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O papa Francisco voltou a fazer um apelo pelo fim das guerras no mundo em duas celebrações neste domingo (3) no Vaticano e pediu que os lideres não definam a paz baseada no medo e nas armas.

"Continuamos a rezar pela paz na Ucrânia e no mundo inteiro. Faço um apelo para os líderes das nações e das organizações internacionais para que reajam à tendência de acentuar os conflitos e as contraposições. O mundo tem a necessidade da paz, mas não uma paz baseada no equilíbrio dos armamentos, no medo recíproco, não, isso não está certo. Isso quer dizer voltar na história os 70 anos", disse durante o Angelus em referência ao fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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Segundo Francisco, "a crise ucraniana poderia ter sido, e ainda pode ser se quiserem, um desafio para sábios estadistas construírem no diálogo um mundo melhor para as novas gerações".

"Com a ajuda de Deus, isso sempre é possível, mas é preciso passar das estratégias de poder político, econômico e militar para um projeto de paz global. Não a um mundo dividido entre potências em conflito, mas um mundo unido entre povos e civilizações que se respeitam", pontuou ainda.

Antes do tradicional Angelus, o papa Francisco celebrou uma missa na Basílica de São Pedro para a comunidade congolesa em concomitância com uma celebração que estava sendo realizada na República Democrática do Congo pelo secretário-geral do Vaticano, cardeal Pietro Parolin.

O líder da Igreja Católica deveria estar no país africano em viagem apostólica, mas os problemas em seu joelho direito - que o impedem de caminhar - fizeram com que a viagem fosse adiada.

Por isso, Parolin foi enviado ao Congo para reorganizar a futura ida de Jorge Mario Bergoglio e ter reuniões com lideranças religiosas.

Durante a homilia, o Pontífice falou sobre os conflitos que marcam a RDC há anos e destacou que o "sinal distintivo" dos cristãos é levar a paz e ser pacífico.

"O cristão é o portador da paz porque Cristo é a paz. Disso ele reconhece se somos seus. Se, ao invés disso, buscamos difundir fofocas e suspeitas, criamos divisões, obstaculizamos a comunhão, colocamos o nosso pertencimento à frente de tudo, não agimos como Jesus. Quem fomenta o rancor, incita o ódio, pisa nos outros, não trabalha para Jesus, não leva a sua paz. Hoje, caros irmãos e irmãs, rezemos pela paz e pela reconciliação na República Democrática do Congo, tão ferida e tão explorada", disse aos fiéis.

Francisco pediu orações para que os cristãos "consigam superar o sentimento de ódio e o sentimento de vingança, superar a tentação de que a reconciliação não é possível" porque "a paz começa em nós: em mim e em você, em cada um de nós".

"Se você vive a paz, Jesus chega e a sua família e a sua sociedade mudam. Muda primeiro se o seu coração não estiver em guerra, não está armado de ressentimento, de raiva, não está dividido, não é falso", destacou ainda.

Da Ansa

O Papa Francisco rejeitou nesta sexta-feira de forma inequívoca qualquer outra forma de união indissolúvel que não seja o casamento católico, condenando o que chamou de "confusão" com as uniões gays.

Aos membros do Tribunal da Rota Romana, o Papa argentino ressaltou que "a Igreja indicou ao mundo" durante o último sínodo sobre a família (em outubro de 2014 e outubro de 2015), "que não pode haver qualquer confusão entre a família querida por Deus e qualquer outro tipo de união".

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Apesar de não mencionar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, ficou claro que o Papa incluiu o tema em sua crítica.

Para muitos comentaristas dos dois sínodos, o papa Francisco se viu pressionado pelos conservadores, que o impediram de defender seus pontos de vista liberais, misericordiosos e flexíveis sobre o casamento, o divórcio e a homossexualidade.

Dirigindo-se aos juízes da Rota, o Papa responde assim às especulações da imprensa e às preocupações dos conservadores, posando como o guardião rigoroso do dogma do matrimônio.

