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Em meio à pandemia, moradores de Fernando de Noronha relatam uma crise de desabastecimento de alimentos. Mesmo com as embarcações atracando no arquipélago quinzenalmente, produtos naturais como frutas e verduras, desaparecem rápido das prateleiras e nem todos estão tendo acesso.

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"Aqui na Ilha está um pouco complicado também na questão de verduras e frutas. Chega em um dia, no outro dia já não tem mais", aponta a nativa Carolayne Soares, de 23 anos. A jovem também relata que grupos estão se organizando para promover pescas coletivas com o intuito de doar os pescados à população mais carente de Fernando de Noronha.

A dificuldade para encontrar alimentos naturais, somada a intensificação da recessão financeira com a pandemia, fez o proprietário de uma quitanda se apoiar na caridade para ajudar os mais necessitados. Há 27 anos na Ilha, o natalense Josinaldo Dantas conta que, de fato, a movimentação de turistas é o que move a economia local. "É como se diz, tudo aqui é em volta do Turismo. Se ele acabou, acaba tudo", confirmou.

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Sem a mesma intensidade de clientes, desde a semana passada ele divulgou em grupos de WhatsApp uma campanha de doação e distribuiu mais de seis mil pés de folhagens como alface, rúcula e coentro para a população. A procura foi tanta, que Josinaldo perdeu as contas de quantas famílias ajudou, mas relata que o estoque foi zerado. "Eu dei uma parada, mas as vezes aparece aquele pessoal mais carente, aí eu não vendo não, faço a doação", explica.

Mesmo dono de um estabelecimento, o comerciante também sente os reflexos negativos para o bolso. Cada pé de hortaliça custa R$ 5, ou seja, Josinaldo teve um prejuízo estimado em aproximadamente R$ 30 mil. Contudo, avalia que, diante da situação, o dinheiro vem em segundo plano. "Tem prejuízo não, é só lucro. Quando a gente faz de coração faz de coração, não é prejuízo não, é lucro", pontuou.

 

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