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Com Lionel Messi, Neymar e Kylian Mbappé, o Paris Saint-Germain é o clube europeu com a maior folha salarial do mundo, em ranking divulgado pelo jornal italiano Gazzetta dello Sport. De acordo com o levantamento, a equipe francesa paga aos seus jogadores, anualmente, 729 milhões de euros (cerca de R$ 4 bilhões). Mas tem um déficit de 368 milhões de euros (R$ 2 bilhões).

Além do trio ofensivo, o PSG gastou muito da sua folha salarial com Donnaruma, Sérgio Ramos e Hakimi na temporada 2021/2022. Segundo levantamento da Direção Nacional de Controle de Gestão (DNCG), órgão responsável pelo controle das contas dos clubes de futebol profissional da França, o PSG também gastou 180 milhões de euros (R$ 1 bilhão) em transferências no último ano.

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Mbappé tem o maior salário do futebol mundial - R$ 33 milhões por mês - e é seguido por Neymar e Messi, que recebem R$ 20,5 milhões e R$ 19 milhões mensais, respectivamente. Somados, eles impactam diretamente 20% da folha salarial do clube. O PSG não deve renovar com o craque argentino e já especula uma transferência de Neymar antes do início da próxima temporada.

Foto: Thomas COEX / AFP

Além do clube francês, Real Madrid (R$ 2,8 bilhões) e Barcelona (R$ 2,5 bilhões) completam o Top 3 dos clubes com as maiores folhas salariais do mundo. Além do trio, os clubes ingleses são os que mais aparecem entre os 10 primeiros do ranking: Manchester United, Liverpool, Manchester City, Chelsea e Arsenal são os representantes do "Big Six" no levantamento - o Tottenham aparece na 12ª colocação.

Alemanha e Itália são representados por Bayern de Munique e Juventus no ranking. Ambos os clubes dominaram suas respectivas ligas na última década e trouxeram nomes de peso para reforçar seus elencos - o Bayern se reforçou com Mané, enquanto a Juventus contratou o sérvio Vlahovic na temporada 2020/2021.

Foto: Daniel ROLAND / AFP

Apenas clubes das cinco grandes ligas europeias (Inglaterra, Itália, Espanha, França e Alemanha) integram o Top 10 do jornal italiano.

Confira o ranking completo das folhas salariais dos clubes europeus:

PSG: 729 milhões de euros (R$ 4 bilhões)

Real Madrid: 519 milhões de euros (R$ 2,8 bilhões)

Barcelona: 457 milhões de euros (R$ 2,5 bilhões)

Manchester United: 453 milhões de euros (R$ 2,5 bilhões)

Liverpool: 432 milhões de euros (R$ 2,4 bilhões)

Manchester City: 418 milhões de euros (R$ 2,3 bilhões)

Chelsea: 401 milhões de euros (R$ 2,2 bilhões)

Bayern de Munique: 349 milhões de euros (R$ 1,9 bilhão)

Juventus: 337 milhões de euros (R$ 1,8 bilhão)

Arsenal: 251 milhões de euros (R$ 1,4 bilhão)

Afetados economicamente pela pandemia da covid-19, os clubes de futebol lutam para manter o que restou de dinheiro em seus cofres. Nesse cenário, o "corte de gastos" virou regra. O Corinthians, que anunciou em novembro de 2020 déficit de R$ 195,4 milhões, segue à risca a prática. Desde o começo do ano, reduziu a folha salarial de seu elenco principal em cerca de R$ 1,7 milhão. A tendência é que a despesa com salários sofra redução ainda maior.

Em 2021, o clube economizou R$ 900 mil com a negociação do goleiro Walter, do zagueiro Marllon, do volante Éderson e dos atacantes Jonathan Cafu e Davó. A saída desses cinco atletas é responsável pela metade do montante já economizado. A outra fatia da redução está ligada ao fim do vínculo contratual de Mauro Boselli e Sidcley. Juntos, atacante e lateral obrigavam o Corinthians a gastar cerca de R$ 840 mil por mês.