Esta crítica ocorre num momento em que os católicos aguardam sua exortação apostólica, que deverá ser lançada provavelmente em fevereiro ou março.

Neste documento solene, o Papa deverá expressar suas posições finais e poderia anunciar inflexões e aberturas.

A família cristã, ele insistiu, é baseada no "casamento indissolúvel, que une para procriar". A família é parte do "sonho de Deus para salvar a humanidade", disse ele, reafirmando que a Igreja deve lançar "um olhar de compaixão" às famílias divididas.

Um bispo paraguaio destituído pelo Papa declarou nessa sexta-feira (26) que Francisco "irá prestar contas a Deus" por seu afastamento da Igreja, de acordo com uma carta publicada pela imprensa local, após acusações de má gestão e proteção de um padre pedófilo.

Na longa carta publicada primeiramente no site da diocese e endereçada ao cardeal Marc Ouellet, prefeito da Congregação para os Bispos, Dom Rogelio Livieres Plano, ex-bispo de Ciudad del Este (Paraguai), membro do Opus Dei, acusa diretamente o Papa com palavras extremamente incomuns e graves da parte de um bispo.

"Como um filho obediente da Igreja, aceito esta decisão, ainda que considerando infundada e arbitrária, e sobre a qual o Papa prestará contas a Deus", escreveu ele.

O Vaticano se recusou a comentar esta carta incendiária.

Livieres Plano foi recebido em Roma há poucos dias pelo cardeal Ouellet, mas lamentou não poder explicar-se perante o Papa.

Reconhecendo "erros humanos", o prelado paraguaio acredita ser vítima de uma "perseguição ideológica".

O bispo Livieres Plano, cuja reputação é de ser muito conservador, denunciou uma "nova irregularidade em um processo anormal": o anúncio de sua destituição pelo núncio apostólico em Assunção antes da notificação por escrito.

O ex-bispo enfatiza ainda o apoio que manifestado abertamente por seus fiéis.

O Vaticano não mencionou oficialmente as acusações contra ele, mas segundo o site Vatican Insider, ele é acusado de ter quebrado, por uma série de acusações, a harmonia entre os bispos paraguaios, de ter ordenado seminaristas sem formação suficiente e de ter promovido um sacerdote argentino polêmico, Carlos Urrutigoity, suspeito de ter cometido abusos sexuais contra menores.

Livieres também teria utilizado doações destinadas à obras de caridade para construir um novo seminário.

O Vaticano fez o anúncio da destituição na véspera, em uma nota oficial, na qual papa reconhece que foi "uma decisão árdua tomada por razões pastorais".

O papa Francisco alcançou nesta quarta-feira a marca de 13 milhões de seguidores em sua conta no Twitter, @Pontifex, informa o site italiano Il Sismografo. O pontífice virou um fenômeno na rede social, na qual sua popularidade compete com a de grandes líderes mundiais como Barack Obama.

Entre o dia de sua eleição ao trono de Pedro, 13 de março de 2013, e 16 de abril de 2014, a conta oficial, aberta por seu antecessor, Bento XVI, conquistou 10 milhões de seguidores. As mensagens, em nove línguas, geralmente são textos espirituais que costumam ser reenviados pelos seguidores.

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O maior número de seguidores do papa argentino está na América Latina, onde ele possui 5,4 milhões de "followers", seguido pelos países de língua inglesa (3,9 milhões) e os italianos (1,6 milhão). A conta em português, graças ao Brasil, país com o maior número de católicos do mundo, tem 1,01 milhão de seguidores.

Em janeiro, Francisco estimulou os católicos a utilizar as redes sociais de forma construtiva e afirmou que a internet é um "dom de Deus", que permite "uma cultura do encontro".

O papa Francisco iniciou nesta segunda-feira (24) sua reforma da Cúria romana com a criação de uma Secretaria da Economia para coordenar a polêmica gestão financeira e administrativa do Vaticano, uma etapa crucial para seu projeto.

