e sobrinho de Jorge, Alex Magno, de 29 anos. 

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No local atingido pelo deslizamento outras quatro casas são conjugadas a do acidente. De acordo com a Defesa Civil, já haviam sido dadas orientações para que as famílias evacuassem o local quando chovesse tanto é que as quatro casas do conjugado estavam vazias. Apesar do perigo, não foi instalada nenhuma lona ou muro de arrimo nas barreiras. Questionado sobre a falta de proteção, Sinomar afirmou que o necessário para o local é apenas o monitoramento. “Nesse local não cabe colocação de lona, porque são barreiras de grandes alturas. O que cabe é o monitoramento”, justificou. As quatro residências foram interditadas. 

Moradora de uma das cinco casas conjugadas há um ano e três meses, Andrea Pereira, de 29 anos, afirmou nunca ter sido orientada para deixar a residência em período de chuva. “Nunca foi orientada para sair durante o período de chuva, nem tinha medo que a barreira deslizasse. Mas vou me mudar daqui já hoje”, disse. Ela estava dormindo na casa de uma amiga quando ocorreu o acidente.

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