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Consciente de que a pandemia do novo coronavírus deve seguir afetando suas receitas, o Corinthians pretende "se livrar" de mais jogadores que pouco foram utilizados na temporada passada, como Michel Macedo e Everaldo. A princípio, o atacante, que chegou em 2019 e possui vínculo de quatro temporadas, é prioridade. Se a negociação de ambos se concretizar, cerca de R$ 300 mil mensais seriam economizados e o valor total do corte na folha se aproximaria dos R$ 2 milhões.

SE HÁ QUEM SAIA, HÁ QUEM VOLTE - Todo começo de temporada o Corinthians negocia jogadores por empréstimo. Jonathan Cafu, Davó e Éderson foram os escolhidos da vez. Eles devem voltar em 2022. Mas se há quem saia, há também quem volte por essa modalidade de negócio. É o caso de Matheus Jesus e João Victor. André Luís, que havia sido vendido ao Daejeon Hana Citizen, da Coreia do Sul, também retorna ao CT Joaquim Grava após calote na transação.

Fora da fase preliminar da Libertadores, o Corinthians tem pela frente o Paulistão, a Copa do Brasil, a Copa Sul-Americana e o Brasileirão. O bom desempenho nessas competições significa mais tranquilidade aos cofres alvinegros. O próximo desafio do time é pelo Estadual. A equipe vai a campo diante do São Caetano, no domingo.

Alvo de ameaças de extinção e promessas de enxugamento, os cerca de 23 mil cargos comissionados da Presidência da República e dos ministérios custam apenas 0,4% da folha de pagamento de servidores ativos e inativos do governo federal.

Entre os ocupantes dos chamados cargos de confiança, estão presidentes, diretores, coordenadores, chefes e assessores dos principais órgãos e programas do governo federal. Três em cada quatro integrantes desse grupo de elite do funcionalismo são servidores de carreira - ou seja, não podem ser demitidos e, no máximo, perderiam parte dos vencimentos com o eventual corte dos cargos.

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Hoje, os benefícios adicionais pagos aos comissionados custam cerca de R$ 1 bilhão por ano. Em 2018, o gasto total com servidores será de R$ 242 bilhões. No ano que vem, a expectativa é de que chegue a R$ 263 bilhões.

O futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, já defendeu a extinção de 25 mil cargos, número que até excede o total existente hoje em dia. Ao ser alertado sobre o erro, baixou a estimativa para 20 mil. Em novembro, pouco depois de ser eleito, Jair Bolsonaro falou que pretende cortar "no mínimo" 30% desses cargos.

Após o impeachment da presidente Dilma Rousseff, em 2016, o recém-empossado governo Michel Temer prometeu um corte de 4 mil cargos comissionados. O número de ocupantes desses postos hoje em dia, porém, é maior do que no último mês de Dilma no cargo (22.894 ante 21.766).

O Ministério do Planejamento alega que o corte efetivamente foi feito, em 2017. Questionado sobre o fato de que essa redução não se observa na relação de beneficiados, o ministério afirmou que "existe diferença entre cargos/funções comissionados existentes e ocupados". E acrescentou que "a meta de redução anunciada foi cumprida e refere-se aos cargos/funções existentes". Ou seja, o corte pode ter se limitado a cargos que estavam vagos - nesse caso, a economia seria zero.

O ministério alegou também que, a partir de 2017, entraram na soma dos comissionados cerca de 3 mil cargos que já haviam sido criados, com outra nomenclatura, entre 2008 e 2016. Mas a pasta não informou se esses cargos estavam ocupados na época nem se estão hoje em dia.

Reforma

Quando se trata de estimativa de redução de gastos com comissionados, o governo Temer não tem bom retrospecto. A principal reforma promovida pelo presidente foi transformar cerca de 10.462 cargos DAS (Direção e Assessoramento Superior) em FCPE (Função Comissionada do Poder Executivo).

Na época, o governo apresentou dados considerados falhos como justificativa da medida provisória enviada ao Congresso: superestimou os gastos com os DAS ocupados por servidores concursados e projetou um corte de R$ 250 milhões - que, na prática, não ocorreu.

O governo calculou a suposta economia que faria utilizando como referência o valor de um cargo DAS integral, em comparação com o valor de um FCPE (40% menor). Mas o fato é que apenas servidores de carreira que ocupavam cargos DAS foram transformados em FCPE, e esses já não recebiam o valor de um DAS integral.