O organismo coordenará todas as estruturas administrativas e financeiras da Santa Sé e será presidido pelo cardeal australiano George Pell, atual arcebispo de Sydney e um dos purpurados que faz parte do G-8, o grupo de assessores do pontífice encarregado de estudar a reforma do governo central da Igreja.

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Trata-se da primeira medida importante que o papa latino toma para reformar a Cúria romana depois de uma série de escândalos e intrigas na gestão das finanças da Santa Sé. "A nova secretaria terá a autoridades sobre todas as atividades econômicas e administrativas da Santa Sé e da Cidade do Vaticano", indica a entidade em um comunicado oficial.

A Secretaria de Economia contará com 15 membros - oito padres e sete laicos - de várias nacionalidades e renomados especialistas em finanças, segundo o comunicado. Os membros deverão ser provenientes de diferentes países para que seja um "reflexo da universalidade" da Igreja, o que é uma clara indicação de que Francisco quer evitar que a gestão e o controle financeiro concentrem-se nas mãos de prelados italianos.

A criação da secretária foi decidida também por recomendação de uma comissão de 15 cardeais, que examinaram "os problemas organizacionais e econômicos" do Vaticano depois de uma série de escândalos de corrupção e abuso de poder nas finanças da Santa Sé. A corrupção e a desordem imperante por décadas na administração do Estado são denunciadas desde os anos 80, com a quebra do então maior banco da Itália, o Ambrosiano.

O Instituto de Obras para a Religião (IOR), mais conhecido como Banco do Vaticano, principal acionista do Ambrosianos e questionado pela lavagem de dinheiro e intrigas internas, ficará a cargo da nova secretaria, o que constitui uma espécie de terremoto na gestão das finanças da Igreja.

As mudanças adotadas por Francisco, que nunca trabalhou na Cúria, têm como objetivo principal "melhorar o emprego dos recursos e dos programas, em particular aqueles dirigidos aos pobres e marginalizados", segundo o comunicado do Vaticano.

O papa tomou esta decisão através de um "motu próprio", documento assinado de próprio punho e letra pelo pontífice, que será publicado pelo L'Osservatore Romano, o jornal do Vaticano, informou o porta-voz padre Federico Lombardi.

A criação da secretária foi decidida também por recomendação de uma comissão de 15 cardeais, que examinaram "os problemas organizacionais e econômicos" do Vaticano depois de uma série de escândalos de corrupção e abuso de poder nas finanças da Santa Sé.

O prefeito da Secretaria de Economia, o cardeal Pell, iniciará suas tarefas o mais rápido possível, segundo a nota.A decisão do Papa foi tomada ao final do primeiro consistório e após a proclamação dos primeiros 19 cardeais do pontificado de Francisco, iniciado em 13 de março de 2013.

Uma resposta concreta às exigências dos cerca de 150 cardeais que participaram do consistório. Os objetivos da reforma são "simplificar, melhorar, coordenar e planejar", de acordo com fontes do Vaticano.

Francisco criou três comissões para resolver a questão econômica: um para investigar o IOR, outra para rever o conjunto econômico e administrativo da Santa Sé e uma terceira para racionalizar e intensificar a vigilância nas finanças do Vaticano. Na semana passada, duas delas apresentaram os seus relatórios para o G-8 e o Papa.

O Papa também autorizou receber assessoria de grandes empresas privadas estrangeiras, incluindo a KPMG, Ernest&Young, Promontory, McKinsey, PWC (PricewaterhouseCoopers), para facilitar a modernização de seus organismos. Um "controlador-geral", com poderes para intervir em todas as instituições, será nomeado diretamente pelo Papa. Seu nome ainda não foi indicado.

A reforma da contestada gestão das finanças do Vaticano é um dos maiores desafios para o pontífice. O Banco do Vaticano administra 19.000 contas pertencentes principalmente ao clero católico, com cerca de 7 bilhões de euros, e também lida com o dinheiro de congregações religiosas.

