Tópicos | FRANCISCO CARDOSO

O infectologista Francisco Cardoso, indicado pelo Governo à CPI na última semana, é investigado pelo INSS e pelo Ministério da Economia por suspeita de irregularidades no recebimento de auxílio-doença entre 2019 e 2021. Através das redes sociais nessa segunda-feira (21), o médico se manifestou publicamente sobre a acusação e diz que jamais cometeu qualquer comportamento fraudulento, além de estar decidido a processar veículos da imprensa e o presidente da autarquia, Leonardo Rolim.

“Sempre recolhi regularmente as minhas contribuições previdenciárias em todos esses vínculos, públicos e privados. Fui acometido no passado por grave enfermidade, a qual me exigiu o afastamento das funções de Médico Infectologista no Hospital Emílio Ribas e no consultório privado”, escreveu o governista em publicação no Twitter.

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No mesmo fio, ele acrescentou que a informação não passa de um “factoide” para tentar desmerecê-lo: “Nessa linha, por cumprir os requisitos impostos pela legislação, fiz jus à licença por motivo de saúde no serviço público e ao auxílio-doença no vínculo privado como autônomo. Nada ilegal. Nada a esconder. Mais um factoide para tentar desmerecer a boa e justa batalha”.

Cardoso passou todo o ano de 2020 supostamente afastado do trabalho por sequelas de um problema de saúde neurológico. Apesar de ter assegurado o salário como perito, no final de 2019, deu entrada no auxílio no INSS na condição de médico autônomo. Com intervalos, o especialista recebeu o benefício desde abril de 2019 a fevereiro de 2021, quando solicitou renovação, mas teve o pedido negado.

Durante o período que se dizia incapaz de exercer a profissão, porém, Cardoso teria atendido pacientes, segundo ele próprio relatou, o que configura fraude no recebimento do benefício. Em audiência online da Câmara neste ano, ele disse ter atendido cerca de mil pacientes com Covid.

Apesar da contradição ter acontecido por parte do médico, ele seguiu manifestando interesse em processar jornais que noticiaram a investigação. “A minha luta pela valorização da Medicina não se abala por esse tipo de ataque baixo e infundado. Os veículos de imprensa que estão divulgando essa falsidade serão processados, bem como o Presidente do INSS pelo vazamento de dados sigilosos meus e blogueiros do Twitter haters”, concluiu.

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Indicado pelo governo para falar nesta sexta-feira, 18, na CPI da Covid a favor do chamado tratamento precoce, o infectologista Francisco Cardoso é investigado pelo INSS e pelo Ministério da Economia por suspeitas de irregularidades no recebimento de auxílio-doença entre 2019 e 2021.

Cardoso passou todo o ano de 2020 supostamente afastado do trabalho por sequelas de um problema de saúde neurológico. Apesar de ter assegurado o salário como perito, no final de 2019, deu entrada no auxílio no INSS na condição de médico autônomo.

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O primeiro benefício foi concedido em abril de 2019, com duração de quatro meses. O auxílio foi prorrogado por um ano, até setembro de 2020, mas o médico recebeu o pagamento até fevereiro de 2021, quando solicitou nova renovação, mas teve o pedido negado.

Durante o período que se dizia incapaz de exercer a profissão, porém, Cardoso teria atendido pacientes, segundo ele próprio relatou, o que configuraria fraude no recebimento do benefício. Em audiência online da Câmara neste ano, ele disse ter atendido cerca de mil pacientes com Covid.

Enquanto estava de licença, Cardoso ainda participou de dezenas de lives, uma delas com a participação de Bolsonaro, e outros médicos suspeitos de indicar o chamado "gabinete paralelo", grupo de médicos críticos a vacinas e favoráveis ao tratamento precoce que estariam assessorando de maneira informal a gestão Bolsonaro sobre as ações na pandemia.

O Ministério da Economia afirmou que foi autuado processo para apurar possíveis irregularidades e, se comprovadas, as penalidades legais previstas são de advertência, suspensão ou demissão. Procurado, Cardoso não se manifestou até a conclusão desta edição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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