O cálculo distorcido foi incluído até na medida provisória enviada ao Congresso para trocar o nome dos cargos. Questionado sobre o fato, o ministério admitiu que a alegada economia de R$ 250 milhões poderia ser apenas contábil, mas não concreta.

"Embora a despesa orçamentária de um DAS ocupado por servidor efetivo seja de 60% do valor do DAS, a previsão de disponibilidade orçamentária necessária é de 100% dos DAS, haja vista a possibilidade de, a qualquer tempo, o DAS vir a ser ocupado por servidor sem vínculo ou ser plenamente utilizado pelo servidor efetivo (o servidor efetivo pode optar entre a remuneração do cargo efetivo acrescido de 60% do valor da retribuição do cargo DAS, ou o valor bruto do DAS)", explicou o ministério.

A reforma promovida por Temer reduziu o número de funcionários não concursados em cargos comissionados: de 6.101, no final da gestão Dilma, passaram a 5.332 agora. Em tese, a redução de pessoal de fora do quadro de servidores de carreira indica menor espaço para a contratação de apadrinhados políticos.

Mas esse possível impacto positivo desaparece quando se analisa o que ocorreu na distribuição dos cargos DAS 5 e 6, os de maior remuneração e poder de decisão - nesse caso, o número de não concursados nesses níveis aumentou tanto em valores absolutos (de 433 para 484) quanto proporcionais (de 54% para 62%). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Câmara dos Deputados vai gastar R$ 19,5 milhões no próximo ano com a criação de 127 novos cargos para as lideranças partidárias. Na semana passada, deputados aprovaram um projeto com novas regras sobre a distribuição de assessores.

Com base no texto e com o desenho da legislatura que assume em 1.º de fevereiro de 2019, há um crescimento no número de assessores e aumento nos gastos com pagamento de salários. O montante e o número de cargos estão previstos no Orçamento 2019. O presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), diz que não houve aumento do orçamento da Câmara. Segundo Maia, as despesas resultantes do projeto serão compensadas com o contingenciamento.

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Atualmente, pela regra vigente, dependendo do tamanho da bancada, os partidos podem ter de dois a 134 cargos, entre servidores e comissionados. O novo texto, que passa a valer já para a próxima legislatura, prevê que os partidos poderão ter de 18 a 108 cargos, dependendo do número de deputados eleitos.

Pela regra antiga, partidos como MDB e o PR, por exemplo, poderiam ter 77 cargos em suas lideranças; agora, poderão ter 83. As legendas elegeram, respectivamente, 34 e 33 deputados nas eleições deste ano.

Acesso

A nova regra prevê também que somente os partidos que conseguiram cumprir a cláusula de barreira terão acesso a cargos para suas lideranças. Dessa forma, PHS, Patriota, PRP, PMN, PTC, Rede e DC não terão direito por não terem atingido a cláusula nas eleições de 2018. Para terem direito, esses partidos precisam se unir a outros para cumprir as cotas relativas à cláusula de desempenho.

Durante a aprovação do projeto, houve debate entre os parlamentares sobre o impacto do projeto. Maia rebateu e afirmou que não haveria aumento da despesa, e sim uma adequação, com cortes em investimentos. "Todas as despesas resultantes do projeto serão compensadas com o contingenciamento", disse a assessoria de Maia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um decreto editado no último dia 31 pelo governador de Goiás, José Eliton, abriu espaço para empurrar para 2019 a despesa da folha salarial do Estado referente ao mês de dezembro. A medida gerou protesto por parte do governador eleito, Ronaldo Caiado (DEM). Num vídeo postado nas redes sociais, ele pede ajuda dos servidores goianos para enfrentar o que chamou de um "calote anunciado" dos salários. O Estado passa por dificuldades financeiras e vem escalonando os pagamentos aos servidores.

"Aqui, ele transfere para ele a prerrogativa de não quitar a folha nos próximos meses", diz Caiado, mostrando um exemplar do Diário Oficial do Estado. "Ou seja, usar o dinheiro do servidor público para quitar compromissos que lhe interessam e, ao mesmo tempo, proteger seu CPF."