O papa Francisco encerrou o ângelus de domingo em Roma com um conselho aos fiéis: que tomem um "remédio bom para o coração", a 'Misericordina', que na realidade é um rosário em uma caixa.

"Agora gostaria de recomendá-los um remédio. O que? Vocês perguntarão, o papa agora é farmacêutico?", disse Francisco ao exibir uma caixa similar a de um medicamento, mas na qual estava escrito "Misericordina, 50 gramas para o coração".

Com a caixa na mão, Francisco concluiu o ângelus dizendo aos fiéis que "não esqueçam de tomar seu remédio porque é bom para o coração, a alma e a vida".

Quase 20.000 caixas com o rosário e uma bula em italiano, polonês, espanhol e inglês foram distribuídas na praça de São Pedro. "Preventivamente, se pode utilizar uma vez ao dia, mas em caso de urgência, você pode tomar quantas vezes a alma necessitar", disse o papa a respeito do "medicamento espiritual".

"A posologia é a mesma para os adultos e as crianças", completou.

A ideia da caixa de "remédio" partiu de seminaristas poloneses, inspirados por Faustina Kowalska, uma freira polonesa canonizada no ano 2000 por João Paulo II que lançou o culto da "misericórdia divina", destacou a imprensa italiana.

A iniciativa, aprovada por Francisco, é uma maneira de "materializar os frutos do ano da fé que chega ao fim" (o próximo domingo)", destacou o papa.

O papa Francisco fez neste domingo um apelo para que os que organizaram sequestros na Síria libertem seus reféns em uma demonstração de humanidade.

"Apelo para a humanidade dos sequestradores para que libertem suas vítimas", disse o Papa durante o Ângelus e diante de uma multidão na praça de São Pedro, para, em seguida, expressar sua "solidariedade com as pessoas que permanecem sequestradas e com suas famílias".

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O Papa não se referiu especificamente a nenhuma vítima e incluiu em sua mensagem todos os casos, tanto aqueles realizados por motivos políticos quanto os sectários, e inclusive o sequestro de jornalistas.

Francisco falou sobre sua "viva e dolorosa preocupação pela persistência de um conflito que arde há dois anos na Síria e que atinge principalmente uma população indefesa".

"Esta difícil situação de guerra traz consequências trágicas: morte, destruição, prejuízo econômico e danos ambientais enormes", disse. "Oremos por nossa bem-amada Síria!", disse o Papa, em uma frase improvisada que foi aplaudida calorosamente pela multidão.

O Papa também lembrou que "no mundo há muitas situações de conflito, mas também sinais de esperança" e disse que apoiava "os progressos recentes alcançados em vários países da América Latina em direção à reconciliação e à paz".

Francisco convocou orações em silêncio "pelas pessoas mortas em combate, pelos feridos e seus familiares". O Papa celebrou neste domingo uma missa na presença de familiares de militares mortos ou feridos em missões internacionais de paz.

O Papa Francisco nomeou neste sábado um espanhol, líder da principal ordem franciscana, como número dois do departamento responsável pela supervisão de todas as ordens religiosas, em sua primeira designação na burocracia vaticana, afetada por vários escândalos, anunciou a Santa Sé.

O espanhol José Rodríguez Carballo, de 59 anos, será o número dois da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, que supervisiona todas as ordens religiosas católicas.

O departamento do Vaticano é dirigido pelo cardeal brasileiro João Braz de Aviz e integra a Cúria Romana, o governo da Igreja Católica que os analistas consideram que precisa de uma reforma.

Carballo é ministro geral da Ordem Franciscana dos Frades Menores (OFM), um posto cujo titular é considerado como o sucessor do fundador São Francisco de Assis.

O frade procede de uma família de agricultores espanhóis pobres que emigraram para a Alemanha.

Vaticanistas esperam novas nomeações importantes para altos cargos da Cúria nos próximos dias, que poderiam proporcionar uma visão das intenções do novo Papa para a Igreja.

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