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O objeto da celeuma é o Decreto 9.346, que anula um artigo de outro decreto, o 9.143. O dispositivo revogado determinava que os gastos com salários e encargos dos servidores públicos deviam ser empenhados e liquidados dentro do mês de competência. Com a edição do decreto, essa obrigatoriedade cai.

"No meu entendimento, é um forte indicativo que não vai haver financeiro para fazer essa despesa", comentou o procurador junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) Fernando Carneiro. Para ele, trata-se de uma manobra do atual governador para escapar de possíveis sanções previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para administradores que deixam dívidas para seus sucessores.

Recursos

Para seguir a LRF, Eliton precisará ter, até o dia 31 de dezembro, os recursos necessários para pagar a folha salarial do mês. Só assim ele poderá fazer o empenho, como manda a legislação. Se o empenho for feito até o dia 31 de dezembro, o pagamento aos servidores pode ocorrer nos primeiros dias do mês seguinte, como tem sido de costume.

Em nota, o coordenador da equipe de transição pelo atual governo, Afrânio Cotrim Júnior, lamenta que Caiado não tenha descido do palanque e assegura que os salários continuarão a ser pagos conforme o cronograma. "O governador José Eliton tem garantido que irá saldar, até 31 de dezembro, os compromissos financeiros do seu mandato", diz. Ele acrescenta que o decreto segue a Constituição e determinação do TCE.

O procurador explicou que, de fato, o tribunal fez recomendações ao governo do Estado no sentido de corrigir excesso no gasto com folha. "Mas a correção se faz por corte de despesa", disse.

Carneiro afirmou que essa medida nem é a mais grave para as contas públicas proposta por Eliton. No final de outubro, o governo enviou um projeto de lei à Assembleia do Estado propondo que sejam computados, como gastos em educação, os pagamentos aos servidores aposentados da área.

Questionado, o governo de Goiás disse que essa medida é uma "imposição fática", pois as remunerações dos inativos são vinculadas aos do pessoal da ativa. "Outros Estados já contabilizam dessa forma e especialistas em finanças públicas como o professor Raul Veloso defendem essa medida", informou.

Diante dessa informação, o jornal O Estado de S. Paulo procurou o especialista em contas públicas. "Tenho defendido, sim, que os 'donos do orçamento', ou seja, segmentos com receitas cativas, paguem a despesa dos seus próprios inativos em vez de transferi-la para o governador arcar com ela com a fatia residual que sobra para ele após atendidas todas as áreas poderosas do orçamento", confirmou.

Servidora

A notícia da publicação do decreto foi recebida com estranheza por uma parcela dos servidores públicos estaduais, especialmente os que fazem aniversário nos meses do último trimestre do ano, que além do pagamento mensal, deverão receber neste período seus respectivos 13º salários.

A radialista Debora Orsida, 43 anos, funcionária desde 2010, ilustra o caso. Aniversariante do mês de outubro, ela está na expectativa pelo 13º salário, mas ficou insegura com o decreto. "Não sei se irei receber, porque as conversas que a gente ouve nas redes sociais e nos grupos é que não se sabe se vai pagar, porque especula-se que o Estado está quebrado", comenta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Prestes a completar um ano na vida dos brasileiros, o eSocial doméstico, que unifica os pagamentos da folha salarial dos empregados em um único sistema, ainda traz inseguranças quanto ao cálculo e dificuldades de usabilidade. Para especialistas, as atualizações a conta-gotas mostram que o sistema não está pronto. O governo reconhece que a implementação foi tumultuada, mas avalia que agora ele está perto do ideal.

A última atualização feita pela Receita Federal trouxe uma mudança importante ao automatizar a rescisão contratual, que até então exigia cálculo manual de verbas indenizatórias, férias proporcionais e 13º salário.

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Contudo, ainda sobra muita matemática para solucionar casos mais específicos, como as verbas variáveis de cada mês (horas extras, adicional noturno, desconto de faltas e multa por atraso no pagamento). "O eSocial consegue atender sem necessidade de cálculos manuais algo em torno de 98% dos empregadores", afirma José Alberto Maia, auditor fiscal do Ministério do Trabalho e representante da Pasta nas questões sobre o eSocial.

Nem aqueles que estão mais familiarizados ao universo trabalhista escapam de cometer erros. "Mesmo acostumada a fazer isso, cometi um erro ao gerar a rescisão da minha empregada porque são duas guias, uma de pagamento do mês e outra da rescisão. Fui perceber só quando fiz de uma cliente e notei a diferença. Tive que voltar, calcular e pagar a multa", conta a advogada Andrea Burchales, do Salusse Marangoni.

Da parte dos empregados, a queixa é a falta de integração e comunicação entre a Caixa, a Receita e o INSS. O resultado é que, na hora de recolher o FGTS, há relatos de que o dinheiro não consta no sistema.

Tentando decifrar todas as etapas, muitos recorrem a empresas especializadas. "O empregador pode ser de pipoqueiro a PhD, mas não está acostumado com esse tipo de cálculo e burocracia", diz Mário Avelino, da Doméstica Legal.

Avelino conta que, principalmente no início do programa, viu muita gente optar por demitir os funcionários e contratar diaristas para não encarar as instabilidades e erro de cálculos do programa.

Clóvis Belbute Peres, chefe da divisão de escrituração digital e representante da Receita no eSocial, diz que a origem da complexidade está muito mais na legislação do que no novo sistema. "Sair da situação de quase informalidade para uma situação onde a pessoa tem de cumprir a lei trabalhista na sua íntegra é uma mudança muito grande de cultura", diz.

Dentre as questões culturais, do lado dos empregados, muitos ainda estão pesando vantagens e desvantagens. A empregada doméstica Cristiane Lima foi cadastrada no serviço e recebe todo mês uma confirmação do depósito do FGTS e o saldo. Entretanto, ela não vê o lado positivo. "Apesar de estar mais segura, antes eu tinha mais flexibilidade."

Para Dilma Rodrigues, diretora da Attend Consultoria Contábil, o empregador terá de começar a ser mais independente. "Não tem mais como ter recibo no Word."

Marco Aurélio, presidente do sindicato dos empregados doméstico de Brasília, diz que a resistência ao sistema pode gerar brigas na Justiça, porque o empregado doméstico não vê espaço para exigir que o patrão faça o cadastro e vê como única saída o processo trabalhista. "Tem muito empregador que é mais idoso e realmente não sabe operar", conta.

O segundo desmanche em 2016 pelo qual passou o Corinthians tem alguns objetivos: colocar as contas do clube em ordem. A decisão da diretoria é fazer caixa com as negociações e diminuir a folha salarial, que no início do ano bateu nos R$ 9 milhões. Esse valor já caiu.

A negociação de Elias com o Sporting rendeu economia de R$ 16 milhões. Isso porque o Corinthians devia ao próprio Sporting duas parcelas de 1 milhão de euros (R$ 3,6 milhões) pela compra do volante em 2014.

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Essa dívida foi ‘zerada’ e o Corinthians ainda se livrou de pagar R$ 500 mil por mês até o fim do contrato, que terminava em dezembro de 2017. Elias tinha o maior salário do elenco.

As saídas de André, por baixo rendimento, e a de Bruno Henrique, por desejo do jogador, também ajudaram a reduzir a folha mensal. Os novos contratados, casos de Jean e Gustavo, recebem salários mais modestos.

O time que venceu o Brasileiro de 2015 era considerado caro demais. Jogadores como Renato Augusto, Jadson, Ralf, Vagner Love e Gil já haviam sido negociados no início do ano. O Corinthians também economizou ao negociar Alexandre Pato com o Villarreal. O atacante recebia R$ 800 mil por mês e tinha contrato até dezembro.

“Entramos com um revólver e uma bala, enquanto 'os caras' entram com um canhão apontado para nosso lado”. Foi com essa frase que o vice-presidente Constantino Júnior resumiu a forma como o Santa Cruz encara esse começo de ano, de volta à Série A, após uma década longe do grupo dos principais times do país. Ele abriu a representação dos tricolores, nesta segunda-feira (4), no Arruda, e falou dos diversos aspectos que envolvem a transição de temporadas para os corais, ressaltando sempre a meta principal de permanecer na elite do futebol brasileiro. 

Dentre os pontos comentados, o dirigente tricolor falou sobre a proximidade de um fechamento de patrocínio com a Caixa Econômica Federal, adiantou pretensões de contratações e falou sobre nomes que já vinham sendo especulados, como o do atacante Maxi Biancchuchi, do Bahia. Confira abaixo os esclarecimentos do vice-presidente coral.

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Caixa Econômica Federal

“Tivemos uma reunião com os representantes do banco no fim do ano passado. O Conselho de Administração da Caixa se reuniu para listar equipes que poderiam receber o patrocínio, e o Santa Cruz entrou no meio. Estamos resolvendo trâmites burocráticos. Esperamos firmar esse convênio em breve”

Maxi Bianccuchi

“O atleta pertence ao Bahia. Se vier, vai ser através de alguma parceria. O Santa não pagará integralmente. Mas isso está sendo resolvido de forma interna. Não é só trazer o atleta por trazer. Temos de pensar no retorno técnico e também avaliar o nível de comprometimento, de possível integração com o grupo. Mas claro que se trata de um excelente profissional. Esperamos divulgar novos nomes em breve, independente de ser o Maxi ou não. Temos um zagueiro bem adiantado e um meia também”

Receita e folha salarial para 2016

“Fortalecemos a marca do Santa Cruz, e o mercado está levando isso em conta. Estamos confiantes de que teremos uma receita significativamente maior do que a de 2015, tanto na parte de patrocínios quanto de cota de TV. Já com relação à folha salarial, iniciamos a temporada com um valor perto de R$ 900 mil” 

Bruno Moraes 

“Fizemos uma proposta para mantê-lo, pois foi um atleta que conseguiu galgar seu espaço e ser decisivo para o Santa Cruz. Temos a ideia de proporcionar um plano de valorização para o atleta, mas, com todo respeito, não entraremos em leilão. Lembrando que não estou mandando recado nenhum. Mas não vamos fazer nada que fuja do planejamento. Além disso, o mercado tem muitos nomes. Não vamos ficar esperando”

A diretoria do Náutico utilizou o site oficial do clube, nesta quinta-feira (14), para divulgar o valor da folha salarial da equipe na Série B. De acordo com a nota, esta atitude é para prestar esclarecimento aos sócios e torcedores alvirrubros. Com 30 atletas, o plantel custa aos cofres do Timbu R$ 503 mil. Neste valor estão inclusos R$ 46 mil de ajuda de custo. Com os encargos, sobe para R$ 615 mil.

Ainda segundo a publicação no site oficial, a folha salarial do Náutico no Campeonato Pernambucano era de R$ 348 mil e que subia para R$ 444 mil com os encargos. A nota esclarece que alguns atletas têm salários compartilhados com outros clubes. Por isso, não fazem parte da folha do atual elenco.

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A diretoria do Náutico deve divulgar nos próximos dias também as folhas de pagamento do Administrativo, Centro de Treinamento Wilson Campos e do futebol de base. “É uma maneira de todos ficarem a par de como está a realidade financeira do Clube, sem necessidade de especulação ou interpretações dúbias”, afirmou o vice-presidente do Náutico Durval Valença. 

A meta da diretoria do Náutico para o início da temporada é não ultrapassar o teto da folha salarial de R$ 300 mil. Mesmo com contratações como a de Leandro Euzébio e a renovação de Júlio César, o Timbu ainda tem cerca de R$ 50 mil para investir em reforços. E a prioridade é contratar para o ataque.

“Ainda temos uma margem de R$ 50 mil para trazer dois ou até três jogadores. Dependendo dos valores da margem, dá para trazer mais de um ou dois. Estamos analisando”, afirmou o gerente de futebol do Náutico, Carlos Kila.

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Embora coloque o limite da folha salarial em R$ 300 mil, o dirigente não descarta um aumento durante a temporada. Vai depender da entrada de recursos de patrocinadores e, principalmente, de novos sócios que o clube espera ter.

“R$ 300 mil é o patamar neste momento. Existe uma campanha para angariar sócios e buscar investidores. Quando a receita pode aumentar, podemos aumentar esse valor. Temos a responsabilidade de pagar em dia e é preciso manter a coerência”, finalizou Kila.

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